4. A infecção oriunda do organismo materno pode atingir
o concepto através da corrente sanguínea pela via
transplacentária (mais comum) ou através da membrana
amniótica íntegra e a partir da infecção materna do trato
genital (menos comum);
Quando um microrganismo presente no espaço
interviloso da placenta atravessa o epitélio trofoblasto e
localiza-se no córion das vilosidades e/ou placa corial,
esse agente infeccioso pode atingir o feto através dos
vasos fetais das vilosidades e/ou placa corial.
Chirlei A Ferreira
5. Circulação sanguínea via transplacentária;
Infecção materna do trato genital;
Após realização de procedimentos invasivos.
INFECÇÃO MATERNA
PLACENTITE
Passagem do agente por
pinocitose ou diapedese de
leucócitos maternos infectados
Os agentes atingem
diretamente o feto
Chirlei A Ferreira
6. INFECÇÃO
DISRUPÇÕES DEFORMAÇÕES
(Defeitos morfológico provocado (Forma, volume ou posição anormal
por interferência EXTRÍNSECA no de parte do corpo devido a forças
processo do desenvolvimento) mecânicas)
Aborto
Doenças ao nascer
ou tardias
Parto pré-maturo
CIUR
Neomortalidade Natimortalidade
Chirlei A Ferreira
7. AGENTE COMPROMETIMENTO
Vírus da Rubéola Teratogênese
Citomegalovírus Teratogênese
Vírus do Herpes Simples Teratogênese
Vírus da Varicela Zoster Teratogênese
Vírus da Caxumba Fibroelastose cardíaca
Toxoplasmose Hidrocefalia e doença fetal
Sífilis Hidropsia não imune e doença fetal
Vírus da Hepatite B Doença fetal
HIV Doença fetal
Clamídia Doença fetal
Chirlei A Ferreira
9. CONCEITO EPIDEMIOLOGIA
Doença infecto-contagiosa No Brasil a prevalência entre as
sistêmica de evolução crônica, gestantes é estimada entre 3,5e
com períodos de latência e de 4%, variando de 1,1 a 11,5%
agudização segundo a região em estudo,
Causada pelo Treponema dependendo do pré-natal e mais
pallidum, bactéria espiroqueta, alto grau de instrução materna;
Pode ser transmitida por contato Estima-se que na rede pública
sexual ou transplancentária. 4% das gestantes são positivas
para o teste sorológico e que pelo
menos 40% dos seus recém-
nascidos são acometidos.
Chirlei A Ferreira
11. Taxas de transmissão vertical da sífilis
FORMAS CLÍNICAS TAXA DE TRANSMISSÃO
Primária 70-100%
Secundária 90%
Latente Precoce 40%
Latente Tardia 6-14%
Chirlei A Ferreira
12. Parto
Aborto Prematuro
(5-32%) (9-36%)
Morte
Perinatal
(25%)
Hidropsia não
imune
SÍFILIS
CONGÊNITA CIUR
Lesões
mucosa Lesões
orofaringiana cutâneas
Condiloma Pênfigo
Plano palmo -
plantar
Chirlei A Ferreira
14. INSUFICIÊNCIA
HEPATOMEGALIA
CARDÍACA
RINITE
SEROSSANGUINOLENTA
OUTROS
Infiltrado
inflamatório
Endarterite
SISTEMA
obliterativa
ESQUELÉTICO
Fibrose perivascular
Osteocondrite
Fibrose intersticial
Periostite
osteomielite
Chirlei A Ferreira
15. A MÃE O FETO E O RN
Todas as gestantes devem ser O exame da doença fetal e
testadas com o VDRL na realizado pela pesquisa do
primeira consulta de pré-natal e treponema no líquido
nos dois trimestres posteriores; amniótico, utilizando-se a
eficácia de PCR, pois a IgG
Caso o teste seja positivo deve materna atravessa a placenta e
ser confirmado com o teste positiva as provas laboratoriais e
treponêmico e, se este for o FTA-Abs não é isento de
positivo, o tratamento deve ser falhas.
realizado. O exame neonatal dos casos
suspeitos deve incluir pesquisa
de IgM específico em sangue de
cordão umbilical.
