SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
O REALISMO NO BRASILO REALISMO NO BRASIL
CRONOLOGIA DO REALISMO/NATURALISMO
Período: Séc. XIX
 Início: 1881 – publicação de Memórias
póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
(Realismo), e de O Mulato, de Aluísio Azevedo
(Naturalismo).
 Término: 1893 – publicação de Missal e
Broqueis, de Cruz e Sousa, obras que iniciam o
Simbolismo.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
DIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E ODIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E O
NATURALISMONATURALISMO
REALISMO
Quanto à forma Quanto ao conteúdo
__ Objetivismo;
__ Descrições e
adjetivação;
__ Linguagem culta e
direta;
__ Narrativa lenta,
acompanhando o tempo
psicológico;
__ Universalismo;
__ Deixa as conclusões
para o leitor.
__ personagens trabalhadas
psicologicamente;
__ herói problemático, cheio de fraquezas,
manias e incertezas;
__ casamento como instituição falida;
contrato de interesses e conveniências;
__ amor e outros sentimentos subordinados
aos interesses sociais;
__ mulher não idealizada, mostrada com
defeitos e qualidades;
__ evidencia os defeitos e vícios da
burguesia urbana.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
NATURALISMO
Quanto à forma Quanto ao conteúdo
__ linguagem simples;
__ clareza, equilíbrio e
harmonia na composição;
__ preocupação com minúcias;
__ presença de palavras
regionais;
__ descrição e narrativas lentas;
__ impessoalidade;
__ expõe conclusões extraídas
dos fatos apresentados.
__ Determinismo;
__ objetivismo científico;
__ observação e análise da
realidade;
__ ser humano descrito sob a
ótica do animalesco e do
sensual;
__ despreocupação com a
moral;
__ literatura engajada;
__ procura descrever as
classes inferiores (proletários,
marginais, etc.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
MACHADO DE ASSIS – O BRUXOMACHADO DE ASSIS – O BRUXO
Principais características literárias de Machado de
Assis
 Antecipação da modernidade literária;
 Enredo não-linear;
 Microcapítulos digressivos;
 Metalinguagem;
 Estilo antirretórico;
 Análise psicológica/psicanalítica das personagens;
 Humor sutil e permanente;
 Ironia fina e corrosiva;
 Visão metafísica relativista d todos os valores
humanos (pessimismo).
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Principais obras de Machado de Assis
• Poesias (em que desenvolveu o estilo parnasiano): Crisálidas
(1864); Falenas (869); Americanas (1875); Poesias completas
(1901).
• Romance
I – fase romântica: Ressurreição (1872); A mão e a luva (1874);
Helena (1876); Iaiá Garcia (1878);
II – fase realista: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881);
Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó
(1904); Memorial de Aires (1908).
• Conto: Contos fluminenses (1869); Histórias da meia-noite
(1873); Papéis avulsos (1882); Histórias sem data (1884);
Várias histórias (1896); Páginas recolhidas (1899); Relíquias
da casa velha (1906).
• Teatro: Desencantos (1863); Quase ministro (1866); Os deuses
de casaca (1870); Tu, só tu, puro amor (1896).
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Memórias póstumas de Brás Cubas
Dedicando a obra “ao verme que primeiro roeu as frias carnes” de seu cadáver,
Brás Cubas apresenta-se como um “defunto autor”. Nos primeiro capítulos do
livro, ele conta sua morte, aos 64 anos; depois, volta ao passado, narrando sua
infância, juventude e vida adulta.
De família rica, Brás Cubas havia sido um menino mimado e jovem esbanjador,
conforme revela seu namoro como Marcela, prostituta de luxo com a qual
dissipa grande parte de sua fortuna. Não consegue concretizar os planos
matrimoniais e políticos que o pai havia traçado para ele. Perde o cargo
político que almejava e também a noiva, Virgília, que mais tarde se tornará sua
amante. Assim, a vida de Brás Cubas transforma-se numa sucessão de fiascos,
nem sempre narrados de modo imparcial, porém freqüentemente com o
desencanto e cinismo que caracterizam a personagem.
No final, sua companhia mais constante é Quincas Borba, antigo colega de
classe, com quem entretém longas conversas sobre a teoria filosófica criada
por este e chamada de Humaninistismo – idéia fixa que terminaria por levar
Quincas à loucura e à morte.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Obs.: Escritas após sua morte por um narrador-personagem, Brás Cubas,
estas Memórias póstumas constituem um grandioso romance, de leitura difícil,
mas profundamente enriquecedora. O fato de Brás Cubas colocar-se como um
“defunto autor”, isto é, como alguém que conta a sua vida além-túmulo, dá-nos a
impressão d que este relato seria caracterizado pela isenção, pela imparcialidade
de quem já não tem necessidade de mentir, pois deixou o mundo e todas as suas
ilusões. Entretanto, esta é uma das famosas armadilhas machadianas contra a
credulidade do leitor ingênuo e romântico de sua época.
A figura de Brás Cubas constitui uma inversão da travessia dos heróis burgueses,
tematizados pela literatura realista. Além da negação do herói e da estrutura
tradicionais da literatura realista, a obra questiona os modelos literários
ideológicos importados pelo Brasil, fazendo a paródia das doutrinas positivistas
e deterministas, por exemplo, através da filosofia do Humanitismo e de seu
criador, o filósofo maluco Quincas Borba, que reaparece em Quincas Borba.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Dom Casmurro
Dom Casmurro é o apelido que recebe o narrador, Bento Santiago,
ao tornar-se um velho ensimesmado, solitário e melancólico.
Ele narra seu passado, desde a adolescência. De família rica,
Bentinho – como era chamado na juventude – perdeu o pai cedo e
foi criado por D. Glória, sua mãe, numa casa confortável, que
dividiam com alguns parentes, como seu tio Cosmo e a prima
Justina, e ainda um agregado, José Dias.
Para atender a uma promessa de D. Glória, eu perdera o filho
primeiro, Bentinho deveria tornar-se padre, se sobrevivesse. Na
adolescência, entretanto, apaixona-se pro Capitu, vizinha com
quem convivia desde a infância . alertada por José Dias sobre o
namoro do filho, D. Glória decide enviar logo Bentinho ao seminário.
Aí, ele torna-se amigo de Escobar, que sugere a solução, afinal
aceita, para desonerá-lo da promessa da mãe: D. Glória adotaria um
menino pobre, que se tornaria padre em seu lugar.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Bentinho forma-se em Direito e casa-se com Capitu. Escobar
desposa Sancha, amiga de Capitu, com quem tem uma filha. Depois
de alguns anos, nasce Ezequiel, para alegria de Bentinho e Capitu.
Em episódio trágico interrompe a rotina em que viviam. Nadando
numa manhã de ressaca, isto é, com o mar muito agitado, Escobar
morre afogado. No velório, Bentinho fica com ciúme do modo como
Capitu olha para o morto. E desde então começa a observar no filho
as mesmas características do falecido amigo. O fantasma do
adultério povoa a imaginação de Bentinho, a ponto de decidir se
separar. Capitu muda-se para a Suíça com o filho. Anos depois,
com a morte dela, Ezequiel volta para o Rio, onde fica por seis
meses. Durante uma viagem de pesquisa arqueológica no Egito,
contrai febre tifóide e morre. No final da vida, Bentinho – agora
Com Casmurro – mora sozinho em uma casa que mandou construir,
semelhante àquela onde havia passado a infância e a adolescência.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Obs.: Dom Casmurro é a história, contada pelo marido, de um adultério a
seu ver cometido pela mulher... Narrado em 1ª pessoa, por um narrador-
personagem que se autointitula Dom Casmurro e que conta a vida de Bentinho, o
jovem que foi, este romance significou, por mais de 60 anos, mais um exemplo de
adultério feminino explorado pela literatura realista.
Entretanto, em 1960, uma professora americana, Helen Cadwel, propôs a sua
releitura, apontando Bentinho, e não a esposa, Capitu, como o problema central a
se desvendado. Desde então o romance vem sendo lido e relido, com novas
chaves que cada vez mais comprovam tratar-se de um enigma elaborado pelo
mestre Machado de Assis. Entre tais chaves destaca-se a não confiabilidade do
narrador, aqui umbilicalmente envolvido com o que conta por sua personalidade
ciumenta, invejosa, cruel e perversa a ponto de destruir aqueles que ama por
suspeitas que o leitor atento percebe serem no mínimo discutíveis.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Quincas Borba
Apesar do título, Quincas Borba é uma personagem secundária que
morre logo no início do livro. Trata-se do mesmo Quincas Borba que
protagonizou algumas cenas ao lado de seu amigo Brás Cubas, em
Memórias póstumas. Ao morrer, Quincas deixa toda a sua fortuna a
