O documento discute:
1) O recuo dos produtores de café robusta e arábica no Brasil sustenta os preços mais altos dessas variedades;
2) As exportações mundiais de café arábica aumentaram em junho, com o Brasil respondendo por 30,6% do total;
3) As exportações globais de café conilon caíram 9,6% em junho ante o mesmo mês do ano passado.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 02/08/2017
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CEPEA: recuo do produtor sustenta preço dos cafés robusta e arábica
Cepea/Esalq USP
02/08/2017
Com o encerramento da colheita de robusta no Espírito Santo, produtores da
variedade saíram do mercado, voltando-se ao desenvolvimento da próxima
safra (2018/19). Nesse cenário, as negociações seguem limitadas e os preços
da variedade sustentados em patamares elevados.
Na terça-feira, dia 1º, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13
acima, a retirar no Espírito Santo, fechou a R$ 415,10/saca de 60 kg, alta de 0,77% em sete
dias.
Quanto ao arábica, as cotações subiram na última semana, refletindo o recuo de produtores,
que seguem focados na colheita, nas entregas de produto contratado e à espera de valores
maiores.
Na terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital
paulista fechou a R$ 460,07/saca de 60 kg, forte avanço de 3,23% em relação à terça anterior,
25. Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
OIC: Brasil responde por 30,6% da exportação mundial de café arábica em junho de 2017
P1 / Ascom CNC
02/08/2017
Paulo A. C. Kawasaki
De acordo com dados preliminares divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC),
as exportações mundiais da variedade arábica totalizaram 5.844.135 sacas de 60 kg em junho
de 2017, volume que implicou alta de 8,68% na comparação com o mesmo mês do ano
passado (5.377.381 sacas), mas queda de 7,27% frente às 6.302.625 sacas do mês anterior.
O Brasil permanece na liderança do ranking global dos embarques de café arábica, tendo
remetido 1.791.463 sacas, ou 30,65% do total. Entretanto, esse volume representa recuo de
11,03% em relação às 2.013.639 sacas comercializadas em junho de 2016 e de 20,89% frente
a maio deste ano.
Honduras manteve o segundo lugar à frente da Colômbia, com seus embarques crescendo
61,98% na comparação com o sexto mês do ano passado. Em junho deste ano, os
hondurenhos remeteram 919.653 sacas ao exterior. Os colombianos, por sua vez, exportaram
909 mil sacas no mês retrasado (+4,55% ante junho de 2016). Veja, abaixo, tabela com as
exportações mundiais da variedade ao longo dos últimos seis meses.
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Embarques mundiais de café conilon caem 9,6% ante junho de 2016, informa OIC
P1 / Ascom CNC
02/08/2017
Paulo A. C. Kawasaki
O Vietnã permaneceu como líder das exportações mundiais de café robusta, mesmo com os
embarques apresentando queda de 23,33% em junho deste ano frente às 2.413.040 sacas
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remetidas no mesmo período de 2016. No sexto mês de 2017, os asiáticos responderam por
57,24% das remessas globais de conilon, tendo comercializado 1,850 milhão de sacas com o
exterior. Os dados, preliminares, partem do relatório estatístico da Organização Internacional
do Café (OIC).
De acordo com a entidade, o total embarcado por todos os países produtores, em junho deste
ano, foi de 3.231.832 sacas de robusta, montante 9,62% inferior ao registrado no sexto mês de
2016, quando a exportação mundial da variedade totalizou 3.575.656 sacas, e 3,34% menor do
que o volume apurado em maio.
O Brasil apareceu como sétimo colocado no ranking mundial, em junho, atrás de Indonésia,
Índia, Uganda, Costa do Marfim e Camarões, além do próprio Vietnã. No mês retrasado, os
brasileiros remeteram 19.016 sacas de conilon ao exterior, volume que implicou queda de
77,22% em relação a junho de 2016 (83.466 sacas) e representou apenas 0,59% do total.
