Este documento descreve as principais patologias da bexiga, incluindo anormalidades congênitas como divertículos e extrofia da bexiga, inflamações como cistites agudas e crônicas, e neoplasias benignas e malignas. As neoplasias malignas mais comuns são os carcinomas de células transicionais.
3. Extrofia da Bexiga
•• FalhaFalha dodo desenvolvimentodesenvolvimento dada paredeparede anterioranterior
inferior doinferior do abdomeabdome ee dada bexigabexiga
•• 80% dos80% dos casoscasos -- sexosexo masculinomasculino
•• AssociaAssocia--se ase a outrasoutras malformamalformaççõesões (ex:(ex:
criptorquidiacriptorquidia))
•• MucosaMucosa vesicalvesical expostaexposta podepode sofrersofrer
metaplasiametaplasia glandularglandular colônicacolônica ee infecinfecççõesões
4. Refluxo vésico- ureteral
• Anomalia mais comum e séria
• Fator contributivo para infecções e cicatrizes renais
Úraco parcial ou totalmente pérvio
(persistente)
• Úraco totalmente pérvio: um trato urinário que liga a
bexiga ao umbigo
• Úraco parcial:
• Parte central persistente: pode dar origem a cisto do
úraco (revestido por urotélio ou epitélio metaplásico)
• Regressão incompleta da extremidade vesical:
Divertículo do úraco
5. • É o distúrbio mais comum desse órgão
• Secundária à infecção da bexiga na maioria dos casos
• Fatores relacionados:
Sexo: Mais comum em mulheres (uretra curta)
No sexo masculino é mais comum em crianças e idosos
Obstrução à saída da bexiga ( ex.: H.N.P.)
Cálculos vesicais , Tumores
Diabete melito
Imunodeficiência
Instrumentação ou cateterismo
Radioterapia ou Quimioterapia
– Sintomas
• Polaciúria (micção a cada 15 a 20 minutos)
• Dor abdominal baixa (região vesical ou suprapúbica)
• Disúria (dor ou queimação à micção)
Doenças Inflamatórias da
Bexiga: Cistites
6. Doenças Inflamatórias da Bexiga:
Cistites
• Cistites agudas: edema e infiltrado neutrofílico
• Cistites crônicas:
– Inespecífica: infiltrado inflamatório mononuclear e fibrose
– Granulomatosas (tuberculose, fungos e outras)
– Formas especiais de cistites
7. Cistites Agudas e Crônicas
• Agentes etiológicos
– Bactérias coliformes
(Escherichia coli, Proteus, Klebisiella e enterobacter)
Causa mais comum (85%)
– Tuberculose
(Mycobacterium tuberculosis)
Secundária à tuberculose renal
– Fungos
(Cândida albicans, Criptococos)
Pacientes imunossuprimidos
– Esquistossomose
(Schistosoma haematobium)
Comum em paises do Oriente Médio
– Vírus (adenovírus)
– Chlamydia
– Mycoplasma
– Quimioterapia
Drogas antitumorais citotóxicas
Cistite hemorrágica
– Radioterapia
Cistite por radiação
8. Cistites - Morfologia
• Outras formas de apresentação
– Edematosa (bolhosa)
– Polipóide
– Supurativa
– Hemorrágica
– Ulcerativa
– Folicular
– Eosinofílica
9. Formas Especiais de Cistites
• Cistite intersticial
• Malacoplaquia
• Cistite glandular
• Cistite cística
10. Cistite intersticial
• Forma persistente e dolorosa
• Mais frequente em mulheres
• Inflamação e fibrose de todas as camadas
da parede vesical
• Fase tardia exibe ulceração (Úlcera de Hunner)
• Presença de mastócitos
• Etiologia desconhecida (auto-imune?)
