1. Intervenções cognitivas eIntervenções cognitivas e
comportamentais para mudança docomportamentais para mudança do
estilo de vida:estilo de vida:
o tratamento psicológico doo tratamento psicológico do
emagrecimento para manutenção eemagrecimento para manutenção e
perda de peso.perda de peso.
Marcelo da Rocha Carvalho
Universidade Federal de São Paulo
2. Um pouco de Clarice...Um pouco de Clarice...
... “Então defendia-se da morte por
intermédio de um viver de menos,
gastando pouco de sua vida para esta
não acabar".
(trecho do livro - A Hora da Estrela)
E completamos: mas porque não, ao
menos com muito sabor e prazeres
compensatórios...
4. uma epidemia mundial
tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento
distribuído em todas as raças e sexos
principalmente a população de 25 a 44 anos
"dieta ocidental“
◦ rica em gorduras (particularmente as de origem animal),
açúcares e alimentos refinados, e reduzida em carboidratos
complexos e fibras
declínio progressivo da atividade física dos indivíduos
◦ (80% da nossa população brasileira adulta é sedentária e 32%
dos adultos brasileiros são obesos)
mais elevado nas famílias de mais baixa renda
diminui a qualidade e a expectativa de vida.
Características atuais
20. Sociedade e tirania do corpo perfeitoSociedade e tirania do corpo perfeito
A cultura poderia considerar a diferença
no peso corporal como uma variação
biológica natural, onde a diferença entre
o ideal e o real não seriam base para o
sofrimento.
21. Obesidade e controleObesidade e controle
Modelo das adições: particularidade.
Muito se questiona sobre o uso controle
de substâncias psicoativas, após a
recuperação da dependência química.
Na obesidade o objetivo não é a
abstinência.
22. OBESIDADE - Índice de massa corporal
Escala de Peso
(adultos)
IMC
(índice de massa corporal)
Abaixo do Peso abaixo de 18,5 kg/m2
Peso normal 18,5 a 24,9 kg/m2
Sobrepeso de 25 a 29,9 kg/m2
Obesidade média de 30 a 34,9 kg/m2
severa de 35 a 39,9 kg/m2
mórbida 40 kg/m2
ou mais
Super
Obesidade
50 Kg/m2
ou mais
23. Obesidade variáveis do indivíduoObesidade variáveis do indivíduo
Baixa percepção sobre o comportamento
e as contingências de controle +
predisposições corporais.
As pessoas descrevem negativamente as
pessoas obesas: falta de controle, baixa
força de vontade, etc..
24. Tratamento da obesidadeTratamento da obesidade
Análise funcional: modelo
comportamental.
Vários enfoques para o tratamento.
Necessidade de criar um tratamento
específico ou ajustado ao paciente:
◦ Entender os riscos da dieta.
◦ Reeducação alimentar.
26. Obesidade não é um comportamento!Obesidade não é um comportamento!
Mas a mudança de comportamento é
necessidade absoluta para o manejo da
obesidade.
Intervenção: MANEJO ao invés da
CURA.
A longo prazo: focados individualmente.
27. Mudança do estilo de vidaMudança do estilo de vida
Desenvolver padrões regulares e
duradouros de comportamento que
sustentem a consecução e a manutenção
de um peso mais baixo, a despeito das
influências genéticas, interpessoais e
ambientais contrárias.
28. Mudança de paradigmaMudança de paradigma
Mudança de foco: da
IMPREVISIBILIDADE da mudança de
peso, para o alvo mais controlável, a
mudança do comportamento.
Melhorar a auto-estima do paciente:
principalmente sobre os fracassos
anteriores.
30. Avaliação para psicoterapiaAvaliação para psicoterapia
ISSL: Inventário de Stress Lipp.
BDI: Beck Depression Inventory.
Inventário de crenças irracionais de Ellis.
Inventário de esquemas de Young.
31. Tratamento PsicoterápicoTratamento Psicoterápico
Entrevista inicial: diagnóstico e contrato
terapêutico(explicação das formas de execução
da Terapia) + BDI;
Avaliação das dificuldades atuais e Análise
Funcional da Queixas + Informações dos
quadros psiquiátricos associados a Obesidade:
Características e tratamento;
Encaminhamentos;
Lista de problemas: sistematização (restrição da
ansiedade, apreensão e impotência);
Diminuição da Disforia;
Resolução de Problemas (Técnica Breve):
hierarquia gradual de dificuldades.
32. Tratamento PsicoterápicoTratamento Psicoterápico
Anamnese ou Histórico de Vida (Lazarus);
Análise funcional do comportamento alimentar;
Informações sobre pensamentos automáticos e
disfuncionais;
Psicodiagnóstico: BDI-I, Inventário de Crenças
Irracionais, ISSL, Teste Desiderativo e outras
escalas;
Estímulo a auto-observação e relatos da vida
diária ao terapeuta: modelagem à Técnica Clínica
Cognitiva;
Ativação do Paciente: gradual (não aversiva e
reforçadora) – voltado ao auto-reforço e não ao
reforço arbitrário.
36. BibliografiaBibliografia
BARLOW, D.(org.) – Manual Clínico dos
Transtornos Psicológicos. Artmed, 1998.
MAHONEY, M.J. – Processos Humanos de
Mudança: as bases científicas da psicoterapia.
Artmed, 1998.
MARLLATT, A. & GORDON, J. – Prevenção a
recaída: estratégias de manutenção no tratamentos
de comportamentos aditivos. Artmed, 1993.
37. Material recomendado para oMaterial recomendado para o
acompanhamento do pacienteacompanhamento do paciente