O documento discute o câncer de bexiga, incluindo sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tipos de tratamento. O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga. Sangue na urina é um sinal de alerta, embora possa ter outras causas. Tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. Sobrevida depende do estágio do câncer no diagnóstico.
3. O que é o Câncer de Bexiga?
Câncer é o crescimento de células
anormais no corpo. O câncer de bexiga
normalmente começa no revestimento
interno do órgão.
A maioria dos cânceres de bexiga são
diagnosticados precocemente, quando
a doença ainda não se disseminou
para outros órgãos.
No entanto, o câncer de bexiga tende a
recidivar, por isso, check-ups regulares
são muito importantes.
4. Sinal de Perigo: Sangue na
Urina
Sangue na urina pode ser um sinal de
câncer de bexiga, seja visível a olho nu
ou detectado em exames de rotina.
A urina pode parecer mais escura do
que o normal, acastanhada ou
(raramente) vermelho vivo.
Entretanto, sangue na urina, não
significa necessariamente câncer, pode
ser devido a outras causas, como por
exemplo, exercícios, traumas, infecções,
doenças renais ou sanguíneas ou uso de
medicamentos, como drogas que afinam
o sangue.
5. Sinais de Alerta
É mais comum que os sintomas
aconteçam por outras causas que não o
câncer.
Porém, o câncer de bexiga pode
provocar alterações na frequência
urinária, incluindo: necessidade de
urinar mais vezes do que o normal, dor
ou dificuldade ao urinar. Infecções do
trato urinário ou cálculos renais podem
causar sintomas semelhantes e exigem
tratamentos diferentes.
6. Fatores de Risco: Fumo
Apesar que as causas exatas do
câncer de bexiga permanecerem
desconhecidas, o tabagismo é o
principal fator de risco.
Fumantes são quatro vezes
mais propensos a ter câncer de
bexiga do que pessoas que
nunca fumaram.
Substâncias químicas inaladas da fumaça do tabaco chegam aos pulmões e
depois são levadas à corrente sanguínea, que é filtrada pelos rins até chegar à
bexiga. As substâncias concentradas são nocivas, podendo danificar as células da
bexiga e eventualmente provocar câncer.
7. Fatores de Risco: Exposição
a Produtos Químicos
Pesquisas sugerem que determinados
tipos de trabalho podem aumentar o
risco de câncer de
bexiga. Metalúrgicos, mecânicos e
cabeleireiros estão entre aqueles que
podem estar expostos a produtos
químicos potencialmente
cancerígenos.
Se você trabalha com corantes ou na fabricação de borracha,
têxteis, couro ou tintas, não se esqueça de seguir os
procedimentos de segurança para reduzir o contato com essas
substâncias. Fumar aumenta ainda mais o risco de exposição às
substâncias químicas.
8. Outros Fatores de Risco
• Gênero - Os homens são três
vezes mais propensos a ter câncer
de bexiga.
• Idade - Nove em cada 10 casos
ocorrem em pessoas com mais de
55 anos.
• Etnia - Brancos têm duas vezes
mais risco de desenvolver a
doença do que pessoas de raça
negra.
Outros fatores incluem histórico familiar de câncer da bexiga,
tratamentos anteriores de câncer, defeitos congênitos e inflamação
crônica da bexiga.
9. Diagnóstico: Exame
Não existe um exame de rotina
para câncer de bexiga. Mas, se você
apresenta sintomas ou pertence a
um grupo de risco, seu médico
pode solicitar um exame de urina.
Se necessário, será feita uma
cistoscopia, para visualizar o interior
da bexiga através da endoscopia. O
cistoscópio permite a retirada de
amostras de tecido para análise por
um patologista.
A biópsia é a forma de diagnosticar o
câncer.
10. Diagnóstico: Imagem
Se o câncer for diagnosticado, serão
solicitados exames de imagem para
determinar a extensão da doença:
• Urografia Excretora - Utiliza um
corante para delinear os rins, bexiga e
ureteres, que são os canais que
transportam a urina para a bexiga.
• Tomografia e Ressonância Magnética -
Por meio de imagens detalhadas,
podem evidenciar os gânglios linfáticos
próximos.
• Ultrassom - Produz imagens usando
ondas sonoras, ao invés de radiação.
• PETscan - Útil na procura por
metástases para outros órgãos, como
gânglios linfáticos, pulmões e ossos.
11. Tipos de Câncer de Bexiga
Os principais tipos de câncer de bexiga
são nomeados pelo tipo das células que
se tornam cancerosas.
O mais comum é o carcinoma de células
de transição, que começa nas células que
revestem o interior da bexiga.
Existem também o carcinoma de células
escamosas e o adenocarcinoma que são
menos comuns.
12. Estágios do Câncer de Bexiga
• Estágio 0 - O câncer permanece no
revestimento interno.
• Estágio I - O câncer se disseminou para a
parede da bexiga.
• Estágio II - O câncer atingiu o músculo da
parede da bexiga.
• Estágio III - O câncer se disseminou para o
tecido adiposo em torno da bexiga.
• Estágio IV - O câncer se disseminou para a
parede pélvica ou abdominal, gânglios
linfáticos ou locais distantes, como ossos,
fígado ou pulmões.