Chirlei A Ferreira
16. FASE DA DOENÇA MEDICAMENTOS DOSE (VIA)
Recente (<1 ano) Penicilina G 2,4 milhões UI duas doses
Primária Benzatina com intervalo de 7 dias IM
Secundária
Terciária
Tardia (>1 ano) Penicilina G 2,4 milhões UI três doses
Latente Tardia Benzatina com intervalo de 7 dias IM
Terciária
Ignorada
HIV positivo
Neurosífilis Penicilina Cristalina 2 a 4 milhões UI a cada 4
horas durante 7 a 10 dias
Chirlei A Ferreira
17. MÃE COM VDRL
REAGENTE E FTA
ABS REAGENTE NA
GESTAÇÃO
Mãe Inadequadamente Tratada
Mãe adequadamente Tratada droga que não a Penicilina
Tratamento < 30 dias do parto
Tratamento mal documentado
Evidência de reinfecção
VDRL do RN Parceiro não tratado
(sangue
periférico)
VDRL do RN
(sangue
VDRL reagente com periférico)
VDRL não reagente
titulação > que a
ou titulação ≤ que a
materna VDRL reagente com
materna VDRL não reagente ou
titulação > que a
titulação ≤ que a
NÃO TRATAR Raio-x de ossos materna e/ou
materna, assintomática
Acompanhar a longos, líquor com alterações clínicas e/ou
com exames
titulação até sorologia para sífilis laboratorial
laboratoriais normais
negativar
Sem alteração liquórica: Penicilina G
Cristalina ou Penicilina G Procaína
VDRL Com alteração liquórica: PG cristalina. A Penicilina
NEGATIVO duração do tratamento e a dose estará na Benzatina
dependência da idade do RN
ALTA
Chirlei A Ferreira
18. Curvatura anormal dos ossos
longos e arqueamento dos ossos;
Hidropsia não imune, com foco na
ascite;
Aumento abdominal secundário a
ascite;
Hepatoesplenomegalia;
Obstrução intestinal;
Placentomegalia
Chirlei A Ferreira
19. Toda a gestante deve ser testada com VDRL na primeira
consulta pré-natal e nos dois trimestres posteriores;
POSITIVO
DIAGNÓSTICO DOENÇA FETAL
•Pesquisa do treponema no líquido
amniótico pela técnica PCR
Chirlei A Ferreira
21. A Toxoplamose é uma zoonose A forma congênita ocorre por
causada pelo protozoário transmissão transplacentária.
Toxoplasma gondii, cujo A forma adquirida é, na maioria
hospedeiro definitivo é o gato e dos casos, benigna e auto-
os hospedeiros intermediários limitada e cerca de 60 a 70% da
são roedores, suínos, bovinos, população adulta já contraiu a
caprinos, aves e o homem; infecção;
As diferentes formas de Apenas 10 a 20% dos casos são
transmissão para o homem sintomáticos, cursando com mal
ocorrem pela ingestão de cistos estar, cefaléia, mialgia, exantema
presentes em carnes cruas ou máculo-papular, odinofagia,
mal cozidas ou de oocistos linfadenopatia e
presentes no solo, alimentos e hepatoesplenomegalia,
água ou transfusão sanguínea e acompanhados ou não de febre.
transplante de órgãos.
Chirlei A Ferreira
23. Na gestação, 90% das infecções são assintomáticas,
reforçando a necessidade de triagem sorológica de
rotina no acompanhamento do pré-natal.
Chirlei A Ferreira
26. A placenta infectada pode apresentar áreas de
necrose, células inflamatórias e presença de
parasitos;
O cérebro comprometido mostra necrose,
proliferação de células gliais e infiltrado linfocítico
perivascular, sendo possível identificar o Toxoplasma
gondii nessas lesões;
As áreas necrosadas sofrem calcificações, sendo
possível a sua detecção através do ultra-som e raio-x;
Também podem ser encontradas lesões necróticas na
retina.
