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Sigmund Freud e a Psicanálise



                 PARTE II
                 O Desenvolvimento
                 Psicossexual


            Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Professora	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




     1. O que é a sexualidade para Freud?


§  Além da consciência, Freud também revoluciona a
    psicologia ao atribuir importância fulcral à
    sexualidade: as pulsões e desejos sexuais seriam o
    material dominante do inconsciente que devido ao
    seu carácter dinâmico influenciam de forma
    determinante a formação da personalidade adulta.
§  Para Freud, a sexualidade é a componente
    fundamental da realização do ser humano.

 PRAZER SEXUAL: toda a sensação agradável provocada
 pela estimulação de uma determinada zona do corpo.

                                          Psicologia	
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  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




    1. O que é a sexualidade para Freud?

O impulso sexual e a procura de prazer erótico
determinam de forma poderosa o desenvolvimento
afectivo do ser humano.


Mas, sexualidade não é
exclusivamente sinónimo de
ato sexual: é toda a
actividade corporal que,
concentrando-se em
diferentes zonas erógenas,
tende para o prazer (auto-
satisfação).

                                            Psicologia	
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    1. O que é a sexualidade para Freud?

                   §  Para Freud a satisfação sexual é
                       toda a sensação agradável cuja
                       fonte é um determinado órgão
                       ou região corporal (sexualidade
                       não é genitalidade). Neste
                       sentido, a sexualidade não se
                       reduz nem à manipulação, nem
                       ao contacto genital.

As pulsões sexuais centram-se, desde o nascimento, em
diversos órgãos do corpo e satisfazem-se de modos muito
distintos.

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    2. O desenvolvimento psicossexual

§  A partir do estudo de vários pacientes, Freud
    convenceu-se que os problemas de que sofriam eram
    o resultado de traumas vividos nos primeiros anos de
    vida.
§  Segundo Freud, o ser humano desenvolve-se em cinco
    estádios, sendo que cada estádio corresponde a uma
    complexa interação entre o impulso natural para a
    obtenção do prazer e factores ambientais que
    influenciam o modo como lidamos com os desejos
    sexuais ou eróticos.



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    2. O desenvolvimento psicossexual

§  Freud usa o termo psicossexual para se referir ao
modo como a vivência dos nossos impulsos sexuais no
confronto com o meio envolvente tem impacto
psicológico no tipo de pessoas que viremos a ser.

§  Segundo Freud, a criança deve encontrar um
equilíbrio entre a sua necessidade de prazer e
restrições (ou permissividade) dos pais – conflito.

Como vivemos em ambientes familiares diversos e
respondemos de modo diferente às experiências
socializadoras, possuímos diferenças no modo de ser.

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   3. O que é um desenvolvimento psicossexual
   saudável?
§  Em cada estádio de desenvolvimento, há sempre
um certo grau de frustração e ansiedade quando se
trata de passar ao estádio seguinte. Se a ansiedade
for excessiva, o desenvolvimento é perturbado,
verificando-se uma fixação do indivíduo nesse
estádio.
§  A fixação é uma ligação extremamente forte a uma
pessoa, objecto ou actividade, que era apropriada
somente nos primeiros estádios de desenvolvimento.

Diz-se que uma pessoa que contraiu uma fixação
quando parou num determinado estádio.
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    3. O que é um desenvolvimento psicossexual
    saudável?

§  As fixações ocorrem habitualmente devido a
excessiva frustração ou excessiva satisfação na
expressão de energia sexual e agressiva num dado
estádio do desenvolvimento psicossexual.
§  Segundo Freud, uma personalidade bem ajustada
implica geralmente um equilíbrio entre as forças
d e c o m p e t i ç ã o . Po r e x e m p l o , a c r i a n ç a
excessivamente dependente que se fixou num
estádio pode tornar-se demasiado dependente mais
tarde na vida, quando confrontada com experiências
frustrantes – regressou a um ponto de fixação.

                                             Psicologia	
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               4. Estádios do desenvolvimento psicossexual
               4.1 Estádio oral
                          	
  
                                                   F a s e	
   i n i c i a l	
   d o	
   d e s e n v o l v i m e n t o	
  
       ESTADIO	
  ORAL	
  (12/18	
  meses)	
  	
  
                                                   psicosexual	
   caracterizada	
   por	
   ac@vidades	
  
                                                   que	
  se	
  centram	
  no	
  prazer	
  oral.	
  	