Confira, na sequência, tabela com os principais exportadores de robusta nos últimos seis
meses.
Colheita de café na região de Caratinga (MG) está entre 80% e 90% concluída
Agência SAFRAS
02/08/2017
Fábio Rübenich
A colheita da safra 2017/18 de café arábica vai se aproximando do final na
região de Caratinga, Minas Gerais. "O volume colhido até agora é de 80%
a 90% da produção esperada", disse o gerente administrativo da
Copercafé, Carlos Urbano, em entrevista à Agência SAFRAS.
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A safra deve continuar até o final de agosto na região, principalmente nas regiões mais
elevadas, onde ainda há muito café verde, mas com muitos outros já finalizando a colheita
ainda na primeira quinzena.
Segundo ele, a safra confirma um volume bem menor na comparação com 2016, não só por
conta do ciclo bienal do café arábica, mas também porque choveu pouco no primeiro trimestre
deste ano.
As chuvas foram mal distribuídas entre janeiro e março. Com menos água, o tamanho do grão
diminuiu. A qualidade também fica aquém do esperado, com maior índice de grãos do tipo "rio"
do que o esperado.
O mercado está mais firme neste início de mês, acompanhando a valorização do referencial
nova-iorquino, mas isso não fez acelerar as vendas da safra nova. O café rio vai sendo
negociado com preço de R$ 430,00 a R$ 440,00 a saca e o duro com 20% de catação a R$
460,00 - R$ 480,00.
A partir de setembro, segundo Urbano, o produtor espera que os preços subam para o café
duro a uma faixa de R$ 500,00 a R$ 550,00 a saca, com a entressafra. Por enquanto, o
vendedor segue segurando o café, pedindo um ágio de pelo menos R$ 10,00 por saca sobre o
preço do dia.
Exportação de café verde do Brasil em julho tem menor volume em mais de 10 anos
Thomson Reuters
02/08/2017
Por Roberto Samora
Reuters – As exportações de café verde do Brasil, maior exportador global do produto,
atingiram em julho os menores volumes mensais em pouco mais de dez anos, pelo menos,
apontaram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira.
O Brasil exportou 1,6 milhão de sacas de café em grão, abaixo dos 1,66 milhão de sacas de
maio de 2008, que até esta terça-feira era o menor volume em uma série de dados da Secex
iniciada em 2006.
Os embarques foram baixos em um momento em que a colheita de uma safra menor ainda não
chegou efetivamente ao mercado, com produtores segurando vendas enquanto não veem
preços melhores, na avaliação de um diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
(Cecafé). Além disso, os países importadores estão relativamente bem abastecidos, segundo a
associação.
A exportação no mês passado ficou ainda levemente abaixo dos embarques de julho de 2016,
quando somaram aproximadamente 1,7 milhão de sacas de café verde, também um número
pequeno perto das exportações mensais do Brasil, que em seus melhores momentos ficam
mais próximas ou superam 3 milhões de sacas.
"O que a gente está vendo é uma queda por uma série de fatores. A safra que o Brasil está
colhendo ainda vai entrar no mercado...", disse o diretor-técnico do Cecafé, Eduardo Heron, em
entrevista à Reuters.
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Ele acrescentou que as exportações do país, em geral, ganham força
nos próximos meses, quando a colheita já está concluída.
Heron explicou ainda que, com o verão no hemisfério norte, quando o
consumo de café é menor, os compradores no exterior do produto
brasileiro "não estão tendo tanto interesse".
Outro fator são os armazéns relativamente bem abastecidos nos
países importadores, o que limita o interesse de compras,
acrescentou.
Não bastassem esses fatores, o mercado não está favorável aos
negócios pelos cafeicultores.
"Os produtores não estão se sentindo atraídos pelos preços, eles fazem vendas pontuais..."