Rubião, seu enfermeiro, com a condição de cuidar de seu cachorro,
também chamado Quincas Borba, como se cuidasse de um ser
humano.
De posse da herança, Rubião parte da cidade mineira de Barbacena
para o Rio de Janeiro. No trem conhece um casa, Cristiano e Sofia
Palha, que logo percebem estar diante de um novo-rico, ingênuo e
simplório, de quem poderão obter vantagens financeiras. Tornam-se
amigos. Com a cumplicidade do ambicioso marido, Sofia Palha
provoca a paixão de Rubião, fazendo-o acreditar que é
correspondido.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Em pouco tempo, Rubião se vê rodeado de “amigos” que
praticamente ocupam sua casa. Obcecado por Sofia, deixa seus
negócios aos cuidados de Palha, que enriquece rapidamente.
Sem estrutura psicológica, Rubião torna-se esbanjador, tenta sem
sucesso ingressar na política e, frustrado pelo amor não
concretizado, aos poucos perde a lucidez. Em seus delírios,
imagina-se Napoleão e Sofia, sua imperatriz. Abandonado por
todos, Rubião é internado em um hospício, tendo por companhia
somente o cachorro Quincas Borba, com quem foge para Barbacena.
Aí chegando, perambula pelas ruas até ser socorrido por uma
antiga conhecida. Exclama a toda hora a célebre afirmação de
Quincas Borba: “Ao vencedor as batatas!” Morre poucos dias
depois, o mesmo acontecendo ao cão.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Obs.: Narrada em 3ª pessoa, em Quincas Borba reaparece o filósofo-
maluco amigo de Brás Cubas, a quem este ajudara quando estava na
miséria. É mais uma narração irônica do “antimodelo” de Machado de
Assis.
O tema central de Quincas Borba é a transformação do homem em objeto
do homem, a coisificação. O capitalista Cristiano Palha usa a esposa Sofia
para usurpar, que, no entanto, enlouquece de amor. A ruína de Rubião
(econômica, moral e física) prova a idéia de que ser fraco é ser culpado.
Esse princípio fora aplicado por Charles Darwin ao descrever a seleção
natural das espécies. Em Quincas Borba, Machado de Assis faz uma
paródia desse processo, mostrando que na sociedade a luta é tão voraz
quanto na natureza.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)
O traço mais marcante das obras de Raul Pompéia é
seu estilo artístico, voltado para a criação de
imagens inesperadas. Em sua principal obra, OO
AteneuAteneu, alguns críticos consideram que não há
propriamente um enredo, mas, sim, uma sequência
de imagens, transmitidas ao leitor. Contribuem para
esse efeito as ilustrações de episódios do dia-a-dia
feita pelo próprio autor. O Cortiço é considerado
por parte da crítica como realista; por outra parte
como naturalista.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913)ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913)
Aluisio Azevedo é a principal expressão da prosa naturalista
no Brasil. Mesmo tendo introduzido o Naturalismo no Brasil
(O Mulato, 1881), ele não produziu apenas obras
naturalistas. Escreveu também verdadeiros folhetins
românticos, bem ao gosto popular, porque estes é que lhe
asseguravam a sobrevivência.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
O Cortiço
O Cortiço é habitado por pessoas exploradas em três níveis por
João Romão, o proprietário: são seus inquilinos, trabalham em
sua pedreira e fazem compras em sua taverna.
À medida que vai enriquecendo, João Romão prepara-se para se
casar com Zulmira, filha do Miranda, o burguês dono do sobrado
no qual sua ambição se espelha, a fim de consolidar a própria
ascensão social. No entanto, vive amasiado com Bertoleza, uma
escrava supostamente alforriada.
Jerônimo, um português sério e conservador, e sua mulher,
Piedade, aparecem no cortiço, desencadeando um episódio
marcante no livro. Jerônimo apaixona-se por Rita Baiana, a
típica mulata sensual e bela, que namora Firmo, um capoeirista,
morador do “Cabeça de Gato”, outro cortiço, próximo ao de João
Romão.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
No enfrentamento entre os rivais, Jerônimo é ferido com
uma navalha; depois, numa emboscada, assassina Firmo.
Esse episódio desemboca num confronto entre os
cortiços, do qual resulta um incêndio que só trará
melhorias e prosperidade a João Romão.
Para livrar-se da amante negra, ele a delata aos antigos
senhores. Quando estes aparecem para capturá-la,
Bertoleza suicida-se com uma faca de cozinha.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Obs.: O grande personagem do livro é o próprio
cortiço. O cenário, o ambiente, é descrito em toda a
sua sujeira, podridão, promiscuidade. O ambiente
degredado gera seres degredados, a imunidade do
cenário transfere-se para as almas humanas. O
Cortiço é quem determina o comportamento dos
indivíduos que se moldam, agem e vivem de acordo
com suas características. É o determinismo do meio.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
O Mulato
Saindo criança de São Luís para Lisboa, Raimundo viajava órfão de pai, um ex-comerciante
português, e afastado da mãe, Domingas, uma ex-escrava do pai. Depois de anos na Europa,
Raimundo volta formado para o Brasil. Passa um ano no Rio e decide regressar a São Luís
para rever seu tutor e tio, Manuel Pescada. Bem recebido pela família do tio, Raimundo
desperta logo as atenções de sua prima Ana Rosa que, em dado momento, lhe declara seu
amor. Essa paixão correspondida encontra, todavia, três obstáculos: o do pai, que queria a
filha casada com um dos caixeiros da loja; o da avó Maria Bárbara, mulher racista e de maus
bofes; o do Cônego Diogo, comensal da casa e adversário natural de Raimundo. Todos três
conheciam as origens negróides de Raimundo. E o Cônego Diogo era o mais empenhado em
impedir a ligação, uma vez que fora responsável pela morte do pai do jovem. Foi assim:
depois que Raimundo nasceu, seu pai, José Pedro da Silva, casou-se com Quitéria Inocência
de Freitas Santiago, mulher branca. Suspeitando da atenção particular que José Pedro
dedicava ao pequeno Raimundo e à escrava Domingas, Quitéria ordena que açoitem a negra
e lhe queimem as partes genitais. Desesperado, José Pedro carrega o filho e leva-o para a
casa do irmão, em São Luís. De volta à fazenda, imaginando Quitéria ainda refugiada na casa
da mãe, José Pedro ouve vozes em seu quarto. Invadindo-o, o fazendeiro surpreende
Quitéria e o então Padre Diogo em pleno adultério.
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Desonrado, o pai de Raimundo mata Quitéria, tendo Diogo como testemunha. Graças à
culpa do adultério e à culpa do homicídio, forma-se um pacto de cumplicidade entre ambos.
Diante de mais essa desgraça, José Pedro abandona a fazenda, retira-se para a casa do
irmão e adoece. Algum tempo depois, já restabelecido, José Pedro resolve voltar à fazenda,
mas, no meio do caminho, é tocaiado e morto. Por outro lado, devagarzinho, o Padre Diogo
começara a insinuar-se também na casa de Manuel Pescada. Raimundo ignorava tudo
isso. Em São Luís, já adulto, sua preocupação básica é a de desvendar suas origens e, por
isso, insiste com o tio em visitar a fazenda onde nascera. Durante o percurso a São Brás,
Raimundo começa a descobrir os primeiros dados sobre suas origens e insiste com o tio
para que lhe conceda a mão de Ana Rosa. Depois de várias recusas, Raimundo fica sabendo
que o motivo da proibição devia-se à cor de sua pele. De volta a São Luís, Raimundo muda-
se da casa do tio, decide voltar para o Rio, confessa em carta a Ana Rosa seu amor, mas
acaba não viajando. Apesar das proibições, Ana Rosa e ele concertam um plano de fuga. No
entanto, a carta principal fora interceptada por um cúmplice do Cônego Diogo, o caixeiro
Dias, empregado de Manuel Pescada e forte pretendente, sempre repelido, à mão de Ana
Rosa. Na hora da fuga, os namorados são surpreendidos. Arma-se o escândalo, do qual o
cônego é o grande regente. Raimundo retira-se desolado e, ao abrir a porta de casa, um tiro
acerta-o pelas costas. Com uma arma que lhe emprestara o Cônego Diogo, o caixeiro Dias
assassina o rival. Ana Rosa aborta. Entretanto, seis anos depois, vemo-la saindo de uma
recepção oficial, de braço com o Sr. Dias e preocupada com os "três filhinhos que ficaram
em casa, a dormir".
Redação – Prof. João Mendonça
Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com
Obs.: O Mulato é um romance que provocou
escândalo. Nele, publicado em 1881, em São Luís,
Aluísio Azevedo tocou em duas questões muito
polêmicas: o racismo e a corrupção dos padres. E isso
bastou para que alguns setores da sociedade
maranhense se sentissem ofendidas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosaA narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosama.no.el.ne.ves
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagama.no.el.ne.ves
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencarvestibular
 
