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Índice 
Índice......................................................................................................................................3 
1. Introdução ..........................................................................................................................3 
2. Estrutura e funcionamento do rim humano........................................................................4 
2.1. Estrutura interna do rim...............................................................................................4 
2.2. Estrutura externa do rim ............................................................................................6 
2.3. Funcionamento dos rins...............................................................................................8 
3. Processos renais básicos e micção......................................................................................9 
3.1. Filtração glomerular..................................................................................................10 
3.2. Reabsorção tubular....................................................................................................11 
3.2.1. Processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron.......................................12 
3.3. Secreção tubular .......................................................................................................13 
3.4. Processo de micção...................................................................................................13 
4. Conclusão ........................................................................................................................15 
5. Bibliografia ......................................................................................................................16
3 
1. Introdução 
Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão (tendo no ser humano, 
aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura). É o 
principal órgão do sistema excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram 
produtos do metabolismo de aminoácidos (especialmente ureia) do sangue, e os excretam, 
com água, na urina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga. 
Com o presente trabalho, pretendemos de forma detalhada descrever a estrutura e o 
funcionamento do rim humano, os processos renais básicos e micção como assuntos de 
destaque na pesquisa efectuada. 
De modo a conferir uma melhor performance o mesmo apresenta a seguinte sequência 
organizacional: estrutura interna do rim; estrutura externa do rim; funcionamento dos 
rins; processos renais básicos e micção; filtração glomerular; reabsorção tubular; 
processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron; Secreção tubular e processo de 
micção seguido da conclusão e bibliografia.
4 
2. Estrutura e funcionamento do rim humano 
2.1. Estrutura interna do rim 
Em humanos, os rins estão localizados na região posterior do abdómen, atrás do peritoneo, 
motivo pelo qual são chamados de órgãos retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da 
coluna; o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima 
de cada rim encontramos a glândula suprarrenal. 
Os rins estão, aproximadamente no mesmo nível que as vértebras T12 a L3, sendo que o 
rim direito localiza-se um pouco mais inferiormente que o esquerdo. O polo superior de 
cada rim está encostado na décima primeira e décima segunda costelas e ambos 
encontram-se envoltos por um coxim de gordura, com finalidade de proteção mecânica. 
Os rins são duas glândulas da cor vermelha escura colocadas simetricamente ao lado da 
coluna vertebral, na região lombar. Medem 10cm de largura e pesam cerca de 150gr cada 
um. O peritoneo membrana serosa que cobre a superfície superior do abdómen, prende-os 
fortemente contra a parede abdominal. A extremidade superior de cada rim é coberta por 
uma glândula edócrina, a glândula suprarrenal. 
Partes do rim: 
1. Cápsula renal 
2. Córtex renal 
3. Coluna de Bertin 
4. Medula renal 
5. Pirâmide renal 
6. Papila renal
5 
7. Pelve renal 
8. Cálice maior 
9. Cálice menor 
10. Ureter 
11. Corpúsculo renal 
12. Veia interlobular e Artéria interlobular 
13. Veia arqueada e Artéria arqueada 
14. Veia interlobar e Artéria interlobar 
15. Artéria renal 
16. Veia renal 
17. Hilo renal 
18. Seio renal 
19. Veia segmentar e Artéria segmentar 
20. Arteríola aferente 
21. Arteríola eferente 
22. Artéria radial perfurante 
23. Veia estrelada 
No adulto o rim tem cerca de 11 a 13 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a 
3 cm de espessura, com aproximadamente 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 
gramas na mulher. 
Cada rim possui a forma de um grão de feijão com duas faces (anterior e posterior), duas 
bordas (medial e lateral) e dois polos ou extremidades (superior e inferior). Na borda 
medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e 
nervos. Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino 
chamado cápsula renal. Ao redor do rim existe um acúmulo de tecido adiposo chamado 
gordura perirrenal, que por sua vez está envolvida por uma condensação de tecido 
conjuntivo, representando a fáscia de Gerota ou fáscia renal. 
Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes, é possível reconhecer o córtex renal, 
uma camada mais externa e pálida, e a medula renal, uma camada mais interna e escura. O 
córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções 
cônicas da medula chamadas pirâmides.
6 
As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que 
seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos 
coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a 
extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices 
maiores, os quais subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice 
menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal. 
Cada rim é formado por cerca de 1 milhão de pequenas estruturas chamadas néfron. Cada 
néfron é capaz de eliminar resíduos do metabolismo do sangue, manter o equilíbrio 
hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo humano, controlar a quantidade de líquidos no 
organismo, regular a pressão arterial e secretar hormônios, além de produzir a urina. Por 
esse motivo dizemos que o néfron é a unidade funcional do rim, pois apenas um néfron é 
capaz de realizar todas as funções renais. 
O néfron é formado pela cápsula de Bowman, pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, 
alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor, arteríolas aferente e eferente, 
capilares peritubulares. 
2.2. Estrutura externa do rim 
Cada rim tem borda lateral convexa e uma borda medial concava. Na superfície renal, a 
artéria, a via e os nervos renais, assim como os vasos linfóticos e a pelve renal, na 
superfície côncava e nela passam por uma fissura chama hilo. 
Os rins são recobertos pelo peritónio e circundados por uma massa de gordura e de tecido 
areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um 
pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito 
do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, 
entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo 
devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.