Chirlei A Ferreira
27. INDICAÇÕES O QUE É FEITO?
Em casos de soro conversão Pesquisa do microrganismo
materna de primeiro e segundo através da detecção do DNA do
trimestre, quando os riscos de protozoário no líquido
comprometimento fetal são amniótico pela técnica do PCR,
significativos; após 12-16 semanas de gestação;
O controle sorológico mensal Menos freqüentemente:
permite precisar os período dosagem de IgM específica para
exato da infecção. toxoplasmose no sangue fetal
obtido por cordocentese após 22
semanas de gestação
Chirlei A Ferreira
29. MEDICAMENTOS UTILIZADOS E AS RESPECTIVAS DOSES
RECOMENDADAS
MEDICAMENTO DOSE DIÁRIA (mg) POSOLOGIA
Espiramicina (500 mg) 3000 2 cp de 8/8 h
Sulfadiazina (500 mg) 3000 3 cp 12/12 h
Pirimetamina (25 mg)
Dose inicial (2 primeiros 100 2 cp 12/12 h
dias)
Dose de manutenção 50 2 cp em dose única
Ácido folínico (15 mg) 15 1 cp a cada 2 dias
Chirlei A Ferreira
30. SEMANAS DE GESTAÇÃO ESQUEMA TERAPÊUTICO
Diagnóstico até a 13ª. Semana ESPIRAMICINA
14ª. – 16ª. Semana SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLINICO
17ª. – 19ª. Semana ESPIRAMICINA
20ª. – 22ª. Semana SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLINICO
23ª. – 25ª. Semana ESPIRAMICINA
26ª. – 28 a. semana SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLINICO
29ª. A 31ª. Semana ESPIRAMICINA
32ª. A 34ª. Semana SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLINICO
35ª. Até o parto ESPIRAMICINA
Chirlei A Ferreira
31. A ESPIRAMICINA não consegue tratar o feto, embora previna,
em 65% das oportunidades, a infecção fetal. Seus principais
efeitos colaterais são: diarréia, intolerância gastrointestinal,
tonteira e anorexia;
As gestantes em uso de PIRIMETAMINA realizar hemograma
mensal para avaliação das complicações hematológicas. Seus
efeitos colaterais mais importantes são: anemia, leucopenia,
plaquetopenia, teratogênese, intolerância gastrointestinal,
síndrome de Stevens-Johnson;
Os principais efeitos da SULFADIAZINA são a alergia, “rash”
cutâneo, anemia, intolerância gastrointestinal e
hiperbilirrubinemia no recém-nascido.
Chirlei A Ferreira
33. Doença infecciosa aguda virótica causada pelo vírus RUBI da
família Fogaviridae com genoma de RNA, geralmente. Altamente
contagiosa benigna, porém, quando acomete a gestante pode causar
graves danos ao feto.
A transmissão ocorre de forma horizontal (secreção respiratória) ou
de forma vertical (através de êmbolos de células endoteliais
infectadas dos vasos placentários)
Em 1941 foi demonstrada sua ação na malformação congênita.
Chirlei A Ferreira
34. Infecção Materna Infecção Fetal Malformação Fetal
(semanas) (%) (%)
< 11 semanas 90 100
11 – 12 semanas 73 50
13 – 16 semanas 38 33
17 – 18 semanas 38 7
> 18 semanas 39 0
A transmissão vertical ocorre na dependência de:
estágio do desenvolvimento fetal quando da viremia
status imunológico da mãe
Chirlei A Ferreira
35. A definição clínica da SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
consiste na presença dos sinais compatíveis abaixo, sendo pelo menos
um do grupo (a) e um do grupo (b), ou dois do grupo (a), afastando-
se previamente outras etiologias (citomegalovírus, toxoplasmose,
sífilis, herpes, genéticos e outros)
(a) catarata, glaucoma congênito, retinose pigmentar, deficiência auditiva,
defeito congênito cardíaco (mais freqüentes, persistência do ducto
arterioso e estenose da artéria pulmonar)
(b) púrpura, hepatoesplenomegalia, icterícia, microcefalia, retardo de
desenvolvimento, meningoencefalite, alterações ósseas –
radiotransparencias.
Chirlei A Ferreira
36. SOROLOGIA PARA RUBÉOLA
IgG (-) IgG (+)
IgM (-) IgM (+) IgM (+) IgM (-)
Susceptível. INFECÇÃO INFECÇÃO
Repetir exame AGUDA IMUNE
AGUDA
se contato ou
suspeita
Verificar Diagnóstico Diagnóstico Rotina de
vacinação Fetal Fetal pré-natal
Chirlei A Ferreira
37. Indicado quando infecção materna ocorre antes de 16
semanas.