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosa
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosaAnálise de o burrinho pedrês, de guimarães rosa
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosama.no.el.ne.ves
 
Questões sobre sagarana
Questões sobre sagaranaQuestões sobre sagarana
Questões sobre sagaranama.no.el.ne.ves
 
UFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoUFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoJosé Ricardo Lima
 
Análise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottaAnálise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottama.no.el.ne.ves
 
Aula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaAula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaZofia Santos
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeira
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan TeixeiraAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeira
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeirajasonrplima
 
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiro
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiroRevisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiro
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiroma.no.el.ne.ves
 

Mais procurados (20)

Mário de Andrade
Mário de AndradeMário de Andrade
Mário de Andrade
 
A narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosaA narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosa
 
Iracema atividade
Iracema atividadeIracema atividade
Iracema atividade
 
A poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzagaA poesia de tomás antônio gonzaga
A poesia de tomás antônio gonzaga
 
Marília de Dirceu
Marília de DirceuMarília de Dirceu
Marília de Dirceu
 
Iracema de alencar
Iracema de alencarIracema de alencar
Iracema de alencar
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
Iracema
IracemaIracema
Iracema
 
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosa
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosaAnálise de o burrinho pedrês, de guimarães rosa
Análise de o burrinho pedrês, de guimarães rosa
 
Questões sobre sagarana
Questões sobre sagaranaQuestões sobre sagarana
Questões sobre sagarana
 
UFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoUFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigo
 
