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Gonçalo Moreira nº14 12ºB

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                                            O “Cisne Negro”, realizado por Darren Aronofsky,
                                     faz uma viagem emocionante e aterrorizante à psique de
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                                     enfrentar os medos. Mais do que ballet, “Cisne Negro” é um
filme sobre amargura, aflição, dor, entrega, superação, paixão e desafio, que transforma a vida de
qualquer ser humano. É uma história sobre o quanto é difícil ser humano num mundo irracional e
enlouquecedor.


       O filme começa com um sonho sombrio de Nina, onde ela interpreta o papel principal no
ballet “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky. Nesse sonho aparece Rothbart, um mago que se
apresenta como uma ave negra. Talvez um verdadeiro prenúncio psíquico do processo de
transformação (individuação: processo de desenvolvimento psíquico, que diz respeito à
integração do consciente com o inconsciente) que a bailarina irá viver. Quando a bailarina
principal da companhia, Beth (Winona Ryder), se aposenta, o director artístico Thomas Leroy
(Vincent Cassel) resolve inovar e colocar uma bailarina para interpretar tanto o cisne branco
como o negro.


       Nina é talentosa mas tem pouca criatividade, sensualidade, e espontaneidade, e a sua vida
emocional, afectiva e sexual é pobre e infantilizada. Nina decide tentar mas, cheia de técnica -
razão, é privada de todo tipo de emoção, muito em parte por causa da presença opressora da mãe,
Erica (Barbara Hershey), ex-bailarina frustrada por ter abandonado a carreira depois de
engravidar. Na audição, Nina desempenha bem o papel da doce Odette, Cisne Branco, mas tem
dificuldade em encontrar a sensualidade e a agressividade para interpretar Odile, o Cisne Negro.
Apesar disso, Nina acaba por conseguir o papel de Rainha dos Cisnes.




                                                                                                1
Gonçalo Moreira nº14 12ºB

         A questão é que ela tem tudo o que precisa para ser o Cisne Branco, mas vai ter de lutar
bastante para alcançar o Cisne Negro.
         Entre o director de ballet passivo-agressivo-pseudo-sedutor, a mãe controladora e com
transtornos, as pressões físicas e psicológicas normais da dança, um elemento perturbador é
adicionado à lista: uma rival – Lily (Mila Kunis). Lily não é um primor na técnica, mas é um
vulcão de emoções (reacções complexas a estímulos externos e internos, que não são um
obstáculo ao funcionamento da razão: pelo contrário, estão envolvidas nos processos de decisão e
são determinantes para o bom funcionamento intelectual do individuo), tal como o Cisne Negro
exige. Com a chegada de Lily, Nina tem uma concorrente, e as duas iniciam uma amizade
conflituosa. Cada vez mais Lily representa as características do Cisne Negro, e é um contraponto
para Nina Sayers. Lily acaba por ajudar Nina na transição para o Cisne Negro, pois apresenta
experiências e sensações novas, que causam preocupação na super-protectora mãe de Nina.
Porém, graças a Lily, ela consegue encontrar em si o seu lado sombrio, tão necessário para se
libertar das suas repressões e interpretar com perfeição o papel do Cisne Negro.


         A busca pela perfeição vai levá-la aos caminhos mais escuros da sua alma, o que faz com
que acabe literalmente por viver a peça “O Lago dos Cisnes” e se aprisione num mundo doente,
de sofrimento, onde sintomas psicóticos que envolvem indícios de transtorno alimentar,
autoflagelação, e alucinações a atormentam, desafiando os seus objectivos de se tornar a "Rainha
dos Cisnes". Para tentar conter esses conteúdos assustadores do seu inconsciente, Nina apresenta-
se como frígida, dura e incapaz de sentir. Mas isso pode ser um caminho sem volta, pois toda a
repressão é excluída e as emoções vêm como uma carga pesada que só pode ser libertada no
palco.


         Perfeição é um dos temas centrais nos quais estão
mergulhados a complexa protagonista Nina, a mãe, o director
do espectáculo Thomas, a antagonista Lily e a amarga Beth.


