2. Câncer de próstata
O que é?
O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens
com mais de 50 anos. De acordo com estatísticas americanas,
um em cada seis homens desenvolverá câncer de próstata no
decorrer da vida. No entanto, somente um homem em cada 35
morrerá da doença. Ele é responsável por 10% de todas as
mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino,
ficando atrás dos tumores de pulmão e intestino.
3. ANATOMIA
A próstata é responsável pela
produção dos nutrientes e fluidos
que constituem o esperma. Está
situada logo abaixo da bexiga e à
frente do reto. Por seu interior,
passa a uretra, detalhe anatômico
que explica por quê, nas
hipertrofias prostáticas, surge
dificuldade para urinar, queixa
comum nos homens com mais de
50 anos. Na maioria dos casos,
essa dificuldade é causada pelo
crescimento benigno da próstata,
que ocorre com o avançar da
idade e recebe o nome de
hiperplasia prostática benigna.
5. A incidência do câncer de próstata vinha aumentando até 1995,
período depois do qual se estabilizou. O aumento de casos
observados na década retrasada deveu-se, em boa parte, aos
métodos de diagnóstico precoce: toque retal, ultrassonografia
da próstata e checagem do PSA (antígeno prostático
específico), marcador tumoral detectado em um exame de
sangue.
6. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
O câncer de próstata se instala numa área qualquer da
glândula; à medida que cresce, vai ocupando gradativamente
os lobos direito e esquerdo da próstata. Nas fases mais
avançadas, invade por continuidade a cápsula que reveste
o órgão, para depois chegar aos tecidos ao seu redor, incluindo
as vesículas seminais.
7. Crescimento local do câncer de próstata. Note que o câncer, ao
crescer, passa a invadir gradativamente os lobos direito e
esquerdo da próstata, envolvendo por continuidade a cápsula
que reveste o órgão, para depois chegar aos tecidos ao seu
redor, como as vesículas seminais e os linfonodos pélvicos.
8. SINAIS E SINTOMAS
Em tumores mais volumosos, o paciente sente dificuldade para
urinar, ardor e jato urinário fraco, acorda à noite várias vezes
para urinar, apresenta gotejamento de urina após completar a
micção e, mais raramente, queixa-se de dor e da presença de
sangue na urina e no esperma. Com o passar do tempo, as
células malignas atingem os linfonodos da região, caem na
corrente sanguínea e se espalham para outros órgãos.
Caracteristicamente, apresentam grande predileção pelo tecido
ósseo, onde são capazes de permanecer por muitos anos antes
de passar para outros tecidos.
9. Crescimento à distância do câncer de próstata. Note que o câncer pode
comprometer principalmente os ossos e linfonodos da pelve e do abdome
e, muito menos frequentemente, outros órgãos como pulmão e fígado.
10. SINAIS E
SINTOMAS
Sintomas urinários obstrutivos e irritativos
Embora possam estar presentes no câncer de próstata, são
também muito comuns no aumento benigno da próstata.
Sintomas causados pela invasão de estruturas vizinhas
Dores pélvicas, dor ou sangramento retal e inchaço das pernas
são consequências do comprometimento dos linfonodos da
região.
Sintomas da doença metastática
Perda de peso e apetite, anemia, cansaço e dores ósseas
decorrentes de metástases ósseas são os mais comuns.
Também podem surgir, apesar de incomumente:
Pele amarelada;
Náuseas e vômitos;
Manifestações indicativas de metástases hepáticas (em casos
mais raros);
Falta de ar e tosse, como consequência de disseminação
pulmonar ou pleural (em casos mais raros).
11. TIPOS DE CÂNCER DE PRÓSTATA
Adenocarcinomas
São responsáveis por 95% dos tumores malignos de próstata.
Podem ser de baixo grau, grau intermediário e alto grau. Os
tumores de baixo grau são formados por células bem
diferenciadas, que guardam certa semelhança com as células
prostáticas normais. Os de alto grau são compostos de células
com alto índice de proliferação, muito diferentes do tecido
normal da próstata.
12.
13. Tipos mais raros de câncer de
próstata
Os demais 5% incluem tipos bem mais raros: carcinomas de
pequenas células, sarcomas e linfomas. Quando alguém cita o
câncer de próstata, está se referindo ao adenocarcinoma e não
a esses tipos histológicos mais raros.
14. Os
principais
fatores de
risco são:
Idade - É doença extremamente rara abaixo dos 40 anos.
