SlideShare uma empresa Scribd logo
Iniciou seus estudos e publicações com a teoria de que as
emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que
poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.
 Fazia uso da Hipnose.

 Acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas
quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de
natureza sexual;
 Insatisfeito com a hipnose, desenvolveu o que é
  hoje a base da técnica psicanalítica: a livre
  associação. O paciente é convidado a falar o que lhe
  vem à mente para revelar memórias reprimidas
  causadoras de neuroses.

 o pai de Freud falece em outubro de 1896, Freud,
  naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus
  próprios sonhos, remetendo-os à sua própria
  infância e, no processo, determinando as raízes de
  suas próprias neuroses.
 Afirma que os sonhos são "a estrada mestra para o
  inconsciente", a camada mais profunda da mente humana,
  um mundo íntimo que se oculta no interior de cada
  indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de
  suas convicções conscientes.

 Deu ao desejo papel prioritário em seus estudos.


 Chega à conclusão de que seus próprios problemas eram
  devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade ao
  seu pai. É o famoso “Complexo de Édipo”, que se torna o
  coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em
  todos os seus pacientes.
 Teorizou sobre a luta constante entre a força da
  vida e do amor contra a morte e a destruição,
  simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e
  Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou
  forma com a publicação em 1923 com o lD e o EGO.



 Freud inovou em dois campos. Simultaneamente,
  desenvolveu uma teoria da mente e da conduta
  humana, e uma técnica terapêutica para ajudar
  pessoas afetadas psiquicamente.
 Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e
  repressão foram revolucionários e que propõem uma mente
  dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida
  por vontades primitivas que estão escondidas sob a
  consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.

 Postula também a existência de um pré-consciente, que
  descreve como a camada entre o consciente e o
  inconsciente.

 Pensamentos e sentimentos dolorosos experimentados pelas
  pessoas (que não podem suportá-los) não podem ser
  expulsos da mente, mas são expulsos do consciente para
  formar parte do inconsciente ( repressão).
 Observou ainda que o processo da repressão é em si
  mesmo um ato não-consciente (isto é, não
  ocorreria através da intenção dos pensamentos ou
  sentimentos conscientes) ou seja, o inconsciente
  era tanto causa como efeito da repressão.

 Freud distinguiu três níveis de consciência, em sua
  inicial divisão topográfica da mente: consciente,
  pré-consciente e inconsciente.
INCONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE, CONSCIENTE

 consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos
  sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do
  momento;

 pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem
  facilmente chegar à consciência;

 inconsciente- refere-se ao material não disponível à
  consciência ou ao escrutínio do indivíduo.

 A partir daí passou a adotar os conceitos de ID, EGO e
  SUPEREGO.
 O ponto nuclear dessa teoria é o postulado da
  existência do inconsciente como:

 a) um receptáculo de lembranças traumáticas
  reprimidas;

 b) um reservatório de impulsos que constituem
  fonte de ansiedade, por serem socialmente ou
  eticamente inaceitáveis para o indivíduo.
 O ID representa os processos primitivos do pensamento e
  constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa
  forma toda energia envolvida na atividade humana seria
  advinda do id.

 Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou
  de origem sexual, ou que atuariam no sentido de auto-
  preservação.

 Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de
  morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de
  agregação e preservação da vida.

 O id é responsável pelas demandas mais primitivas e
  perversas.
 O EGO, permanece entre ambos, alternando nossas
  necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a
  instância na que se inclui a consciência. Um eu saudável
  proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e
  interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja
  cômoda para o id e o superego.

 O SUPEREGO, a parte que contra-age ao id, representa os
  pensamentos morais e éticos internalizados.

 Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente
  perversos", no sentido de que uma grande variedade de
  objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a
  pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato
  sexual. É a LIBIDO.
Desenvolvimento Psicosexual
 O desenvolvimento psicosexual ocorreria em etapas, de
  acordo com a área na qual a libido está mais concentrada. As
  etapas são:
 a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a
  chupeta, que não tem nenhuma função vital, mas apenas de
  proporcionar prazer);

 a etapa anal (exemplificada pelo prazer das crianças ao
  controlar sua defecação);

 a etapa fálica (que é demonstrada pela manipulação dos
  órgãos genitais)
 Período de Latência
O período de latência (6-12 anos de idade) tem sua origem
  na dissolução do Complexo de Édipo, a qual ocorreu na
  fase fálica.
Ainda que este período constitua uma pausa na evolução da
  sexualidade, este fato não significa necessariamente que a
  criança não tenha nenhum interesse sexual até chegar à
  puberdade, mas principalmente que não se desenvolverá
  nesse periodo uma nova organização da sexualidade.
O surgimento de sentimentos de pudor e repugnância, a
  identificação com os pais, a intensificação das repressões
  e o desenvolvimento de sublimações são características
  do período de latência.
PUBERDADE /ADOLESCÊNCIA

 A Psicanálise concebe a adolescência a partir
  do conceito de puberdade.