11. Malacoplaquia
(do Grego: malakos = mole; plax = placa)
• Etiologia desconhecida
• Preponderância feminina
• Todas as faixas etárias (5ª a 7ª décadas)
• Associada a infecção do trato urinário por E. coli
• Pacientes imunossuprimidos, com infecções
crônicas ou câncer
• 50% dos casos ocorrem na bexiga
12. Malacoplaquia
Morfologia
Acúmulos de macrófagos espumosos com
citoplasma eosinofílico contendo grânulos PAS
positivos (fagossomas com restos
bacterianos), além de concreções
mineralizadas laminadas - Corpúsculos de
Michaelis Gutman ( Von Kossa + )
13. Cistite Cística
– Pequenos cistos salientes na mucosa, que contém líquido aquoso,
viscoso ou amarelado
– Os cistos originam-se dos ninhos de Brunn
Cistite Glandular
– O epitélio de revestimento do cisto sofre metaplasia para epitelio
colunar e/ou metaplasia intestinal
– Risco aumentado de desenvolver adenocarcinoma
14. Tumores da bexiga
• A bexiga é o local mais comum de neoplasia do
trato urinário
• A maioria é classificada microscopicamente
como neoplasia de células transicionais
(uroteliais)
• A maioria dos tumores é cancerosa, mas o grau
de malignidade varia, dependendo do estágio
clínico e graduação histológica da neoplasia
16. Tumores Benignos
• Epiteliais
– Papiloma de células uroteliais
• Variante rara (1% ou menos dos tumores da bexiga)
• Pacientes mais jovens
• Tumor com eixo conjuntivo fibrovascular isolado (papilas
digitiformes individuais) revestido por urotélio de espessura
e orientação normal
– Medem entre 0,5 a 2,0cm
• Não epiteliais
– Raros
– Neoplasias mesenquimais (ubíguas)
• Ex:. Leiomiomas, Schwannomas, hemangiomas, etc...
19. NEOPLASIAS EPITELIAIS MALIGNAS
DA BEXIGA: classificação da
OMS(simplificada)1. Carcinoma urotelial
2. Carcinoma epidermóide
3. Adenocarcinoma
4. Ca. de pequenas células
neuroendócrino
5. Ca. indiferenciado
20. NEOPLASIAS UROTELIAIS DA BEXIGA:
classificação da OMS (simplificada)
- Carcinoma urotelial infiltrante
. Subtipos: com diferenciação escamosa, com
diferenciação glandular, com diferenciação
trofoblástica, dentre outros
- Tumores uroteliais não invasivos
. Carcinoma Urotelial in situ
. Carcinoma urotelial papilífero não-invasivo de alto
grau
. Carcinoma urotelial papilífero não-invasivo de
baixo grau
. Neoplasia urotelial papilífera de baixo potencial
maligno
. Papiloma urotelial
21. Carcinoma Urotelial
Epidemiologia
• Homens > mulheres (3:1)
• Idade: 50 - 80 anos
• Maior freqüência em indivíduos brancos e urbanos
• Fumo (aumenta o risco em 3 a 7 vezes)
• Diversos agentes carcinógenos
23. Aminas aromáticas
• Aminas aromáticas empregadas em indústrias
de tintas, couro, borracha, têxteis e gráficas
• Estudo epidemiológico realizado no Japão
demonstrou que 5,9% dos trabalhadores
expostos à
• O tempo de exposição ao agente carcinogênico
nestes pacientes variou entre 6 e 28 anos e o
período de latência (início da exposição e
aparecimento do tumor) oscilou entre 5 e 45
anos.
24. OMS,OMS, OrganizaOrganizaççãoão Mundial deMundial de SaSaúúdede; ISUP,; ISUP, InternacionalInternacional Society ofSociety of
Urological Pathology.Urological Pathology.
Graduação dos Tumores
Uroteliais (de Células
Transicionais)
Consenso ISUP1998 / OMS 2004
Papiloma urotelial
Neoplasia urotelial papilífera de baixo
potencial maligno (NUBPM)
Carcinoma urotelial papilífero de baixo grau
Carcinoma urotelial papilífero alto grau
25. NEOPLASIA UROTELIAL DA BEXIGA:
Graduação histológica
Atipia nuclear Figuras de mitose
NUBPM Leve Raras
Ca Baixo grau Leve a Moderada Mais do que
ocasionais
Ca Alto grau Intensa Freqüentes
(inclusive focal)
26. NEOPLASIAS DA BEXIGA:
estadiamento (sistema TNM)
Tis ca. urot. "in situ" plano
Ta ca. urot. Papilífero não invasivo
T1 infiltra o conjuntivo da mucosa
T2 infiltra a camada muscular própria
T3 infiltra o tecido adiposo perivesical
T4 infiltra órgãos vizinhos
TaTa T1T1 T2T2 T3T3
27. Carcinoma Urotelial
Informações importantes
• Menos de 10% Ca de baixo grau são invasivos, mas até 80% dos
Ca de alto grau são invasivos.
• A maioria dos tumores papilares é de baixo grau e surge das
paredes lateral ou posterior da base da bexiga.
• Os cânceres papilares e exofíticos tendem a ser mais diferenciados,
enquanto os tumores infiltrantes são normalmente mais
anaplásicos.