AMNIOCENTESE PARA PCR 9> 14 semana): após de 1
mês da infecção materna
CORDOCENTESE ( > 22/23 semanas):
Sinais específicos: IgM específica, Cultura viral, PCR
Sinais inespecíficos: IgM total, aumento de GGT e
LDH, anemia, plaquetopenia
Ultra-sonografia seriada: 4 em 4 semanas
Ecocardiografia fetal (comunicação interventricular,
miocardiopatia com espessamento da parede
muscular)
Chirlei A Ferreira
38. Hidrocefalia,
Microcefalia,
Microftalmia,
Catarata.
CIRU,
Hidropsia,
Espessamento placentário
Malformação cardíaca: CIV (pré-natal) e Coarctação da aorta e PCA
(pós-natal)
Chirlei A Ferreira
40. O HIV/AIDS é uma doença caracterizada por uma
disfunção grave do sistema imunológico do indivíduo
infectado pelo retrovírus denominado Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), com dois tipos
conhecidos: HIV-1 e HIV-2;
Na população adulta, as principais formas de
transmissão do vírus são por via sanguínea e sexual,
enquanto que na população infantil, a principal é a
transmissão vertical.
Chirlei A Ferreira
41. A maioria dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65-80%)
ocorre durante o trabalho de parto e período expulsivo por inoculação
direta;
De 20 a 35% acontecem durante a gestação por via transplacentária,
principalmente nas últimas semanas de gestação e 10% dos casos
através do aleitamento materno.
Na patogênese da transmissão vertical estão relacionados múltiplos
fatores:
Carga viral, genótipo e fenótipo viral – baixos níveis de CD4
Estado clínico e imunológico materno
Uso de drogas e praticas sexual desprotegida
Amniorrexe por tempo superior a quatro horas
Fatores inerentes ao RN – prematuridade, baixo peso ao nascer
Amamentação
Chirlei A Ferreira
42. O primeiro passo para a prevenção vertical é a identificação da
gestante infectada na primeira consulta de pré-natal;
A sorologia anti-HIV pela técnica de ELISA (sensibilidade de 100%,
especificidade de 99,4%) é a mais empregada no pré-natal;
Em caso de positividade em um dos testes, é necessário que o
diagnóstico da doença seja confirmado pela técnica de WESTERN-
BLOTT (sensibilidade e especificidade de quase 100%);
A imunofluorescência indireta também tem sido utilizada;
A soroconversão após a infecção retroviral aguda ocorre seis a 12
semanas após o evento responsável pela transmissão do HIV.
Chirlei A Ferreira
43. INVESTIGAÇÃO DE
HIV NA GESTANTE
Aconselhamento
NEGATIVO
Pré-teste
POSITIVO Testagem
para o Iniciar tratamento com
HIV AZT, solicitar CD4 e carga
viral.
INDETERMINADO Investigar outra
Segunda retrovirose.
amostra Tratar a gestante. Realizar monitoramento
NEGATIVO Solicitar CD4 e carga pelo US
POSITIVO viral.
Investigar o parceiro.
Preencher ficha de
Falha na testagem notificação.
Fazer monitoramento
por US.
Aconselhamento pós -
teste
Chirlei A Ferreira
44. Na transmissão vertical transplacentária já foi registrada a presença
do vírus em cultura de células de fetos abortados entre nove e 20
semanas;
O vírus HIV pode provocar lesões em múltiplos órgãos do feto,
principalmente no timo, podendo desencadear timite com posterior
imunossupressão seletiva;
Pode ocorrer redução do peso fetal e crescimento intra-uterino
restrito principalmente nas gestantes fases III e IV da infecção.
Chirlei A Ferreira
45. Avaliações do sistema imunológico: contagem dos linfócitos CD4 e a
carga viral - repetidas a cada três meses, são reduzidos para quatro a
seis semanas quando se inicia ou altera o tratamento anti-retroviral;
Pré-natal: oferecer suporte emocional, afastar fatores adversos como
alcoolismo, tabagismo, uso de drogas injetáveis e relações sexuais
desprotegidas, avaliar progressão de infecções oportunistas e possível
toxicidade dos anti-retrovirais, como função hepática e renal,
hemograma repetido, sorologias de doenças infecciosas e PPD;
Exame físico: avaliar os sistemas mais afetados como orofaringe e
esôfago (candidíase), pulmões, herpes zoster recorrente, neoplasias
cervicais recorrentes e herpes recorrente e atípicos.