 Puberdade:      está     relacionada     ao
  desenvolvimento de aspectos físicos e
  biológicos do indivíduo, iniciando por volta
  dos 9-10 anos.
 Ex: mudança de voz e pelos nos meninos;
 Menarca e pelos nas meninas.
 Até então percebe-se que a libido é voltada para o próprio
  ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma.



 O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud,
  ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase
  caracterizada pelo investimento libidinal em um dos
  progenitores se chama complexo de Èdipo, ( Jung chamou
  de Édipo e de Electra).

 o complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento
  do superego, com a desistência da criança com relação à
  mãe e com a identificação do menino com o pai.
 Utilizoua mitologia grega e a etnografia
  contemporânea como modelos comparativos.

 Recorreu ao “Rei Édipo" para indicar que o ser
  humano deseja o incesto de forma natural e como é
  reprimido este desejo.

 O complexo de Édipo foi descrito como uma fase do
  desenvolvimento       psicossexual     e      de
  amadurecimento.
 Fixou-se ainda nos estudos antropológicos deTotemismo,
    argumentando que reflete um costume ritualizado do
    complexo de Édipo (Totem e Tabu).

    Incorporou também em sua teoria conceitos da religião
    católica e da judaica; assim como princípios da Sociedade
    Vitoriana sobre repressão, sexualidade e moral; e outros
    da biologia e da hidraúlica.

 a revolução promovida por Freud abriu caminhos para
    estudos que antigamente se encontravam em um plano
    imaginário. A criação de um método clínico a serviço do
    diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato
    sem igual em toda a história da ciência.
Críticas ao Desenvolvimento
Psicosexual
 Afirmação de Freud sobre a existência de uma
  sexualidade infantil e,implicitamente, a expansão
  que se fez na noção de sexualidade.

 que Freud "neurotizou" a sexualidade ao relacioná-
  la com conceitos como incesto, pervesão e
  transtornos mentais.

 o padrão de desenvolvimento proposto por Freud
  não é universal nem necessário no desenvolvimento
  da saúde mental, qualificando-o de etnocêntrico por
  omitir determinantes sócio-culturais.
 Uma das mais severas críticas sofridas pelo método
  psicanalítico foi feita pelo filósofo da ciência Karl Popper.
  Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria
  seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos,
  citando o exemplo do "Complexo de Édipo".

 Para ele, Freud afirmava que esse complexo era universal,
  mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na
  época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era
  bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência
  subjetiva (a sua "auto-analíse“) e da sua prática clínica, feita
  na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma
  Áustria vitoriana.

 Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem
  específicos e que não podem fundamentar a universalidade
  pretendida pelo autor.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund FreudPalestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
tacio111
 
Desenvolvimento psicossexual segundo freud
Desenvolvimento psicossexual segundo freudDesenvolvimento psicossexual segundo freud
Desenvolvimento psicossexual segundo freud
UNESC
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
andrea cristina
 

Mais procurados (20)

Freud e o inconsciente
Freud e o inconscienteFreud e o inconsciente
Freud e o inconsciente
 
Teoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTicaTeoria PsicanalíTica
Teoria PsicanalíTica
 
Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
Freud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise IFreud e a Psicanálise I
Freud e a Psicanálise I
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
Teoria e Pratica - Abordagem Psicanalitica
Teoria e Pratica - Abordagem PsicanaliticaTeoria e Pratica - Abordagem Psicanalitica
Teoria e Pratica - Abordagem Psicanalitica
 
Psicanálise Sigmund Freud
Psicanálise Sigmund Freud Psicanálise Sigmund Freud
Psicanálise Sigmund Freud
 
A PSICANÁLISE, POR SIGMUND FREUD
A PSICANÁLISE, POR SIGMUND FREUDA PSICANÁLISE, POR SIGMUND FREUD
A PSICANÁLISE, POR SIGMUND FREUD
 
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPEAula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPE
 
Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISEAula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
 
Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund FreudPalestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
Palestra Interpretação dos Sonhos - Sigmund Freud
 
Freud e o desenvolvimento
Freud e o desenvolvimentoFreud e o desenvolvimento
Freud e o desenvolvimento
 
2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente
 
Desenvolvimento psicossexual segundo freud
Desenvolvimento psicossexual segundo freudDesenvolvimento psicossexual segundo freud
Desenvolvimento psicossexual segundo freud
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2 (1)
 
Henri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoriaHenri Wallon e sua teoria
Henri Wallon e sua teoria
 