7 
Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o hilo renal – 
onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal 
está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um 
espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos 
sangüíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura. 
Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades. 
· Faces (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais 
abaulada e a posterior mais plana. 
· Bordas (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa). 
· Extremidades (2) - Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3).
8 
2.3. Funcionamento dos rins 
A unidade funcional completa do rim é o néfronin, comporto por corpúsculo renal e suas 
extensões tubulares: túbulo contornado proximal, olça de Henfo, tubo contornado distal 
que desemboca num ducto colector. O sangue deixa o glomérulo via anteriola eferente que 
dá origem aos capilares peritubulares. 
Normalmente, possuem-se dois rins. Cada rim tem um uréter que conduz a urina desde a 
zona de recolha central dos rins (bacinete ou pélvis renal) até à bexiga. Dali, a urina sai 
pela uretra para o exterior do corpo, através do pénis nos homens e da vulva nas mulheres. 
A função principal dos rins é filtrar os produtos metabólicos de excreção e o excesso de 
sódio e de água do sangue, assim como facilitar a sua eliminação do organismo; também 
ajudam a regular a tensão arterial e a produção de glóbulos vermelhos. 
Cada rim contém cerca de um milhão de unidades encarregadas da filtragem (nefrónios). 
Um nefrónio é constituído por uma estrutura redonda e oca (cápsula de Bowman), que 
contém uma rede de vasos sanguíneos (o glomérulo). Estas duas estruturas configuram o 
que se denomina um corpúsculo renal. 
O sangue penetra no glomérulo com uma pressão elevada. Grande parte da fracção líquida 
do sangue é filtrada através de pequenos poros situados nas paredes dos vasos sanguíneos 
do glomérulo e também pela camada interna da cápsula de Bowman; as células sanguíneas 
e as moléculas maiores, como as proteínas, não são filtradas. O líquido filtrado, depurado, 
penetra no espaço de Bowman (a zona que se encontra entre as camadas interna e externa 
da cápsula de Bowman) e passa pelo tubo que sai da mesma. Na primeira parte do tubo 
(tubo contornado proximal), absorvem-se a maior parte do sódio, água, glicose e outras 
substâncias filtradas, as quais, posteriormente, voltam a integrar o sangue. O rim também 
utiliza energia para transportar selectivamente umas quantas moléculas muito grandes 
(incluindo fármacos como a penicilina, mas não as proteínas) e levá-las para o interior do 
tubo. Estas moléculas excretam-se na urina embora sejam demasiado grandes para passar 
através dos poros do filtro glomerular. A parte seguinte do nefrónio é a ansa de Henle. À 
medida que o líquido passa através da ansa, o sódio e vários outros electrólitos são 
bombeados para o interior do rim e o restante fica cada vez mais diluído. Este líquido 
diluído passa para a parte seguinte do nefrónio (o tubo contornado distal), onde se bombeia 
mais sódio para dentro, em troca de potássio, que passa para o interior do tubo.
9 
O líquido proveniente de vários nefrónios passa para o interior do chamado tubo colector. 
Nos tubos colectores, o líquido pode seguir através do rim sob a forma de urina diluída, ou 
a água desta pode ser absorvida e devolvida ao sangue, fazendo com que a urina seja mais 
concentrada. Mediante as hormonas que influem na função renal, o organismo controla a 
concentração de urina segundo as suas necessidades de água. 
A urina formada nos rins flui pelos ureteres para o interior da bexiga, mas não o faz 
passivamente como a água através de uma tubagem. Os ureteres são tubos musculares que 
conduzem cada pequena quantidade de urina mediante ondas de contracção. Na bexiga, 
cada uréter passa através de um esfíncter, uma estrutura muscular de forma circular que se 
abre para deixar passar a urina e depois vai-se estreitando até se fechar hermeticamente, 
como o diafragma de uma câmara fotográfica. 
A urina vai-se acumulando na bexiga à medida que chega com regularidade por cada 
uréter. A bexiga, que se pode dilatar, aumenta gradualmente o seu tamanho para se adaptar 
ao aumento do volume de urina e, quando finalmente se enche, envia sinais nervosos ao 
cérebro que transmitem a necessidade de urinar. 
Durante a micção, outro esfíncter, localizado entre a bexiga e a uretra (à saída da bexiga), 
abre-se, deixando fluir a urina. Simultaneamente, a parede da bexiga contrai-se, criando 
uma pressão que força a urina a sair pela uretra. A contracção dos músculos da parede 
abdominal acrescenta uma pressão adicional. Os esfincteres, através dos quais os ureteres 
entram na bexiga, permanecem hermeticamente fechados para impedir que a urina reflua 
para os ureteres. 
3. Processos renais básicos e micção 
São três os processos renais básicos: (1) filtração glomerular, (2) secreção tubular, (3) 
reabsorção tubular. 
A estrutura abaixo mostra detalhadamente os três processos.
10 
3.1. Filtração glomerular 
A formação de urina começa com a filtração glomerular, que é o fluxo de líquido filtrado 
dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman. O filtrado glomerular (i. e., 
o fluido dentro da cápsula de Bowman) é muito parecido com o plasma sangüíneo. 
Entretanto, contém muito pouca quantidade de proteínas. 