• Pacientes com tumores uroteliais apresentam uma tendência a
desenvolver novos tumores após a excisão e as recorrências
podem exibir um grau mais elevado.
• A maioria dos carcinomas invasivos surge de lesões planas de ca
“in situ” e não de ca papilares não invasivos.
28. Carcinoma de Células
Transicionais da Bexiga
• Fatores relacionados com a probabilidade de
extensão e recidiva do tumor:
– Tamanho grande
– Estágio alto
– Grau alto
– Presença de tumores múltiplos
– Invasão vascular ou linfática
– Displasia urotelial, inclusive carcinoma “in
situ”, em outros pontos da bexiga
29. ADENOCARCINOMA DA BEXIGA
1. Adenocarcinoma primário (raro: 0,5 a 2% dos tumores ):
Originário do úraco ( 20 a 40 % dos Adenoca.)
Associado a cistite glandular
2-Carcinoma urotelial com diferenciação glandular (mais
freqüente)
3. Adenocarcinoma secundário:
Retossigmóide
Próstata
Trato genital feminino
31. Carcinoma Epidermóide da Bexiga
• 3 a 7% dos cânceres vesicais
• Predominam no sexo feminino na proporção 3:2
• Principalmente na quinta e sexta década de vida
• É mais frequente nos países onde a infecção pelo Schistossoma
haematobium é endêmica
• Associados a irritações e infecções crônicas da bexiga
• Metaplasia escamosa do urotélio vesical não tumoral é comum
• São profundamente invasivos
Carcinomas deCarcinomas de ccéélulaslulas transicionaistransicionais mistosmistos comcom ááreasreas dede
carcinomacarcinoma epidermepidermóóideide sãosão maismais frequentesfrequentes queque osos
carcinomascarcinomas epidermepidermóóidesides purospuros..
33. Hipospádia
(do Grego: Spadan = abertura)
• Abertura na face ventral
• 1 em 300 meninos nascidos vivos
• Mais comum que a epispádia (abertura na face dorsal
- 1 em 117.000 nascidos vivos)
• Quando o óstio anormal:
– É constrito - obstrução do trato urinário
– Situa-se próximo a base do pênis - ejaculação prejudicada ou
impedida - esterilidade masculina
34. Hipospádias
Critérios de
diagnóstico
1. Meato urinário
ventral.
2. Ausência de artéria
frénular.
3. Ausência parcial de
corpo esponjoso.
4. Prepúcio bífido.
5. Encurvamento
ventral.
35. Fimose
• Refere-se a incapacidade congênita ou
adquirida de retrair o prepúcio
– Óstio pequeno demais para permitir retração
– Interfere na limpeza e permite o acúmulo de
secreção e detritos (esmegma) embaixo do
prepúcio
• favorece infecções secundárias
• maior exposição a carcinógenos
AA fimosefimose adquiridaadquirida éé secundsecundááriaria aa episepisóódiosdios repetidosrepetidos dede infecinfecççãoão queque
produzemproduzem cicatrizes docicatrizes do anelanel dodo prepprepúúciocio
ParafimoseParafimose -- QuandoQuando umum prepprepúúciocio fimfimóóticotico éé retraretraíídodo àà forforççaa causandocausando
constricconstricççãoão ee tumefatumefaççãoão dolorosadolorosa dada glandeglande impedindoimpedindo oo seuseu retornoretorno
38. Condiloma Acuminado
(Verruga venérea)
• Tumor benigno causado por HPV
– tipos 6 e 11
• Lesões exofíticas que podem se originar no pênis ou
períneo
– Locais de preferência: sulco balonoprepucial
– Face interna do prepúcio
• Coilocitose: efeito citopático do HPV
• Imuno-histoquímica (antígeno do HPV)
• Hibridização molecular “in situ” (genoma do HPV)
• PCR “in situ” (genoma do HPV)
39. Indicações Clínicas para a
Genotipagem do HPV:
• Controle da persistência do HPV
• Identificar mulheres acima de 30 anos com
resultado citológico de ASC-US
• Identificar o genótipo viral em pacientes com
positividade para HPV de alto risco
• Acompanhamento pós-tratamento de NIC ou
NIP
40. Carcinoma “in situ”
• Alterações citológicas de malignidade (atipias, mitoses) confinadas ao
epitélio
• Pode evoluir para carcinoma invasor
• Três apresentações clínicas:
– Doença de Bowen
• Placa branca acinzentada na pele do pênis e escroto (geralmente solitária)
• Idade: > 35 anos
• Cerca de 10% dos casos tornam-se invasor
– Eritroplasia de Queyrat
• Placa vermelho-brilhante, aveludada na glande e prepúcio (única ou múltiplas)
– Papulose Bowenóide
• Múltiplas pápulas violáceas sobre o corpo do pênis
41. Papulose Bowenóide