Psicanalise
PsicanalisePsicanalise
Psicanalise
 
Psicanalise freud
Psicanalise   freudPsicanalise   freud
Psicanalise freud
 
As sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanáliseAs sete escolas da psicanálise
As sete escolas da psicanálise
 
PsicanáLise e Educação
PsicanáLise e EducaçãoPsicanáLise e Educação
PsicanáLise e Educação
 

Destaque (9)

Introdução À Psicanálise
Introdução À PsicanáliseIntrodução À Psicanálise
Introdução À Psicanálise
 
Freud aprendizagem desenvolvimento e fases
Freud aprendizagem desenvolvimento e fasesFreud aprendizagem desenvolvimento e fases
Freud aprendizagem desenvolvimento e fases
 
Freud
FreudFreud
Freud
 
Freud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantilFreud - O desenvolvimento sexual infantil
Freud - O desenvolvimento sexual infantil
 
Freud e o Desenvolvimento Psicossexual
Freud e o Desenvolvimento PsicossexualFreud e o Desenvolvimento Psicossexual
Freud e o Desenvolvimento Psicossexual
 
Freud. psicanálise.parte.i ippt
Freud. psicanálise.parte.i ipptFreud. psicanálise.parte.i ippt
Freud. psicanálise.parte.i ippt
 
Objectivos.teste.3 12 b
Objectivos.teste.3 12 bObjectivos.teste.3 12 b
Objectivos.teste.3 12 b
 
Freud.conceitos. doc
Freud.conceitos. docFreud.conceitos. doc
Freud.conceitos. doc
 
Watson.conclusões
Watson.conclusõesWatson.conclusões
Watson.conclusões
 

Semelhante a Freud. slide

Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
27101992
 
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
guest83661f
 
Freud - O Método Psicanalítico
Freud - O Método PsicanalíticoFreud - O Método Psicanalítico
Freud - O Método Psicanalítico
John Wainwright
 
Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2
Daniele Rubim
 
Freud - teorias da personalidade aplicatda
Freud - teorias da personalidade aplicatdaFreud - teorias da personalidade aplicatda
Freud - teorias da personalidade aplicatda
gcz2dp7sff
 
Desenvolvimento emocional 09 2010
Desenvolvimento emocional 09 2010Desenvolvimento emocional 09 2010
Desenvolvimento emocional 09 2010
Caio Grimberg
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise
faculdadeteologica
 
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e criticaEnfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
Isis Bezerra
 
Piscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifaPiscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifa
27101992
 

Semelhante a Freud. slide (20)

Sigmund_FREUD .pdf
Sigmund_FREUD .pdfSigmund_FREUD .pdf
Sigmund_FREUD .pdf
 
Sigmund Freud e a Psicanálise .pdf
Sigmund Freud e a Psicanálise .pdfSigmund Freud e a Psicanálise .pdf
Sigmund Freud e a Psicanálise .pdf
 
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
Freud e-a-psicanlise-1204326364108510-2
 
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
Freud E A Psicanlise 1204326364108510 2
 
Freud - O Método Psicanalítico
Freud - O Método PsicanalíticoFreud - O Método Psicanalítico
Freud - O Método Psicanalítico
 
Introdução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designersIntrodução à psicologia para game designers
Introdução à psicologia para game designers
 
Psicanálise Freudiana
Psicanálise FreudianaPsicanálise Freudiana
Psicanálise Freudiana
 
Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2
 
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade  AULA 2.pdfPsicologia da personalidade  AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
 
Personalidade
PersonalidadePersonalidade
Personalidade
 
Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundoPsiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
 
Freud - teorias da personalidade aplicatda
Freud - teorias da personalidade aplicatdaFreud - teorias da personalidade aplicatda
Freud - teorias da personalidade aplicatda
 
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdfAna Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
Ana Mercês Bahia Bock & Outros - Psicologias (pdf)(rev).pdf
 
Cap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdfCap 5 - Psicanalise.pdf
Cap 5 - Psicanalise.pdf
 
Desenvolvimento emocional 09 2010
Desenvolvimento emocional 09 2010Desenvolvimento emocional 09 2010
Desenvolvimento emocional 09 2010
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise
 
Desenvolvimento psíquico da criança
Desenvolvimento psíquico da criançaDesenvolvimento psíquico da criança
Desenvolvimento psíquico da criança
 
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e criticaEnfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
Enfatizando as fases psicossexuais em freud resumo e critica
 
Seminario freud
Seminario freudSeminario freud
Seminario freud
 
Piscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifaPiscicanálise 3 faifa
Piscicanálise 3 faifa
 