Chirlei A Ferreira
46. Primeira consulta 24 – 28 semanas
Exames do perfil obstétrico (tipagem Sorologia para sífilis e
sanguínea, Coombs indireto se
necessário, urina tipo I e urocultura, toxoplasmose,
sorologia para sífilis, toxoplasmose,
hepatite B e C, glicemia de jejum e Bacterioscopia de secreção
teste de sobrecarga à glicose, se vaginal,
necessário;
CD4, carga viral; Glicemia de jejum
Perfil lipídico e provas de função renal; Urina tipo I
Hemograma e enzimas hepáticas a
cada 2 meses CD4 e carga viral, para
Reação de Mantoux readequar TARV
Bacterioscopia de secreção vaginal,
Pesquisa de Clamídia e Gonococo em
secreção cervical. 34 SEMANAS = carga viral para
definir a via de parto
Chirlei A Ferreira
48. CENÁRIO 1
IDADE GESTACIONAL < 14 SEMANAS
Clínica Assintomática
Uso de TARV Não
CD4 Coletar sangue para sua aferição
Carga viral Coletar sangue para sua aferição
CENÁRIO 2A
IDADE GESTACIONAL ENTRE 14 e 27 SEMANAS
Clínica Assintomática
Uso de TARV Não
CD4 >350 células/mm³
Carga Viral <10.000 cópias/ml
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação Após 14 semanas, iniciar AZT oral (300
mg 12/12) ou TARV combinada
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no
momento do parto
Chirlei A Ferreira
49. CENÁRIO 2B
IDADE GESTACIONAL ENTRE 14 e 27 SEMANAS
Clínica Assintomática
Uso de TARV Não
CD4 >350 células/mm³
Carga Viral ≥ 10.000 cópias/ml
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação Iniciar TARV combinada com esquema que inclua a
zidovudina. Preferencialmente, os esquemas
sugeridos são: AZT + 3TC + Nelfinavir ou AZT + 3TC
+ Nevirapina
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no momento do
parto
Chirlei A Ferreira
50. CENÁRIO 3 A
IDADE GESTACIONAL ENTRE ≥ 28 SEMANAS
Clínica Assintomática
Uso de TARV Não
CD4 >350 células/mm³
Carga Viral < 1.000 cópias/ml
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação AZT oral (300 mg VO a cada 12 horas)
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no momento do
parto
Chirlei A Ferreira
51. CENÁRIO 3 B
IDADE GESTACIONAL ENTRE ≥ 28 SEMANAS
Clínica Assintomática
Uso de TARV Não
CD4 >350 células/mm³ ou não disponível
Carga Viral ≥ 1.000 cópias/ml ou não disponível
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação Iniciar TARV combinada com esquema que inclua a
zidovudina. Preferencialmente os esquemas
sugeridos são: AZT + 3TC + Nelfinavir ou AZT + 3TC
+ Nevirapina
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no momento do
parto
Chirlei A Ferreira
52. CENÁRIO 4
IDADE GESTACIONAL INDEPENDENTE
Clínica Sintomática
Uso de TARV Não
CD4 < 350 células/mm³
Carga Viral Independente
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação TARV combinada com esquema que inclua a
zidovudina. Preferencialmente os esquemas
sugeridos são: AZT = 3TC + Nevirapina
Iniciar profilaxia primária para pneumocistose
(PPC) com SMX + TMP
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no momento do
parto
Chirlei A Ferreira
53. CENÁRIO 5
IDADE GESTACIONAL INDEPENDENTE
Clínica Mulher HIV + em uso de TARV
Uso de TARV Sim
CD4 Independente
Carga Viral Independente
RECOMENDAÇÕES DA TARV
Na gestação O esquema terapêutico em uso será mantido enquanto
se apresentar eficaz, exceto se contiver drogas
sabidamente contra-indicadas durante a gestação, tais
como a hidroziuréia, efavirenz que deverão ser
substituídas.
