Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Realismo/Naturalismo
1. Redação – Prof. João Mendonça
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O REALISMO NO BRASILO REALISMO NO BRASIL
CRONOLOGIA DO REALISMO/NATURALISMO
Período: Séc. XIX
Início: 1881 – publicação de Memórias
póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
(Realismo), e de O Mulato, de Aluísio Azevedo
(Naturalismo).
Término: 1893 – publicação de Missal e
Broqueis, de Cruz e Sousa, obras que iniciam o
Simbolismo.
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DIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E ODIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E O
NATURALISMONATURALISMO
REALISMO
Quanto à forma Quanto ao conteúdo
__ Objetivismo;
__ Descrições e
adjetivação;
__ Linguagem culta e
direta;
__ Narrativa lenta,
acompanhando o tempo
psicológico;
__ Universalismo;
__ Deixa as conclusões
para o leitor.
__ personagens trabalhadas
psicologicamente;
__ herói problemático, cheio de fraquezas,
manias e incertezas;
__ casamento como instituição falida;
contrato de interesses e conveniências;
__ amor e outros sentimentos subordinados
aos interesses sociais;
__ mulher não idealizada, mostrada com
defeitos e qualidades;
__ evidencia os defeitos e vícios da
burguesia urbana.
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NATURALISMO
Quanto à forma Quanto ao conteúdo
__ linguagem simples;
__ clareza, equilíbrio e
harmonia na composição;
__ preocupação com minúcias;
__ presença de palavras
regionais;
__ descrição e narrativas lentas;
__ impessoalidade;
__ expõe conclusões extraídas
dos fatos apresentados.
__ Determinismo;
__ objetivismo científico;
__ observação e análise da
realidade;
__ ser humano descrito sob a
ótica do animalesco e do
sensual;
__ despreocupação com a
moral;
__ literatura engajada;
__ procura descrever as
classes inferiores (proletários,
marginais, etc.
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MACHADO DE ASSIS – O BRUXOMACHADO DE ASSIS – O BRUXO
Principais características literárias de Machado de
Assis
Antecipação da modernidade literária;
Enredo não-linear;
Microcapítulos digressivos;
Metalinguagem;
Estilo antirretórico;
Análise psicológica/psicanalítica das personagens;
Humor sutil e permanente;
Ironia fina e corrosiva;
Visão metafísica relativista d todos os valores
humanos (pessimismo).
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Principais obras de Machado de Assis
• Poesias (em que desenvolveu o estilo parnasiano): Crisálidas
(1864); Falenas (869); Americanas (1875); Poesias completas
(1901).
• Romance
I – fase romântica: Ressurreição (1872); A mão e a luva (1874);
Helena (1876); Iaiá Garcia (1878);
II – fase realista: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881);
Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó
(1904); Memorial de Aires (1908).
• Conto: Contos fluminenses (1869); Histórias da meia-noite
(1873); Papéis avulsos (1882); Histórias sem data (1884);
Várias histórias (1896); Páginas recolhidas (1899); Relíquias
da casa velha (1906).
• Teatro: Desencantos (1863); Quase ministro (1866); Os deuses
de casaca (1870); Tu, só tu, puro amor (1896).
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Memórias póstumas de Brás Cubas
Dedicando a obra “ao verme que primeiro roeu as frias carnes” de seu cadáver,
Brás Cubas apresenta-se como um “defunto autor”. Nos primeiro capítulos do
livro, ele conta sua morte, aos 64 anos; depois, volta ao passado, narrando sua
infância, juventude e vida adulta.
De família rica, Brás Cubas havia sido um menino mimado e jovem esbanjador,
conforme revela seu namoro como Marcela, prostituta de luxo com a qual
dissipa grande parte de sua fortuna. Não consegue concretizar os planos
matrimoniais e políticos que o pai havia traçado para ele. Perde o cargo
político que almejava e também a noiva, Virgília, que mais tarde se tornará sua
amante. Assim, a vida de Brás Cubas transforma-se numa sucessão de fiascos,
nem sempre narrados de modo imparcial, porém freqüentemente com o
desencanto e cinismo que caracterizam a personagem.
No final, sua companhia mais constante é Quincas Borba, antigo colega de
classe, com quem entretém longas conversas sobre a teoria filosófica criada
por este e chamada de Humaninistismo – idéia fixa que terminaria por levar
Quincas à loucura e à morte.
