SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
sobre o autor

 Machado de Assis, o bruxo
 das palavras - o cronista e
 seu tempo
 21min49seg em 14/09/2008


 O início da vida intelectual e
 literária do Rio de Janeiro do
 século XIX, por Machado de
 Assis. Um retrato da época
 pelo olhar oblíquo das
 crônicas, romances e contos
 do autor.


     http://globotv.globo.com/globo-news/gnews-documento/v/machado-de-assis-o-bruxo-das-palavras-o-cronista-e-seu-tempo/882633/
O “novo” Machado de Assis
“Memórias Póstumas de Brás Cubas marca
o início de uma segunda etapa da produção
de Machado de Assis. A partir dessa obra
ele se revela um gênio na análise
psicológica de personagens, tornando-se o
mais extreordinário contista (…),e um dos
raros de interesse universal, conforme
atestam as inúmeras traduções das suas
obras mais representativas.”

                  ( CEREJA, 1999. p.282)
Publicação da obra
     Machado de Assis publicou o
    romance na Revista Brasileira,
      como folhetim, em 1880.
   Em 1881 a obra ganhou formato
              de livro.
Estrutura da obra
      160 capítulos irregulares:
    alguns curtos, outros maiores.

              narrativa em 1ª pessoa
   faz jus ao título: “memórias”, contadas pelo
                    protagonista.

                   Narrativa não linear:
             fluxo de consciência do narrador.


        Quebra de verossimilhança: o narrador é um defunto.



              Narrador é observador e personagem (protagonista)
                              ao mesmo tempo.
A pena da galhofa
Machado de Assis cria um prólogo e nele
adianta que o leitor não está diante de um
romance comum, e alerta para a
despreocupação do narrador com a opinião do
leitor sobre o livro.

“Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da
melancolia;(...) a gente grave achará no livro
umas aparências de puro romance, ao passo
que a gente frívola não achará nele o seu
romance usual; (...) A obra em si mesma é tudo:
se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se
te não agradar, pago-te com um piparote, e
adeus.”
“O livro, inusitado, logo em sua primeira página, prepara o leitor para muitas
surpresas, ao escrever uma dedicatória em forma de epitáfio, onde Brás Cubas é
um defunto-autor que conta detalhes do seu funeral e, depois de algumas
divagações (...) retorna a sua infância de menino travesso e mimado pelo pai”
                                                              (LANDI, Evorah)




                                        “Algum tempo hesitei se devia abrir estas
                                      memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se
                                    poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
                                    minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar
                                        pelo nascimento, duas considerações me
                                    levaram a adotar diferente método: a primeira é
                                     que eu não sou propriamente um autor defunto,
                                      mas um defunto autor, para quem a campa foi
                                      outro berço; a segunda é que o escrito ficaria
                                            assim mais galante e mais novo.”
                                                                            (Cap. I)
Irônico ou realista?
A visão irônica dos acontecimentos (...) mesclada a
comentários amargos e cínicos sobre a existência
produz uma concepção de mundo absolutamente
singular . (passeiweb.com.br)
“Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha
miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que
levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta
engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de
minha cova: (...) “Este ar sombrio, estas gotas do céu,
aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um
crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à
natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um
sublime louvor ao nosso ilustre finado."
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte
apólices que lhe deixei.”                     (Cap 1)
Defunto autor
           Ao declarar-se como alguém que escreve do túmulo, o narrador se disfarça como
alguém livre de pudores ou hipocrisia social ao contar suas experiências, pois não teria mais nada
a perder. Mas, em Machado de Assis, isso é uma armadilha para o leitor (lembre-se de Bentinho
em Dom Casmurro).
           Por tratar-se de “memórias”, a narrativa não segue ordem cronológica dos fatos, mas
obedece uma ordem regida pela emoção de Brás Cubas: “uma lembrança puxa outra”, e todas são
comentadas pelo próprio narrador que além de ser protagonista é também seu observador.


         “Com esse procedimento, o
        narrador consegue ficar além
        de nosso julgamento terreno e,
         desse modo, pode contar as
          memórias da forma como
             melhor lhe convém.”

                           (Guia do estudante)
Assunto da obra
                  “É o drama da irremediável tolice
              humana. São as memórias de um homem
              igual a tantos outros, o cauto e desfrutador
              Brás Cubas, que tudo tentou e nada
              deixou.
                  A vida moral e afetiva é superada pela
              existência biologicamente satisfeita, e as
              personagens se acomodam cinicamente ao
              erro.
                   O autor, nesta obra, acabou com o
              sentimentalismo, o moralismo superficial,
              a fictícia unidade da pessoa humana, as
              frases piegas, o receio de chocar
              preconceitos, a concepção do domínio do
              amor sobre todas as outras paixões”
                                    (Passeiweb.com.br)
Desmascaramento humano
            Machado de Assis usa Brás Cubas como o
           modelo do homem egoísta e que se ilude com
                   uma vida vazia de valores.