• Pápulas violáceas sobre o corpo do pênis
• Faixa etária 3ª e 4ª décadas
• Sexualmente transmissíveis
– Antígeno do H.P.V. tipo 16
– Parceiras com Neoplasia intra-epitelial cervical
• É o 3º membro da família do carcinoma escamoso "in situ"
• Quase nunca se transforma em carcinoma invasivo
• Regridem espontâneamente ou após terapia tópica
42. Carcinoma Epidermóide do pênis
• Epidemiologia
– Incidência:
• USA: 1% de todos os cânceres em homens
• África, Ásia e América do Sul: 10 a 20%
– Idade: 40 a 70 anos
– Circuncisão confere proteção:
• Menor incidência em judeus e muçulmanos
– Fimose (em cerca de 50% dos pacientes)
• Acúmulo de esmegma
– HPV (detectado em cerca de 50% dos pacientes,
principalmente o tipo 16, porém também o tipo 18)
– Fumo: aumenta o risco
43. Carcinoma Epidermóide do
Pênis
• Morfologia
– Tumores
• Exofíticos
• Planos
• Ulcerados
– Localizações preferenciais
• Glande
• Frênulo
• Prepúcio
• Sulco balanoprepucial
• Corpo
– Graduação histológica: bem, moderado
ou pouco diferenciado
44. Carcinoma do Pênis
– Evolução Clínica
• Crescimento lento, indolores
– Metástases locais
• Linfonodos inguinais e ilíacos
– Prognóstico
• Sobrevida em 5 anos:
– Tu limitado sem comprometimento linfonodal: 66%
– Presença de metástases para linfonodo: 27%
45. Carcinoma verrucoso
(Condiloma gigante de Buschke-Löwenstein)
• Variante do carcinoma epidermóide com baixo potencial maligno
• Tumor exofítico de células escamosas citologicamente semelhantes
ao condiloma maligno (invasão local profunda)
• São maiores que os condilomas acuminados, localmente invasivos e
raramente enviam metástase.
• HPV tipos 6 e 11
46. CARCINOMA DO PÊNIS
ESTADIAMENTO ( T.N.M.)
• Tis Carcinoma”in situ”
• Ta Carcinoma verrucoso
• T1 tu invade o conjuntivo subepitelial
• T2 tu invade o corpo esponjoso ou
cavernoso
• T3 tu invade uretra ou próstata
• T4 tu invade outras estruturas adjacentes
47. Patologia dos Testículos
• Anomalias congênitas
– Criptorquidia
– Sinorquismo (fusão dos testículos)
– Ausência de um ou ambos
– Cistos
• Alterações regressivas
– Atrofia
– Infertilidade
• Inflamações
– Inespecíficas
– Específicas
• Transtornos vasculares
– Torção
• Tumores
48. Criptorquidismo
FalênciaFalência nana descidadescida completacompleta de umde um testtestíículoculo parapara
suasua posiposiççãoão normalnormal dentrodentro dodo escrotoescroto
4% dos neonatos masculinos são criptorquídicos (na maioria desses
casos, o testículo desce no 1º ano de vida, restando menos de 0,4%)
Em 25% dos casos pode ser bilateral
49. Criptorquidia
Morfologia
• As alterações histológicas nos testículos mal
posicionados se iniciam precocemente aos 2
anos de idade
• Bloqueio no desenvolvimento de células
germinativas associado a hialinização e
espessamento da membrana basal dos
túbulos seminíferos
• Devido a atrofia tubular progressiva, os
testículos que sofrem criptorquidia são
reduzidos em tamanho e firmes devido a
fibrose
50. Alterações Regressivas
• Causas:
1. Arterosclerose com estreitamento do suprimento sangüíneo →
idade avançada
2. Estágio final de uma orquite inflamatória
3. Criptorquidia
4. Hipoptuitarismo
5. Desnutrição generalizada ou caquexia
6. Irradiação
7. Uso prolongado de hormônios femininos (ex.: Tratamento de
Ca de próstata)
8. Atrofia por exaustão (estímulo persistente por altos níveis de
F.S.H)
AtrofiaAtrofia
51. • Alterações morfológicas que podem ser observadas:
– Imaturidade estrutural dos túbulos seminíferos
– Espermatogênese diminuída
– Parada da maturação de células germinativas
– Perda intratubular de células germinativas
– Aplasia de células germinativas (células de Sertoli apenas)
– Fibrose peritubular e tubular
Alterações Regressivas
InfertilidadeInfertilidade
52. InflamaçõesTuberculoseTuberculose
QuaseQuase invariavelmenteinvariavelmente
iniciainicia nono epidepidíídimodimo
ee podepode sese disseminardisseminar
parapara oo testtestíículoculo
(infl.(infl. GranulomatosaGranulomatosa
caseosacaseosa))
CaxumbaCaxumba
20% a 30% de20% a 30% de envolvimentoenvolvimento
testiculartesticular emem homenshomens ppóóss
ppúúberesberes..