Freud. slide

  • 1. Iniciou seus estudos e publicações com a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.  Fazia uso da Hipnose.  Acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual;
  • 2.  Insatisfeito com a hipnose, desenvolveu o que é hoje a base da técnica psicanalítica: a livre associação. O paciente é convidado a falar o que lhe vem à mente para revelar memórias reprimidas causadoras de neuroses.  o pai de Freud falece em outubro de 1896, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses.
  • 3.  Afirma que os sonhos são "a estrada mestra para o inconsciente", a camada mais profunda da mente humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.  Deu ao desejo papel prioritário em seus estudos.  Chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso “Complexo de Édipo”, que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
  • 4.  Teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923 com o lD e o EGO.  Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente.
  • 5.  Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários e que propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.  Postula também a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente.  Pensamentos e sentimentos dolorosos experimentados pelas pessoas (que não podem suportá-los) não podem ser expulsos da mente, mas são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente ( repressão).
  • 6.  Observou ainda que o processo da repressão é em si mesmo um ato não-consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos pensamentos ou sentimentos conscientes) ou seja, o inconsciente era tanto causa como efeito da repressão.  Freud distinguiu três níveis de consciência, em sua inicial divisão topográfica da mente: consciente, pré-consciente e inconsciente.
  • 7. INCONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE, CONSCIENTE  consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;  pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;  inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.  A partir daí passou a adotar os conceitos de ID, EGO e SUPEREGO.
  • 8.  O ponto nuclear dessa teoria é o postulado da existência do inconsciente como:  a) um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;  b) um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.
  • 9.  O ID representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do id.  Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que atuariam no sentido de auto- preservação.  Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida.  O id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas.
  • 10.  O EGO, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.  O SUPEREGO, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos morais e éticos internalizados.  Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. É a LIBIDO.
  • 11. Desenvolvimento Psicosexual  O desenvolvimento psicosexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada. As etapas são:  a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não tem nenhuma função vital, mas apenas de proporcionar prazer);  a etapa anal (exemplificada pelo prazer das crianças ao controlar sua defecação);  a etapa fálica (que é demonstrada pela manipulação dos órgãos genitais)
  • 12.  Período de Latência O período de latência (6-12 anos de idade) tem sua origem na dissolução do Complexo de Édipo, a qual ocorreu na fase fálica. Ainda que este período constitua uma pausa na evolução da sexualidade, este fato não significa necessariamente que a criança não tenha nenhum interesse sexual até chegar à puberdade, mas principalmente que não se desenvolverá nesse periodo uma nova organização da sexualidade. O surgimento de sentimentos de pudor e repugnância, a identificação com os pais, a intensificação das repressões e o desenvolvimento de sublimações são características do período de latência.
  • 13. PUBERDADE /ADOLESCÊNCIA  A Psicanálise concebe a adolescência a partir do conceito de puberdade.  Puberdade: está relacionada ao desenvolvimento de aspectos físicos e biológicos do indivíduo, iniciando por volta dos 9-10 anos.  Ex: mudança de voz e pelos nos meninos;  Menarca e pelos nas meninas.
  • 14.  Até então percebe-se que a libido é voltada para o próprio ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma.  O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama complexo de Èdipo, ( Jung chamou de Édipo e de Electra).  o complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.
  • 15.  Utilizoua mitologia grega e a etnografia contemporânea como modelos comparativos.  Recorreu ao “Rei Édipo" para indicar que o ser humano deseja o incesto de forma natural e como é reprimido este desejo.  O complexo de Édipo foi descrito como uma fase do desenvolvimento psicossexual e de amadurecimento.
  • 16.  Fixou-se ainda nos estudos antropológicos deTotemismo, argumentando que reflete um costume ritualizado do complexo de Édipo (Totem e Tabu).  Incorporou também em sua teoria conceitos da religião católica e da judaica; assim como princípios da Sociedade Vitoriana sobre repressão, sexualidade e moral; e outros da biologia e da hidraúlica.  a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda a história da ciência.
  • 17. Críticas ao Desenvolvimento Psicosexual  Afirmação de Freud sobre a existência de uma sexualidade infantil e,implicitamente, a expansão que se fez na noção de sexualidade.  que Freud "neurotizou" a sexualidade ao relacioná- la com conceitos como incesto, pervesão e transtornos mentais.  o padrão de desenvolvimento proposto por Freud não é universal nem necessário no desenvolvimento da saúde mental, qualificando-o de etnocêntrico por omitir determinantes sócio-culturais.
  • 18.  Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos, citando o exemplo do "Complexo de Édipo".  Para ele, Freud afirmava que esse complexo era universal, mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência subjetiva (a sua "auto-analíse“) e da sua prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma Áustria vitoriana.  Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos e que não podem fundamentar a universalidade pretendida pelo autor.