As grandes proteínas plasmáticas, como a albumina e as globulinas, são virtualmente 
excluídas da filtração através da barreira de filtração. Proteínas de baixo peso molecular, 
como a maioria dos hormônios peptídeos, estão presentes no filtrado, mas a sua quantidade 
total é mínima se comparada com a quantidade de proteínas e o peso molecular no sangue. 
O filtrado contém principalmente íons inorgânicos e solutos orgânicos de baixo peso 
molecular, virtualmente nas mesmas concentrações que o plasma. Substâncias que estão 
presentes no filtrado na mesma concentração que no plasma são então denominadas de 
substâncias livremente filtradas. Muitos componentes de baixo peso molecular do sangue 
são livremente filtrados. Entre as substâncias livremente filtradas mais comuns estão os 
íons sódio, potássio, cloreto e bicarbonato; substâncias orgânicas neutras, como a glicose e 
a ureia; aminoácidos; e peptídeos como a insulina e o hormônio antidiurético (ADH). 
O volume de filtrado formado por unidade de tempo é conhecido como taxa de filtração 
glomerular (TFG). Num adulto jovem normal, a TFG é incrivelmente 180 L/dia (125 
mL/min)! Compare este valor com a rede de filtração de fluidos através dos outros 
capilares do corpo: aproximadamente 4 L/dia. As implicações dessa enorme TFG são 
extremamente importantes. Quando recordamos que a média total de volume de plasma em 
humanos é de aproximadamente 3 L, entendemos que o volume total do plasma é filtrado
11 
pelos rins algo em torno de 60 vezes por dia. A oportunidade de filtrar esse enorme volume 
de plasma permite aos rins excretar grandes quantidades de produtos residuais e regular os 
constituintes do meio interno com muita precisão. 
3.2. Reabsorção tubular 
Uma vez dentro do lúmen do néfron, pequenas moléculas como os íons, glicose e 
aminoácidos, são reabsorvidos do filtrado. 
· Proteínas especializadas chamadas transportadoras são localizadas nas 
membranas de várias células do néfron. 
· Estes transportadores captam pequenas moléculas do filtrado à medida que correm 
por ele. 
· Cada transportador pega apenas uma ou duas moléculas. A glicose, por exemplo, é 
reabsorvida por um transportador que também pega o sódio. 
· Os transportadores ficam concentrados em partes diferentes do néfron. A maioria 
dos transportadores de sódio (Na) fica no túbulo proximal, enquanto alguns ficam 
espalhados pelos outros segmentos. 
· Alguns transportadores precisam de energia, normalmente na forma de adenosina 
trifosfato (transporte ativo), e outros não (transporte passivo). 
· A água é reabsorvida passivamente por osmose em resposta a um aumento do sódio 
reabsorvido nos espaços entre as células que formam as paredes do néfron. 
· Outras moléculas são reabsorvidas passivamente quando são pegas no fluxo de 
água (arrasto pelo solvente). 
A reabsorção da maioria das substâncias é relacionada com a reabsorção de Na, tanto 
diretamente, via transportador, como indiretamente, via arrasto pelo solvente, que é ativado 
pela reabsorção de Na.
12 
3.2.1. Processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron 
O processo de reabsorção é parecido com a brincadeira da "pescaria", que se vê em 
parques de diversão e festas juninas. Nessas brincadeiras, há um "rio" que contém peixes 
plásticos coloridos com um ímã. Cada criança tem uma varinha de pescar com outro ímã 
para atrair os peixes a medida que passam. Cada cor de peixe é associada a um prémio 
diferente, então algumas crianças vão ser selectivas e tentar pescar os peixes associados ao 
prémios de maior valor. Agora imagine que o néfron é o rio, as moléculas filtradas são os 
peixes, e os transportadores são as crianças. Além disso, cada criança quer pescar um peixe 
de uma cor específica. A maioria das crianças fica no começo do rio, e algumas se 
espalham mais adiante. No final do rio, a maioria dos peixes já foi pescado. Isso é o que 
acontece à medida que o filtrado atravessa o néfron. 
Dois factores principais afectam o processo de reabsorção: 
· A concentração de pequenas moléculas no filtrado; quanto maior a concentração, 
mais moléculas podem ser reabsorvidas. Como com as crianças na pescaria, se você 
aumentar a quantidade de peixes no rio, vai ser mais fácil que elas peguem mais 
peixes. 
No rim, isso é verdade apenas até um certo ponto porque: 
· Há apenas um número fixo de transportadores para uma determinada molécula 
presente no néfron; 
· Há um limite para o número de moléculas que os transportadores podem pegar em 
um determinado período de tempo; 
· Velocidade de fluxo do filtrado - a velocidade de fluxo afecta o tempo disponível 
para os transportadores reabsorverem as moléculas.
13 
3.3. Secreção tubular 
Algumas substâncias são secretadas do plasma para o lúmen pelas células do néfron. Um 
exemplo de tais substâncias é a amónia (NH3). Como na reabsorção, há transportadores nas 
células que podem mover essas substâncias específicas para o lúmen. 