Marilia De Dirceu
Marilia De DirceuMarilia De Dirceu
Marilia De Dirceu
 
Antologia poética
Antologia poéticaAntologia poética
Antologia poética
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Análise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottaAnálise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo motta
 
Aula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaAula definitiva iracema
Aula definitiva iracema
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeira
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan TeixeiraAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeira
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa, por Ivan Teixeira
 
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiro
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiroRevisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiro
Revisional de estilos de época 15, quarta geração do modernismo brasileiro
 
Gonçalves Dias
Gonçalves DiasGonçalves Dias
Gonçalves Dias
 
Iracema
IracemaIracema
Iracema
 

Destaque

Correções linguísticas de redações
Correções linguísticas de redaçõesCorreções linguísticas de redações
Correções linguísticas de redaçõesJoão Mendonça
 
Trazer ou não mais médicos para o Brasil
Trazer ou não mais médicos para o BrasilTrazer ou não mais médicos para o Brasil
Trazer ou não mais médicos para o BrasilJoão Mendonça
 
O trabalho escravo no brasil de hoje
O trabalho escravo no brasil de hojeO trabalho escravo no brasil de hoje
O trabalho escravo no brasil de hojeJoão Mendonça
 
Aula de Redação nº 02
Aula de Redação nº 02Aula de Redação nº 02
Aula de Redação nº 02João Mendonça
 
Observações acerca do 1º simulado
Observações acerca do 1º simuladoObservações acerca do 1º simulado
Observações acerca do 1º simuladoJoão Mendonça
 
Pec das domésticas justiça social com as próprias mãos
Pec das domésticas  justiça social com as próprias mãosPec das domésticas  justiça social com as próprias mãos
Pec das domésticas justiça social com as próprias mãosJoão Mendonça
 
Aula de Redação nº 20
Aula de Redação nº 20Aula de Redação nº 20
Aula de Redação nº 20João Mendonça
 
Aula de Redação nº 16 e 17
Aula de Redação nº 16 e 17Aula de Redação nº 16 e 17
Aula de Redação nº 16 e 17João Mendonça
 
O dilema das drogas (internação compulsória)
O dilema das drogas (internação compulsória)O dilema das drogas (internação compulsória)
O dilema das drogas (internação compulsória)João Mendonça
 
Obesidade e mobilidade urbana
Obesidade e mobilidade urbanaObesidade e mobilidade urbana
Obesidade e mobilidade urbanaJoão Mendonça
 
Reconstrução de escrita
Reconstrução de escritaReconstrução de escrita
Reconstrução de escritaJoão Mendonça
 
Bazar da gratidaõ 2012
Bazar da gratidaõ 2012 Bazar da gratidaõ 2012
Bazar da gratidaõ 2012 João Mendonça
 
Competências avaliativas
Competências avaliativasCompetências avaliativas
Competências avaliativasJoão Mendonça
 
A linguagem objetiva na redação
A linguagem objetiva na redaçãoA linguagem objetiva na redação
A linguagem objetiva na redaçãoJoão Mendonça
 
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.João Mendonça
 
Aula de Redação nº 19
Aula de Redação nº 19Aula de Redação nº 19
Aula de Redação nº 19João Mendonça
 

Destaque (20)

Correções linguísticas de redações
Correções linguísticas de redaçõesCorreções linguísticas de redações
Correções linguísticas de redações
 
Errros do 2º simulado
Errros do 2º simuladoErrros do 2º simulado
Errros do 2º simulado
 
Trazer ou não mais médicos para o Brasil
Trazer ou não mais médicos para o BrasilTrazer ou não mais médicos para o Brasil
Trazer ou não mais médicos para o Brasil
 
Noite da gratidão 2012
Noite da gratidão 2012Noite da gratidão 2012
Noite da gratidão 2012
 
O trabalho escravo no brasil de hoje
O trabalho escravo no brasil de hojeO trabalho escravo no brasil de hoje
O trabalho escravo no brasil de hoje
 
O caminho da escrita
O caminho da escritaO caminho da escrita
O caminho da escrita
 
Aula de Redação nº 02
Aula de Redação nº 02Aula de Redação nº 02
Aula de Redação nº 02
 
Temas de atualidades
Temas de atualidadesTemas de atualidades
Temas de atualidades
 
Observações acerca do 1º simulado
Observações acerca do 1º simuladoObservações acerca do 1º simulado
Observações acerca do 1º simulado
 
Pec das domésticas justiça social com as próprias mãos
Pec das domésticas  justiça social com as próprias mãosPec das domésticas  justiça social com as próprias mãos
Pec das domésticas justiça social com as próprias mãos
 
Aula de Redação nº 20
Aula de Redação nº 20Aula de Redação nº 20
Aula de Redação nº 20
 
Aula de Redação nº 16 e 17
Aula de Redação nº 16 e 17Aula de Redação nº 16 e 17
Aula de Redação nº 16 e 17
 
O dilema das drogas (internação compulsória)
O dilema das drogas (internação compulsória)O dilema das drogas (internação compulsória)
O dilema das drogas (internação compulsória)
 
Obesidade e mobilidade urbana
Obesidade e mobilidade urbanaObesidade e mobilidade urbana
Obesidade e mobilidade urbana
 
Reconstrução de escrita
Reconstrução de escritaReconstrução de escrita
Reconstrução de escrita
 
Bazar da gratidaõ 2012
Bazar da gratidaõ 2012 Bazar da gratidaõ 2012
Bazar da gratidaõ 2012
 
Competências avaliativas
Competências avaliativasCompetências avaliativas
Competências avaliativas
 
A linguagem objetiva na redação
A linguagem objetiva na redaçãoA linguagem objetiva na redação
A linguagem objetiva na redação
 
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.
Temas para o Enem 2013 e Redação exemplo comentada.
 