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Obs.: Escritas após sua morte por um narrador-personagem, Brás Cubas,
estas Memórias póstumas constituem um grandioso romance, de leitura difícil,
mas profundamente enriquecedora. O fato de Brás Cubas colocar-se como um
“defunto autor”, isto é, como alguém que conta a sua vida além-túmulo, dá-nos a
impressão d que este relato seria caracterizado pela isenção, pela imparcialidade
de quem já não tem necessidade de mentir, pois deixou o mundo e todas as suas
ilusões. Entretanto, esta é uma das famosas armadilhas machadianas contra a
credulidade do leitor ingênuo e romântico de sua época.
A figura de Brás Cubas constitui uma inversão da travessia dos heróis burgueses,
tematizados pela literatura realista. Além da negação do herói e da estrutura
tradicionais da literatura realista, a obra questiona os modelos literários
ideológicos importados pelo Brasil, fazendo a paródia das doutrinas positivistas
e deterministas, por exemplo, através da filosofia do Humanitismo e de seu
criador, o filósofo maluco Quincas Borba, que reaparece em Quincas Borba.
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Dom Casmurro
Dom Casmurro é o apelido que recebe o narrador, Bento Santiago,
ao tornar-se um velho ensimesmado, solitário e melancólico.
Ele narra seu passado, desde a adolescência. De família rica,
Bentinho – como era chamado na juventude – perdeu o pai cedo e
foi criado por D. Glória, sua mãe, numa casa confortável, que
dividiam com alguns parentes, como seu tio Cosmo e a prima
Justina, e ainda um agregado, José Dias.
Para atender a uma promessa de D. Glória, eu perdera o filho
primeiro, Bentinho deveria tornar-se padre, se sobrevivesse. Na
adolescência, entretanto, apaixona-se pro Capitu, vizinha com
quem convivia desde a infância . alertada por José Dias sobre o
namoro do filho, D. Glória decide enviar logo Bentinho ao seminário.
Aí, ele torna-se amigo de Escobar, que sugere a solução, afinal
aceita, para desonerá-lo da promessa da mãe: D. Glória adotaria um
menino pobre, que se tornaria padre em seu lugar.
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Bentinho forma-se em Direito e casa-se com Capitu. Escobar
desposa Sancha, amiga de Capitu, com quem tem uma filha. Depois
de alguns anos, nasce Ezequiel, para alegria de Bentinho e Capitu.
Em episódio trágico interrompe a rotina em que viviam. Nadando
numa manhã de ressaca, isto é, com o mar muito agitado, Escobar
morre afogado. No velório, Bentinho fica com ciúme do modo como
Capitu olha para o morto. E desde então começa a observar no filho
as mesmas características do falecido amigo. O fantasma do
adultério povoa a imaginação de Bentinho, a ponto de decidir se
separar. Capitu muda-se para a Suíça com o filho. Anos depois,
com a morte dela, Ezequiel volta para o Rio, onde fica por seis
meses. Durante uma viagem de pesquisa arqueológica no Egito,
contrai febre tifóide e morre. No final da vida, Bentinho – agora
Com Casmurro – mora sozinho em uma casa que mandou construir,
semelhante àquela onde havia passado a infância e a adolescência.
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Obs.: Dom Casmurro é a história, contada pelo marido, de um adultério a
seu ver cometido pela mulher... Narrado em 1ª pessoa, por um narrador-
personagem que se autointitula Dom Casmurro e que conta a vida de Bentinho, o
jovem que foi, este romance significou, por mais de 60 anos, mais um exemplo de
adultério feminino explorado pela literatura realista.
Entretanto, em 1960, uma professora americana, Helen Cadwel, propôs a sua
releitura, apontando Bentinho, e não a esposa, Capitu, como o problema central a
se desvendado. Desde então o romance vem sendo lido e relido, com novas
chaves que cada vez mais comprovam tratar-se de um enigma elaborado pelo
mestre Machado de Assis. Entre tais chaves destaca-se a não confiabilidade do
narrador, aqui umbilicalmente envolvido com o que conta por sua personalidade
ciumenta, invejosa, cruel e perversa a ponto de destruir aqueles que ama por
suspeitas que o leitor atento percebe serem no mínimo discutíveis.
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Quincas Borba
Apesar do título, Quincas Borba é uma personagem secundária que
morre logo no início do livro. Trata-se do mesmo Quincas Borba que
protagonizou algumas cenas ao lado de seu amigo Brás Cubas, em
Memórias póstumas. Ao morrer, Quincas deixa toda a sua fortuna a
Rubião, seu enfermeiro, com a condição de cuidar de seu cachorro,
também chamado Quincas Borba, como se cuidasse de um ser
humano.