             Ao contar tudo o que viveu, o defunto faz
          reflexões sobre a falta de perspectiva do homem
                       burguês de seu tempo.

                “os erros e transgressões do personagem
                   expressariam o arbítrio e a falta de
              significado ético de uma elite historicamente
                        condenada à destruição.”
Personagens/enredo
                • morto aos 64 anos . Tornou-se um homem egoísta a ponto de discutir
 Brás Cubas       com a irmã pela prataria que fiou de herança do pai e trair seu
                  amigo, Lobo Neves..



                • Cunhado,casado com a irmã de Brás, Sabina. Cotrim é interesseiro,
   Cotrim         traficante de escravos e cruel com as pessoas que considera
                  “inferiores”, mandando castigar os negros até correr sangue.



                • casado com Virgília, homem frio e calculista, ambicioso, mas muito
 Lobo Neves       supersticioso. Chegou a pois recusar a nomeação para presidente de
                  uma província só porque a referida nomeação aconteceu num dia 13.



                 colega de escola de Brás e mendigo. Homem de um temperamento
Quincas Borba    exaltado, de certa arrogância . Evoluiu para filósofo e desenvolveu a
                       teoria do Humanitismo, que pretendia ser uma religião.
Personagens/enredo
               • Interesseira, bonita e ambiciosa,; amante apaixonada por Brás mas não
  Virgília       está disposta a romper com sua posição social, o conforto e o
                 reconhecimento da sociedade.

               • uma prostituta de elite, interessada no dinheiro de Brás. Mulher
  Marcela        sensual e mentirosa. Ganha muitas jóias de Brás Cubas. Contrai
                 varíola e fica feia.


             •menina bela, mas com um defeito físico (é coxa). Era moça séria,
  Eugênia    tranquila, olhos negros .

               • irmã de Brás e também valoriza mais o interesse pessoal e a
   Sabina        posição social do que os sentimentos ou laços familiares.


             moça simplória, tem a simpatia de Brás e sua morte - morre de febre
  Nhá Loló   amarela- choca o narrador.



 Venância    Sobrinha de Brás, a quem ele se refere como o “lírio do vale”.
As mulheres de
Brás Cubas
 “As quatro mulheres que participam da vida
 amorosa de Brás diferem em vários aspectos
 uma das outras. Marcela representa o
 profano, a descoberta do prazer carnal ao
 mesmo tempo que significa avareza,
 ambição e interesse financeiro. Eugênia
 representa a moça prendada, de família -
 mesmo não sendo fruto do matrimônio -
 pronta para se casar, mas infelizmente é
 coxa. "É bonita, mas é coxa". Virgília é o
 grande amor de Cubas. A mulher capaz de
 virar o mundo deste com um simples olhar.
 Virgília é repleta de sedução, pecado, feitiço
 e, por que não dizer: uma mulher feita para
 o amor da cabeça aos pés. E Nhã-loló tinha
 a beleza da conveniência social.”
                       (SOUSA, Cícera Araújo)
Machado e a cultura de sua época
 Em Memórias Póstumas de
Brás Cubas, a cultura “é
examinada sob o ângulo da
paródia. Todas as citações e
referências são extraídas de
seu contexto específico e
remetidas para o contexto
pessoal do narrador, como
se este debochasse da
tradição histórica e
religiosa, colocando o saber
culto de seu tempo de cabeça
para baixo.”
A borboleta preta (cap. 4)
  O capítulo A borboleta preta
ilustra as atitudes irracionais e
 socialmente justificadas, mas         “…foi parar em cima de um velho retrato de meu
  que de fato, são ilógicas. O         pai. Era negra como a noite.”
narrador leva o leitor a refletir      “Lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu”.
sobre a liberdade cínica que a             “Também por que diabo não era ela azul?”
sociedade nos oferece: somos                                                          (Cap XXXI)

  livres, desde que dentro do
             padrão.