Aula de Redação nº 19
Aula de Redação nº 19Aula de Redação nº 19
Aula de Redação nº 19
 

Semelhante a Realismo/Naturalismo

língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubaslíngua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubasWesley Germano Otávio
 
Memórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasMemórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasThamires Martins
 
Memórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasMemórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasVIVIAN TROMBINI
 
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiroPortal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiroJonathan Azevedo
 
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...Cláudia Heloísa
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasrafabebum
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasSeduc/AM
 
Artigo memorias postumas imprimir
Artigo memorias postumas imprimirArtigo memorias postumas imprimir
Artigo memorias postumas imprimirwgenilene
 
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assisjasonrplima
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasIgorabelardo1997
 
Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Vinicius Soco
 
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS anaclarabalelo
 
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assisseminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de AssisDhiulianaMorais
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Memórias Póstumas de Brás  Cubas Memórias Póstumas de Brás  Cubas
Memórias Póstumas de Brás Cubas Cláudia Heloísa
 

Semelhante a Realismo/Naturalismo (20)

Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
Realismo Machado de Assis
Realismo   Machado de AssisRealismo   Machado de Assis
Realismo Machado de Assis
 
Realismo Dom Casmurro
Realismo Dom CasmurroRealismo Dom Casmurro
Realismo Dom Casmurro
 
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubaslíngua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
língua portuguesa ficha literaria memórias póstumas de brás cubas
 
Memórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás CubasMemórias Postumas de Brás Cubas
Memórias Postumas de Brás Cubas
 
Memórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubasMemórias postumas de brás cubas
Memórias postumas de brás cubas
 
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiroPortal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
 
Dom Casmurro
Dom CasmurroDom Casmurro
Dom Casmurro
 
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
CONFIRA A ATUALIZAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO EM https://www.slideshare.net/clauhe...
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
Memórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubasMemórias póstumas de brás cubas
Memórias póstumas de brás cubas
 
Portugues4em
Portugues4emPortugues4em
Portugues4em
 
Artigo memorias postumas imprimir
Artigo memorias postumas imprimirArtigo memorias postumas imprimir
Artigo memorias postumas imprimir
 
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de AssisMemórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
 
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás CubasMemórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas
 
Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas Memorias Bras Cubas
Memorias Bras Cubas
 
Dom casmurro
Dom casmurroDom casmurro
Dom casmurro
 
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
SLIDE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
 
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assisseminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
seminário de literatura sobre o livro Machado de Assis
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Memórias Póstumas de Brás  Cubas Memórias Póstumas de Brás  Cubas
Memórias Póstumas de Brás Cubas
 

Mais de João Mendonça

O aumento da expectativa de vida no brasil
O aumento da expectativa de vida no brasilO aumento da expectativa de vida no brasil
O aumento da expectativa de vida no brasilJoão Mendonça
 
Estrutura da redação enem
Estrutura da redação enemEstrutura da redação enem
Estrutura da redação enemJoão Mendonça
 
Lixo no Brasi: um grave problema ambiental
Lixo no Brasi: um grave problema ambientalLixo no Brasi: um grave problema ambiental
Lixo no Brasi: um grave problema ambientalJoão Mendonça
 
O processo adotivo no brasil
O processo adotivo no brasilO processo adotivo no brasil
O processo adotivo no brasilJoão Mendonça
 
Os desafios dos indígenas na contemporaneidade
Os desafios dos indígenas na contemporaneidadeOs desafios dos indígenas na contemporaneidade
Os desafios dos indígenas na contemporaneidadeJoão Mendonça
 
Justiça com as próprias mãos
Justiça com as próprias mãosJustiça com as próprias mãos
Justiça com as próprias mãosJoão Mendonça
 
Particularidades lexicais da língua portuguesa
Particularidades lexicais da língua portuguesaParticularidades lexicais da língua portuguesa
Particularidades lexicais da língua portuguesaJoão Mendonça
 
O crescente número de suicídios no Brasil
O crescente número de suicídios no BrasilO crescente número de suicídios no Brasil
O crescente número de suicídios no BrasilJoão Mendonça
 
O trabalho voluntariado no Brasil
O trabalho voluntariado no BrasilO trabalho voluntariado no Brasil
O trabalho voluntariado no BrasilJoão Mendonça
 
Os desafios de conviver em sociedade no século XXI
Os desafios de conviver em sociedade no século XXIOs desafios de conviver em sociedade no século XXI
Os desafios de conviver em sociedade no século XXIJoão Mendonça
 
Linguagem e estrutura da redação
Linguagem e estrutura da redaçãoLinguagem e estrutura da redação
Linguagem e estrutura da redaçãoJoão Mendonça
 
O trabalho escravo no Brasil do século XXI
O trabalho escravo no Brasil do século XXIO trabalho escravo no Brasil do século XXI
O trabalho escravo no Brasil do século XXIJoão Mendonça
 
Revisão e dicas para a Redação/Enem
Revisão e dicas para a Redação/EnemRevisão e dicas para a Redação/Enem
Revisão e dicas para a Redação/EnemJoão Mendonça
 
O papel do professor no século xxi
O papel do professor no século xxiO papel do professor no século xxi
O papel do professor no século xxiJoão Mendonça
 
A problemática da moradia no brasil
A problemática da moradia no brasilA problemática da moradia no brasil
A problemática da moradia no brasilJoão Mendonça
 
Valorização da cultura nacional na formação da identidade
Valorização da cultura nacional na formação da identidade Valorização da cultura nacional na formação da identidade
Valorização da cultura nacional na formação da identidade João Mendonça
 
Os desafios de viver em sociedade
Os desafios de viver em sociedadeOs desafios de viver em sociedade
Os desafios de viver em sociedadeJoão Mendonça
 
O esporte como inclusão social
O esporte como inclusão socialO esporte como inclusão social
O esporte como inclusão socialJoão Mendonça
 

Mais de João Mendonça (20)

A redação enem dicas
A redação enem dicasA redação enem dicas
A redação enem dicas
 
O aumento da expectativa de vida no brasil
O aumento da expectativa de vida no brasilO aumento da expectativa de vida no brasil
O aumento da expectativa de vida no brasil
 
Estrutura da redação enem
Estrutura da redação enemEstrutura da redação enem
Estrutura da redação enem
 
Lixo no Brasi: um grave problema ambiental
Lixo no Brasi: um grave problema ambientalLixo no Brasi: um grave problema ambiental
Lixo no Brasi: um grave problema ambiental
 
O processo adotivo no brasil
O processo adotivo no brasilO processo adotivo no brasil
O processo adotivo no brasil
 
Os desafios dos indígenas na contemporaneidade
Os desafios dos indígenas na contemporaneidadeOs desafios dos indígenas na contemporaneidade
Os desafios dos indígenas na contemporaneidade
 
Justiça com as próprias mãos
Justiça com as próprias mãosJustiça com as próprias mãos
Justiça com as próprias mãos
 
Particularidades lexicais da língua portuguesa
Particularidades lexicais da língua portuguesaParticularidades lexicais da língua portuguesa
Particularidades lexicais da língua portuguesa
 
