O documento resume informações sobre câncer de ovário, incluindo: (1) sua anatomia, importância e fatores de risco; (2) tipos histológicos, quadro clínico e diagnóstico; e (3) estadiamento, tratamento, prognóstico e profilaxia.
4. Importância
6ª neoplasia maligna mais freqüente
4ª causa de morte por câncer em
mulheres
Agressivo
Mais difícil de ser diagnosticado
Diagnóstico em estádio avançado (67%)
Câncer ginecológico de maior letalidade
5. Epidemiologia
EUA:
5º em freqüência na mulher e o 3º do
TGF
4% de todos os Ca na mulher
National Cancer Institute 2008:
- 21.650 casos novos
- 15.520 mortes
Maior taxa de mortalidade por Ca TGF
16. Classificação Histogenética
OMS 1973
I. Neoplasias derivadas do Epitélio Celômico .
A. Tumores Serosos
A1. Baixo Potencial Malignidade BPM (“borderline”)
A2. Maligno
B. Tumores Mucinosos
B1. BPM
B2. Maligno
C. Tumor Endometrióide
D. Tumor de Células Claras
E. Tu de Brenner
F. Carcinomas de Células Transicionais
G. Tumores Epiteliais Mistos
H. Carcinoma Indiferenciado
I. Não Classificável
17. Classificação Histogenética
II. Neoplasia derivada das Células Germinativas
A. Teratoma
1. Teratoma Imaturo
2. Teratoma Maduro
a. Teratoma sólido adulto
b. Cisto Dermóide
c. Neoplasia malígna 2 ária (Teratoma cístico)
3. Monodérmicos Especializados
a.
b.
c.
“ Struma ovari ”
Carcinóide
Tu Neuroectodérmicos
B. Disgerminoma
C. Carcinoma Embrionário
D. Tumor de Saco Vitelínico ( Tu de Seio Endodérmico)
E. Coriocarcinoma
F. Poliembrioma
G. Formas Mistas
18. Classificação Histogenética
III. Neoplasias do Estroma Gonadal - Sex Cord Tumor
A. Tumores de células da Granulosa-Estromal
1. Tumores da granulosa ( Juvenil; Adulto)
2. Tumores do grupo Tecoma-Fibroma
a. Tecoma
b. Fibroma
c. Fibrosarcoma
B. Tumores Sertoli – Leydig
1. Bem diferenciado
a. Tumor de células de Sertoli, androblastoma (Arrenoblastoma)
b. Tumor de células de Sertoli-Leydig
2. Diferenciação Intermediária
3. Indiferenciado
4. Retiforme
C. Tumor de Cordões Sexuais com Túbulos Anulares
D . Ginandroblastoma
E. Não Classificáveis
19. Classificação Histogenética
IV. Neoplasias derivadas do Mesênquima
A. Fibroma, hemangioma, leiomioma,lipoma
B. Linfoma
C. Sarcoma
V. Neoplasias metastáticas do ovário
A. Gastrointestinal Tumor de Krukenberg
B. Câncer de mama
C. Câncer de endométrio
D. Linfomas
23. USG
dimensões
conteúdo do tumor
componente sólido
espessura da parede do
cisto
superfície do cisto (lisa ou
irregular)
septações ou traves
papilas
24. Rastreamento
Detectar precocemente a malignidade
Rastreio para pacientes com Síndrome de Lynch
I ou Síndrome de Lynch II:
- Exame pélvico semestral
- Toque Retal semestral
- Dosagem de CA 125 semestral
- USG TV com doppler colorido anual
(Instituto Nacional de Câncer Americano)
39. Tratamento
Classes de citorredução:
Classe I
HTA + SOB + apendicectomia + omentectomia
Classe II
Classe I + retossigmoidectomia
Classe III
Classe II + outros segmentos do intestino +
esplenectomia
40. Tratamento
Laparotomia primária:
Diagnóstico, estadiamento cirúrgico e
citorredução máxima
Laparotomias secundárias:
Second –look
Citorredução de intervalo
Citorredução secundária (resgate)
47. Radioterapia
Tu germinativos mais sensíveis
carcinomas epiteliais: sensibilidade moderada
benéfica para Tu residuais < 2cm
indicada em recidivas com sintomas (dor,
hemorragia retais e vaginais)
48. Seguimento
3/3 meses no 1º ano
6/6 meses após 1 ano
Cuidadoso exame ginecológico
USG abdome e pelve
CA 125 e CEA
RX tórax
TC abdome
Leucograma e creatinina
49. Prognóstico
Extensão da doença
Características biológicas intrínsecas do tumor
Capacidade da paciente tolerar tratamento
proposto
Tipo de tratamento recebido (citorredução ótima,
quimioterapia)
Efeito do tratamento sobre o tumor
Efeito do tratamento sobre a paciente (efeitos
colaterais: mielossupressão, etc.)
