1. COLÉGIO ESTADUAL SOL NASCENTE
PROF.: Rodolfo de Freitas Uhlmann
CONJUNTOS, RELAÇÕES BINÁRIAS E FUNÇÕES
Aplicações das relações e funções no cotidiano
Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos,
tabelas e ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de
comunicação. Um texto com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo,
agradável e de fácil compreensão. Não é só nos jornais ou revistas que
encontramos gráficos. Os gráficos estão presentes nos exames laboratoriais, nos
rótulos de produtos alimentícios, nas informações de composição química de
cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em todos os lugares. Ao interpretarmos
estes gráficos, verificamos a necessidade dos conceitos deplano cartesiano.
O Sistema ABO dos grupos sangüíneos é explicado pela recombinação genética
dos alelos (a,b,o) e este é um bom exemplo de uma aplicação do conceito
de produto cartesiano. Uma aplicação prática do conceito de relação é a discussão
sobre a interação de neurônios (células nervosas do cérebro).
Ao relacionarmos espaço em função do tempo, número do sapato em função do
tamanho dos pés, intensidade da fotossíntese realizada por uma planta em função
da intensidade de luz a que ela é exposta ou pessoa em função da impressão
digital, percebemos quão importantes são os conceitos defunções para
compreendermos as relações entre os fenômenos físicos, biológicos, sociais...
Observamos então que as aplicações de plano cartesiano, produto cartesiano,
relações e funções estão presentes no nosso cotidiano.
2. Valores assumidos por uma ação numa Bolsa de Valores
O Plano Cartesiano
Referência histórica: Os nomes Plano Cartesiano e Produto Cartesiano são
homenagens ao seu criador René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático
francês. O nome de Descartes em Latim, era Cartesius, daí vem o nome
cartesiano.
O plano cartesiano ortogonal é constituído por dois eixos x e y perpendiculares
entre si que se cruzam na origem. O eixo horizontal é o eixo das abscissas (eixo
OX) e o eixo vertical é o eixo das ordenadas (eixo OY). Associando a cada um dos
eixos o conjunto de todos os números reais, obtém-se o plano cartesiano
ortogonal.
Cada ponto P=(a,b) do plano cartesiano é formado por um par ordenado de
números, indicados entre parênteses, a abscissa e a ordenada respectivamente.
Este par ordenado representa as coordenadas de um ponto.
3. O primeiro número indica a medidada do deslocamento a partir da origem para a
direita (se positivo) ou para a esquerda (se negativo).
O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se
positivo) ou para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b) (b,a) se a b.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo
que tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo
reto (90 graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário,
conforme a figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Quadrante sinal de x sinal de y Ponto
Segundo Primeiro
não tem não tem (0,0)
quadrante quadrante
Primeiro + + (2,4)
Segundo - + (-4,2)
Terceiro Quarto
Terceiro - - (-3,-7)
quadrante quadrante
Quarto + - (7,-2)
Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B não vazios, definimos o produto cartesiano entre A e B,
denotado por AxB, como o conjunto de todos os pares ordenados da forma (x,y)
onde x pertence ao primeiro conjunto A e y pertence ao segundo conjunto B.
AxB = { (x,y): x A e y B }
Observe que AxB BxA, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: AxØ=Ø=ØxB.
Se A possui m elementos e B possui n elementos, então AxB possui mxn
elementos.
Exemplo: Dados A={a,b,c,d} e B={1,2,3}, o produto cartesiano AxB, terá 12 pares
ordenados e será dado por:
4. AxB = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
Relações no Plano Cartesiano
Sejam A e B conjuntos não vazios. Uma relação em AxB é qualquer subconjunto R
de AxB.
A relação mostrada na figura acima é:
R = { (a,3), (b,3), (c,2), (c,3), (d,2), (d,3) }
Uma relação R de A em B pode ser denotada por R:A B.
Exemplo: Se A={1,2} e B={3,4}, o produto cartesiano é AxB={(1,3),(1,4),(2,3),(2,4)}
e neste caso, temos algumas relações em AxB:
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
Domínio e Contradomínio de uma Relação
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números
reais e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números
5. reais. Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B,
onde A e B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
O conjunto A é o domínio da relação R, denotado por Dom(R) e B é o
contradomínio da relação, denotado por CoDom(R).
Dom(R) = { x A: existe y em B tal que (x,y) R}
Im(R)={y B: existe x A tal que (x,y) R}
Representações gráficas de relações em AxB:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
6. Relações Inversas
Seja R uma relação de A em B. A relação inversa de R, denotada por R-1, é
definida de B em A por:
R-1 = { (y,x) BxA: (x,y) R }
Exemplo: Sejam A={a,b,c}, B={d,e,f} e R uma relação em AxB, definida por
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Observação: O gráfico da relação inversa R-1 é simétrico ao gráfico da relação R,
em relação à reta y=x (identidade).