Agora vamos colocar todos esses processos; filtragem, reabsorção e secreção juntos, para 
entender como os rins mantêm a composição do sangue constante. Vamos supor que você 
tenha decidido comer vários pacotes de batata frita salgada (NaCl) de uma vez. O Na será 
absorvido nos intestinos, aumentando a concentração de Na no sangue. Este aumento no 
sangue será filtrado para o néfron. Mesmo com os transportadores tentando reabsorver 
todo o sódio filtrado, é provável que a quantidade ultrapasse sua capacidade. Portanto, o 
excesso de sódio vai ficar no lúmen; a água também vai ficar, por osmose. O excesso de 
sódio será excretado para a urina e eliminado do organismo. Então, se a substância vai 
permanecer no sangue ou não, depende da quantidade filtrada para o néfron e da 
quantidade reabsorvida ou secretada pelos vários transportadores. 
3.4. Processo de micção 
Segundo WIKIPÉDIA, “micção é o ato de expelir urina, voluntariamente ou não”. 
A micção é controlada pelo sistema nervoso, que possui vários pontos envolvidos na 
coordenação dos órgãos do sistema urinário. Estes diferentes núcleos localizam-se no 
cérebro e medula espinhal e estão conectados entre si e com os diferentes órgãos do 
sistema urinário. 
O controle da continência é realizado por músculos chamados esfíncteres, localizados na 
base da bexiga (colo vesical) e na parede da uretra. Na maior parte do tempo, estes 
músculos atuam fechando o colo vesical e a uretra (como um barbante amarrado ao redor 
da boca de um balão) de forma a impedir a saída de urina. Podem ser contraídos 
voluntariamente para impedir a saída de urina. Os músculos do assoalho pélvico são 
importantes para o controle da micção especialmente nas mulheres, em quem são 
responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos. Quando enfraquecidos, levam ao prolapso
14 
(descida) destes órgãos e à condição denominada "bexiga caída". Na micção, os esfíncteres 
se relaxam e a uretra abre-se para a livre passagem da urina. Ao mesmo tempo o músculo 
da parede vesical contrai-se e força a urina para fora da bexiga. Ao final da micção, quando 
a bexiga já se esvaziou, os esfíncteres se contraem novamente e a bexiga interrompe sua 
contração e relaxa. 
O ciclo normal da micção pode ser dividido em duas fases: a primeira de enchimento 
vesical onde a bexiga acomoda quantidade crescentes de urina sem aumentar a pressão no 
seu interior. Isto permite a livre drenagem de urina proveniente dos rins através dos 
ureteres. Durante esta fase o esfíncter uretral se mantém contraído para evitar vazamento 
da urina conforme demonstra a figura a seguir: ureter bexiga esfíncter. Quando a bexiga 
está cheia, receptores transmitem esta informação para o cérebro e, desde que possamos ir 
ao banheiro, o cérebro desencadeia o processo de micção com contração da bexiga e 
relaxamento do esfíncter resultando no ato de urinar com bom jato, pequena elevação da 
pressão dentro da bexiga e esvaziamento completo da mesma. 
Esta segunda fase é denominada fase miccional e ao seu final reiniciamos todo o ciclo da 
micção. O esfíncter urinário além deste mecanismo automático também possui controle 
voluntário. Por esta razão podemos interromper o fluxo urinário durante a micção sempre 
que desejarmos. Além disto, a contração persistente do esfíncter inibe a contração da 
bexiga. Como podemos notar, todo o controle das duas fases da micção é realizado pelo 
sistema nervoso a partir do cérebro através da medula espinhal e posteriormente através 
dos nervos que vão para a bexiga. Por esta razão, as doenças neurológicas geralmente 
afetam a micção. Os recém nascidos ainda não tem o sistema nervoso completamente 
desenvolvido e, por isto, não tem ainda o controle voluntário da micção. Por esta razão 
urinam de forma reflexa ou seja, cada vez que a bexiga se enche ela se contrai, o esfíncter 
relaxa e ela se esvazia. Este controle só é adquirido por volta de 2 a 4 anos de idade. 
A bexiga serve como um regulador para a urina continuamente formados nos rins. Esta 
deve ser esvaziada, em uma ingestão normal de líquidos, geralmente de duas a seis vezes 
por dia através da uretra. A eliminação de urina é geralmente de 300 a 400 ml, mas não há 
valores universalmente aceites - algumas pessoas excretam até um litro de urina. 
A capacidade vesical máxima é que o volume de enchimento, momento em que há uma 
necessidade imperiosa de urinar ou chamado urinar involuntário. Para as mulheres, o valor
15 
padrão de 300 a 400 ml, para os homens 400-600 ml. Esses valores variam muito de pessoa 
para pessoa e não há confirmação de valores máximos. 
4. Conclusão 
Terminada a pesquisa que culminou com o término do trabalho, importa-nos fazer a 
menção dos aspectos relevantes observados durante a materialização do mesmo. 
Deste modo, conclui-se em relação aos processos renais que, a Filtração é o processo pelo 
qual água e solutos do sangue deixam o sistema vascular através da barreira de filtração e 
entram no espaço de Bowman (um espaço que é topologicamente fora do organismo). A 
Secreção é o processo de transporte de substâncias do citosol das células epiteliais que 
formam as paredes do néfron para o lúmen dos túbulos. Substâncias secretadas podem ser 
originadas por sínteses dentro da célula epitelial ou, mais freqüentemente, vindas do 
interstício renal circundante e cruzando a camada epitelial. E a Reabsorção é o processo de 
movimento de substâncias do lúmen, através da camada epitelial, para o interstício 
circundante.
