O documento discute a Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC) e seu uso na terapia de casais. A TREC foca em mudar crenças irracionais através da identificação e questionamento delas. O documento fornece detalhes sobre como a TREC é aplicada clinicamente, incluindo o uso de inventários cognitivos e treinamento de habilidades sociais para melhorar a comunicação entre os parceiros.
3. CARACTERÍSTICAS
• É uma das primeiras abordagens cognitivas para a
intervenção em psicoterapia: de fácil manejo clínico e
aproxima rapidamente terapeuta e paciente para o
trabalho colaborativo.
• Podemos vê-la como uma “ferramenta” clínica que em
curto espaço de tempo pode promover melhora ao
paciente em psicoterapia, motivando para mudança
cognitiva e a resolução de seus problemas.
4. FOCO DO INÍCIO DO TRABALHO
• Mudar, inicialmente, significa aceitar sua condição.
• Existe uma pessoa perfeita? “Não, você é
simplesmente uma pessoa, que ora acerta, ora erra; é
uma pessoa que tem pensamentos, sentimentos e
atitudes que são positivos, negativos e neutros”.(pág.
12)
• A TREC ensina as pessoas “a classificar cada ação
individualmente e não a si mesmo como um todo”.
(pág. 12) – como também seu parceiro.
5. DIFERENÇAS ENTRE MÉTODOS
• Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos
disfuncionais.
• Maior complexidade, ligado aos
transtornos psiquiátricos e menos
embativa.
• Terapia Racional Emotiva Comportamental:
Ellis e as crenças irracionais.
• Menor complexidade, mais embativo e
ligado a questões de neuroticismo.
6. • “Quando compreendemos os outros, portanto,
abrimos o caminho para nossa própria
compreensão. E a compreensão das
perturbações dos outros nos ajuda na batalha
que travamos para compreendermos nossas
próprias tendências neuróticas.”
(pg.19, “Como viver com um neurótico: em casa e
no trabalho”)
7.
8. • “Compreender e ajudar os outros depende
consideravelmente da maneira como vemos as
coisas. As maiorias das pessoas ficam tão
envolvidas com seus problemas e preocupações
que quase não tem tempo para compreender o
ponto de vista alheio. Se conseguirmos ver as
coisas sob o prisma de outro, podemos muitas
vezes prestar uma inestimável ajuda.”
(pg.23, “Como viver com um neurótico: em casa e
no trabalho”)
9. • “A própria essência de sua perturbação emocional,
como a essência de todas as pessoas, consiste na
sua imensa necessidade de amor, na sua crença
irracional de que simplesmente precisa conseguir o
amor, e de quase todos aqueles que conhece.(...) E
enquanto pensar desse modo, você se sentirá
perturbada.” (pg.59, “Como viver com um neurótico:
em casa e no trabalho”)
10.
11. DURANTE A PRÁTICA CLÍNICA
• Estimular os pacientes(verbalmente, em
princípio) a praticar descrições sobre
nossos comportamentos que os
transforme de incorrigíveis a corrigíveis
– o que foi aprendido pode ser
desaprendido, ou melhor,
substituído.
12. NEUROSE E DESENVOLVIMENTO HUMANO: O
TRATAMENTO GUIA DA NEUROSE DE HORNEY
1. A conquista de glória
2. Exigências neuróticas
3. A tirania do dever
4. Orgulho neurótico
5. Ódio e desprezo por si
mesmo
6. Alheamento do eu
7. Medidas gerais para
aliviar a tensão
8. Soluções expansivas: a
sedução do domínio
9. A solução auto-anuladora:
a sedução do amor
10. Dependência mórbida
11. Resignação: a sedução
da liberdade
13. TIPOS DE CARÁTER
• Os três principais tipos de caráter de Horney são embasados no
modo predominante de relacionar-se com outros.
• O tipo self-apagado, anuente resulta da operação defensiva de
agarrar-se a outros. Tais pessoas tentam obter o favor dos
outros através de lisonja, subordinam-se aos outros e são
relutantes em discordar por medo de perder favor.
• O tipo expansivo, agressivo resulta de manobrar contra outros
e colocar forte confiança em poder e domínio como um meio
de obter segurança.
• O tipo desapegado, resignado resulta de afastar-se de outros
para evitar tanto dependência como conflito. Eles são pessoas
muito privadas que, embora se recusando a competir
abertamente, vêem-se como se elevando acima dos outros.
14. PARADIGMA DE ELLIS
A CB
Evento ativador Crenças Conseqüências
Ativanting event Beliefs Consequences
15. O PRINCÍPIO DO TRATAMENTO
• (...) “esqueça o conceito de cura. A
condição humana não tem cura. Você
sempre, sempre será falível, passível de
erros e sujeito a pensamentos e atitudes
derrotistas.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 70)
16. E LEMBRE-SE...
• “Não espere muito das pessoas – pois elas
também têm seus próprios problemas e
estão mais preocupadas com eles do que os
seus.” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 69)
17. VALORES DA TREC
• Proporcionar a compreensão de que
perturbações emocionais
comportamentais provêm, em grande
parte, de crenças irracionais,
dogmáticas e absolutistas.