  

            Marcas da vivência do estádio oral na personalidade adulta:
	
  




§  Tendência	
   exagerada	
   para	
   ac@vidades	
   de	
   sa@sfação	
   oral	
  
    (comer,	
  beber,	
  fumar,	
  beijar).	
  
§  Credulidade	
   (“engolir”	
   tudo	
   o	
   que	
   lhe	
   dizem;	
   humor	
  
    sarcás@co)	
  
§  Agressividade	
  verbal.	
  
§  Gosto	
  pela	
  discussão	
  (triturar	
  as	
  ideias	
  dos	
  outros).	
  
§  Passividade.	
  
§  Dependência.	
  	
  
                                                                              Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




                4.2 Estádio Anal
                    	
  
        ESTADIO	
  ANAL	
  
                                      Fase	
   do	
   desenvolvimento	
   em	
   que	
   o	
   prazer	
   eró@co	
  
       (dos	
  12/18	
  meses	
       deriva	
  da	
  es@mulação	
  do	
  anûs	
  ao	
  reter	
  e	
  expelir	
  as	
  
          aos	
  3	
  anos)	
  	
     fezes.	
   Trata-­‐se	
   ainda	
   de	
   uma	
   forma	
   de	
   sexualidade	
  
                                      auto-­‐eró@ca,	
   centrada	
   em	
   determinada	
   zona	
   do	
  
                                      corpo	
  do	
  sujeito.	
  

             Marcas da vivência do estádio oral na personalidade adulta:
	
  




§  Tendência	
   para	
   a	
   avareza,	
   me>culosidade,	
   obs>nação	
  
    excessiva,	
   preocupação	
   com	
   ordem	
   e	
   a	
   limpeza	
   (carácter	
  	
  
    reten@vo-­‐anal)	
  
§  Tendência	
   para	
   a	
   crueldade,	
   sadismo	
   violência	
   e	
  
    destru>vidade,	
   rebeldia	
   e	
   desorganização	
   (carácter	
  
    expulsivo-­‐anal)	
  
                                                                                Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




            4.3 Estádio Fálico
                 	
  
              	
  
                                         Fase	
  do	
  desenvolvimento	
  em	
  que	
  se	
  vive	
  a	
  primeira	
  
              	
                         experiência	
   sen@mental	
   significa@va.	
   O	
   rapaz	
  
 ESTADIO	
  FÁLICO                       compete	
   com	
   o	
   pai	
   pelo	
   amor	
   da	
   mãe	
   e	
   a	
   rapariga	
  
(dos	
  3	
  aos	
  6	
  anos)	
  	
     compete	
   com	
   a	
   mãe	
   pelo	
   amor	
   do	
   pai;	
   é	
   de	
   tal	
  
                                         modo	
   importante	
   esta	
   experiência	
   que	
   o	
   estádio	
  
                                         fálico	
  poderia	
  denominar-­‐se	
  estádio	
  do	
  complexo	
  de	
  
                                         édipo/Electra.	
  

   § 	
   Durante	
  este	
  período,	
  os	
  órgãos	
  genitais	
  tornam-­‐se	
  o	
  
   centro	
   da	
   ac>vidade	
   eró>ca	
   através	
   da	
   auto-­‐
   es@mulação;	
  é	
  o	
  período	
  e	
  que	
  muitas	
  crianças	
  começam	
  
   a	
   masturbar-­‐se	
   e	
   a	
   aperceber-­‐se	
   das	
   diferenças	
  
   anatómicas	
   entre	
   os	
   sexos	
   e	
   de	
   que	
   a	
   sexualidade	
   faz	
  
   parte	
  das	
  relações	
  entre	
  as	
  pessoas.	
  
                                                                                      Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




        4.3 Estádio Fálico
                                      Complexo de Édipo
	
  




§  O	
   complexo	
   de	
   Édipo	
   é	
   a	
   atração	
   que	
   o	
   rapaz	
   tem	
   pela	
  
    mãe,	
  a	
  quem	
  ele	
  esteve	
  sempre	
  ligado	
  desde	
  que	
  nasceu,	
  
    e	
  que	
  agora	
  é	
  diferentemente	
  sen@da.	
  	