16 
5. Bibliografia 
Sistema Urinário, disponível em: 
http://www.auladeanatomia.com/urinario/sistemaurinario.htm acesso em 26 de Agosto de 
2014. 
EATON, Douglas C. & POOLER John P., Funções renais, anatomia e processos 
básicos, disponível em http://pt.slideshare.net/194543.pdf 
Sistema Renal, disponível em: 
http://www.scribd.com/doc/56440734/SISTEMA-RENAL-Fisiologia-Dos-Sistemas-1 
acesso em 26 de Agosto de 2014. 
Rim disponível em: http://pt.wikipédia.wiki/org/rim.htm acesso em 26 de Agosto de 2014. 
Micção, disponível em: http://pt.wikipédia.wiki/org/micção.htm acesso em 26 de Agosto 
de 2014
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Estrutura e funcionamento do rim humano

  • 1. Índice Índice......................................................................................................................................3 1. Introdução ..........................................................................................................................3 2. Estrutura e funcionamento do rim humano........................................................................4 2.1. Estrutura interna do rim...............................................................................................4 2.2. Estrutura externa do rim ............................................................................................6 2.3. Funcionamento dos rins...............................................................................................8 3. Processos renais básicos e micção......................................................................................9 3.1. Filtração glomerular..................................................................................................10 3.2. Reabsorção tubular....................................................................................................11 3.2.1. Processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron.......................................12 3.3. Secreção tubular .......................................................................................................13 3.4. Processo de micção...................................................................................................13 4. Conclusão ........................................................................................................................15 5. Bibliografia ......................................................................................................................16
  • 2. 3 1. Introdução Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão (tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura). É o principal órgão do sistema excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram produtos do metabolismo de aminoácidos (especialmente ureia) do sangue, e os excretam, com água, na urina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga. Com o presente trabalho, pretendemos de forma detalhada descrever a estrutura e o funcionamento do rim humano, os processos renais básicos e micção como assuntos de destaque na pesquisa efectuada. De modo a conferir uma melhor performance o mesmo apresenta a seguinte sequência organizacional: estrutura interna do rim; estrutura externa do rim; funcionamento dos rins; processos renais básicos e micção; filtração glomerular; reabsorção tubular; processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron; Secreção tubular e processo de micção seguido da conclusão e bibliografia.
  • 3. 4 2. Estrutura e funcionamento do rim humano 2.1. Estrutura interna do rim Em humanos, os rins estão localizados na região posterior do abdómen, atrás do peritoneo, motivo pelo qual são chamados de órgãos retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da coluna; o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima de cada rim encontramos a glândula suprarrenal. Os rins estão, aproximadamente no mesmo nível que as vértebras T12 a L3, sendo que o rim direito localiza-se um pouco mais inferiormente que o esquerdo. O polo superior de cada rim está encostado na décima primeira e décima segunda costelas e ambos encontram-se envoltos por um coxim de gordura, com finalidade de proteção mecânica. Os rins são duas glândulas da cor vermelha escura colocadas simetricamente ao lado da coluna vertebral, na região lombar. Medem 10cm de largura e pesam cerca de 150gr cada um. O peritoneo membrana serosa que cobre a superfície superior do abdómen, prende-os fortemente contra a parede abdominal. A extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula edócrina, a glândula suprarrenal. Partes do rim: 1. Cápsula renal 2. Córtex renal 3. Coluna de Bertin 4. Medula renal 5. Pirâmide renal 6. Papila renal
  • 4. 5 7. Pelve renal 8. Cálice maior 9. Cálice menor 10. Ureter 11. Corpúsculo renal 12. Veia interlobular e Artéria interlobular 13. Veia arqueada e Artéria arqueada 14. Veia interlobar e Artéria interlobar 15. Artéria renal 16. Veia renal 17. Hilo renal 18. Seio renal 19. Veia segmentar e Artéria segmentar 20. Arteríola aferente 21. Arteríola eferente 22. Artéria radial perfurante 23. Veia estrelada No adulto o rim tem cerca de 11 a 13 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a 3 cm de espessura, com aproximadamente 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 gramas na mulher. Cada rim possui a forma de um grão de feijão com duas faces (anterior e posterior), duas bordas (medial e lateral) e dois polos ou extremidades (superior e inferior). Na borda medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e nervos. Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino chamado cápsula renal. Ao redor do rim existe um acúmulo de tecido adiposo chamado gordura perirrenal, que por sua vez está envolvida por uma condensação de tecido conjuntivo, representando a fáscia de Gerota ou fáscia renal. Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes, é possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida, e a medula renal, uma camada mais interna e escura. O córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.
  • 5. 6 As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal. Cada rim é formado por cerca de 1 milhão de pequenas estruturas chamadas néfron. Cada néfron é capaz de eliminar resíduos do metabolismo do sangue, manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo humano, controlar a quantidade de líquidos no organismo, regular a pressão arterial e secretar hormônios, além de produzir a urina. Por esse motivo dizemos que o néfron é a unidade funcional do rim, pois apenas um néfron é capaz de realizar todas as funções renais. O néfron é formado pela cápsula de Bowman, pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor, arteríolas aferente e eferente, capilares peritubulares. 2.2. Estrutura externa do rim Cada rim tem borda lateral convexa e uma borda medial concava. Na superfície renal, a artéria, a via e os nervos renais, assim como os vasos linfóticos e a pelve renal, na superfície côncava e nela passam por uma fissura chama hilo. Os rins são recobertos pelo peritónio e circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.