AA orquiteorquite intersticialintersticial agudaaguda
sese desenvolvedesenvolve cercacerca de 1de 1
semanasemana
apapóóss oo inicioinicio dodo inchainchaççoo dasdas
parparóótidastidas
SSíífilisfilis
OsOs testtestíículosculos sãosão geralmentegeralmente
envolvidosenvolvidos primeiroprimeiro pelapela
infecinfecççãoão
MorfologiaMorfologia::
ProduProduççãoão dede gomasgomas
InflamaInflamaççãoão intersticialintersticial
DifusaDifusa ((linflinfóócitoscitos ee
plasmplasmóócitoscitos))
ee endarteriteendarterite obliteranteobliterante
OrquiteOrquite
granulomatosagranulomatosa
(auto(auto imuneimune))
•• HomensHomens dede meiameia idadeidade
•• Massa testicularMassa testicular maciamacia dede
ininííciocio ssúúbitobito ((simulandosimulando
um tumor)um tumor)
•• ÀÀss vezesvezes associadaassociada aa febrefebre
•• GranulomasGranulomas dentrodentro dosdos
ttúúbulosbulos seminseminííferosferos
53. Transtornos Vasculares
Torção
• É vista na adolescência
• Dor testicular de início abrupto
• Resulta de um defeito anatômico
bilateral no qual o testículo
apresenta mobilidade aumentada
(“badalo de sino”)
• As alterações morfológicas variam
de congestão intensa a infarto
hemorrágico
54. Neoplasias
Tumores não germinativos: 5%
(Estroma ou cordão espermático)
TumoresTumores dede ccéélulaslulas germinativasgerminativas::
•• SEMINOMATOSOSSEMINOMATOSOS
•• NÃO SEMINOMATOSOSNÃO SEMINOMATOSOS
LinfomasLinfomas: 5%: 5%
TumoresTumores dede ccéélulaslulas
germinativasgerminativas: 90%: 90%
55. Classificação histológica das
neoplasias testiculares (O.M.S.
simplificada)• Tumores de células germinativas
Tumores com um só tipo histológico ( 40%)
Seminoma
Seminoma espermatocítico
Carcinoma embrionário
Tu. do saco vitelino
Coriocarcinoma
Teratoma
Tumores com mais de um tipo histológico ( 60%)
• Tumores dos cordões sexuais e do estroma gonadal
Tu. de células de Leydig
Tu. de células de Sertoli
Tu. de células da granulosa
Tumores combinados
Tumores não classificados
• Tumores combinados de células germinativas e dos cordões sexuais e do
estroma gonadal
Gonadoblastoma
56. NEOPLASIAS DO TESTÍCULO:
Idade preferencial
0 10 20 30 40 50 60 70
GG
SESE
T puroT puro
TSV puroTSV puro
CSEGCSEG
LLG-germinativas; SE-seminoma espermatocítico; T-
teratoma; TSV-tumor do saco vitelino; CSEG-
neoplasias dos cordões sexuais e estroma gonadal;
L-linfoma
58. Criptorquidia
– 10% dos casos de tumores testiculares
– Quanto mais alta a localização do testículo não
descido (intra-abdominal X inguinal) maior é o risco
de desenvolvimento de câncer
CONDIÇÕES
PREDISPONENTES DE
NEOPLASIA TESTICULAR
59. Síndrome de feminização testicular
– Indivíduos geneticamente do sexo masculino, mas com fenótipo feminino
– Prevalência varia de 1 caso em 2.000 até 62.400 pessoas
– Níveis séricos de testosterona normal (ou quase), entretanto os órgãos alvos
não respondem devido a ausência total ou parcial de receptores androgênicos
– Familiar, com possível herança ligada ao cromossomo X ou autossômica
dominante limitada ao sexo masculino
– Geralmente diagnosticada na puberdade quando se investiga amenorréia
– Em cerca de 5% dos pacientes ocorre transformação maligna e o seminoma é o
câncer mais comum
CONDIÇÕES
PREDISPONENTES DE
NEOPLASIA TESTICULAR
60. Disgenesia testicular
• Síndrome de Klinefelter
– Hipogonadismo, quando existe dois ou mais cromossomos X e um ou mais
cromossomos Y (em 82% dos casos, o cariotipo é 47, XXY)
– 1 em 500 nascimentos masculinos vivos
– Raramente pode ser diagnósticada antes da puberdade, uma vez que as
anormalidades testiculares não se desenvolvem antes
– Formato do corpo eunucóides, com pernas anormalmente longas, testículos
atrofiados, pênis pequeno e ausência das caracteristicas masculinas secundárias
(como voz grossa, barba e distribuição masculina de pêlos pubianos)
– Várias doenças associadas como Ca de mama, tumores de células germinativas
extra gonadais e doenças auto-imune (ex.:LES)
CONDIÇÕES
PREDISPONENTES DE