O crescente número de suicídios no Brasil
O crescente número de suicídios no BrasilO crescente número de suicídios no Brasil
O crescente número de suicídios no Brasil
 
O trabalho voluntariado no Brasil
O trabalho voluntariado no BrasilO trabalho voluntariado no Brasil
O trabalho voluntariado no Brasil
 
Os desafios de conviver em sociedade no século XXI
Os desafios de conviver em sociedade no século XXIOs desafios de conviver em sociedade no século XXI
Os desafios de conviver em sociedade no século XXI
 
A obesidade no brasil
A obesidade no brasilA obesidade no brasil
A obesidade no brasil
 
Linguagem e estrutura da redação
Linguagem e estrutura da redaçãoLinguagem e estrutura da redação
Linguagem e estrutura da redação
 
O trabalho escravo no Brasil do século XXI
O trabalho escravo no Brasil do século XXIO trabalho escravo no Brasil do século XXI
O trabalho escravo no Brasil do século XXI
 
Revisão e dicas para a Redação/Enem
Revisão e dicas para a Redação/EnemRevisão e dicas para a Redação/Enem
Revisão e dicas para a Redação/Enem
 
O papel do professor no século xxi
O papel do professor no século xxiO papel do professor no século xxi
O papel do professor no século xxi
 
A problemática da moradia no brasil
A problemática da moradia no brasilA problemática da moradia no brasil
A problemática da moradia no brasil
 
Valorização da cultura nacional na formação da identidade
Valorização da cultura nacional na formação da identidade Valorização da cultura nacional na formação da identidade
Valorização da cultura nacional na formação da identidade
 
Os desafios de viver em sociedade
Os desafios de viver em sociedadeOs desafios de viver em sociedade
Os desafios de viver em sociedade
 
O esporte como inclusão social
O esporte como inclusão socialO esporte como inclusão social
O esporte como inclusão social
 