50. Prognóstico
Principal fator prognóstico é o ESTADIAMENTO
CIRÚRGICO
Sobrevida em cinco anos:
95% tumor localizado no ovário
72% casos com implantação regional
31% casos com tumor disseminado
No momento do diagnóstico:
30% dos casos tumor é restrito aos ovários
60% já têm disseminação à distância.
51. Profilaxia
Constituir prole antes dos 35 anos e realizar
ooforectomia profilática (história familiar e BRCA 1 +)
Uso de anovulatórios
Ooforectomia profilática na vigência de HTA
- Qual a melhor idade para retirada das gônadas?
52. Tumores de células germinativas
Neoplasias originadas de células germinativas do
embrião
Sítios gonadais/ extra-gonadais
15- 20% dos Tu ovarianos
95% teratomas císticos benignos
5% comportamento maligno (+ crianças e adultos
jovens)
53. Tumores de células germinativas
Tumores extra-gonadais:
Migração anômala ou incompleta dos gonócitos
Retroperitoniais
Sacroccígeos (mais comum)
Mediastinais
Cervicais
Cerebrais
54. Disgerminomas
• tipo mais comum em pacientes jovens
• 10% bilateral
• 5% encontrado em mulheres com alterações
gonadais
• raramente secretam marcadores tumorais
• disseminação linfática
•Quimiossensível / curável em estádios avançados
56. Teratoma imaturo
segundo mais comum
Jovens
tecido embrionário e fetais pouco diferenciados
3 folhetos germinativos
Produção de esteróide -> pseudoprecocidade
sexual
normalmente unilaterais, sólidos com áreas
císticas
58. Prognóstico dos teratomas imaturos
Depende da quantidade de elementos imaturos
Grau 0 (teratoma maduro)
Apenas elementos maduros
Grau I
Escassas áreas imaturas
Tecido nervoso imaturo ausente (neuroepitélio)
Tecido imaturo presente em menos de 1 campo
Grau II
Tecido nervoso não excede 3 campos
Grau III
Maior grau e extensão de elementos imaturos
Tecido nervoso em maior quantidade (>3 campos)
Norris et al.,1976
61. Tumor do Seio Endodérmico
Tumor do saco vitelino – Tumor de Teilum
terceiro lugar
derivados do saco vitelínico
Grandes dimensões
Sólidos com áreas císticas
Aspecto esponjoso
jovens abaixo dos 20 anos
produzem alfa-fetoproteína (FA, DHL, CEA)
geralmente unilaterais
63. Carcinoma embrionário
agressivo e raro
muito jovens (14 anos)
pseudopuberdade precoce
hemorragia genital irregular
2/3 unilateral
Secretam AFP e hCG
64. Coriocarcinoma
agressivo e raro
jovens abaixo dos 20 anos
Presença de cito e sinciciotrofoblasto
50% forma pura
50% associado a outros tumores de células
germinativas
Unilateral, sólido, hemorragia, necrose e
aderências
secreta grande quantidade de hCG
prognóstico ruim
66. SOBREVIDA
Sobrevida em 5 anos
IA 83,5%
IIB 54,2%
IB 79,3%
IIIA 51,7%
IC 73,1 %
IIIC 17,7%
IIA 64,6%
IV 14,3%
67. FLUXOGRAMA
TERAPÊUTICO
DIAGNOSTICO PROVAVEL
DE CA DE OVÁRIO
EXAME FÍSICO E IMAGEM
CITORREDUÇÃO ÓTIMA POSSÍVEL?
CITORREDUÇÃO ÓTIMA IMPOSSÍVEL
CIRURGIA
CITORREDUÇÃO ÓTIMA CONFIRMADA
CITORREDUÇÃO ÓTIMA
NÃO FOI POSSÍVEL
DEFINIR ESTADIO E TIPO
HISTOLÓGICO
BIOPSIA, AVALIAÇÃO DA CAVIDADE,
ESTADIAMENTO
QUIMEOTERARIA
QUIMEOTERARIA
MELHORA COM QT
SEM MELHORA COM QT
CIRURGIA DE INTERVALO
COMPLETAR QT OU MUDAR
ESQUEMA
COMPLETAR QT
MELHORA OU FIM DO TRATAMENTO
CIRURGIA?