NEOPLASIA TESTICULAR
61. • Fatores genéticos
– Nenhum padrão de herança bem definido
– Predisposição familiar (irmãos de indivíduos afetados apresentam um risco 10
vezes maior que a população geral)
– Alterações genômicas são certamente importantes na patogênese dos cânceres
testiculares
– Um isocromossoma do braço curto do cromossoma 12 i (12p) é encontrado em
quase todos os tumores de células germinativas
– Em cerca de 10% dos casos nos quais i(12p) não é detectado, material genético
extra derivado de 12p é encontrado em outros cromossomos
– Dosagem de genes localizados em 12p é crítica para a patogênese dos tumores
de células germinativas e diversos genes candidatos foram identificados, incluindo
um gene novo DAD-R, que impede a apoptose
CONDIÇÕES
PREDISPONENTES DE
NEOPLASIA TESTICULAR
63. Neoplasia Intra-Tubular (NIT) de Células
Germinativas
• É vista adjacente a todos os tumores de células germinativas em adultos
(exceto no seminoma espermatocítico e em cistos dermóides)
• É visto em tumores pediátricos (teratomas, tumores do saco vitelino)
• É encontrada com alta frequência nas seguintes condições: Criptorquidia,
tumores de células germinativas anteriores, forte história familiar de tumor
de células germinativas, síndrome de insensibilidade a androgênios e
síndrome de disgenesia gonadal
• Se não tratada progride para tumor de células germinativas invasivo em
aproximadamente 50% dos casos em 5 anos
• A NIT de células germinativas pode ser tratada com radioterapia (baixas
doses) que destrói as células germinativas, mas mantém a produção de
androgênios
65. Seminoma Clássico
• Massa sólida branco-acinzentada, lobulada, geralmente
sem hemorragia, ou cistificação. Pode ocorrer focos de
necrose amarelada
• Em 50% dos casos o testículo inteiro é substituído pelo
tumor (podendo atingir 10 vezes o tamanho do testículo
normal)
• Túnica albugínea geralmente não é penetrada
• É raro comprometimento do epidídimo e cordão espermático
66. Seminoma do Tipo Clássico
• Células grandes, uniformes, redondas ou
poliédricas com citoplasma claro e núcleo
central com um ou dois nucléolos
proeminentes e cromatina granular
grosseira
• PAS +
– Fosfatase alcalina placentária +
• 15% dos casos contém
sinciciotrofoblastos (Beta-HGG+)
• O estroma é variável, geralmente com
faixas fibrosas criando lóbulos e
abundante infiltrado inflamatório
linfocitário (T)
• Alguns casos apresentam granulomas
com células gigantes
67. Seminomas
• Metástases mais comuns ocorrem em linfonodos lombares ao
nível das artérias espermáticas
• Metástases hematogênicas atingem preferencialmente pulmões
e fígado ( tardias)
• São muito sensíveis a quimio e radioterapias
• Tem excelente prognóstico quando não associado a outros
tipos histológicos
• Sobrevida em 5 anos após orquiectomia é de 99% para
tumores confinados ao testículo e de 70 a 89% para aqueles
com metástases
68. Seminoma Espermatocítico
• É um tumor distinto clínica e histologicamente
• Representam 1 a 2% de todas as neoplasias de células germinativas
• Ocorrem em homens mais velhos (média de 52 anos)
• Crescimento lento que raramente produz metástase
• Prognóstico é excelente
• Macroscopicamente tende a ser maior que o seminoma clássico e
apresenta superfície de corte acinzentada, macia, com aspecto edemaciado
ou gelatinoso, às vezes com cistos mucoides
69. Seminoma Espermatocítico
• Compõem-se de 3 populações de células neoplásicas:
– Células de tamanho médio (15 a 18µm) que são mais numerosas,
contendo núcleo redondo e citoplasma eosinofílico. Em algumas células
a cromatina é semelhante àquela vista na fase meiótica de
espematócitos não neoplásicos
– Células menores (6 a 8 µm), com escasso citoplasma eosinofílico
(semelhante a espermatócitos secundários)
– Células grandes (50 a 100 µm) salpicadas, uninucleadas ou
multinucleadas,
• Não há infiltrado linfocitário ou reação granulamatosa
70. Carcinoma Embrionário
• É o 2°tumor germinativo puro mais frequente.