  
§  A	
  sexualidade,	
  que	
  era	
  até	
  esta	
  idade	
  exclusivamente	
  auto-­‐
    eró@ca,	
  vai	
  agora	
  ser	
  inves@da	
  nos	
  pais.	
  	
  
§  Segundo	
  Freud,	
  os	
  desejos	
  libidinosos	
  do	
  filho	
  para	
  com	
  a	
  
    mãe,	
  são	
  totalmente	
  inconscientes.	
  Embora	
  influenciem	
  o	
  
    seu	
  comportamento.	
  	
  
§  À	
   medida	
   que	
   o	
   seu	
   desejo	
   se	
   sente	
   mais	
   forte,	
   a	
   criança	
  
    entra	
  inconscientemente	
  em	
  compe@ção	
  com	
  o	
  pai.	
  	
  


                                                                    Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




       4.3 Estádio Fálico
                                 Complexo de Édipo
	
  




§  Isto	
  origina	
  outro	
  complexo	
  -­‐	
  o	
  complexo	
  de	
  castração	
  -­‐	
  
    em	
  que	
  o	
  rapaz	
  teme	
  que	
  o	
  pai	
  se	
  vingue,	
  mu@lando-­‐o,	
  
    par@cularmente	
  amputando-­‐lhe	
  os	
  órgãos	
  genitais.	
  
§  Contudo,	
   este	
   temor,	
   ajuda	
   o	
   rapaz	
   a	
   resolver	
   o	
  
    complexo	
  de	
  Édipo:	
  por	
  causa	
  dele,	
  renuncia	
  aos	
  desejos	
  
    libidinosos	
  para	
  com	
  a	
  mãe	
  e	
  escapa	
  assim,	
  à	
  ameaça	
  de	
  
    castração.	
  	
  
§  Ao	
  mesmo	
  tempo,	
  o	
  rapaz	
  iden@fica-­‐se	
  com	
  o	
  pai,	
  cujos	
  
    prazeres	
  e	
  realização	
  olha	
  como	
  seus,	
  sa@sfazendo	
  assim	
  
    indirectamente	
  os	
  desejos	
  libidinosos	
  rela@vos	
  à	
  mãe.	
  	
  

                                                             Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




       4.3 Estádio Fálico
                               Complexo de Electra
	
  




§  O	
   desenvolvimento	
   da	
   personalidade	
   na	
   rapariga	
   é	
  
    semelhante.	
   Basta	
   dizer,	
   que	
   também	
   ela	
   apresenta	
  
    um	
  complexo	
  de	
  Édipo	
  (às	
  vezes	
  chamado	
  complexo	
  de	
  
    Electra),	
   apresenta	
   uma	
   hos@lidade	
   para	
   com	
   a	
   mãe,	
  
    sendo	
  os	
  seus	
  desejos	
  libidinosos	
  dirigidos	
  para	
  o	
  pai.	
  	
  
§  Mas,	
   a	
   resolução	
   deste	
   complexo	
   não	
   chega	
   a	
   um	
  
    desfecho	
   abrupto	
   mediante	
   um	
   medo	
   repen@no	
   e	
  
    intenso,	
   semelhante	
   ao	
   complexo	
   de	
   castração.	
   É	
  
    resolvido	
   lentamente,	
   e	
   quando	
   o	
   desfecho	
   é	
   feliz,	
   a	
  
    rapariga	
   iden@fica-­‐se	
   com	
   a	
   mãe	
   e	
   sublima	
   (torna	
  
    socialmente	
  aceitáveis)	
  os	
  seus	
  sen@mentos	
  com	
  o	
  pai.	
  	
  
                                                            Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




         4.3 Estádio Fálico

       Marcas da vivência do estádio fálico na personalidade adulta:
	
  




Alguns	
   destes	
   complexos	
   passam-­‐se	
   de	
   forma	
   inver@da,	
  
isto	
   é,	
   a	
   criança	
   investe	
   sensualmente	
   no	
   progenitor	
   do	
  
mesmo	
   sexo.	
   Freud	
   considera	
   que	
   a	
   forma	
   como	
   se	
  
resolve	
   o	
   complexo	
   edipiano	
   influenciará	
   a	
   vida	
   afe@va	
  
futura:	
  
§  Falta	
  de	
  maturidade	
  no	
  plano	
  afe>vo.	
  