De posse da herança, Rubião parte da cidade mineira de Barbacena
para o Rio de Janeiro. No trem conhece um casa, Cristiano e Sofia
Palha, que logo percebem estar diante de um novo-rico, ingênuo e
simplório, de quem poderão obter vantagens financeiras. Tornam-se
amigos. Com a cumplicidade do ambicioso marido, Sofia Palha
provoca a paixão de Rubião, fazendo-o acreditar que é
correspondido.
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Em pouco tempo, Rubião se vê rodeado de “amigos” que
praticamente ocupam sua casa. Obcecado por Sofia, deixa seus
negócios aos cuidados de Palha, que enriquece rapidamente.
Sem estrutura psicológica, Rubião torna-se esbanjador, tenta sem
sucesso ingressar na política e, frustrado pelo amor não
concretizado, aos poucos perde a lucidez. Em seus delírios,
imagina-se Napoleão e Sofia, sua imperatriz. Abandonado por
todos, Rubião é internado em um hospício, tendo por companhia
somente o cachorro Quincas Borba, com quem foge para Barbacena.
Aí chegando, perambula pelas ruas até ser socorrido por uma
antiga conhecida. Exclama a toda hora a célebre afirmação de
Quincas Borba: “Ao vencedor as batatas!” Morre poucos dias
depois, o mesmo acontecendo ao cão.
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Obs.: Narrada em 3ª pessoa, em Quincas Borba reaparece o filósofo-
maluco amigo de Brás Cubas, a quem este ajudara quando estava na
miséria. É mais uma narração irônica do “antimodelo” de Machado de
Assis.
O tema central de Quincas Borba é a transformação do homem em objeto
do homem, a coisificação. O capitalista Cristiano Palha usa a esposa Sofia
para usurpar, que, no entanto, enlouquece de amor. A ruína de Rubião
(econômica, moral e física) prova a idéia de que ser fraco é ser culpado.
Esse princípio fora aplicado por Charles Darwin ao descrever a seleção
natural das espécies. Em Quincas Borba, Machado de Assis faz uma
paródia desse processo, mostrando que na sociedade a luta é tão voraz
quanto na natureza.
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RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)
O traço mais marcante das obras de Raul Pompéia é
seu estilo artístico, voltado para a criação de
imagens inesperadas. Em sua principal obra, OO
AteneuAteneu, alguns críticos consideram que não há
propriamente um enredo, mas, sim, uma sequência
de imagens, transmitidas ao leitor. Contribuem para
esse efeito as ilustrações de episódios do dia-a-dia
feita pelo próprio autor. O Cortiço é considerado
por parte da crítica como realista; por outra parte
como naturalista.
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ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913)ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913)
Aluisio Azevedo é a principal expressão da prosa naturalista
no Brasil. Mesmo tendo introduzido o Naturalismo no Brasil
(O Mulato, 1881), ele não produziu apenas obras
naturalistas. Escreveu também verdadeiros folhetins
românticos, bem ao gosto popular, porque estes é que lhe
asseguravam a sobrevivência.
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O Cortiço
O Cortiço é habitado por pessoas exploradas em três níveis por
João Romão, o proprietário: são seus inquilinos, trabalham em
sua pedreira e fazem compras em sua taverna.
À medida que vai enriquecendo, João Romão prepara-se para se
casar com Zulmira, filha do Miranda, o burguês dono do sobrado
no qual sua ambição se espelha, a fim de consolidar a própria
ascensão social. No entanto, vive amasiado com Bertoleza, uma
escrava supostamente alforriada.
Jerônimo, um português sério e conservador, e sua mulher,
Piedade, aparecem no cortiço, desencadeando um episódio
marcante no livro. Jerônimo apaixona-se por Rita Baiana, a
típica mulata sensual e bela, que namora Firmo, um capoeirista,
morador do “Cabeça de Gato”, outro cortiço, próximo ao de João
Romão.
17. Redação – Prof. João Mendonça
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No enfrentamento entre os rivais, Jerônimo é ferido com
uma navalha; depois, numa emboscada, assassina Firmo.
Esse episódio desemboca num confronto entre os
cortiços, do qual resulta um incêndio que só trará
melhorias e prosperidade a João Romão.
Para livrar-se da amante negra, ele a delata aos antigos
senhores. Quando estes aparecem para capturá-la,
Bertoleza suicida-se com uma faca de cozinha.