                         “Este capítulo evidencia como um ser que se sente superior pode
                         agir contra um outro que “parece estar incomodando”. É mais fácil
                         dar um golpe de toalha de linho cru. Como podemos notar,
                         Machado se remete a uma análise da sua própria conduta, como se
                         estivesse ciente do que poderia fazer o contrário. E o estava.
                                                                  (COSTA,Paulo Machado da.)
O delírio (cap. 7)
   Neste capítulo, o narrador metaforicamente se
     encontra com a Natureza, que lhe permite
      contemplar a passagem dos séculos e
    entender o absurdo da existência, sempre
   igual, centrada apenas no egoísmo e na luta
                 pela conservação.
       O personagem vê a história como uma
                  eterna repetição.
                           (Passeiweb.com.br, adaptado)


“— Viver somente, não te peço mais nada. Quem me pôs
no coração este amor da vida, senão tu? e, se eu amo a
vida, por que te hás de golpear a ti mesma, matando-me?
— Porque já não preciso de ti. Não importa ao tempo o
minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que
vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade, e
traz a morte, e perece como o outro, mas o tempo
subsiste.”
           (Cap. VII)
Crítica ao cientificismo
(cap.117)
  A personagem Quincas Borba é a                    “não há mendigo que não prefira a miséria à
caricatura condensada dos cientistas e              morte (...). Porquanto, verdadeiramente há só
 filósofos da época, e seu discurso se              uma desgraça: é não nascer.”
aproxima da insanidade , dizendo que a
        evolução (darwinismo) é                             “(…)é claro que nenhum homem é
      “centrada na luta selvagem                      fundamentalmente oposto a outro homem,
     do indivíduo para estabelecer                   quaisquer que sejam as aparências contrárias.
    algum tipo de supremacia sobre                  (...) e sendo a luta a grande função do gênero
              os demais.”                           humano, todos os sentimentos belicosos são os
    – a sobrevivência do mais apto.                 mais adequados à sua felicidade. Daí vem que a
                                                                  inveja é uma virtude.
                                                                  (Memórias Póstumas de Brás Cubas cap.CXVII)




      Quincas Borba é o criador do Humanitismo, sistema de filosofia destinado a arruinar
      todos os demais, segundo o qual a dor é uma ilusão, e a única desgraça é não nascer: a
      filosofia definitiva deixava seu criador na ante-sala da loucura, na busca de explicações
      únicas para fenômenos das várias ordens - físicas, químicas, psíquicas, sociais.
Das negativas (cap.)
NÃO-REALIZAÇÕES
          O romance não apresenta grandes feitos, não há um acontecimento significativo
que se realize por completo.
          A obra termina, nas palavras do narrador, com um capítulo só de negativas.
• Brás Cubas não se casa.
• Não consegue concluir o emplasto.
• Não consegue conquistar a glória na sociedade.
• Torna-se deputado, mas seu desempenho é medíocre.
• e não tem filhos.

           A força da obra está justamente nessas não-realizações, nesses detalhes. Os
leitores ficam sempre à espera do desenlace que a narrativa parece prometer.
           Ao fim, o que permanece é o vazio da existência do protagonista.

                                                            (Guia do Estudante Abril)
O desfecho da obra
                     Assim, esse romance poderia ser
                conceituado como a história dos
                caprichos da elite brasileira do século
                XIX e seus desdobramentos, contexto
                do qual Brás Cubas é,
                metonimicamente, um representante.
                    Aos 64 anos, ao tentar inventar
                um remédio sublime para a
                hipocondria, morre Brás Cubas. E
                com ele o segredo do seu invento.

                                    (Guia do Estudante Abril)
“Machado de Assis
  fundou a literatura
  brasileira enquanto
  entidade autônoma,
  desvinculada de um
  projeto nacional, e
 exatamente por isso
   madura, aberta ao
diálogo com os valores
     universais da
     humanidade.”
          (UOL Educação)
Filmografia Indicada

     Brasil, 2001.
Fontes de pesquisa
Todas as imagens utilizadas nesta apresentação estão disponíveis na internet.
•   http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_416007.shtml
•   LANDI, Evorah. Disponível em http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2010/08/15/resenha-literaria-memorias-postumas-de-
    bras-cubas/
•   http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/m/memorias_postumas_bras_cubas
•   Assis, Machado de. Obra Completa. vol. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
•   Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br
•   http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1263&cat=Teses_Monologos&vinda=S
•   SOUSA, Cícera Araújo. As mulheres inviáveis nas Memórias Póstumas de Brás Cubas
•   disponível em://literatura.uol.com.br/literatura/figuras-linguagem/37/artigo225099-2.asp)




                              Pesquisa e organização
Profa. Cláudia Heloísa C. Andria
Graduada em Letras – Unisantos
Contato: clauheloisa@yahoo.com.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasSeduc/AM
 