Propriedades de Relações
7. Reflexiva: Uma relação R é reflexiva se todo elemento de A está relacionado
consigo mesmo, ou seja, para todo x A: (x,x) R, isto é, para todo x A: xRx.
Exemplo: Uma relação reflexiva em A={a,b,c}, é dada por:
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y,
implicar necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que
sejam x A e y A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
Exemplo: Uma relação simétrica em A={a,b,c}, é:
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
Transitiva: Uma relação R é transitiva, se x está relacionado com y e y está
relacionado com z, implicar que x deve estar relacionado com z, ou seja: quaisquer
que sejam x A, y A e z A, se (x,y) R e (y,z) R então (x,z) R.
Exemplo: Uma relação transitiva em A={a,b,c}, é:
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
Anti-simétrica: Sejam x A e y A. Uma relação R é anti-simétrica se (x,y) R e (y,x)
R implica que x=y. Alternativamente, uma relação é anti-simétrica: Se x e y são
elementos distintos do conjunto A então x não tem relação com y ou (exclusivo) y
não tem relação com x, o que significa que o par de elementos distintos (x,y) do
conjunto A poderá estar na relação desde que o par (y,x) não esteja.
Exemplo: Uma relação anti-simétrica em A={a,b,c}, é:
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
Uma relação R sobre um conjunto A não vazio é chamada relação de equivalência
sobre A se, e somente se, R é reflexiva, simétrica e transitiva.
8. Exemplo: Se A={a,b,c} então a relação R em AxA, definida abaixo, é de
equivalência:
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
Funções no Plano Cartesiano
Referência histórica: Leonhard Euler (1707-1783), médico, teólogo, astrônomo e
matemático suíço, desenvolveu trabalhos em quase todos os ramos da Matemática
Pura e Aplicada, com destaque para a Análise - estudo dos processos infinitos -
desenvolvendo a idéia de função. Foi o responsável também pela adoção do
símbolo f(x) para representar uma função de x. Hoje, função é uma das idéias
essenciais em Matemática.
Uma função f de A em B é uma relação em AxB, que associa a cada variável x em
A, um único y em B. Uma das notações mais usadas para uma função de A em B,
é:
f:A B
Quatro aspectos chamam a atenção na definição apresentada:
O domínio A da relação.
O contradomínio B da relação.
Todo elemento de A deve ter correspondente em B.
Cada elemento de A só poderá ter no máximo um correspondente no
contradomínio B.
Estas características nos informam que uma função pode ser vista
geometricamente como uma linha no plano, contida em AxB, que só pode ser
"cortada" uma única vez por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
Exemplo: A circunferência definida por
R={(x,y) R²: x²+y²=a²}
é uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
9. Neste caso Dom(R)=[-a,a] e CoDom(R)=[-a,a].
Relações que não são funções
Seja A={a,b,c,d} e B={1,2,3}. A relação
R4 = { (a,1), (b,2), (c,3), (d,3), (a,3) }
não é uma função em AxB, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Seja A={a,b,c,d} e B={1,2,3}. A relação
R5 = { (a,1), (a,3), (b,2), (c,3) }
não é uma função em AxB, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A
estão associados a elementos do segundo conjunto B.
10. Na sequência, apresentaremos alguns exemplos importantes de funções reais
Funções afim e lineares
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é
uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. f(x)=-3x+1
2. f(x)=2x+7
3. f(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
11. 1. f(x)=-3x
2. f(x)=2x
3. f(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da
Identidade é uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro
quadrante em duas partes iguais.
Funções constantes
Seja b um número real. A função constante associa a cada x R o valor f(x)=b.
Exemplos:
1. f(x)=1
2. f(x)=-7
3. f(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
12. Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função
f:R R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. f(x)=x²
2. f(x)=-4 x²
3. f(x)=x²-4x+3
4. f(x)=-x²+2x+7
O gráfico de uma função quadrática é uma curva denominada parábola.
Funções cúbicas
Sejam a, b, c e d números reais, sendo a diferente de zero. A função cúbica é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax³+bx²+cx+d.
Exemplos:
1. f(x)=x³
13. 2. f(x)=-4x³
3. f(x)=2x³+x²-4x+3
4. f(x)=-7x³+x²+2x+7
O gráfico da função cúbica do item (a), se assemelha a uma parábola tanto no
primeiro como no terceiro quadrante, mas no primeiro os valores de f(x) são
positivos e no terceiro os valores de f(x) são negativos.
