3. 3
OBJETIVO
ü Investigar a visão da população brasileira sobre o
câncer abordando três temas:
ü A relevância do câncer como questão de saúde
no Brasil,
ü Uma medida de seu alcance na população, ou
seja, quantos já tiveram ou conviveram com
pessoas que tiveram a doença
ü O que vem à cabeça quando se fala em câncer
4. 4
TÉCNICA
Pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal em pontos de fluxo populacional.
As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 12
minutos de duração. A checagem cobriu, no mínimo, 20% do material de cada entrevistador.
AMOSTRA
Foram realizadas 2.099 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 151 municípios. A margem de
erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do
nível de confiança de 95%. à Para leitura do total da amostra, os dados foram ponderados de acordo com os pesos dos
municípios brasileiros. Houve também ajuste de classe nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste de acordo com os dados da ABEP e
de sexo e idade em cada região conforme os dados da PNAD (2019), de forma a representar o universo estudado.
UNIVERSO
População brasileira com 16 anos ou mais, pertencente a todas as classes econômicas*.
ABRANGÊNCIA Pesquisa Nacional.
DATA DE
CAMPO
O campo foi realizado entre os dias 04 a 12 de abril de 2022.
METODOLOGIA
* População, 16 anos ou mais, PNAD 2019/ Estimativa 2021: 167.875 milhões habitantes.
6. GRAU DE INSTRUÇÃO
(Entrevistado[a])
CLASSE ECONÔMICA RAÇA/COR RENDA FAMILIAR MENSAL
TIPO DE MUNICÍPIO
OCUPAÇÃO
16%
38%
35%
3%
1%
Preta
Parda
Branca
Amarela
Indígena
ECONOMICAMENTE ATIVO
71%
21% Assalariado registrado
12% Free-lance/ bico
10% Autônomo regular
8% CO
26%
NE
15%
S
44%
SE
A maior parte da população brasileira de 16 anos ou mais mora na
região Sudeste (44%) e é composta por mulheres (53%), pessoas
com Ensino Médio (46%), de Classe C (47%), pais (66%), pretos e
pardos (54%), com média de idade de 43 anos, vivem no Interior
(58%) e a mediana de Renda Familiar Mensal está em R$1.819,00.
3
22
47
28
A B C D/E
24%
HOMENS
MULHERES
53
%
47
%
R$ 3.773,00
Média
42%
58%
Região metropolitana
Interior
POSSUEM
FILHOS
66% EM MÉDIA
2,4
FILHOS
8% N
PERFIL DA AMOSTRA
(em %)
R$ 1.819,00
Mediana
IDADE
ANOS EM
MÉDIA
43
33%
46%
22%
Ens.
Fundamental
Ens. Médio
Ens. Superior
54%
Critérios de Raça/Cor do IBGE e por auto identificação.
Base: Total da amostra – 2.099 entrevistas
8. 8
P.1 (MOSTRE CARTÃO 1 | Doenças) Dentre as doenças e fatores de risco que constam nesse cartão, na sua opinião, qual
deles deve ser tratado com maior prioridade pelo governo em primeiro lugar? E em segundo lugar? E em terceiro lugar?
PERCEPÇÕES SOBRE O CÂNCER
PRIORIDADES
Nota metodológica:
Na primeira pergunta do estudo, um cartão com as seguintes opções foi apresentado para as pessoas entrevistadas. Os itens em cada
cartão tiveram a ordem rodiziada para evitar influenciar os entrevistados.
9. 9
Índice de multiplicidade: 2,96 menções por pessoa entrevistada.
Base Total da Amostra: 2.099 | 1ª menção: 2.099| Somatória excluindo “nenhum” e “não sei”: 2.075.
P.1 (MOSTRE CARTÃO 1 | Doenças) Dentre as doenças e fatores de risco que constam nesse cartão, na sua opinião, qual deles deve ser tratado com maior prioridade pelo governo em
primeiro lugar? E em segundo lugar? E em terceiro lugar?
PERCEPÇÕES SOBRE O CÂNCER
PRIORIDADES
(Estimulada e única por menção, em %)
O percentual de brasileiros que consideram o Câncer uma prioridade sobe para 84% quando consideradas as três maiores prioridades.
Mais da metade dos brasileiros citam que o Câncer deve ser tratado como maior prioridade pelo governo em primeiro lugar (63%). Consumo
abusivo de álcool e doenças cardiovasculares aparecem com distantes 8% das citações (55 pontos percentuais de diferença).
Somatória das três
menções
1º Lugar
0
1
7
8
23
25
28
32
32
53
84
Nenhum
Não sabe
Falta de atividade física
Hábitos alimentares inadequados, por exemplo:
pouco consumo de frutas e hortaliças...
Tabagismo, fumo
Doenças respiratórias crônicas, como bronquite,
asma...
Obesidade
Doenças cardiovasculares, como hipertensão...
Consumo abusivo de álcool
Diabetes
Câncer
Câncer
0
1
1
3
3
4
2
8
8
6
63
10. 10
PERCEPÇÕES SOBRE O CÂNCER
ASSOCIAÇÕES
(Espontânea e única, em %)
Base Total da Amostra: 2.099
P2. Quando você ouve falar em câncer, qual a primeira palavra ou ideia que lhe vem à cabeça?