  • 6. 7 Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o hilo renal – onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sangüíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura. Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades. · Faces (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior mais plana. · Bordas (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa). · Extremidades (2) - Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3).
  • 7. 8 2.3. Funcionamento dos rins A unidade funcional completa do rim é o néfronin, comporto por corpúsculo renal e suas extensões tubulares: túbulo contornado proximal, olça de Henfo, tubo contornado distal que desemboca num ducto colector. O sangue deixa o glomérulo via anteriola eferente que dá origem aos capilares peritubulares. Normalmente, possuem-se dois rins. Cada rim tem um uréter que conduz a urina desde a zona de recolha central dos rins (bacinete ou pélvis renal) até à bexiga. Dali, a urina sai pela uretra para o exterior do corpo, através do pénis nos homens e da vulva nas mulheres. A função principal dos rins é filtrar os produtos metabólicos de excreção e o excesso de sódio e de água do sangue, assim como facilitar a sua eliminação do organismo; também ajudam a regular a tensão arterial e a produção de glóbulos vermelhos. Cada rim contém cerca de um milhão de unidades encarregadas da filtragem (nefrónios). Um nefrónio é constituído por uma estrutura redonda e oca (cápsula de Bowman), que contém uma rede de vasos sanguíneos (o glomérulo). Estas duas estruturas configuram o que se denomina um corpúsculo renal. O sangue penetra no glomérulo com uma pressão elevada. Grande parte da fracção líquida do sangue é filtrada através de pequenos poros situados nas paredes dos vasos sanguíneos do glomérulo e também pela camada interna da cápsula de Bowman; as células sanguíneas e as moléculas maiores, como as proteínas, não são filtradas. O líquido filtrado, depurado, penetra no espaço de Bowman (a zona que se encontra entre as camadas interna e externa da cápsula de Bowman) e passa pelo tubo que sai da mesma. Na primeira parte do tubo (tubo contornado proximal), absorvem-se a maior parte do sódio, água, glicose e outras substâncias filtradas, as quais, posteriormente, voltam a integrar o sangue. O rim também utiliza energia para transportar selectivamente umas quantas moléculas muito grandes (incluindo fármacos como a penicilina, mas não as proteínas) e levá-las para o interior do tubo. Estas moléculas excretam-se na urina embora sejam demasiado grandes para passar através dos poros do filtro glomerular. A parte seguinte do nefrónio é a ansa de Henle. À medida que o líquido passa através da ansa, o sódio e vários outros electrólitos são bombeados para o interior do rim e o restante fica cada vez mais diluído. Este líquido diluído passa para a parte seguinte do nefrónio (o tubo contornado distal), onde se bombeia mais sódio para dentro, em troca de potássio, que passa para o interior do tubo.
  • 8. 9 O líquido proveniente de vários nefrónios passa para o interior do chamado tubo colector. Nos tubos colectores, o líquido pode seguir através do rim sob a forma de urina diluída, ou a água desta pode ser absorvida e devolvida ao sangue, fazendo com que a urina seja mais concentrada. Mediante as hormonas que influem na função renal, o organismo controla a concentração de urina segundo as suas necessidades de água. A urina formada nos rins flui pelos ureteres para o interior da bexiga, mas não o faz passivamente como a água através de uma tubagem. Os ureteres são tubos musculares que conduzem cada pequena quantidade de urina mediante ondas de contracção. Na bexiga, cada uréter passa através de um esfíncter, uma estrutura muscular de forma circular que se abre para deixar passar a urina e depois vai-se estreitando até se fechar hermeticamente, como o diafragma de uma câmara fotográfica. A urina vai-se acumulando na bexiga à medida que chega com regularidade por cada uréter. A bexiga, que se pode dilatar, aumenta gradualmente o seu tamanho para se adaptar ao aumento do volume de urina e, quando finalmente se enche, envia sinais nervosos ao cérebro que transmitem a necessidade de urinar. Durante a micção, outro esfíncter, localizado entre a bexiga e a uretra (à saída da bexiga), abre-se, deixando fluir a urina. Simultaneamente, a parede da bexiga contrai-se, criando uma pressão que força a urina a sair pela uretra. A contracção dos músculos da parede abdominal acrescenta uma pressão adicional. Os esfincteres, através dos quais os ureteres entram na bexiga, permanecem hermeticamente fechados para impedir que a urina reflua para os ureteres. 3. Processos renais básicos e micção São três os processos renais básicos: (1) filtração glomerular, (2) secreção tubular, (3) reabsorção tubular. A estrutura abaixo mostra detalhadamente os três processos.