A incidência começa a aumentar a partir dos 50 anos.
Dois em cada três pacientes com essa doença têm mais
que 65 anos quando recebem o diagnóstico.
História familiar - Ter um parente de primeiro grau com
diagnóstico de câncer de próstata aumenta duas vezes a
probabilidade de desenvolver a doença. O risco é maior
quando o parente afetado é um irmão e quando há
vários casos na família.
Raça - Homens negros correm mais risco e tendem a
desenvolver tumores mais agressivos.
Dieta - Alguns estudos sugerem que dietas hipercalóricas,
ricas em gorduras e pobres em fibras, frutas e vegetais
aumentam o risco, mas o tema é controverso.
Obesidade - É possível que homens obesos corram mais
risco.
15. Fatores de risco que levam ao
aparecimento do câncer de próstata.
16. Prevenção
Embora haja controvérsias, os exames para o diagnóstico precoce do
câncer de próstata devem ser realizados anualmente e incluem
dosagem do PSA e toque retal.
Para a maioria dos homens, recomenda-se que esses exames
comecem a ser feitos aos 50 anos, e que sejam repetidos
anualmente. Para os indivíduos negros e para aqueles com parentes
de primeiro grau com história de câncer de próstata (pai e irmãos),
os exames estão indicados a partir 40 anos de idade.
Caso o PSA apresente valores acima de 2,5 ng/mL, 3,5 ng/mL e 4,0
ng/mL em indivíduos entre 40-50, 50-60 e > 60 anos,
respectivamente, e nos casos em que o PSA aumente de forma
significativa de um ano para outro, a maioria dos urologistas indica
biópsia da próstata.
17. É importante deixar claro que existem causas benignas de aumento
do PSA: infecção urinária, prostatites, hipertrofia benigna da próstata
etc. Outro sinal de alerta é a presença de um nódulo na próstata ao
toque retal.
Mesmo não havendo consenso, alguns estudos sugerem que dietas
pobres em gordura e carnes vermelhas, mas ricas em grãos, cereais,
frutas e vegetais podem proteger contra o aparecimento da doença.
Nessa linha, tomate cozido, por conter alto teor de licopeno
(substância antioxidante) e soja também parecem ajudar na
prevenção do câncer. Por outro lado, dietas ricas em vitamina E e
selênio não parecem ter nenhum efeito protetor.
Algumas medicações com ação anti-hormonal têm sido estudadas na
prevenção. A mais avaliada foi a finasterida. Estudos com milhares de
homens sugerem que a finasterida reduz o risco de desenvolver a
doença, porém essa redução ocorre principalmente no caso dos
tumores de baixa agressividade, que geralmente não colocam a vida
em risco. Além disso, a finasterida é um medicamento relativamente
caro e pode interferir na libido e na potência sexual.
18. Diagnostico
Devemos pensar na hipótese de câncer de próstata quando
ocorre elevação dos níveis de PSA, na presença de um nódulo
ao exame de toque retal, de alguma alteração na
ultrassonografia ou dos sintomas
O principal exame para chegar ao diagnóstico de câncer de
próstata é a biópsia, que deve ser realizada sob anestesia
Outros exames que podem auxiliar no diagnóstico e na
avaliação da extensão da doença são: ultrassonografia,
tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.
20. Tratamento
Estádios I e II
Os pacientes em
quem a doença está
restrita à próstata e
não invade sua
cápsula (Estádios I e
II) podem ser tratados
de três formas
distintas: com
cirurgia, radioterapia
ou observação
vigilante.
Câncer encontrado ao acaso ou por aumento do PSA
e o tratamento específico para essa fase da doença.
21. Câncer encontrado graças à presença de um nódulo na próstata, localizado
em um só lado, confinado à glândula e o tratamento específico para essa fase
da doença (Estádio IIA). Câncer encontrado graças à presença de nódulo(s),
localizado em ambos os lados, confinado à glândula e o tratamento específico
22. Câncer infiltrando os
tecidos ao redor da
próstata, como
vesícula seminal
(Estádio IIIA), reto
(Estádio IIIB) e bexiga
(Estádio IIIC), e o
câncer que se
espalhou para os
linfonodos (Estádio
IVA) com o
tratamento específico
para estas fases da
doença.
23. Câncer que se espalhou para os ossos ou outros órgãos e o
tratamento específico para essa fase da doença.