Último

Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 

Realismo/Naturalismo

  • 1. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com O REALISMO NO BRASILO REALISMO NO BRASIL CRONOLOGIA DO REALISMO/NATURALISMO Período: Séc. XIX  Início: 1881 – publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (Realismo), e de O Mulato, de Aluísio Azevedo (Naturalismo).  Término: 1893 – publicação de Missal e Broqueis, de Cruz e Sousa, obras que iniciam o Simbolismo.
  • 2. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com DIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E ODIFERÊÇAS ENTRE O REALISMO E O NATURALISMONATURALISMO REALISMO Quanto à forma Quanto ao conteúdo __ Objetivismo; __ Descrições e adjetivação; __ Linguagem culta e direta; __ Narrativa lenta, acompanhando o tempo psicológico; __ Universalismo; __ Deixa as conclusões para o leitor. __ personagens trabalhadas psicologicamente; __ herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas; __ casamento como instituição falida; contrato de interesses e conveniências; __ amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais; __ mulher não idealizada, mostrada com defeitos e qualidades; __ evidencia os defeitos e vícios da burguesia urbana.
  • 3. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com NATURALISMO Quanto à forma Quanto ao conteúdo __ linguagem simples; __ clareza, equilíbrio e harmonia na composição; __ preocupação com minúcias; __ presença de palavras regionais; __ descrição e narrativas lentas; __ impessoalidade; __ expõe conclusões extraídas dos fatos apresentados. __ Determinismo; __ objetivismo científico; __ observação e análise da realidade; __ ser humano descrito sob a ótica do animalesco e do sensual; __ despreocupação com a moral; __ literatura engajada; __ procura descrever as classes inferiores (proletários, marginais, etc.
  • 4. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com MACHADO DE ASSIS – O BRUXOMACHADO DE ASSIS – O BRUXO Principais características literárias de Machado de Assis  Antecipação da modernidade literária;  Enredo não-linear;  Microcapítulos digressivos;  Metalinguagem;  Estilo antirretórico;  Análise psicológica/psicanalítica das personagens;  Humor sutil e permanente;  Ironia fina e corrosiva;  Visão metafísica relativista d todos os valores humanos (pessimismo).
  • 5. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Principais obras de Machado de Assis • Poesias (em que desenvolveu o estilo parnasiano): Crisálidas (1864); Falenas (869); Americanas (1875); Poesias completas (1901). • Romance I – fase romântica: Ressurreição (1872); A mão e a luva (1874); Helena (1876); Iaiá Garcia (1878); II – fase realista: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó (1904); Memorial de Aires (1908). • Conto: Contos fluminenses (1869); Histórias da meia-noite (1873); Papéis avulsos (1882); Histórias sem data (1884); Várias histórias (1896); Páginas recolhidas (1899); Relíquias da casa velha (1906). • Teatro: Desencantos (1863); Quase ministro (1866); Os deuses de casaca (1870); Tu, só tu, puro amor (1896).
  • 6. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Memórias póstumas de Brás Cubas Dedicando a obra “ao verme que primeiro roeu as frias carnes” de seu cadáver, Brás Cubas apresenta-se como um “defunto autor”. Nos primeiro capítulos do livro, ele conta sua morte, aos 64 anos; depois, volta ao passado, narrando sua infância, juventude e vida adulta. De família rica, Brás Cubas havia sido um menino mimado e jovem esbanjador, conforme revela seu namoro como Marcela, prostituta de luxo com a qual dissipa grande parte de sua fortuna. Não consegue concretizar os planos matrimoniais e políticos que o pai havia traçado para ele. Perde o cargo político que almejava e também a noiva, Virgília, que mais tarde se tornará sua amante. Assim, a vida de Brás Cubas transforma-se numa sucessão de fiascos, nem sempre narrados de modo imparcial, porém freqüentemente com o desencanto e cinismo que caracterizam a personagem. No final, sua companhia mais constante é Quincas Borba, antigo colega de classe, com quem entretém longas conversas sobre a teoria filosófica criada por este e chamada de Humaninistismo – idéia fixa que terminaria por levar Quincas à loucura e à morte.
  • 7. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Obs.: Escritas após sua morte por um narrador-personagem, Brás Cubas, estas Memórias póstumas constituem um grandioso romance, de leitura difícil, mas profundamente enriquecedora. O fato de Brás Cubas colocar-se como um “defunto autor”, isto é, como alguém que conta a sua vida além-túmulo, dá-nos a impressão d que este relato seria caracterizado pela isenção, pela imparcialidade de quem já não tem necessidade de mentir, pois deixou o mundo e todas as suas ilusões. Entretanto, esta é uma das famosas armadilhas machadianas contra a credulidade do leitor ingênuo e romântico de sua época. A figura de Brás Cubas constitui uma inversão da travessia dos heróis burgueses, tematizados pela literatura realista. Além da negação do herói e da estrutura tradicionais da literatura realista, a obra questiona os modelos literários ideológicos importados pelo Brasil, fazendo a paródia das doutrinas positivistas e deterministas, por exemplo, através da filosofia do Humanitismo e de seu criador, o filósofo maluco Quincas Borba, que reaparece em Quincas Borba.
  • 8. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Dom Casmurro Dom Casmurro é o apelido que recebe o narrador, Bento Santiago, ao tornar-se um velho ensimesmado, solitário e melancólico. Ele narra seu passado, desde a adolescência. De família rica, Bentinho – como era chamado na juventude – perdeu o pai cedo e foi criado por D. Glória, sua mãe, numa casa confortável, que dividiam com alguns parentes, como seu tio Cosmo e a prima Justina, e ainda um agregado, José Dias. Para atender a uma promessa de D. Glória, eu perdera o filho primeiro, Bentinho deveria tornar-se padre, se sobrevivesse. Na adolescência, entretanto, apaixona-se pro Capitu, vizinha com quem convivia desde a infância . alertada por José Dias sobre o namoro do filho, D. Glória decide enviar logo Bentinho ao seminário. Aí, ele torna-se amigo de Escobar, que sugere a solução, afinal aceita, para desonerá-lo da promessa da mãe: D. Glória adotaria um menino pobre, que se tornaria padre em seu lugar.
  • 9. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Bentinho forma-se em Direito e casa-se com Capitu. Escobar desposa Sancha, amiga de Capitu, com quem tem uma filha. Depois de alguns anos, nasce Ezequiel, para alegria de Bentinho e Capitu. Em episódio trágico interrompe a rotina em que viviam. Nadando numa manhã de ressaca, isto é, com o mar muito agitado, Escobar morre afogado. No velório, Bentinho fica com ciúme do modo como Capitu olha para o morto. E desde então começa a observar no filho as mesmas características do falecido amigo. O fantasma do adultério povoa a imaginação de Bentinho, a ponto de decidir se separar. Capitu muda-se para a Suíça com o filho. Anos depois, com a morte dela, Ezequiel volta para o Rio, onde fica por seis meses. Durante uma viagem de pesquisa arqueológica no Egito, contrai febre tifóide e morre. No final da vida, Bentinho – agora Com Casmurro – mora sozinho em uma casa que mandou construir, semelhante àquela onde havia passado a infância e a adolescência.
  • 10. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Obs.: Dom Casmurro é a história, contada pelo marido, de um adultério a seu ver cometido pela mulher... Narrado em 1ª pessoa, por um narrador- personagem que se autointitula Dom Casmurro e que conta a vida de Bentinho, o jovem que foi, este romance significou, por mais de 60 anos, mais um exemplo de adultério feminino explorado pela literatura realista. Entretanto, em 1960, uma professora americana, Helen Cadwel, propôs a sua releitura, apontando Bentinho, e não a esposa, Capitu, como o problema central a se desvendado. Desde então o romance vem sendo lido e relido, com novas chaves que cada vez mais comprovam tratar-se de um enigma elaborado pelo mestre Machado de Assis. Entre tais chaves destaca-se a não confiabilidade do narrador, aqui umbilicalmente envolvido com o que conta por sua personalidade ciumenta, invejosa, cruel e perversa a ponto de destruir aqueles que ama por suspeitas que o leitor atento percebe serem no mínimo discutíveis.