(15 a 35% dessas neoplasias)
• Mais frequente entre os 20 e os 35 anos de
idade
• Em geral é menos volumoso e mais agressivo
do que o seminoma
• Associação com criptorquidia é menos frequente
do que no seminoma
• Macroscopia:
• Tumor geralmente não substitui todo o
testículo
– A superfície de corte tem aspecto menos
homogêneo que o seminoma, com áreas de
hemorragia e necrose
– A túnica albuginea e o epidídimo são
invadidas em 20% dos casos
71. Carcinoma Embrionário
• As células crescem em padrões alveolares ou tubulares, às
vezes com estruturas papilares
• As células neoplásicas apresentam uma aparência epitelial e
são grandes e anaplásicas com núcleos hipercromáticos e
nucleólos proeminentes
• As bordas celulares são mal definidas
• Pleomorfismo celular e mitoses são mais proeminentes
72. Tumor do Saco Vitelino
• É o tumor testicular mais comum em crianças até os 3 anos de idade
• Neste grupo etário apresenta um bom prognóstico
• Em adultos: Ocorrem em combinação com outros tipos histológicos (Ca
embrionário). A forma pura deste tumor é rara
• A maioria dessas neoplasias produz α feto-proteína, que pode ser dosada no
soro dos pacientes
((Tumor deTumor de seioseio endodendodéérmicormico ouou carcinomacarcinoma embrionembrionááriorio infantilinfantil))
MassasMassas lobuladaslobuladas malmal definidasdefinidas, com, com
superfsuperfííciecie dede cortecorte homogêneahomogênea,, brancobranco--
amareladaamarelada, com, com focosfocos dede cistificacistificaççõesões ee
hemorragiahemorragia
73. Tumor do Saco Vitelino
• Células cubóides ou alongadas com um padrão reticular, além
de microcistos e estruturas papilares, em meio a estroma
mixóide
• Em cerca de 50% dos tumores podem ser vistas estruturas
semelhantes a seios endodérmicos (corpos de Schiller-Duval)
– Centro mesodérmico com um capilar central e uma camada
celular parietal e uma visceral semelhantes a glomérulos
primitivos
– Glóbulos eosinofílicos (positivos para AFP e α1A-T) são
encontrados dentro e fora do citoplasma
AA presenpresenççaa de AFPde AFP nasnas ccéélulaslulas tumoraistumorais éé
altamentealtamente caractercaracteríísticastica
74. Coriocarcinoma
• É uma forma altamente maligna de tumor
testícular, que representa a diferenciação extra-
embrionária de células germinativas em
componentes da placenta (sinciotrofoblasto e
citotrofoblasto)
• Sua forma pura é rara (menos de 1%), sendo
mais comuns em tumor misto
• Nódulo pequeno e indolor, com superfície de
corte necrótica e hemorrágica
• Tumores contém 2 tipos celulares:
– Sinciciotrofoblastos são células gigantes
multinucleadas com núcleos
hipercromáticos irregulares, citoplasma
vacualizado (Beta-HCG+)
• Citotrofoblastos são células poligonais com
núcleos hipercromáticos redondos e citoplasma
claro
75. Teratoma
• São tumores de células germinativas
caracterizados por tecidos derivados de mais de
uma camada germinativa
• Ocorrem em qualquer idade (desde a infância
até a idade adulta)
– 50% dos tumores germinativos em lactentes e
crianças
– 3% dos tumores germinativos em adultos
– Sua frequência em combinação com outros tipos
histológicos é de cerca de 45%
• Geralmente são tumores grandes (de 5 a 10 cm
de diâmetro) e são classificados como teratoma
maduro, teratoma imaturo e teratoma com
transformação maligna
• Em crianças: teratomas diferenciados maduros
geralmente se comportam como tumores
benignos
• Um homem pós-púbero: todos os teratomas são