13. Tratamento: Cirurgia
A cirurgia transuretral é realizada para o
câncer de bexiga em estágio inicial.
Em caso de estágios mais avançados,
poderá ser realizada uma cistectomia
parcial (remoção de uma parte da
bexiga) ou uma cistectomia radical
(retirada de toda a bexiga).
Em pacientes homens, a próstata e a
uretra também podem ser
removidas. Nas mulheres, o útero, as
trompas de Falópio, ovários e parte
da vagina podem ser retiradas.
14. Tratamento: Pós cirúrgico
Em caso de retirada total da bexiga,
poderá ser feita a reconstrução de
outro reservatório para a urina. Uma
parte do intestino será usada para criar
um conduto que levará a urina até
uma bolsa coletora externa, o que se
denomina urostomia.
Técnicas mais modernas permitem
que o paciente possa urinar
normalmente graças a construção de
uma bexiga artificial.
15. Tratamento: Quimioterapia
A químio consiste no uso de
medicamentos destinados a eliminar as
células cancerosas. Estes medicamentos
podem ser administrados antes da cirurgia
para diminuir o tamanho do tumor,
permitindo assim sua remoção.
A quimioterapia também é usada para
destruir as células cancerosas
remanescentes da cirurgia e diminuir as
chances da recidiva.
Os possíveis efeitos colaterais incluem
perda de cabelo, náuseas e vômitos,
perda de apetite e fadiga. A químio pode
ser administrada por via endovenosa ou
diretamente na bexiga.
16. Tratamento: Imunoterapia
Essa forma de tratamento é direcionada
especificamente à bexiga, de modo que
não trata o câncer que se disseminou
para outras partes.
A terapia com BCG (Bacilo de
Calmette-Guerin) é utilizada para o
tratamento do câncer de bexiga através
de um cateter.
Este tratamento estimula o sistema
imunológico para atacar o câncer.
Sintomas como os da gripe são efeitos
colaterais comuns no tratamento.
A imunoterapia pode ser utilizada após a cirurgia para reduzir o risco
de recidiva.
17. Tratamento: Radioterapia
A radioterapia usa feixes de alta energia,
raios X, para destruir as células
cancerosas e diminuir o tamanho do
tumor. É administrada de forma externa.
A radioterapia pode ser realizada junto
com outros tratamentos, como
quimioterapia e cirurgia.
Para pacientes que não podem se
submeter à cirurgia, pode ser o
tratamento principal.
Os possíveis efeitos colaterais incluem
náuseas, fadiga, irritação na pele, diarreia
e dor ao urinar.
18. Novos Tratamentos
Podem ser úteis na luta contra o câncer
de bexiga. A terapia fotodinâmica,
usada em cânceres em estágios iniciais,
usa um laser para ativar uma
substância química que mata as células
cancerosas.
Algumas terapias genéticas usam
vírus produzidos em laboratório para
combater o câncer.
Terapias alvo têm por objetivo controlar o crescimento de células
cancerosas. Finalmente você pode participar de estudos clínicos se
preencher os critérios de participação, converse com seu médico para
saber se existe algum protocolo clínico indicado para o seu caso.
19. Tratamentos
Complementares
Atualmente, existem tratamentos
complementares conhecidos para
tratar ou prevenir o câncer de
bexiga, no entanto mais estudos
devem ser feitos para demonstrar
sua eficácia.
Ensaios clínicos estão avaliando se
extratos de chá verde ou brotos de
brócolis podem ajudar no tratamento
de pessoas com câncer de bexiga.
20. Vivendo com câncer de
bexiga
A sobrevida está intimamente
ligada ao momento do diagnóstico.
Cerca de metade dos cânceres de bexiga
são diagnosticados quando a doença
está confinada ao revestimento interno
da bexiga.
Quase 100% desses pacientes terão uma
sobrevida de cinco anos. No entanto,
quanto mais avançado o câncer,
menor a estimativa.
Entretanto, novos avanços no diagnóstico e tratamento podem aumentar a
sobrevida, lembrando que cada paciente tem suas próprias características
e peculiaridades.
21. Sexualidade após o Câncer de
Bexiga
A cirurgia pode eventualmente danificar
nervos importantes, tornando o sexo mais
dificultoso. Alguns homens podem ter
problemas de ereção, embora em pacientes
mais jovens, isso melhora com o tempo.
Quando a próstata e as vesículas
seminais são retiradas, o sêmen não
será produzido.
As mulheres também podem ter problemas
com o orgasmo, e acharem a relação sexual
menos confortável e prazerosa.
Converse com seu médico e discuta as
opções de tratamento para seu caso.
22. Vivendo com Câncer de
Bexiga
O câncer é uma experiência de
mudança de vida. E, embora não haja
nenhuma maneira infalível de prevenir a
recidiva, você pode tomar medidas para
se sentir e se manter saudável.
Uma dieta com frutas, legumes, grãos
integrais e porções modestas de carne
magra é um grande começo. Se você
fuma, pare. Limite o consumo de álcool
a uma ou duas doses diárias.
O exercício diário e exames regulares também são importantes, pois
ajudam a sua saúde e proporcionam paz de espírito.