18. ENCONTRO DE “NEUROSES”: DA
EDUCAÇÃO AO CASAMENTO
• “Nós nascemos exigentes? Provavelmente, sim.
Quando éramos crianças, precisávamos de cuidados,
alimento e proteção. Se não tivéssemos tido tudo isso,
não estaríamos vivos hoje, exigindo, cobrando,
reclamando.” (Como conquistar sua própria felicidade,
página 28)
• “Além disso, geralmente as crianças pequenas são
mimadas – conseguem tudo o que querem sem muito
esforço.” (Como conquistar sua própria felicidade,
página 28)
19. CONTINUANDO...
• (...)“que ela deve ter todos aqueles brinquedos
maravilhosos e caros, tomar todos os sorvetes que tiver
vontade, ser a mais bonita, a mais esperta, a mais
talentosa, da rua, ou do edifício, ou da escola, e que ela
pode ter tudo o que quiser.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 28)
• “As tendências para a grandiosidade, portanto,
nascem e são cultivadas.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 28)
• (...)“elas estão mais preocupadas em agradar a si
mesmas”(...) (Como conquistar sua própria felicidade,
página 28)
20. MAS...
“Sinceramente, o universo não liga a
mínima para os seus anseios e aspirações,
não tem o menor interesse em você, nem
em ninguém. O cosmos não ama nem odeia
ninguém – ele simplesmente segue o seu
curso, com seus altos e baixos, às vezes
bom, às vezes mau, às vezes calmo, às
vezes turbulento.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 29)
21. NÃO“AGUENTITE”
• “A “não-aguentite” tende a deturpar o seu
modo de pensar, o seu bom senso e discernimento,
levando-o a agir inadequadamente diante de
pessoas ou eventos que o desagradam. Se você
“não aguenta” pessoas críticas, você ficará com
raiva delas, verá a “parte ruim” delas
exageradamente magnificada, bloqueará sua
própria capacidade de ser assertivo e se queixará
delas exageradamente.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 93)
22. CONFRONTO RACIONAL
• Transformar crenças em afirmações:
• “Tenho medo de pessoas”, para “As
pessoas são temíveis.”
• Definir as crenças
• Aqui materiais como inventários ou
bibliografia podem ajudar.
• Atitudes de distanciamento.
23. AÇÃO
1. Separar por característica da crença central de funcionemento.
2. Uso de inventários: Crenças de Ellis, IHS, assertividade e esquemas de
Young.
3. Uso de material informativo sobre o conteúdo.
4. Treino de Habilidades Sociais e TREC focada na mudança verbal do casal.
5. Leituras individualizadas: demonstrar na sessão o que estas informações
podem colaborar com o processo e a relação com o outro.
6. Proposta de Qaulidade de Vida Pessoal, do Casal e da Família.
7. Metas: no curto, médio e longo prazo.
8. Avaliação do Trabalho.
24. ATITUDES DE DISTANCIAMENTO
1. Lidar com os fatos no lugar das opiniões.
2. Aceitar os fatos que foram comprovados
mesmo contradizendo os sentimentos.
3. Evitar conclusões dogmáticas baseadas em
evidências limitadas.
4. Reconhecer a diferenças entre hipóteses e
fatos.
25. ATITUDES DE DISTANCIAMENTO
5. Permanecer sem reposta até que seja
encontrada uma.
6. Não aceitar a priori ou de modo
permanente qualquer teoria.
7. Não rejeitar a priori ou de forma
permanente qualquer teoria.
26. ATITUDES DE DISTANCIAMENTO
8. Procurar com igual esforço, evidência e
contra-evidência para as teorias pessoais.
9. Abandonar as teorias que não possam vir
a ser formuladas em termos de hipóteses
testáveis.
27. ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS
• Qual a racionalidade que apoia esta
crença?
• Existe evidência do contrário?
• Existe como verificar esta evidência?
• De forma realista e objetiva, qual é a
probabilidade de que isto aconteça?
• O que pode acontecer se você continuar a
pensar assim?
32. BIBLIOGRAFIA
• Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO
DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.
• Ellis, Albert – COMO VIVER COM UM NEURÓTICO: em casa e no
trabalho. Artenova, 1976.
• Ellis, A. & Lange, A. – FIQUE FRIO! Ed. Best Seller, 1997.
• Ellis, A. – OVERCOMING DESTRUTIVE BELIEFS, FEELINGS AND
BEHAVIORS. Prometheus Books, 2001.
• Everly, G. & Rosenfeld, R. (1979) THE NATURE AND TREATMENT OF
THE STRESS RESPONSE, New York: Plenum Press.
• Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias e práticas. Biblioteca
das Ciências do Homem, 2000.
• Hawton, K. e col – “TERAPIA COGNITIVA-COMPORTAMENTAL DOS
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICO – UM GUIA PRÁTICO”, Martins
Fontes, 1997;