  • 11. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Quincas Borba Apesar do título, Quincas Borba é uma personagem secundária que morre logo no início do livro. Trata-se do mesmo Quincas Borba que protagonizou algumas cenas ao lado de seu amigo Brás Cubas, em Memórias póstumas. Ao morrer, Quincas deixa toda a sua fortuna a Rubião, seu enfermeiro, com a condição de cuidar de seu cachorro, também chamado Quincas Borba, como se cuidasse de um ser humano. De posse da herança, Rubião parte da cidade mineira de Barbacena para o Rio de Janeiro. No trem conhece um casa, Cristiano e Sofia Palha, que logo percebem estar diante de um novo-rico, ingênuo e simplório, de quem poderão obter vantagens financeiras. Tornam-se amigos. Com a cumplicidade do ambicioso marido, Sofia Palha provoca a paixão de Rubião, fazendo-o acreditar que é correspondido.
  • 12. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Em pouco tempo, Rubião se vê rodeado de “amigos” que praticamente ocupam sua casa. Obcecado por Sofia, deixa seus negócios aos cuidados de Palha, que enriquece rapidamente. Sem estrutura psicológica, Rubião torna-se esbanjador, tenta sem sucesso ingressar na política e, frustrado pelo amor não concretizado, aos poucos perde a lucidez. Em seus delírios, imagina-se Napoleão e Sofia, sua imperatriz. Abandonado por todos, Rubião é internado em um hospício, tendo por companhia somente o cachorro Quincas Borba, com quem foge para Barbacena. Aí chegando, perambula pelas ruas até ser socorrido por uma antiga conhecida. Exclama a toda hora a célebre afirmação de Quincas Borba: “Ao vencedor as batatas!” Morre poucos dias depois, o mesmo acontecendo ao cão.
  • 13. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Obs.: Narrada em 3ª pessoa, em Quincas Borba reaparece o filósofo- maluco amigo de Brás Cubas, a quem este ajudara quando estava na miséria. É mais uma narração irônica do “antimodelo” de Machado de Assis. O tema central de Quincas Borba é a transformação do homem em objeto do homem, a coisificação. O capitalista Cristiano Palha usa a esposa Sofia para usurpar, que, no entanto, enlouquece de amor. A ruína de Rubião (econômica, moral e física) prova a idéia de que ser fraco é ser culpado. Esse princípio fora aplicado por Charles Darwin ao descrever a seleção natural das espécies. Em Quincas Borba, Machado de Assis faz uma paródia desse processo, mostrando que na sociedade a luta é tão voraz quanto na natureza.
  • 14. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com RAUL POMPÉIA (1863 – 1895)RAUL POMPÉIA (1863 – 1895) O traço mais marcante das obras de Raul Pompéia é seu estilo artístico, voltado para a criação de imagens inesperadas. Em sua principal obra, OO AteneuAteneu, alguns críticos consideram que não há propriamente um enredo, mas, sim, uma sequência de imagens, transmitidas ao leitor. Contribuem para esse efeito as ilustrações de episódios do dia-a-dia feita pelo próprio autor. O Cortiço é considerado por parte da crítica como realista; por outra parte como naturalista.
  • 15. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913)ALUISIO AZEVEDO (1857 – 1913) Aluisio Azevedo é a principal expressão da prosa naturalista no Brasil. Mesmo tendo introduzido o Naturalismo no Brasil (O Mulato, 1881), ele não produziu apenas obras naturalistas. Escreveu também verdadeiros folhetins românticos, bem ao gosto popular, porque estes é que lhe asseguravam a sobrevivência.
  • 16. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com O Cortiço O Cortiço é habitado por pessoas exploradas em três níveis por João Romão, o proprietário: são seus inquilinos, trabalham em sua pedreira e fazem compras em sua taverna. À medida que vai enriquecendo, João Romão prepara-se para se casar com Zulmira, filha do Miranda, o burguês dono do sobrado no qual sua ambição se espelha, a fim de consolidar a própria ascensão social. No entanto, vive amasiado com Bertoleza, uma escrava supostamente alforriada. Jerônimo, um português sério e conservador, e sua mulher, Piedade, aparecem no cortiço, desencadeando um episódio marcante no livro. Jerônimo apaixona-se por Rita Baiana, a típica mulata sensual e bela, que namora Firmo, um capoeirista, morador do “Cabeça de Gato”, outro cortiço, próximo ao de João Romão.
  • 17. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com No enfrentamento entre os rivais, Jerônimo é ferido com uma navalha; depois, numa emboscada, assassina Firmo. Esse episódio desemboca num confronto entre os cortiços, do qual resulta um incêndio que só trará melhorias e prosperidade a João Romão. Para livrar-se da amante negra, ele a delata aos antigos senhores. Quando estes aparecem para capturá-la, Bertoleza suicida-se com uma faca de cozinha.
  • 18. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Obs.: O grande personagem do livro é o próprio cortiço. O cenário, o ambiente, é descrito em toda a sua sujeira, podridão, promiscuidade. O ambiente degredado gera seres degredados, a imunidade do cenário transfere-se para as almas humanas. O Cortiço é quem determina o comportamento dos indivíduos que se moldam, agem e vivem de acordo com suas características. É o determinismo do meio.
  • 19. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com O Mulato Saindo criança de São Luís para Lisboa, Raimundo viajava órfão de pai, um ex-comerciante português, e afastado da mãe, Domingas, uma ex-escrava do pai. Depois de anos na Europa, Raimundo volta formado para o Brasil. Passa um ano no Rio e decide regressar a São Luís para rever seu tutor e tio, Manuel Pescada. Bem recebido pela família do tio, Raimundo desperta logo as atenções de sua prima Ana Rosa que, em dado momento, lhe declara seu amor. Essa paixão correspondida encontra, todavia, três obstáculos: o do pai, que queria a filha casada com um dos caixeiros da loja; o da avó Maria Bárbara, mulher racista e de maus bofes; o do Cônego Diogo, comensal da casa e adversário natural de Raimundo. Todos três conheciam as origens negróides de Raimundo. E o Cônego Diogo era o mais empenhado em impedir a ligação, uma vez que fora responsável pela morte do pai do jovem. Foi assim: depois que Raimundo nasceu, seu pai, José Pedro da Silva, casou-se com Quitéria Inocência de Freitas Santiago, mulher branca. Suspeitando da atenção particular que José Pedro dedicava ao pequeno Raimundo e à escrava Domingas, Quitéria ordena que açoitem a negra e lhe queimem as partes genitais. Desesperado, José Pedro carrega o filho e leva-o para a casa do irmão, em São Luís. De volta à fazenda, imaginando Quitéria ainda refugiada na casa da mãe, José Pedro ouve vozes em seu quarto. Invadindo-o, o fazendeiro surpreende Quitéria e o então Padre Diogo em pleno adultério.
  • 20. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Desonrado, o pai de Raimundo mata Quitéria, tendo Diogo como testemunha. Graças à culpa do adultério e à culpa do homicídio, forma-se um pacto de cumplicidade entre ambos. Diante de mais essa desgraça, José Pedro abandona a fazenda, retira-se para a casa do irmão e adoece. Algum tempo depois, já restabelecido, José Pedro resolve voltar à fazenda, mas, no meio do caminho, é tocaiado e morto. Por outro lado, devagarzinho, o Padre Diogo começara a insinuar-se também na casa de Manuel Pescada. Raimundo ignorava tudo isso. Em São Luís, já adulto, sua preocupação básica é a de desvendar suas origens e, por isso, insiste com o tio em visitar a fazenda onde nascera. Durante o percurso a São Brás, Raimundo começa a descobrir os primeiros dados sobre suas origens e insiste com o tio para que lhe conceda a mão de Ana Rosa. Depois de várias recusas, Raimundo fica sabendo que o motivo da proibição devia-se à cor de sua pele. De volta a São Luís, Raimundo muda- se da casa do tio, decide voltar para o Rio, confessa em carta a Ana Rosa seu amor, mas acaba não viajando. Apesar das proibições, Ana Rosa e ele concertam um plano de fuga. No entanto, a carta principal fora interceptada por um cúmplice do Cônego Diogo, o caixeiro Dias, empregado de Manuel Pescada e forte pretendente, sempre repelido, à mão de Ana Rosa. Na hora da fuga, os namorados são surpreendidos. Arma-se o escândalo, do qual o cônego é o grande regente. Raimundo retira-se desolado e, ao abrir a porta de casa, um tiro acerta-o pelas costas. Com uma arma que lhe emprestara o Cônego Diogo, o caixeiro Dias assassina o rival. Ana Rosa aborta. Entretanto, seis anos depois, vemo-la saindo de uma recepção oficial, de braço com o Sr. Dias e preocupada com os "três filhinhos que ficaram em casa, a dormir".
  • 21. Redação – Prof. João Mendonça Blog - http://profjcmendonca.blogspot.com Obs.: O Mulato é um romance que provocou escândalo. Nele, publicado em 1881, em São Luís, Aluísio Azevedo tocou em duas questões muito polêmicas: o racismo e a corrupção dos padres. E isso bastou para que alguns setores da sociedade maranhense se sentissem ofendidas.