Domínio, contradomínio e imagem de uma função
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não
ter correspondentes associados para todos os números reais e para evitar
problemas como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado
por Dom(f), como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são
reais as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio
desta função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido
sobre os reais.
Como nem todos os elementos do contradomínio de uma função f estão
relacionados, define-se a Imagem de f, denotada por Im(f), como o conjunto de
todos os elementos do contradomínio que estão relacionados com elementos do
domínio de f, isto é:
Im(f) = { y em B: existe x em A tal que y=f(x) }
Observe que, se uma relação R é uma função de A em B, então A é o domínio e B
é o contradomínio da função e se x é um elemento do domínio de uma função f,
então a imagem de x é denotada por f(x).
Exemplos: Cada função abaixo, tem características distintas.
1. f:R R definida por f(x)=x²
Dom(f)=R, CoDom(f)=R e Im(f)=[0, )
2. f:[0,2] R definida por f(x)=x²
Dom(f)=[0,2], CoDom(f)=R e Im(f)=[0,4]
3. A função modular é definida por f:R R tal que f(x)=|x|, Dom(f)=R,
CoDom(f)=R e Im(f)=[0, ) e seu gráfico é dado por:
14. 4. Uma semi-circunferência é dada pela função real f:R R, definida por
Dom(f)=[-2,2], CoDom(f)=R, Im(f)=[0,2] e seu gráfico é dado por:
Funções injetoras
Uma função f:A B é injetora se quaisquer dois elementos distintos de A, sempre
possuem imagens distintas em B, isto é:
x1 x2 implica que f(x1) f(x2)
ou de forma equivalente
f(x1)=f(x2) implica que x1=x2
Exemplos:
1. A função f:R R definida por f(x)=3x+2 é injetora, pois sempre que tomamos
dois valores diferentes para x, obtemos dois valores diferentes para f(x).
2. A função f:R R definida por f(x)=x²+5 não é injetora, pois para x=1 temos
f(1)=6 e para x=-1 temos f(-1)=6.
15. Funções sobrejetoras
Uma função f:A B é sobrejetora se todo elemento de B é a imagem de pelo
menos um elemento de A. Isto equivale a afirmar que a imagem da função deve
ser exatamente igual a B que é o contradomínio da função, ou seja, para todo y em
B existe x em A tal que y=f(x).
Exemplos:
1. A função f:R R definida por f(x)=3x+2 é sobrejetora, pois todo elemento de
R é imagem de um elemento de R pela função.
2. A função f:R (0, ) definida por f(x)=x² é sobrejetora, pois todo elemento
pertecente a (0, ) é imagem de pelo menos um elemento de R pela função.
3. A função f:R R definida por f(x)=2x não é sobrejetora, pois o número -1 é
elemento do contradomínio R e não é imagem de qualquer elemento do
domínio.
Funções bijetoras
Uma função f:A B é bijetora se ela é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Funções Pares e Ímpares
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical
OY.
Exemplo: A função f(x)=x² é par, pois f(-x)=x²=f(x). Observe o gráfico de f! Outra
função par é g(x)=cos(x) pois g(-x)=cos(-x)=cos(x)=g(x).
16. Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se
que f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem
do sistema cartesiano.
Exemplo: As funções reais f(x)=5x e g(x)=sen(x) são ímpares, pois: f(-x)=5(-x)=-
5x=-f(x) e g(-x)=sen(-x)=-sen(x)=-g(x). Veja o gráfico para observar a simetria em
relação à origem.
Funções crescentes e decrescentes
Função crescente: Uma função f é crescente, se quaisquer que sejam x e y no
Domínio de f, com x<y, tivermos f(x)<f(y). Isto é, conforme o valor de x aumenta, o
valor da imagem de x pela função também aumenta.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Função decrescente: Uma função f é decrescente, se para quaisquer x e y do
Domínio de f, com x<y, tivermos f(x)>f(y). Isto é, conforme o valores de x
aumentam, os valores da imagem de x pela função f diminuem.
19. (f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Uma função polinomial real tem a forma
f(x) = anxn + an-1xn-1 + ... + a1x + ao
sendo Dom(f)=R, CoDom(f)=R e Im(f) dependente de f.
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real
f(x)=x² onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser
dado pela função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão
pela qual associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2
e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa)
na forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica
quadrada com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual
a x nos quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função
é possível obter valores ótimos para construir a caixa.
Construída por Rossana M.M.Pereira e Ulysses Sodré. Atualizada em 24/mar/2005.