Sempre que possível, a zidovudina deverá compor o
esquema de tratamento. A única exceção ao uso
completo do regime de zidovudina durante a gravidez se
aplica às gestantes que estejam fazendo uso, com
sucesso, de esquemas terapêuticos que incluam a
estavudina (d4T). Nesse caso, deve-se manter o esquema
terapêutico com o d4T e administrar zidovudina
intravenosa durante o trabalho de parto e parto e a
solução via oral para o recém-nascido.
No parto Quimioprofilaxia anti-retroviral no momento do parto
Chirlei A Ferreira
54. PARTURIENTE DROGA POSOLOGIA
Ataque AZT 2mg/Kg, EV, diluídos em 100
ml de soro glicosado isotônico
e administrados em uma hora
Manutenção AZT 1 mg/kg/hora diluído em soro
glicosado isotônico até
ligadura do cordão
Neonato AZT 2 mg/Kg, VO, de 6 em 6
horas, durante 6 semanas.
Chirlei A Ferreira
55. CENÁRIOS RECOMENDAÇÕES
CARGA VIRAL Idade Gestacional
(na ocasião da aferição)
1 ≥ 1.000 cópias/ml ou ≥ 34 semanas Parto por operação cesariana
desconhecida eletiva
2 < 1.000 cópias/ml ou ≥ 34 semanas Via de parto por indicação
indetectável obstétrica
Chirlei A Ferreira
56. Iniciar a profilaxia da transmissão vertical quatro horas antes do início
do procedimento cirúrgico
Adotar as seguintes medidas:
Evitar procedimentos invasivos,
Tentar manter a bolsa íntegra até a expulsão e, sempre que possível, evitar
episiotomia,
Acelerar o trabalho de parto com ocitocina, caso não haja contra-
indicações,
Ligar precocemente o cordão umbilical,
Lavar o recém-nascido com sabão, retirando as secreções maternas.
Chirlei A Ferreira
58. Descrita em 1975, sendo o agente o Parvovírus B19;
Atinge preferencialmente crianças entre 5 e 14 anos manifestando-se
como eritema infeccioso;
A transmissão se dá através do trato respiratório e menos
freqüentemente pode haver contágio por transmissão sanguínea ou
através do sêmen infectado;
Os surtos ocorrem em lugares como escolas, creches e domicílios com
vários jovens.
Chirlei A Ferreira
59. A passagem transplacentária do vírus ocorre em
33% dos casos de infecção aguda materna,
número que cresce quando a doença acomete a
gestante após 20 semanas de gravidez;
A incidência de infecção pelo Parvovírus B19 é o
núcleo das células precursoras das hemácias na
medula óssea.
Chirlei A Ferreira
60. Em muitos casos o vírus não é transmitido para o feto e a gravidez
transcorre sem problemas, porém em aproximadamente ¼ a 1/3 dos
casos o vírus atinge o feto, como pode ser comprovado através da
sorologia ao nascimento sem conseqüências adversas.
Em aproximadamente 5% das infecções maternas o concepto
desenvolve aplasia medular transitória, insuficiência cardíaca e
hidropsia, quadro esse que pode levar ao óbito intra-uterino. O
Parvovírus B19 é considerado responsável por 10% a 15% destes.
Chirlei A Ferreira
61. A primoinfecção materna, propagada ao feto especialmente na
primeira metade da gravidez, pode resultar em infecção congênita em
cerca de 30% dos casos.
Como o sistema imunológico fetal é imaturo, a destruição das células
hematopoiética pode persistir, provocando anemia e leucopenia graves,
com conseqüente hidropsia e óbito fetal ou neonatal.
As perdas fetais variam de 9 a 16%, principalmente no segundo
trimestre.