§  	
  Dificuldades	
  no	
  plano	
  do	
  relacionamento	
  sexual.	
  	
  
§  Personalidade	
   bipolar:	
   promiscuidade-­‐cas>dade;	
  
    sedução-­‐recusa.	
  


                                                            Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




        4.2 Estádio Latência

            	
  
            	
                 Período	
  de	
  acalmia	
  rela@va	
  das	
  pulsões	
  sexuais	
  
ESTADIO	
  LATÊNCIA	
  	
      sublimadas	
   e	
   conver@das	
   em	
   desejo	
   de	
  
    (dos	
  6	
  aos	
  	
     conhecimento,	
   de	
   competência	
   intelectual,	
  
     11	
  anos)	
  	
  
                               dsica	
   e	
   de	
   reconhecimento	
   social.	
   Nenhuma	
  
                               fixação	
  ocorre	
  neste	
  estádio.	
  
 §  A	
   criança	
   aprende	
   a	
   compreender	
   os	
   papéis	
  
     sexuais,	
  ou	
  seja,	
  ela	
  aprende	
  o	
  que	
  é	
  ser	
  homem	
  e	
  
     mulher,	
  na	
  sociedade	
  em	
  que	
  vive.	
  	
  
 §  Sen>mentos	
  como	
  a	
  repugnância,	
  o	
  nojo,	
  o	
  pudor,	
  
     a	
   vergonha,	
   contribuem	
   para	
   controlar	
   e	
   reter	
   a	
  
     libido.	
   A	
   existência	
   de	
   um	
   superego	
   vai	
   manifestar-­‐
     se	
  em	
  preocupações	
  morais.	
  	
  
                                                                   Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




              4.2 Estádio Genital
               	
               Fase	
  do	
  desenvolvimento	
  em	
  que	
  se	
  deve	
  liguidar	
  o	
  
       ESTADIO	
  GENITAL	
     complexo	
   de	
   Édipo	
   para	
   que	
   uma	
   sexualidade	
  
            (após	
  a	
        equilibrada	
   e	
   uma	
   vida	
   psíquica	
   saudável	
   possam	
  
          puberdade)	
  	
  
                                construir-­‐se.	
   É	
   o	
   ponto	
   de	
   chegada	
   de	
   uma	
   longa	
  
                                viagem,	
   desde	
   a	
   sexualidade	
   auto-­‐eró@ca	
   à	
  
                                sexualidade	
  realis@camente	
  orientada,	
  caracterís@ca	
  
                                do	
  indivíduo	
  socializado.	
  


          Marcas da vivência do estádio genital na personalidade adulta:
	
  




§  Capacidade	
  de	
  sublimação	
  dos	
  impulsos	
  do	
  id.	
  	
  
§  Sa@sfação	
  so	
  desejo	
  sexual	
  de	
  forma	
  socialmente	
  aceitável.	
  	
  
§  Capacidade	
  de	
  amar	
  e	
  cuidar.	
  	
  

                                                                           Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




     5. Conluindo...

§  O	
  conceito	
  de	
  personalidade	
  tem	
  uma	
  grande	
  diversidade	
  
    conceptual.	
  A	
  personalidade	
  diz	
  respeito	
  a	
  um	
  conjunto	
  de	
  
    caracterís@cas	
   pessoais,	
   persistentes	
   e	
   suportadas	
   numa	
  
    coerência	
  interna.	
  	
  
§  A	
   personalidade	
   é,	
   assim,	
   um	
   conceito	
   que	
   apela	
   à	
  
    unicidade	
  do	
  indivíduo,	
  naquio	
  que	
  de	
  mais	
  específico	
  há	
  
    em	
   si	
   mesmo,	
   mas	
   também	
   à	
   sua	
   diferenciação,	
   aquilo	
  
    que	
   o	
   dis@ngue	
   dos	
   outros.	
   A	
   personalidade	
   é	
   uma	
  
    construção	
  pessoal,	
  que	
  decorre	
  ao	
  longo	
  da	
  nossa	
  vida.	
  	
  
§  A	
   teoria	
   psicanalí@ca	
   de	
   Freud,	
   perspec@va	
   a	
  
    personalidade	
   como	
   que	
   dominada	
   pelas	
   pulsões	
  
    inconscientes.	
  