Dom casmurro
Dom casmurroDom casmurro
Dom casmurroSeduc/AM
 
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.Viegas Fernandes da Costa
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaCynthia Funchal
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Claudio Soares
 
Rachel de Queiroz - O Quinze
Rachel de Queiroz - O QuinzeRachel de Queiroz - O Quinze
Rachel de Queiroz - O QuinzeThaynã Guedes
 
Realismo e naturalismo
Realismo e naturalismoRealismo e naturalismo
Realismo e naturalismoLuciene Gomes
 
Angústia, de Graciliano Ramos
Angústia, de Graciliano RamosAngústia, de Graciliano Ramos
Angústia, de Graciliano RamosCláudia Heloísa
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoQuezia Neves
 
O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismoAna Batista
 
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIASLITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIASAmelia Barros
 
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás Cubas
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás CubasSlides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás Cubas
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás CubasKalyne Saadh
 

Mais procurados (20)

Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
Dom casmurro
Dom casmurroDom casmurro
Dom casmurro
 
Slide Dom Casmurro
Slide Dom CasmurroSlide Dom Casmurro
Slide Dom Casmurro
 
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - Literatura
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista
 
Rachel de Queiroz - O Quinze
Rachel de Queiroz - O QuinzeRachel de Queiroz - O Quinze
Rachel de Queiroz - O Quinze
 
Realismo e naturalismo
Realismo e naturalismoRealismo e naturalismo
Realismo e naturalismo
 
Naturalismo brasileiro e português
Naturalismo brasileiro e portuguêsNaturalismo brasileiro e português
Naturalismo brasileiro e português
 
Aula quarto de despejo
Aula quarto de despejoAula quarto de despejo
Aula quarto de despejo
 
Angústia, de Graciliano Ramos
Angústia, de Graciliano RamosAngústia, de Graciliano Ramos
Angústia, de Graciliano Ramos
 
Pré-modernismo
Pré-modernismoPré-modernismo
Pré-modernismo
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas 2ª A - 2011
Memórias Póstumas de Brás Cubas   2ª A - 2011Memórias Póstumas de Brás Cubas   2ª A - 2011
Memórias Póstumas de Brás Cubas 2ª A - 2011
 
Quincas Borba
Quincas BorbaQuincas Borba
Quincas Borba
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismo
 
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIASLITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
 
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás Cubas
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás CubasSlides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás Cubas
Slides Seminário de Literatura Brasileira_ Memorias Póstumas de Brás Cubas
 
Macunaíma...
Macunaíma...Macunaíma...
Macunaíma...
 
Vidas secas
Vidas secas Vidas secas
Vidas secas
 

Destaque

Memorias postumas de bras cubas
Memorias postumas de bras cubasMemorias postumas de bras cubas
Memorias postumas de bras cubassilvio30
 
Memorias postumas de_bras_cubas - ok
Memorias postumas de_bras_cubas - okMemorias postumas de_bras_cubas - ok
Memorias postumas de_bras_cubas - okClaudia Lazarini
 
Memórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasMemórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasThamires Martins
 
Seminário memórias póstumas brás cubas
Seminário memórias póstumas brás cubasSeminário memórias póstumas brás cubas
Seminário memórias póstumas brás cubas1975Andreia
 
O cortiço
O cortiço O cortiço
O cortiço Seduc/AM
 
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assis
Aula memórias póstumas de brás cubas   machado de assisAula memórias póstumas de brás cubas   machado de assis
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assisB Vidal
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasjessie_juss
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasReberth Siqueira
 
Memórias póstumas de brás cubas (machado de
Memórias póstumas de brás cubas (machado deMemórias póstumas de brás cubas (machado de
Memórias póstumas de brás cubas (machado deLívia Balog
 
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubas
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubasLivros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubas
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubasAnna Vaz Boechat
 
Memórias póstumas
Memórias póstumasMemórias póstumas
Memórias póstumaspipoco
 
9 Marzo ¿voto útil?
9 Marzo ¿voto útil?9 Marzo ¿voto útil?
9 Marzo ¿voto útil?gueste7feb6
 
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósJose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósClaudia Lazarini
 
O crime do padre amaro
O crime do padre amaroO crime do padre amaro
O crime do padre amaroNinho Cristo
 

Destaque (19)

Memorias postumas de bras cubas
Memorias postumas de bras cubasMemorias postumas de bras cubas
Memorias postumas de bras cubas
 
Memorias postumas de_bras_cubas - ok
Memorias postumas de_bras_cubas - okMemorias postumas de_bras_cubas - ok
Memorias postumas de_bras_cubas - ok
 
Memórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasMemórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás Cubas
 
Seminário memórias póstumas brás cubas
Seminário memórias póstumas brás cubasSeminário memórias póstumas brás cubas
Seminário memórias póstumas brás cubas
 
O cortiço
O cortiço O cortiço
O cortiço
 
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assis
Aula memórias póstumas de brás cubas   machado de assisAula memórias póstumas de brás cubas   machado de assis
Aula memórias póstumas de brás cubas machado de assis
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
O cortico
O corticoO cortico
O cortico
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
Memórias póstumas de brás cubas (machado de
Memórias póstumas de brás cubas (machado deMemórias póstumas de brás cubas (machado de
Memórias póstumas de brás cubas (machado de
 
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubas
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubasLivros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubas
Livros fuvest 2013apresentação memórias póstumas de brás cubas
 
Memórias póstumas
Memórias póstumasMemórias póstumas
Memórias póstumas
 
9 Marzo ¿voto útil?
9 Marzo ¿voto útil?9 Marzo ¿voto útil?
9 Marzo ¿voto útil?
 
IRACEMA
IRACEMAIRACEMA
IRACEMA
 
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósJose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
 
O romantismo na literatura brasileira
O romantismo na literatura brasileiraO romantismo na literatura brasileira
O romantismo na literatura brasileira
 
Morangos mofados
Morangos mofadosMorangos mofados
Morangos mofados
 
O cortiço
O cortiçoO cortiço
O cortiço
 
O crime do padre amaro
O crime do padre amaroO crime do padre amaro
O crime do padre amaro
 

Semelhante a Machado de Assis e as memórias de Brás Cubas

Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assisjasonrplima
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assisJonatas Carlos
 
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia   bruna - professora...Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia   bruna - professora...
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...Isabella Silva
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assismfmpafatima
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasGabriela Rovani
 
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovax
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovaxrealismo-e-naturalismo-resumoparaaprovax
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovaxFernandaRibeiro419723
 
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubaslíngua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubasWesley Germano Otávio
 
Trabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefaTrabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefa1998-0206
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasrafabebum
 
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assisseminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de AssisDhiulianaMorais
 
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoMemórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoteresakashino
 
Machado de Assis - Dom Casmurro
Machado de Assis - Dom CasmurroMachado de Assis - Dom Casmurro
Machado de Assis - Dom CasmurroLarissa Mascarello
 
kh2 press design pre release informative.pdf
kh2 press design pre release informative.pdfkh2 press design pre release informative.pdf
kh2 press design pre release informative.pdfJenniferJenkins91
 
Memórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasMemórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasVIVIAN TROMBINI
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasDanielle Victorino
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasOctávio Da Matta
 
Livros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileiraLivros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileiraThalita Dias
 

Semelhante a Machado de Assis e as memórias de Brás Cubas (20)

Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assis
 
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia   bruna - professora...Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia   bruna - professora...
Do legado de nossa miséria ao espólio de depurada ironia bruna - professora...
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assis
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovax
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovaxrealismo-e-naturalismo-resumoparaaprovax
realismo-e-naturalismo-resumoparaaprovax
 
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubaslíngua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
 
Trabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefaTrabalho de português 2ª tarefa
Trabalho de português 2ª tarefa
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assisseminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
 
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugoMemórias póstumas de brás cubas (1)hugo
Memórias póstumas de brás cubas (1)hugo
 
Machado de Assis - Dom Casmurro
Machado de Assis - Dom CasmurroMachado de Assis - Dom Casmurro
Machado de Assis - Dom Casmurro
 
kh2 press design pre release informative.pdf
kh2 press design pre release informative.pdfkh2 press design pre release informative.pdf
kh2 press design pre release informative.pdf
 
Realismo e Naturalismo
Realismo e NaturalismoRealismo e Naturalismo
Realismo e Naturalismo
 
Realismo/Naturalismo
Realismo/NaturalismoRealismo/Naturalismo
Realismo/Naturalismo
 
Memórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasMemórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubas
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas
 
Livros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileiraLivros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileira
 

Mais de Cláudia Heloísa (20)

Dom Casmurro
Dom CasmurroDom Casmurro
Dom Casmurro
 
A relíquia - Eça de Queirós
A relíquia - Eça de QueirósA relíquia - Eça de Queirós
A relíquia - Eça de Queirós
 
Enem 2018 informações
Enem 2018 informaçõesEnem 2018 informações
Enem 2018 informações
 