Chirlei A Ferreira
62. Exposição
“Rash” cutâneo RISCO DE INFECÇÃO Polidrâmnio
Poliartralgia simétrica Hidropsia fetal e ascite
Pancitopenia inexplicada
Elevação inexplicada da
AFP sérica materna
IgM e IgG para Parvovírus B19 agudo e
convalescente
IgM +
IgM + e IgG + IgM –
Elevação da IgG Ausência de elevação na IgG
AFP materna US semanal Pesquisa para
semanal outras causas
Hidropsia
Estável Elevado Polidrâmnio Sim
Ascite
Descontinuar a Amostra de sangue total
Ultra-sonografia Não
monitorização
após 14 semanas direcionada
Chirlei A Ferreira
63. Hidropsia
Polidrâmnio
AFP materna Sim Não
Ascite
semanal elevada
Amostra de sangue total Controle até 14
Ultra-sonografia semanas
direcionada
Sem anomalias Com anomalias
IgM, IgG e DNA de Pesquisa e
Parvovírus B19 conduta referente
Hemoglobina fetal ao tipo de
Leucograma malformação
Chirlei A Ferreira
64. Sem anomalias
IgM, IgG e DNA de
Parvovírus B19
Hemoglobina fetal
Leucograma
Cardiotocografia fetal basal duas vezes por semana
Ultra-sonografia semanalmente
Mobilograma diário
Piora da hidropsia Cura
Arritmia
Sinais de sofrimento fetal
Aguardar resolução
<32 semanas espontânea no termo
≥ 32 semanas
Cordocentese e Transfusão
fetal para corrigir a anemia
Considerar
resolução
Chirlei A Ferreira
66. DNA vírus da família do Herpesviridae, e gênero
Citomegalovirus;
Homem único reservatório: saliva, sangue, urina,
secreções respiratórias, cervicais, esperma;
Causa importante de abortos e partos prematuros
Chirlei A Ferreira
67. Agente mais comum de infecções congênitas.
0,2 a 2,6% de todos os nascimentos
Transmissão vertical:
Primária materna: (40% a 50%)
Recorrência: reativação do vírus latente do
hospedeiro imunodeprimido (mononucleares
do sangue periférico), reinfecção e infecções
persistentes. (0,5% a 2%)
Chirlei A Ferreira
68. A infecção materna é geralmente assintomática, porém pode ocorrer
febre, linfadenomegalia, fadiga e anorexia, sintomatologia muito
parecida com a mononucleose.
O diagnóstico depende da identificação de anticorpos específicos, IgG
e IgM ou de cultura de secreção do canal cervical, da vagina ou da
urina.
A resposta imune após a infecção é mais tardia, iniciando geralmente
duas semanas após o início dos sintomas. A IgM pode estar presente
tanto na infecção primária quando na recorrente e pode persistir por
até 18 meses.
Chirlei A Ferreira
69. GESTANTE
IgG e IgM IgG positiva e IgG negativa e IgG e IgM
negativas IgM negativa IgM positiva positivas
Gestante teve Possível Possível
contato prévio. infecção aguda infecção. Se
A transmissão ou falso- gestante com <
fetal em caso positivo. 16 semanas,
SUSCEPTIVEL de reativação é Solicitar nova solicitar teste
pequena e a sorologia em de avidez de
maioria dos duas semanas, IgG e se com >
recém nascidos se IgG persistir de 16 semanas
acometidos são negativo sugere considerar
assintomáticos falso-positivo. infecção aguda
Chirlei A Ferreira
70. A presença do vírus pode ser confirmada no líquido amniótico ou
urina fetal pela técnica da PCR (sensibilidade de 80-100%) e pela
cultura específica do vírus.
O vírus ao atingir o feto, aloja-se predominantemente nos túbulos
renais, onde inicia sua replicação. Desse modo, ocorre excreção do
vírus por via urinária, tornando o líquido amniótico seu verdadeiro
reservatório.
A carga viral é refletida na urina fetal e sua replicação nos rins.
Chirlei A Ferreira
71. A cordocentese após 22 semanas confirma a infecção fetal
através da pesquisa de IM específico (sensibilidade de
60%) e também avalia as condições de anemia,
trombocitopenia e aumento das enzimas hepáticas
indicadoras de mau prognóstico fetal;
Avaliação ultra-sonografia, pesquisam-se alterações
sugestivas de doença, como hidrocefalia, microcefalia,
calcificações intracranianas, hidropsia, ascite,
hepatomegalia, esplenomegalia e principalmente
crescimento intra-uterino restrito grave e precoce.