                                                          Psicologia	
  12º	
  Ano|	
  	
  Escolas	
  do	
  Pensamento	
  da	
  Psicologia|	
  Joana	
  Inês	
  Pontes	
  
 	
  	
  




                     Realizado por:
                   Joana Inês Pontes


Consultas:

Rodrigues, Luís(2009) Psicologia B. Lisboa: Plátano Editora, pp.
16-28




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  12º	
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  • 1.       Sigmund Freud e a Psicanálise PARTE II O Desenvolvimento Psicossexual Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Professora  Joana  Inês  Pontes  
  • 2.       1. O que é a sexualidade para Freud? §  Além da consciência, Freud também revoluciona a psicologia ao atribuir importância fulcral à sexualidade: as pulsões e desejos sexuais seriam o material dominante do inconsciente que devido ao seu carácter dinâmico influenciam de forma determinante a formação da personalidade adulta. §  Para Freud, a sexualidade é a componente fundamental da realização do ser humano. PRAZER SEXUAL: toda a sensação agradável provocada pela estimulação de uma determinada zona do corpo. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 3.       1. O que é a sexualidade para Freud? O impulso sexual e a procura de prazer erótico determinam de forma poderosa o desenvolvimento afectivo do ser humano. Mas, sexualidade não é exclusivamente sinónimo de ato sexual: é toda a actividade corporal que, concentrando-se em diferentes zonas erógenas, tende para o prazer (auto- satisfação). Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 4.       1. O que é a sexualidade para Freud? §  Para Freud a satisfação sexual é toda a sensação agradável cuja fonte é um determinado órgão ou região corporal (sexualidade não é genitalidade). Neste sentido, a sexualidade não se reduz nem à manipulação, nem ao contacto genital. As pulsões sexuais centram-se, desde o nascimento, em diversos órgãos do corpo e satisfazem-se de modos muito distintos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 5.       2. O desenvolvimento psicossexual §  A partir do estudo de vários pacientes, Freud convenceu-se que os problemas de que sofriam eram o resultado de traumas vividos nos primeiros anos de vida. §  Segundo Freud, o ser humano desenvolve-se em cinco estádios, sendo que cada estádio corresponde a uma complexa interação entre o impulso natural para a obtenção do prazer e factores ambientais que influenciam o modo como lidamos com os desejos sexuais ou eróticos. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 6.       2. O desenvolvimento psicossexual §  Freud usa o termo psicossexual para se referir ao modo como a vivência dos nossos impulsos sexuais no confronto com o meio envolvente tem impacto psicológico no tipo de pessoas que viremos a ser. §  Segundo Freud, a criança deve encontrar um equilíbrio entre a sua necessidade de prazer e restrições (ou permissividade) dos pais – conflito. Como vivemos em ambientes familiares diversos e respondemos de modo diferente às experiências socializadoras, possuímos diferenças no modo de ser. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 7.       3. O que é um desenvolvimento psicossexual saudável? §  Em cada estádio de desenvolvimento, há sempre um certo grau de frustração e ansiedade quando se trata de passar ao estádio seguinte. Se a ansiedade for excessiva, o desenvolvimento é perturbado, verificando-se uma fixação do indivíduo nesse estádio. §  A fixação é uma ligação extremamente forte a uma pessoa, objecto ou actividade, que era apropriada somente nos primeiros estádios de desenvolvimento. Diz-se que uma pessoa que contraiu uma fixação quando parou num determinado estádio. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 8.       