         Dois lados, duas facetas, luz e sombra, uma dualidade eterna representada no conto do
Cisne Negro e, agora, subvertido pelo estudioso Aronofsky, numa visita incómoda ao lado mais
escuro da consciência: aquele que não reconhece limites ou ameaças. E é na penumbra do palco,


                                                                                               2
Gonçalo Moreira nº14 12ºB

sempre solitário e opressivo, que o ballet soturno de Natalie Portman se inicia em Cisne Negro
dando origem a um ciclo intenso, mas possivelmente segmentado demais, de trevas.
       O filme vai se desenvolvendo em torno da luta de Nina para superar a técnica e adquirir
emoção, tornar-se negra e chegar ao lado escuro de sua pessoa.




       A fotografia sombria e densa, combinada com a direcção transforma “Cisne Negro” não
num simples filme de drama, mas sim num filme de terror. Muito do filme se baseia nos reflexos
e nos espelhos que estão por toda a parte e que reflectem o interior dos personagens e mistérios,
que ilustram perfeitamente a esquizofrenia de Nina. O espelho acaba por ser também a arma que
liberta a segunda Nina, feita de instintos e emoções de sua prisão mental imposta pela Nina
racional e perfeccionista. A fragmentação da personalidade de Nina também vai sendo bem
demonstrada numa série de jogos de espelhos e na caracterização de Lily como uma espécie de
Nina do lado negro. Nina no acto final crê que matou sua maior inimiga, e dança com todo
prazer, transcendendo a culpa, se sentindo livre do que mais a atormentava e quando sai do
delírio, percebe que ela não matou a Lily e sim, enfiou o vidro do espelho - aquele que reflecte,
que nos mostra quem somos e simboliza a coragem de assumir a sua sombra - nela mesmo. Daí, o
acto final, a loucura retorna ao seu lugar, ela dança com perfeição.


       “Cisne Negro” levanta várias discussões e questiona uma sociedade de exageros –
mentais e físicos, mostra as reacções desconexas de uma mente decidida a criar sua própria
versão da realidade, libertando desejos reprimidos, sonhos selvagens e atitudes impensáveis. Nina
contribui com uma fragilidade ímpar e explosão arrebatadora de sensualidade, enquanto Lily não
foge muito das suas limitações. Nina optou pela busca da absoluta perfeição permitindo que a
ficção tomasse conta da sua vida. Seu desfecho é grandioso e apoteótico. Perfeito por suas
próprias palavras. E assim poderia ser Cisne Negro – perfeito –, mas a chave está na principal
fala de Cassel: “Perfeição técnica não supera necessidade da emoção”.


                                                                                               3
Gonçalo Moreira nº14 12ºB



        Todos nós temos muito de Nina nas nossas vidas. Buscamos contacto com as pessoas
através da razão, ou seja, a perfeição. É mais difícil relacionarmo-nos por meio de verdades,
afectos e sentimentos. Debitamos nos outros, com frequência, as nossas limitações para
crescermos profissionalmente. É também a fábula dentro da fábula. “Cisne Negro” coloca-nos em
contacto com emoções e sensações diversas. Isso prolonga a experiência do filme. A meu ver,
essa relação continuada deve-se também à imersão na mente da bailarina (e os seus acessos
esquizofrénicos), ao seu universo de confusão e à percepção difusa dos factos. E é essa percepção
difusa somada ao figurativo do “Lago dos Cisnes” e às intensidades das emoções expostas que
transformam “Cisne Negro” na fábula (“Lago dos Cisnes”) dentro da fábula (a fabulação da
realidade por Nina).


        Resumindo, entregaria a sua alma, pela realização de um gesto perfeito?




Sites consultados:
http://apsicologiaresponde.blogspot.com/2011/02/analise-particular-sobre-o-filme-cisne.html
http://www.terapiaemdia.com.br/?p=965
http://www.uarevaa.com/2011/02/cisne-negro-de-darren-aronofsky.html
http://artistasdesantoamarodeipitanga.ning.com/profiles/blogs/analise-psicologica-do-filme-o
http://www.nerdeando.com.br/especial/analise-cisne-negro/
http://renatocinema.blogspot.com/2011/02/cisne-negro.html
http://www.edenpop.com/2011/01/critica-cisne-negro.html
http://www.soshollywood.com.br/um-sonho-despedacado/
http://www.psicobreve.com.br/?p=717
http://letraecena.wordpress.com/2011/02/17/cisne-negro-de-darren-aronofsky/
http://dnamocinha.com/cisne-negro/
http://www.aglomeradonews.com.br/2011/01/analise-cisne-negro.html
http://tiagovaz.com/2011/01/analise-cisne-negro/