Mayombe
MayombeMayombe
Mayombe
 
Minha vida de menina - Helena Morley
Minha vida de menina - Helena MorleyMinha vida de menina - Helena Morley
Minha vida de menina - Helena Morley
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
Aula 1 P.I.V.A
Aula 1 P.I.V.AAula 1 P.I.V.A
Aula 1 P.I.V.A
 
Variedades linguísticas- exercício
Variedades linguísticas-  exercícioVariedades linguísticas-  exercício
Variedades linguísticas- exercício
 
Aula 11 2016 problemas notacionais
Aula 11 2016 problemas notacionaisAula 11 2016 problemas notacionais
Aula 11 2016 problemas notacionais
 
Aula 8 texto e discurso
Aula 8 texto e discursoAula 8 texto e discurso
Aula 8 texto e discurso
 
Piva aula 7 2016
Piva aula 7  2016Piva aula 7  2016
Piva aula 7 2016
 
Aula 4
Aula 4 Aula 4
Aula 4
 
Aula 5 2016
Aula 5 2016Aula 5 2016
Aula 5 2016
 
PIVA- Aula 3 lógica
PIVA- Aula 3 lógicaPIVA- Aula 3 lógica
PIVA- Aula 3 lógica
 
PIVA -Aula2 2016
PIVA -Aula2 2016 PIVA -Aula2 2016
PIVA -Aula2 2016
 
PIVA - Aula 1 2016
PIVA - Aula 1 2016PIVA - Aula 1 2016
PIVA - Aula 1 2016
 
Revisao enem carmo 2015_aula 7
Revisao enem carmo 2015_aula 7Revisao enem carmo 2015_aula 7
Revisao enem carmo 2015_aula 7
 
Funções de linguagem exercicios
Funções de linguagem exercicios Funções de linguagem exercicios
Funções de linguagem exercicios
 
Álvares de Azevedo
Álvares de AzevedoÁlvares de Azevedo
Álvares de Azevedo
 
Romantismo 2a geracao
Romantismo 2a geracaoRomantismo 2a geracao
Romantismo 2a geracao
 

Último

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 

Último (20)

XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 

Machado de Assis e as memórias de Brás Cubas

  • 1.
  • 2. sobre o autor Machado de Assis, o bruxo das palavras - o cronista e seu tempo 21min49seg em 14/09/2008 O início da vida intelectual e literária do Rio de Janeiro do século XIX, por Machado de Assis. Um retrato da época pelo olhar oblíquo das crônicas, romances e contos do autor. http://globotv.globo.com/globo-news/gnews-documento/v/machado-de-assis-o-bruxo-das-palavras-o-cronista-e-seu-tempo/882633/
  • 3. O “novo” Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas marca o início de uma segunda etapa da produção de Machado de Assis. A partir dessa obra ele se revela um gênio na análise psicológica de personagens, tornando-se o mais extreordinário contista (…),e um dos raros de interesse universal, conforme atestam as inúmeras traduções das suas obras mais representativas.” ( CEREJA, 1999. p.282)
  • 4. Publicação da obra Machado de Assis publicou o romance na Revista Brasileira, como folhetim, em 1880. Em 1881 a obra ganhou formato de livro.
  • 5. Estrutura da obra 160 capítulos irregulares: alguns curtos, outros maiores. narrativa em 1ª pessoa faz jus ao título: “memórias”, contadas pelo protagonista. Narrativa não linear: fluxo de consciência do narrador. Quebra de verossimilhança: o narrador é um defunto. Narrador é observador e personagem (protagonista) ao mesmo tempo.
  • 6. A pena da galhofa Machado de Assis cria um prólogo e nele adianta que o leitor não está diante de um romance comum, e alerta para a despreocupação do narrador com a opinião do leitor sobre o livro. “Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia;(...) a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; (...) A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.”
  • 7. “O livro, inusitado, logo em sua primeira página, prepara o leitor para muitas surpresas, ao escrever uma dedicatória em forma de epitáfio, onde Brás Cubas é um defunto-autor que conta detalhes do seu funeral e, depois de algumas divagações (...) retorna a sua infância de menino travesso e mimado pelo pai” (LANDI, Evorah) “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.” (Cap. I)
  • 8. Irônico ou realista? A visão irônica dos acontecimentos (...) mesclada a comentários amargos e cínicos sobre a existência produz uma concepção de mundo absolutamente singular . (passeiweb.com.br) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: (...) “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado." Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei.” (Cap 1)
  • 9. Defunto autor Ao declarar-se como alguém que escreve do túmulo, o narrador se disfarça como alguém livre de pudores ou hipocrisia social ao contar suas experiências, pois não teria mais nada a perder. Mas, em Machado de Assis, isso é uma armadilha para o leitor (lembre-se de Bentinho em Dom Casmurro). Por tratar-se de “memórias”, a narrativa não segue ordem cronológica dos fatos, mas obedece uma ordem regida pela emoção de Brás Cubas: “uma lembrança puxa outra”, e todas são comentadas pelo próprio narrador que além de ser protagonista é também seu observador. “Com esse procedimento, o narrador consegue ficar além de nosso julgamento terreno e, desse modo, pode contar as memórias da forma como melhor lhe convém.” (Guia do estudante)
  • 10. Assunto da obra “É o drama da irremediável tolice humana. São as memórias de um homem igual a tantos outros, o cauto e desfrutador Brás Cubas, que tudo tentou e nada deixou. A vida moral e afetiva é superada pela existência biologicamente satisfeita, e as personagens se acomodam cinicamente ao erro. O autor, nesta obra, acabou com o sentimentalismo, o moralismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do domínio do amor sobre todas as outras paixões” (Passeiweb.com.br)
  • 11. Desmascaramento humano Machado de Assis usa Brás Cubas como o modelo do homem egoísta e que se ilude com uma vida vazia de valores. Ao contar tudo o que viveu, o defunto faz reflexões sobre a falta de perspectiva do homem burguês de seu tempo. “os erros e transgressões do personagem expressariam o arbítrio e a falta de significado ético de uma elite historicamente condenada à destruição.”
  • 12. Personagens/enredo • morto aos 64 anos . Tornou-se um homem egoísta a ponto de discutir Brás Cubas com a irmã pela prataria que fiou de herança do pai e trair seu amigo, Lobo Neves.. • Cunhado,casado com a irmã de Brás, Sabina. Cotrim é interesseiro, Cotrim traficante de escravos e cruel com as pessoas que considera “inferiores”, mandando castigar os negros até correr sangue. • casado com Virgília, homem frio e calculista, ambicioso, mas muito Lobo Neves supersticioso. Chegou a pois recusar a nomeação para presidente de uma província só porque a referida nomeação aconteceu num dia 13. colega de escola de Brás e mendigo. Homem de um temperamento Quincas Borba exaltado, de certa arrogância . Evoluiu para filósofo e desenvolveu a teoria do Humanitismo, que pretendia ser uma religião.
  • 13. Personagens/enredo • Interesseira, bonita e ambiciosa,; amante apaixonada por Brás mas não Virgília está disposta a romper com sua posição social, o conforto e o reconhecimento da sociedade. • uma prostituta de elite, interessada no dinheiro de Brás. Mulher Marcela sensual e mentirosa. Ganha muitas jóias de Brás Cubas. Contrai varíola e fica feia. •menina bela, mas com um defeito físico (é coxa). Era moça séria, Eugênia tranquila, olhos negros . • irmã de Brás e também valoriza mais o interesse pessoal e a Sabina posição social do que os sentimentos ou laços familiares. moça simplória, tem a simpatia de Brás e sua morte - morre de febre Nhá Loló amarela- choca o narrador. Venância Sobrinha de Brás, a quem ele se refere como o “lírio do vale”.