considerados malignos e capazes de
comportamento metastático, independente de
conterem elementos maduros ou imaturos
76. Tumores Mistos
• Cerca de 60% dos tumores
testiculares são compostos de mais
de um dos padrões puros
• As misturas mais comuns são:
1. Teratoma com carcinoma
embrionário e tumor do saco
vitelino
2. Carcinoma embrionário e
seminoma
3. Teratoma e carcinoma embrionário
78. Tumores Testiculares
Características Clínicas
• Duas categorias:
– Seminoma → excelente prognóstico → 99% de cura
– Tumores de células germinativas não seminomatosos (NSGCT) → 90% dos pacientes
podem atingir remissão completa com quimioterapia agressiva
• Marcadores tumorais:
Alfa-fetoproteína → elevação em tumor do saco vitelino
Beta-HCG - elevação em coriocarcinoma
Desidrogenase lática (LDH) → grau de elevação correlaciona à massa de células tumorais
e os níveis dessa enzima fornecem ferramenta para investigar o tamanho tumoral
AvaliaAvaliaççãoão dasdas massasmassas testicularestesticulares
EstadiamentoEstadiamento
MonitoramentoMonitoramento dada respostaresposta terapêuticaterapêutica
79. NEOPLASIAS DE TESTÍCULO:
Estadiamento (TNM)
pTis Neoplasia intratubular
pT1 Limitado ao testículo e epidídimo,
sem invasão vascular/linfática
pT2 Limitado ao testículo e epidídimo,
com invasão vascular/linfática ou
túnica vaginal
pT3 Cordão espermático
pT4 Escroto
80. Tumores do Estroma Gonodal
• Tumores de células de Leydig
(intersticiais)
– 1-3% das neoplasias testiculares
– Surgem em qualquer idade; dois grupos
etários:
• Meninos com mais de 04 anos
• Homens entre 20 e 60 anos
– Podem elaborar androgênios ou
combinação de androgênios e estrogênios
– A apresentação mais comum é tumefação
testicular e ginecomastia (em 15% dos
casos)
– Cerca de 10% dos tumores são invasivos e
produzem metástases
•• Macro:Macro: NNóódulosdulos circunscritoscircunscritos pequenospequenos
(1 a 5cm),(1 a 5cm), ssóólidoslidos,, amareladosamarelados
•• Micro:Micro: CCéélulaslulas grandesgrandes,, poligonaispoligonais, com, com
abundanteabundante citoplasmacitoplasma granulargranular
eosinofeosinofíílicolico,, podendopodendo aparentaraparentar grânulosgrânulos
liplipíídicosdicos,, vacvacúúolosolos,, pigmentopigmento
lupofuscinalupofuscina ouou cristalcristalóóidesides dede ReinkeReinke
81. Tumores do Cordão-Sexual
• Tumores de células de Sertoli (Androblastoma)
– Correspôndem a menos de 1% das neoplasias
testiculares
• São mais infrequêntes do que os de células de
Leydig e 20% são malígnos
– Geralmente essas neoplasias desenvolvem-se nas
primeiras quatro décadas
– Alguns induzem alterações endocrinológicas
82. Linfoma Testicular
• É a causa mais comum de neoplasia testicular em
homens acima de 60 anos
• Tipo histológico, linfoma difuso de grande células
• Prognóstico ruim
83. Patologia dos Anexos Testiculares
• Coleção de líquido seroso no saco
escrotal(túnica vaginal)
• É a causa mais comum de tumefação escrotal
• São congênitas ou adquiridas (distúrbio
inflamatório do epidídimo ou testículo)
HidroceleHidrocele
EspermatoceleEspermatocele
AumentoAumento ccíísticostico dosdos ductosductos eferenteseferentes ouou dosdos
ductosductos dada reterete testestestes
AA presenpresenççaa dede espermatozoideespermatozoide nono llííquidoquido
diferenciadiferencia esseesse aumentoaumento ccíísticostico dede umauma
hidrocelehidrocele
VaricoceleVaricocele
VarizesVarizes dodo plexoplexo pampiniformepampiniforme