  • 9. 10 3.1. Filtração glomerular A formação de urina começa com a filtração glomerular, que é o fluxo de líquido filtrado dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman. O filtrado glomerular (i. e., o fluido dentro da cápsula de Bowman) é muito parecido com o plasma sangüíneo. Entretanto, contém muito pouca quantidade de proteínas. As grandes proteínas plasmáticas, como a albumina e as globulinas, são virtualmente excluídas da filtração através da barreira de filtração. Proteínas de baixo peso molecular, como a maioria dos hormônios peptídeos, estão presentes no filtrado, mas a sua quantidade total é mínima se comparada com a quantidade de proteínas e o peso molecular no sangue. O filtrado contém principalmente íons inorgânicos e solutos orgânicos de baixo peso molecular, virtualmente nas mesmas concentrações que o plasma. Substâncias que estão presentes no filtrado na mesma concentração que no plasma são então denominadas de substâncias livremente filtradas. Muitos componentes de baixo peso molecular do sangue são livremente filtrados. Entre as substâncias livremente filtradas mais comuns estão os íons sódio, potássio, cloreto e bicarbonato; substâncias orgânicas neutras, como a glicose e a ureia; aminoácidos; e peptídeos como a insulina e o hormônio antidiurético (ADH). O volume de filtrado formado por unidade de tempo é conhecido como taxa de filtração glomerular (TFG). Num adulto jovem normal, a TFG é incrivelmente 180 L/dia (125 mL/min)! Compare este valor com a rede de filtração de fluidos através dos outros capilares do corpo: aproximadamente 4 L/dia. As implicações dessa enorme TFG são extremamente importantes. Quando recordamos que a média total de volume de plasma em humanos é de aproximadamente 3 L, entendemos que o volume total do plasma é filtrado
  • 10. 11 pelos rins algo em torno de 60 vezes por dia. A oportunidade de filtrar esse enorme volume de plasma permite aos rins excretar grandes quantidades de produtos residuais e regular os constituintes do meio interno com muita precisão. 3.2. Reabsorção tubular Uma vez dentro do lúmen do néfron, pequenas moléculas como os íons, glicose e aminoácidos, são reabsorvidos do filtrado. · Proteínas especializadas chamadas transportadoras são localizadas nas membranas de várias células do néfron. · Estes transportadores captam pequenas moléculas do filtrado à medida que correm por ele. · Cada transportador pega apenas uma ou duas moléculas. A glicose, por exemplo, é reabsorvida por um transportador que também pega o sódio. · Os transportadores ficam concentrados em partes diferentes do néfron. A maioria dos transportadores de sódio (Na) fica no túbulo proximal, enquanto alguns ficam espalhados pelos outros segmentos. · Alguns transportadores precisam de energia, normalmente na forma de adenosina trifosfato (transporte ativo), e outros não (transporte passivo). · A água é reabsorvida passivamente por osmose em resposta a um aumento do sódio reabsorvido nos espaços entre as células que formam as paredes do néfron. · Outras moléculas são reabsorvidas passivamente quando são pegas no fluxo de água (arrasto pelo solvente). A reabsorção da maioria das substâncias é relacionada com a reabsorção de Na, tanto diretamente, via transportador, como indiretamente, via arrasto pelo solvente, que é ativado pela reabsorção de Na.
  • 11. 12 3.2.1. Processo de reabsorção nos vários segmentos do néfron O processo de reabsorção é parecido com a brincadeira da "pescaria", que se vê em parques de diversão e festas juninas. Nessas brincadeiras, há um "rio" que contém peixes plásticos coloridos com um ímã. Cada criança tem uma varinha de pescar com outro ímã para atrair os peixes a medida que passam. Cada cor de peixe é associada a um prémio diferente, então algumas crianças vão ser selectivas e tentar pescar os peixes associados ao prémios de maior valor. Agora imagine que o néfron é o rio, as moléculas filtradas são os peixes, e os transportadores são as crianças. Além disso, cada criança quer pescar um peixe de uma cor específica. A maioria das crianças fica no começo do rio, e algumas se espalham mais adiante. No final do rio, a maioria dos peixes já foi pescado. Isso é o que acontece à medida que o filtrado atravessa o néfron. Dois factores principais afectam o processo de reabsorção: · A concentração de pequenas moléculas no filtrado; quanto maior a concentração, mais moléculas podem ser reabsorvidas. Como com as crianças na pescaria, se você aumentar a quantidade de peixes no rio, vai ser mais fácil que elas peguem mais peixes. No rim, isso é verdade apenas até um certo ponto porque: · Há apenas um número fixo de transportadores para uma determinada molécula presente no néfron; · Há um limite para o número de moléculas que os transportadores podem pegar em um determinado período de tempo; · Velocidade de fluxo do filtrado - a velocidade de fluxo afecta o tempo disponível para os transportadores reabsorverem as moléculas.