  • 14. As mulheres de Brás Cubas “As quatro mulheres que participam da vida amorosa de Brás diferem em vários aspectos uma das outras. Marcela representa o profano, a descoberta do prazer carnal ao mesmo tempo que significa avareza, ambição e interesse financeiro. Eugênia representa a moça prendada, de família - mesmo não sendo fruto do matrimônio - pronta para se casar, mas infelizmente é coxa. "É bonita, mas é coxa". Virgília é o grande amor de Cubas. A mulher capaz de virar o mundo deste com um simples olhar. Virgília é repleta de sedução, pecado, feitiço e, por que não dizer: uma mulher feita para o amor da cabeça aos pés. E Nhã-loló tinha a beleza da conveniência social.” (SOUSA, Cícera Araújo)
  • 15. Machado e a cultura de sua época Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a cultura “é examinada sob o ângulo da paródia. Todas as citações e referências são extraídas de seu contexto específico e remetidas para o contexto pessoal do narrador, como se este debochasse da tradição histórica e religiosa, colocando o saber culto de seu tempo de cabeça para baixo.”
  • 16. A borboleta preta (cap. 4) O capítulo A borboleta preta ilustra as atitudes irracionais e socialmente justificadas, mas “…foi parar em cima de um velho retrato de meu que de fato, são ilógicas. O pai. Era negra como a noite.” narrador leva o leitor a refletir “Lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu”. sobre a liberdade cínica que a “Também por que diabo não era ela azul?” sociedade nos oferece: somos (Cap XXXI) livres, desde que dentro do padrão. “Este capítulo evidencia como um ser que se sente superior pode agir contra um outro que “parece estar incomodando”. É mais fácil dar um golpe de toalha de linho cru. Como podemos notar, Machado se remete a uma análise da sua própria conduta, como se estivesse ciente do que poderia fazer o contrário. E o estava. (COSTA,Paulo Machado da.)
  • 17. O delírio (cap. 7) Neste capítulo, o narrador metaforicamente se encontra com a Natureza, que lhe permite contemplar a passagem dos séculos e entender o absurdo da existência, sempre igual, centrada apenas no egoísmo e na luta pela conservação. O personagem vê a história como uma eterna repetição. (Passeiweb.com.br, adaptado) “— Viver somente, não te peço mais nada. Quem me pôs no coração este amor da vida, senão tu? e, se eu amo a vida, por que te hás de golpear a ti mesma, matando-me? — Porque já não preciso de ti. Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade, e traz a morte, e perece como o outro, mas o tempo subsiste.” (Cap. VII)
  • 18. Crítica ao cientificismo (cap.117) A personagem Quincas Borba é a “não há mendigo que não prefira a miséria à caricatura condensada dos cientistas e morte (...). Porquanto, verdadeiramente há só filósofos da época, e seu discurso se uma desgraça: é não nascer.” aproxima da insanidade , dizendo que a evolução (darwinismo) é “(…)é claro que nenhum homem é “centrada na luta selvagem fundamentalmente oposto a outro homem, do indivíduo para estabelecer quaisquer que sejam as aparências contrárias. algum tipo de supremacia sobre (...) e sendo a luta a grande função do gênero os demais.” humano, todos os sentimentos belicosos são os – a sobrevivência do mais apto. mais adequados à sua felicidade. Daí vem que a inveja é uma virtude. (Memórias Póstumas de Brás Cubas cap.CXVII) Quincas Borba é o criador do Humanitismo, sistema de filosofia destinado a arruinar todos os demais, segundo o qual a dor é uma ilusão, e a única desgraça é não nascer: a filosofia definitiva deixava seu criador na ante-sala da loucura, na busca de explicações únicas para fenômenos das várias ordens - físicas, químicas, psíquicas, sociais.
  • 19. Das negativas (cap.) NÃO-REALIZAÇÕES O romance não apresenta grandes feitos, não há um acontecimento significativo que se realize por completo. A obra termina, nas palavras do narrador, com um capítulo só de negativas. • Brás Cubas não se casa. • Não consegue concluir o emplasto. • Não consegue conquistar a glória na sociedade. • Torna-se deputado, mas seu desempenho é medíocre. • e não tem filhos. A força da obra está justamente nessas não-realizações, nesses detalhes. Os leitores ficam sempre à espera do desenlace que a narrativa parece prometer. Ao fim, o que permanece é o vazio da existência do protagonista. (Guia do Estudante Abril)
  • 20. O desfecho da obra Assim, esse romance poderia ser conceituado como a história dos caprichos da elite brasileira do século XIX e seus desdobramentos, contexto do qual Brás Cubas é, metonimicamente, um representante. Aos 64 anos, ao tentar inventar um remédio sublime para a hipocondria, morre Brás Cubas. E com ele o segredo do seu invento. (Guia do Estudante Abril)
  • 21. “Machado de Assis fundou a literatura brasileira enquanto entidade autônoma, desvinculada de um projeto nacional, e exatamente por isso madura, aberta ao diálogo com os valores universais da humanidade.” (UOL Educação)
  • 22. Filmografia Indicada Brasil, 2001.
  • 23. Fontes de pesquisa Todas as imagens utilizadas nesta apresentação estão disponíveis na internet. • http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_416007.shtml • LANDI, Evorah. Disponível em http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2010/08/15/resenha-literaria-memorias-postumas-de- bras-cubas/ • http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/m/memorias_postumas_bras_cubas • Assis, Machado de. Obra Completa. vol. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. • Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br • http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1263&cat=Teses_Monologos&vinda=S • SOUSA, Cícera Araújo. As mulheres inviáveis nas Memórias Póstumas de Brás Cubas • disponível em://literatura.uol.com.br/literatura/figuras-linguagem/37/artigo225099-2.asp) Pesquisa e organização Profa. Cláudia Heloísa C. Andria Graduada em Letras – Unisantos Contato: clauheloisa@yahoo.com.br