                                                                                                  4

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Ensaio Cisne Negro (Gonçalo)

  • 1. Gonçalo Moreira nº14 12ºB PSICOLOGIA – B ENSAIO – “CISNE NEGRO” O “Cisne Negro”, realizado por Darren Aronofsky, faz uma viagem emocionante e aterrorizante à psique de uma jovem obsessiva bailarina, Nina Sayers, interpretada por Natalie Portman (vencedora do Óscar para Melhor Actriz Principal). Faz também um convite à coragem de enfrentar os medos. Mais do que ballet, “Cisne Negro” é um filme sobre amargura, aflição, dor, entrega, superação, paixão e desafio, que transforma a vida de qualquer ser humano. É uma história sobre o quanto é difícil ser humano num mundo irracional e enlouquecedor. O filme começa com um sonho sombrio de Nina, onde ela interpreta o papel principal no ballet “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky. Nesse sonho aparece Rothbart, um mago que se apresenta como uma ave negra. Talvez um verdadeiro prenúncio psíquico do processo de transformação (individuação: processo de desenvolvimento psíquico, que diz respeito à integração do consciente com o inconsciente) que a bailarina irá viver. Quando a bailarina principal da companhia, Beth (Winona Ryder), se aposenta, o director artístico Thomas Leroy (Vincent Cassel) resolve inovar e colocar uma bailarina para interpretar tanto o cisne branco como o negro. Nina é talentosa mas tem pouca criatividade, sensualidade, e espontaneidade, e a sua vida emocional, afectiva e sexual é pobre e infantilizada. Nina decide tentar mas, cheia de técnica - razão, é privada de todo tipo de emoção, muito em parte por causa da presença opressora da mãe, Erica (Barbara Hershey), ex-bailarina frustrada por ter abandonado a carreira depois de engravidar. Na audição, Nina desempenha bem o papel da doce Odette, Cisne Branco, mas tem dificuldade em encontrar a sensualidade e a agressividade para interpretar Odile, o Cisne Negro. Apesar disso, Nina acaba por conseguir o papel de Rainha dos Cisnes. 1
  • 2. Gonçalo Moreira nº14 12ºB A questão é que ela tem tudo o que precisa para ser o Cisne Branco, mas vai ter de lutar bastante para alcançar o Cisne Negro. Entre o director de ballet passivo-agressivo-pseudo-sedutor, a mãe controladora e com transtornos, as pressões físicas e psicológicas normais da dança, um elemento perturbador é adicionado à lista: uma rival – Lily (Mila Kunis). Lily não é um primor na técnica, mas é um vulcão de emoções (reacções complexas a estímulos externos e internos, que não são um obstáculo ao funcionamento da razão: pelo contrário, estão envolvidas nos processos de decisão e são determinantes para o bom funcionamento intelectual do individuo), tal como o Cisne Negro exige. Com a chegada de Lily, Nina tem uma concorrente, e as duas iniciam uma amizade conflituosa. Cada vez mais Lily representa as características do Cisne Negro, e é um contraponto para Nina Sayers. Lily acaba por ajudar Nina na transição para o Cisne Negro, pois apresenta experiências e sensações novas, que causam preocupação na super-protectora mãe de Nina. Porém, graças a Lily, ela consegue encontrar em si o seu lado sombrio, tão necessário para se libertar das suas repressões e interpretar com perfeição o papel do Cisne Negro. A busca pela perfeição vai levá-la aos caminhos mais escuros da sua alma, o que faz com que acabe literalmente por viver a peça “O Lago dos Cisnes” e se aprisione num mundo doente, de sofrimento, onde sintomas psicóticos que envolvem indícios de transtorno alimentar, autoflagelação, e alucinações a atormentam, desafiando os seus objectivos de se tornar a "Rainha dos Cisnes". Para tentar conter esses conteúdos assustadores do seu inconsciente, Nina apresenta- se como frígida, dura e incapaz de sentir. Mas isso pode ser um caminho sem volta, pois toda a repressão é excluída e as emoções vêm como uma carga pesada que só pode ser libertada no palco. Perfeição é um dos temas centrais nos quais estão mergulhados a complexa protagonista Nina, a mãe, o director do espectáculo Thomas, a antagonista Lily e a amarga Beth. Dois lados, duas facetas, luz e sombra, uma dualidade eterna representada no conto do Cisne Negro e, agora, subvertido pelo estudioso Aronofsky, numa visita incómoda ao lado mais escuro da consciência: aquele que não reconhece limites ou ameaças. E é na penumbra do palco, 2