  • 12. 13 3.3. Secreção tubular Algumas substâncias são secretadas do plasma para o lúmen pelas células do néfron. Um exemplo de tais substâncias é a amónia (NH3). Como na reabsorção, há transportadores nas células que podem mover essas substâncias específicas para o lúmen. Agora vamos colocar todos esses processos; filtragem, reabsorção e secreção juntos, para entender como os rins mantêm a composição do sangue constante. Vamos supor que você tenha decidido comer vários pacotes de batata frita salgada (NaCl) de uma vez. O Na será absorvido nos intestinos, aumentando a concentração de Na no sangue. Este aumento no sangue será filtrado para o néfron. Mesmo com os transportadores tentando reabsorver todo o sódio filtrado, é provável que a quantidade ultrapasse sua capacidade. Portanto, o excesso de sódio vai ficar no lúmen; a água também vai ficar, por osmose. O excesso de sódio será excretado para a urina e eliminado do organismo. Então, se a substância vai permanecer no sangue ou não, depende da quantidade filtrada para o néfron e da quantidade reabsorvida ou secretada pelos vários transportadores. 3.4. Processo de micção Segundo WIKIPÉDIA, “micção é o ato de expelir urina, voluntariamente ou não”. A micção é controlada pelo sistema nervoso, que possui vários pontos envolvidos na coordenação dos órgãos do sistema urinário. Estes diferentes núcleos localizam-se no cérebro e medula espinhal e estão conectados entre si e com os diferentes órgãos do sistema urinário. O controle da continência é realizado por músculos chamados esfíncteres, localizados na base da bexiga (colo vesical) e na parede da uretra. Na maior parte do tempo, estes músculos atuam fechando o colo vesical e a uretra (como um barbante amarrado ao redor da boca de um balão) de forma a impedir a saída de urina. Podem ser contraídos voluntariamente para impedir a saída de urina. Os músculos do assoalho pélvico são importantes para o controle da micção especialmente nas mulheres, em quem são responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos. Quando enfraquecidos, levam ao prolapso
  • 13. 14 (descida) destes órgãos e à condição denominada "bexiga caída". Na micção, os esfíncteres se relaxam e a uretra abre-se para a livre passagem da urina. Ao mesmo tempo o músculo da parede vesical contrai-se e força a urina para fora da bexiga. Ao final da micção, quando a bexiga já se esvaziou, os esfíncteres se contraem novamente e a bexiga interrompe sua contração e relaxa. O ciclo normal da micção pode ser dividido em duas fases: a primeira de enchimento vesical onde a bexiga acomoda quantidade crescentes de urina sem aumentar a pressão no seu interior. Isto permite a livre drenagem de urina proveniente dos rins através dos ureteres. Durante esta fase o esfíncter uretral se mantém contraído para evitar vazamento da urina conforme demonstra a figura a seguir: ureter bexiga esfíncter. Quando a bexiga está cheia, receptores transmitem esta informação para o cérebro e, desde que possamos ir ao banheiro, o cérebro desencadeia o processo de micção com contração da bexiga e relaxamento do esfíncter resultando no ato de urinar com bom jato, pequena elevação da pressão dentro da bexiga e esvaziamento completo da mesma. Esta segunda fase é denominada fase miccional e ao seu final reiniciamos todo o ciclo da micção. O esfíncter urinário além deste mecanismo automático também possui controle voluntário. Por esta razão podemos interromper o fluxo urinário durante a micção sempre que desejarmos. Além disto, a contração persistente do esfíncter inibe a contração da bexiga. Como podemos notar, todo o controle das duas fases da micção é realizado pelo sistema nervoso a partir do cérebro através da medula espinhal e posteriormente através dos nervos que vão para a bexiga. Por esta razão, as doenças neurológicas geralmente afetam a micção. Os recém nascidos ainda não tem o sistema nervoso completamente desenvolvido e, por isto, não tem ainda o controle voluntário da micção. Por esta razão urinam de forma reflexa ou seja, cada vez que a bexiga se enche ela se contrai, o esfíncter relaxa e ela se esvazia. Este controle só é adquirido por volta de 2 a 4 anos de idade. A bexiga serve como um regulador para a urina continuamente formados nos rins. Esta deve ser esvaziada, em uma ingestão normal de líquidos, geralmente de duas a seis vezes por dia através da uretra. A eliminação de urina é geralmente de 300 a 400 ml, mas não há valores universalmente aceites - algumas pessoas excretam até um litro de urina. A capacidade vesical máxima é que o volume de enchimento, momento em que há uma necessidade imperiosa de urinar ou chamado urinar involuntário. Para as mulheres, o valor
  • 14. 15 padrão de 300 a 400 ml, para os homens 400-600 ml. Esses valores variam muito de pessoa para pessoa e não há confirmação de valores máximos. 4. Conclusão Terminada a pesquisa que culminou com o término do trabalho, importa-nos fazer a menção dos aspectos relevantes observados durante a materialização do mesmo. Deste modo, conclui-se em relação aos processos renais que, a Filtração é o processo pelo qual água e solutos do sangue deixam o sistema vascular através da barreira de filtração e entram no espaço de Bowman (um espaço que é topologicamente fora do organismo). A Secreção é o processo de transporte de substâncias do citosol das células epiteliais que formam as paredes do néfron para o lúmen dos túbulos. Substâncias secretadas podem ser originadas por sínteses dentro da célula epitelial ou, mais freqüentemente, vindas do interstício renal circundante e cruzando a camada epitelial. E a Reabsorção é o processo de movimento de substâncias do lúmen, através da camada epitelial, para o interstício circundante.
  • 15. 16 5. Bibliografia Sistema Urinário, disponível em: http://www.auladeanatomia.com/urinario/sistemaurinario.htm acesso em 26 de Agosto de 2014. EATON, Douglas C. & POOLER John P., Funções renais, anatomia e processos básicos, disponível em http://pt.slideshare.net/194543.pdf Sistema Renal, disponível em: http://www.scribd.com/doc/56440734/SISTEMA-RENAL-Fisiologia-Dos-Sistemas-1 acesso em 26 de Agosto de 2014. Rim disponível em: http://pt.wikipédia.wiki/org/rim.htm acesso em 26 de Agosto de 2014. Micção, disponível em: http://pt.wikipédia.wiki/org/micção.htm acesso em 26 de Agosto de 2014
  • 16. 17