3. O que é um desenvolvimento psicossexual saudável? §  As fixações ocorrem habitualmente devido a excessiva frustração ou excessiva satisfação na expressão de energia sexual e agressiva num dado estádio do desenvolvimento psicossexual. §  Segundo Freud, uma personalidade bem ajustada implica geralmente um equilíbrio entre as forças d e c o m p e t i ç ã o . Po r e x e m p l o , a c r i a n ç a excessivamente dependente que se fixou num estádio pode tornar-se demasiado dependente mais tarde na vida, quando confrontada com experiências frustrantes – regressou a um ponto de fixação. Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 9.       4. Estádios do desenvolvimento psicossexual 4.1 Estádio oral   F a s e   i n i c i a l   d o   d e s e n v o l v i m e n t o   ESTADIO  ORAL  (12/18  meses)     psicosexual   caracterizada   por   ac@vidades   que  se  centram  no  prazer  oral.     Marcas da vivência do estádio oral na personalidade adulta:   §  Tendência   exagerada   para   ac@vidades   de   sa@sfação   oral   (comer,  beber,  fumar,  beijar).   §  Credulidade   (“engolir”   tudo   o   que   lhe   dizem;   humor   sarcás@co)   §  Agressividade  verbal.   §  Gosto  pela  discussão  (triturar  as  ideias  dos  outros).   §  Passividade.   §  Dependência.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 10.       4.2 Estádio Anal   ESTADIO  ANAL   Fase   do   desenvolvimento   em   que   o   prazer   eró@co   (dos  12/18  meses   deriva  da  es@mulação  do  anûs  ao  reter  e  expelir  as   aos  3  anos)     fezes.   Trata-­‐se   ainda   de   uma   forma   de   sexualidade   auto-­‐eró@ca,   centrada   em   determinada   zona   do   corpo  do  sujeito.   Marcas da vivência do estádio oral na personalidade adulta:   §  Tendência   para   a   avareza,   me>culosidade,   obs>nação   excessiva,   preocupação   com   ordem   e   a   limpeza   (carácter     reten@vo-­‐anal)   §  Tendência   para   a   crueldade,   sadismo   violência   e   destru>vidade,   rebeldia   e   desorganização   (carácter   expulsivo-­‐anal)   Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 11.       4.3 Estádio Fálico     Fase  do  desenvolvimento  em  que  se  vive  a  primeira     experiência   sen@mental   significa@va.   O   rapaz   ESTADIO  FÁLICO compete   com   o   pai   pelo   amor   da   mãe   e   a   rapariga   (dos  3  aos  6  anos)     compete   com   a   mãe   pelo   amor   do   pai;   é   de   tal   modo   importante   esta   experiência   que   o   estádio   fálico  poderia  denominar-­‐se  estádio  do  complexo  de   édipo/Electra.   §    Durante  este  período,  os  órgãos  genitais  tornam-­‐se  o   centro   da   ac>vidade   eró>ca   através   da   auto-­‐ es@mulação;  é  o  período  e  que  muitas  crianças  começam   a   masturbar-­‐se   e   a   aperceber-­‐se   das   diferenças   anatómicas   entre   os   sexos   e   de   que   a   sexualidade   faz   parte  das  relações  entre  as  pessoas.   Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 12.       4.3 Estádio Fálico Complexo de Édipo   §  O   complexo   de   Édipo   é   a   atração   que   o   rapaz   tem   pela   mãe,  a  quem  ele  esteve  sempre  ligado  desde  que  nasceu,   e  que  agora  é  diferentemente  sen@da.     §  A  sexualidade,  que  era  até  esta  idade  exclusivamente  auto-­‐ eró@ca,  vai  agora  ser  inves@da  nos  pais.     §  Segundo  Freud,  os  desejos  libidinosos  do  filho  para  com  a   mãe,  são  totalmente  inconscientes.  Embora  influenciem  o   seu  comportamento.     §  À   medida   que   o   seu   desejo   se   sente   mais   forte,   a   criança   entra  inconscientemente  em  compe@ção  com  o  pai.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 13.       4.3 Estádio Fálico Complexo de Édipo   §  Isto  origina  outro  complexo  -­‐  o  complexo  de  castração  -­‐   em  que  o  rapaz  teme  que  o  pai  se  vingue,  mu@lando-­‐o,   par@cularmente  amputando-­‐lhe  os  órgãos  genitais.   §  Contudo,   este   temor,   ajuda   o   rapaz   a   resolver   o   complexo  de  Édipo:  por  causa  dele,  renuncia  aos  desejos   libidinosos  para  com  a  mãe  e  escapa  assim,  à  ameaça  de   castração.     §  Ao  mesmo  tempo,  o  rapaz  iden@fica-­‐se  com  o  pai,  cujos   prazeres  e  realização  olha  como  seus,  sa@sfazendo  assim   indirectamente  os  desejos  libidinosos  rela@vos  à  mãe.