  • 3. Gonçalo Moreira nº14 12ºB sempre solitário e opressivo, que o ballet soturno de Natalie Portman se inicia em Cisne Negro dando origem a um ciclo intenso, mas possivelmente segmentado demais, de trevas. O filme vai se desenvolvendo em torno da luta de Nina para superar a técnica e adquirir emoção, tornar-se negra e chegar ao lado escuro de sua pessoa. A fotografia sombria e densa, combinada com a direcção transforma “Cisne Negro” não num simples filme de drama, mas sim num filme de terror. Muito do filme se baseia nos reflexos e nos espelhos que estão por toda a parte e que reflectem o interior dos personagens e mistérios, que ilustram perfeitamente a esquizofrenia de Nina. O espelho acaba por ser também a arma que liberta a segunda Nina, feita de instintos e emoções de sua prisão mental imposta pela Nina racional e perfeccionista. A fragmentação da personalidade de Nina também vai sendo bem demonstrada numa série de jogos de espelhos e na caracterização de Lily como uma espécie de Nina do lado negro. Nina no acto final crê que matou sua maior inimiga, e dança com todo prazer, transcendendo a culpa, se sentindo livre do que mais a atormentava e quando sai do delírio, percebe que ela não matou a Lily e sim, enfiou o vidro do espelho - aquele que reflecte, que nos mostra quem somos e simboliza a coragem de assumir a sua sombra - nela mesmo. Daí, o acto final, a loucura retorna ao seu lugar, ela dança com perfeição. “Cisne Negro” levanta várias discussões e questiona uma sociedade de exageros – mentais e físicos, mostra as reacções desconexas de uma mente decidida a criar sua própria versão da realidade, libertando desejos reprimidos, sonhos selvagens e atitudes impensáveis. Nina contribui com uma fragilidade ímpar e explosão arrebatadora de sensualidade, enquanto Lily não foge muito das suas limitações. Nina optou pela busca da absoluta perfeição permitindo que a ficção tomasse conta da sua vida. Seu desfecho é grandioso e apoteótico. Perfeito por suas próprias palavras. E assim poderia ser Cisne Negro – perfeito –, mas a chave está na principal fala de Cassel: “Perfeição técnica não supera necessidade da emoção”. 3
  • 4. Gonçalo Moreira nº14 12ºB Todos nós temos muito de Nina nas nossas vidas. Buscamos contacto com as pessoas através da razão, ou seja, a perfeição. É mais difícil relacionarmo-nos por meio de verdades, afectos e sentimentos. Debitamos nos outros, com frequência, as nossas limitações para crescermos profissionalmente. É também a fábula dentro da fábula. “Cisne Negro” coloca-nos em contacto com emoções e sensações diversas. Isso prolonga a experiência do filme. A meu ver, essa relação continuada deve-se também à imersão na mente da bailarina (e os seus acessos esquizofrénicos), ao seu universo de confusão e à percepção difusa dos factos. E é essa percepção difusa somada ao figurativo do “Lago dos Cisnes” e às intensidades das emoções expostas que transformam “Cisne Negro” na fábula (“Lago dos Cisnes”) dentro da fábula (a fabulação da realidade por Nina). Resumindo, entregaria a sua alma, pela realização de um gesto perfeito? Sites consultados: http://apsicologiaresponde.blogspot.com/2011/02/analise-particular-sobre-o-filme-cisne.html http://www.terapiaemdia.com.br/?p=965 http://www.uarevaa.com/2011/02/cisne-negro-de-darren-aronofsky.html http://artistasdesantoamarodeipitanga.ning.com/profiles/blogs/analise-psicologica-do-filme-o http://www.nerdeando.com.br/especial/analise-cisne-negro/ http://renatocinema.blogspot.com/2011/02/cisne-negro.html http://www.edenpop.com/2011/01/critica-cisne-negro.html http://www.soshollywood.com.br/um-sonho-despedacado/ http://www.psicobreve.com.br/?p=717 http://letraecena.wordpress.com/2011/02/17/cisne-negro-de-darren-aronofsky/ http://dnamocinha.com/cisne-negro/ http://www.aglomeradonews.com.br/2011/01/analise-cisne-negro.html http://tiagovaz.com/2011/01/analise-cisne-negro/ 4