Individualmente, a palavra morte aparece em destaque na mente dos brasileiros quando ouvem falar em câncer. Doença, tratamento, cura, dor,
medo tristeza, sofrimento são outras que aparecem com maior frequência.
11. 11
Todos os agrupamentos/NETs foram citados e foi incluso todos subnets de até 2% no total da amostra.
Base Total da Amostra: 2.099
P2. Quando você ouve falar em câncer, qual a primeira palavra ou ideia que lhe vem à cabeça?
PERCEPÇÕES SOBRE O CÂNCER
ASSOCIAÇÕES
(Espontânea e única, em %)
Quatro em cada dez pessoas entrevistadas citaram algum sentimento negativo como: “morte”, “sofrimento” e “tristeza” e duas em cada dez
trouxeram algo relacionada ao diagnóstico, como: doença, doença grave, doença perigosa, doença mortal...
Menções relacionadas à tratamento aparecem na terceira posição, citadas por 14% dos brasileiros.
6
13
1
2
2
2
9
14
17
21
4
6
24
42
NÃO SABE
OUTRAS RESPOSTAS
CUIDAR DA SAÚDE/ FAZER EXAMES/ CONSULTAR MÉDICOS/ BOA ALIMENTAÇÃO/…
FATORES DE RISCO (Cigarro)
LEMBRA DE PARENTES E AMIGOS QUE FALECERAM POR CAUSA DA DOENÇA
Quimioterapia
Tratamento/ cura
TRATAMENTO
Doença grave/ perigosa/ mortal/ crônica
DIAGNÓSTICO
Tristeza/ triste
Sofrimento/ dor
Morte/ morrer/ fatal
SENTIMENTOS NEGATIVOS
12. 12
Base Total da Amostra: 2.099
P3. Agora, eu gostaria de saber se_ (LEIA UM ITEM POR VEZ, NA ORDEM) Você já teve diagnóstico de câncer? Alguém do seu núcleo familiar, como pais, filhos, cônjuge, parceiros e
irmãos já teve diagnóstico de câncer? Algum dos seus parentes como avós, tios e primos já teve diagnóstico de câncer? Algum dos seus conhecidos, como amigos, vizinhos, colegas, já
teve diagnóstico de câncer?
Pessoal
Entrevistado(a)
Relativamente
próximo
Parentes de fora do núcleo
Pouco próximo
Conhecidos
Teve algum
contato
83
17
Não
Sim
5
95
46
64
71
29
PERCEPÇÕES SOBRE O CÂNCER
PROXIMIDADE
(Espontânea e única, em %)
Cerca de oito em cada dez brasileiros de 16 anos ou mais já tiveram algum contato com o câncer, sendo que quatro em cada dez tiveram um
contato muito próximo (a própria pessoa ou alguém do domicílio).
40% a própria
pessoa ou alguém
do núcleo familiar
Muito próximo
Núcleo familiar
35
65
14. PRIORIDADES PARA O GOVERNO
Entre as doenças e fatores de risco avaliados na pesquisa, o Câncer foi o mais escolhido pelos respondentes para ser tratado como
prioridade pelo governo, sendo indicado por 84% entre os três mais importantes e em primeiro lugar por 63% dos brasileiros.
Consumo abusivo de álcool e Doenças cardiovasculares colocam-se como terceira prioridade na opinião da população, ambos com
8% das menções em primeiro lugar e 32% entre as três mais relevantes.
ASSOCIAÇÕES
Falar em câncer desperta nos brasileiros sentimentos negativos (42%) – a ideia que vem à cabeça é principalmente Morte, morrer,
fatal (24%), mencionam também sofrimento, dor, tristeza. Além disso, 21% se referem à gravidade da doença - grave, perigosa etc.
O outro lado da moeda também aparece, embora menos numeroso - menções a tratamento e cura foram citadas por 14%.
PROXIMIDADE
Câncer é uma doença próxima do brasileiro, sendo que 8 em cada 10 brasileiros (83%) já tiveram algum conhecido com câncer.
O percentual de brasileiros que declararam ter diagnóstico de câncer é de 5%, subindo para 40% quando considerado o núcleo
familiar (como pais, filhos, cônjuge, parceiros e irmãos).
EM RESUMO
O alto grau de priorização atribuído pela população ao câncer (63% em 1º lugar), com uma distância de 55 pontos percentuais para
os itens colocados em segundo lugar (alcoolismo e cardiovasculares, 8% cada) pode ser explicado pelas percepções relacionadas à
doença, bastante negativas, revelando um estigma ainda mais pesado para os pacientes, associado à sua grande incidência
(estimativa oficial de mais de 600 mil casos por ano) e ao fato de ser uma condição notável, de modo que muitas pessoas as redor
acabam percebendo a presença de um doente em seu círculo de conhecidos. Este contexto indica a relevância social de ampliar os
esforços para diagnósticos precoces e ampliação do acesso aos tratamentos, que aparentemente são pouco percebidos pela
população, bem como as campanhas de comunicação com essas finalidades.
PRINCIPAIS RESULTADOS