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 14.       4.3 Estádio Fálico Complexo de Electra   §  O   desenvolvimento   da   personalidade   na   rapariga   é   semelhante.   Basta   dizer,   que   também   ela   apresenta   um  complexo  de  Édipo  (às  vezes  chamado  complexo  de   Electra),   apresenta   uma   hos@lidade   para   com   a   mãe,   sendo  os  seus  desejos  libidinosos  dirigidos  para  o  pai.     §  Mas,   a   resolução   deste   complexo   não   chega   a   um   desfecho   abrupto   mediante   um   medo   repen@no   e   intenso,   semelhante   ao   complexo   de   castração.   É   resolvido   lentamente,   e   quando   o   desfecho   é   feliz,   a   rapariga   iden@fica-­‐se   com   a   mãe   e   sublima   (torna   socialmente  aceitáveis)  os  seus  sen@mentos  com  o  pai.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 15.       4.3 Estádio Fálico Marcas da vivência do estádio fálico na personalidade adulta:   Alguns   destes   complexos   passam-­‐se   de   forma   inver@da,   isto   é,   a   criança   investe   sensualmente   no   progenitor   do   mesmo   sexo.   Freud   considera   que   a   forma   como   se   resolve   o   complexo   edipiano   influenciará   a   vida   afe@va   futura:   §  Falta  de  maturidade  no  plano  afe>vo.   §   Dificuldades  no  plano  do  relacionamento  sexual.     §  Personalidade   bipolar:   promiscuidade-­‐cas>dade;   sedução-­‐recusa.   Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 16.       4.2 Estádio Latência     Período  de  acalmia  rela@va  das  pulsões  sexuais   ESTADIO  LATÊNCIA     sublimadas   e   conver@das   em   desejo   de   (dos  6  aos     conhecimento,   de   competência   intelectual,   11  anos)     dsica   e   de   reconhecimento   social.   Nenhuma   fixação  ocorre  neste  estádio.   §  A   criança   aprende   a   compreender   os   papéis   sexuais,  ou  seja,  ela  aprende  o  que  é  ser  homem  e   mulher,  na  sociedade  em  que  vive.     §  Sen>mentos  como  a  repugnância,  o  nojo,  o  pudor,   a   vergonha,   contribuem   para   controlar   e   reter   a   libido.   A   existência   de   um   superego   vai   manifestar-­‐ se  em  preocupações  morais.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 17.       4.2 Estádio Genital   Fase  do  desenvolvimento  em  que  se  deve  liguidar  o   ESTADIO  GENITAL   complexo   de   Édipo   para   que   uma   sexualidade   (após  a   equilibrada   e   uma   vida   psíquica   saudável   possam   puberdade)     construir-­‐se.   É   o   ponto   de   chegada   de   uma   longa   viagem,   desde   a   sexualidade   auto-­‐eró@ca   à   sexualidade  realis@camente  orientada,  caracterís@ca   do  indivíduo  socializado.   Marcas da vivência do estádio genital na personalidade adulta:   §  Capacidade  de  sublimação  dos  impulsos  do  id.     §  Sa@sfação  so  desejo  sexual  de  forma  socialmente  aceitável.     §  Capacidade  de  amar  e  cuidar.     Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 18.       5. Conluindo... §  O  conceito  de  personalidade  tem  uma  grande  diversidade   conceptual.  A  personalidade  diz  respeito  a  um  conjunto  de   caracterís@cas   pessoais,   persistentes   e   suportadas   numa   coerência  interna.     §  A   personalidade   é,   assim,   um   conceito   que   apela   à   unicidade  do  indivíduo,  naquio  que  de  mais  específico  há   em   si   mesmo,   mas   também   à   sua   diferenciação,   aquilo   que   o   dis@ngue   dos   outros.   A   personalidade   é   uma   construção  pessoal,  que  decorre  ao  longo  da  nossa  vida.     §  A   teoria   psicanalí@ca   de   Freud,   perspec@va   a   personalidade   como   que   dominada   pelas   pulsões   inconscientes.   Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes  
  • 19.       Realizado por: Joana Inês Pontes Consultas: Rodrigues, Luís(2009) Psicologia B. Lisboa: Plátano Editora, pp. 16-28 Psicologia  12º  Ano|    Escolas  do  Pensamento  da  Psicologia|  Joana  Inês  Pontes