Chirlei A Ferreira
72. DIAGNOSTICADO
DOENÇA AGUDA
≤ 27 SEMANAS > 27 SEMANAS
Há indicação para Controle ultra-
propedêutica materna sonográfico
invasiva
Amniocentese Reservando-se o
ou procedimento invasivo
Cordocentese aos casos de evidente
comprometimento
fetal
Chirlei A Ferreira
73. A via de parto deve ser
orientada conforme as
condições obstétricas
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75. Acredita-se que 90% a 95% dos casos de infecção herpética genital
sejam causados pelo vírus herpes simples tipo 2 (VHS-2), sendo o
restante devido ao VHS-1;
A transmissão do VHS-2 decorre do ato sexual e por transmissão
vertical (transplacentária, ascendente através do colo uterino e
contaminação no canal do parto);
A imunidade ao vírus herpes simples não existe, podendo manter-
se em fase de latência durante tempo indeterminado. Entretanto
pode ocorrer reinfecção em qualquer época, devido a queda da
imunidade do hospedeiro.
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76. A infecção congênita é extremamente rara, mas é condição de alta
morbidade e mortalidade, principalmente após infecção primária no
primeiro trimestre, podendo levar a aborto, microcefalia, restrição do
crescimento intra-uterino, óbito fetal, herpes congênito.
A imaturidade do sistema imunológico fetal é responsável pela
gravidade da infecção nesse período;
O maior risco ocorre quando a gestante adquire a infecção primária
próximo do término da gestação, nesse caso, o herpes neonatal pode
acometer 40% a 50% dos recém-nascidos, ocasionando lesões na pele,
olhos (oftalmite), meningoencéfalo (encefalite), rins, intestino e
doença disseminada neonatal herpética.
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77. Nas lesões agudas fetais predomina a necrose
hemorrágica com infiltrado linfocitário. Essas
lesões podem causar extensa destruição e
gravíssima seqüelas em vários órgãos como
cérebro, coração, etc.
Na forma precoce de infecção fetal descrevem-se:
microcefalia, atrofia cerebral, hidranencefalia,
necrose cerebral e cerebelar com calcificações. As
lesões oculares são representadas pela catarata,
displasia retiniana, retinocoroidite e
ceratoconjuntivite.
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78. O diagnóstico geralmente é clínico. Em gestante hígidas, existe uma
cronologia de aparecimento das lesões: prurido, dor, vesícula, erosão,
úlcera e formação de crostas. Na infecção primária, a paciente,
entretanto, pode ser assintomática em até 80% dos casos, mas pode
também apresentar cefaléia, mal-estar e parestesia da vulva e dos
membros inferiores por 7 a 14 dias.
O vírus permanece, após a infecção primária, em estado de latência
nos gânglios sensitivos das raízes nervosas dos dermátomos
acometidos. Os surtos de agudização podem ser desencadeados por
fatores que levem a baixa de imunidade.
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79. Exame citológico corado para evidenciar as células de TZANK (células
multinucleadas características de herpes simples) das úlceras – é o
exame complementar mais utilizado para o diagnóstico de infecção
pelo HSV-2.
No caso de dúvidas pode-se proceder a biópsia para exame
histopatológico e com reação de imunoperoxidase.
A pesquisa de IgG e IgM podem ser úteis apartir do 5° dia do
surgimento das vesículas.
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80. Durante a gravidez, o antiviral mais utilizado é o ACICLOVIR para o
controle do HSV-2. Não há, ainda, segurança para uso do
FAMCICLOVIR e VALACICLOVIR.
Nos casos extensos avaliar o uso do ACICLOVIR oral (400 mg, TID, 7-
10 dias).
Em gestantes de risco pela história prévia de herpes genital ou parceiro
sexual com história positiva para VHS devem ser submetidas a
controle semanal a partir de 35 semanas de gestação.
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82. Nenhum defeito estrutural detectado;
Contra-indicados procedimentos invasivos para diagnóstico fetal;
Imunoglobulina hiperimune e vacina anti-hepatite B devem ser
administradas ao nascimento nos expostos intra-utero;
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83. Nenhuma anomalia estrutural detectada;
O risco é a prematuridade
Tratamento da cérvix com eritromicina ou ampicilina sistêmica ou
aplicação vaginal de clindamicina
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