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Obs.: O grande personagem do livro é o próprio
cortiço. O cenário, o ambiente, é descrito em toda a
sua sujeira, podridão, promiscuidade. O ambiente
degredado gera seres degredados, a imunidade do
cenário transfere-se para as almas humanas. O
Cortiço é quem determina o comportamento dos
indivíduos que se moldam, agem e vivem de acordo
com suas características. É o determinismo do meio.
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O Mulato
Saindo criança de São Luís para Lisboa, Raimundo viajava órfão de pai, um ex-comerciante
português, e afastado da mãe, Domingas, uma ex-escrava do pai. Depois de anos na Europa,
Raimundo volta formado para o Brasil. Passa um ano no Rio e decide regressar a São Luís
para rever seu tutor e tio, Manuel Pescada. Bem recebido pela família do tio, Raimundo
desperta logo as atenções de sua prima Ana Rosa que, em dado momento, lhe declara seu
amor. Essa paixão correspondida encontra, todavia, três obstáculos: o do pai, que queria a
filha casada com um dos caixeiros da loja; o da avó Maria Bárbara, mulher racista e de maus
bofes; o do Cônego Diogo, comensal da casa e adversário natural de Raimundo. Todos três
conheciam as origens negróides de Raimundo. E o Cônego Diogo era o mais empenhado em
impedir a ligação, uma vez que fora responsável pela morte do pai do jovem. Foi assim:
depois que Raimundo nasceu, seu pai, José Pedro da Silva, casou-se com Quitéria Inocência
de Freitas Santiago, mulher branca. Suspeitando da atenção particular que José Pedro
dedicava ao pequeno Raimundo e à escrava Domingas, Quitéria ordena que açoitem a negra
e lhe queimem as partes genitais. Desesperado, José Pedro carrega o filho e leva-o para a
casa do irmão, em São Luís. De volta à fazenda, imaginando Quitéria ainda refugiada na casa
da mãe, José Pedro ouve vozes em seu quarto. Invadindo-o, o fazendeiro surpreende
Quitéria e o então Padre Diogo em pleno adultério.
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Desonrado, o pai de Raimundo mata Quitéria, tendo Diogo como testemunha. Graças à
culpa do adultério e à culpa do homicídio, forma-se um pacto de cumplicidade entre ambos.
Diante de mais essa desgraça, José Pedro abandona a fazenda, retira-se para a casa do
irmão e adoece. Algum tempo depois, já restabelecido, José Pedro resolve voltar à fazenda,
mas, no meio do caminho, é tocaiado e morto. Por outro lado, devagarzinho, o Padre Diogo
começara a insinuar-se também na casa de Manuel Pescada. Raimundo ignorava tudo
isso. Em São Luís, já adulto, sua preocupação básica é a de desvendar suas origens e, por
isso, insiste com o tio em visitar a fazenda onde nascera. Durante o percurso a São Brás,
Raimundo começa a descobrir os primeiros dados sobre suas origens e insiste com o tio
para que lhe conceda a mão de Ana Rosa. Depois de várias recusas, Raimundo fica sabendo
que o motivo da proibição devia-se à cor de sua pele. De volta a São Luís, Raimundo muda-
se da casa do tio, decide voltar para o Rio, confessa em carta a Ana Rosa seu amor, mas
acaba não viajando. Apesar das proibições, Ana Rosa e ele concertam um plano de fuga. No
entanto, a carta principal fora interceptada por um cúmplice do Cônego Diogo, o caixeiro
Dias, empregado de Manuel Pescada e forte pretendente, sempre repelido, à mão de Ana
Rosa. Na hora da fuga, os namorados são surpreendidos. Arma-se o escândalo, do qual o
cônego é o grande regente. Raimundo retira-se desolado e, ao abrir a porta de casa, um tiro
acerta-o pelas costas. Com uma arma que lhe emprestara o Cônego Diogo, o caixeiro Dias
assassina o rival. Ana Rosa aborta. Entretanto, seis anos depois, vemo-la saindo de uma
recepção oficial, de braço com o Sr. Dias e preocupada com os "três filhinhos que ficaram
em casa, a dormir".
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Obs.: O Mulato é um romance que provocou
escândalo. Nele, publicado em 1881, em São Luís,
Aluísio Azevedo tocou em duas questões muito
polêmicas: o racismo e a corrupção dos padres. E isso
bastou para que alguns setores da sociedade
maranhense se sentissem ofendidas.