Isso em um momento em que o Brasil colhe uma safra menor, impactada pela bienalidade
negativa do ciclo do café arábica.
Conforme o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de
maio, o Brasil deverá colher neste ano 45,56 milhões de sacas de café, abaixo do recorde de
51,36 milhões de sacas do ano passado.
O diretor do Cecafé afirmou que há alguns critérios que diferem os números do conselho dos
da Secex, mas concordou que as exportações em julho foram baixas. A entidade só fecha os
dados do mês passado nos próximos dias.
"Em linhas gerais, olhando o que tem de café verde, não vai estar tão fora disso", disse ele em
referência ao dado da Secex, complementando que o número de julho do Cecafé "certamente"
ficará abaixo de 2 milhões de sacas.
Pelos dados do Cecafé, a exportação mais baixa da história recente foi vista em junho de 2008
(1,568 milhão de sacas), enquanto no passado mais distante o Brasil exportou volumes
menores, de pouco mais de 500 mil sacas.
Exportação de café solúvel do Brasil em 2017 pode cair a nível de 2010
Thomson Reuters
02/08/2017
Por José Roberto Gomes
Reuters – As exportações brasileiras de café solúvel devem
registrar queda em 2017, interrompendo um ciclo de crescimento
anual que vem desde 2014, com os embarques sofrendo agora
os efeitos da quebra acentuada de safra do robusta (conilon) no
ano passado, disse o diretor de Relações Institucionais da
associação que representa a indústria (Abics), Aguinaldo José de
Lima.
Caso a redução no ritmo de embarques observada no primeiro
semestre do ano, de aproximadamente 12 por cento, se
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mantenha, as vendas do maior exportador mundial de solúvel poderiam cair em 2017 para os
menores níveis desde 2010, abrindo espaço para concorrentes como o Vietnã, admitiu Lima,
em entrevista à Reuters.
De acordo com ele, a queda em potencial refletiria o menor número de contratos fechados para
venda ao exterior após a quebra de produção no Espírito Santo por causa da estiagem. Em
2015 e 2016, a seca no principal Estado produtor de conilon do país comprometeu a oferta
nacional da variedade que responde por 80 por cento da matéria-prima usada na fabricação de
café solúvel.
"Vínhamos em uma situação animadora, batemos o recorde (de exportações) no ano passado,
com contratos feitos antes da crise do conilon. Mas esse problema da quebra de safra do
Espírito Santo acabou machucando muito nosso desempenho e podemos perder clientes para
indústrias baseadas na Ásia", afirmou.
A partir de dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) compilados pela
Abics, Lima lembrou que o país embarcou 3,828 milhões de sacas de café solúvel em 2016.
Assim, se a redução de cerca de 12 por cento registrada de janeiro a junho deste ano ante
igual período do ano passado se mantiver, 2017 pode terminar com embarques de 3,37
milhões de sacas do produto, menor volume desde as 3,36 milhões de sacas de 2010, disse o
diretor.
Lima acrescentou que, em 2015, a Abics também projetava exportações de 3,981 milhões de
sacas de café solúvel para este ano, o que não se concretizará.
"Se eu comparar esse número com 2014, a queda é de 522 mil sacas", disse ele, que também
é diretor de Relações Institucionais do Sindicato Nacional das Indústrias de Café Solúvel
(Sincs).
"A indústria de solúvel não trabalha no curto prazo. Nesse primeiro semestre estivemos com
comercializações muito travadas, na expectativa sobre o que o Brasil colheria", comentou Lima,
referindo-se aos negócios fechados para exportações futuras.
Conforme o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de
maio, o Brasil deverá colher neste ano 45,56 milhões de sacas de café, abaixo dos 51,36
milhões de sacas do ano passado. A safra vigente é de bienalidade negativa de produção.
Especificamente para o conilon, a produção deverá aumentar em 26,9 por cento, para 10,13
milhões de sacas, recuperando-se ante a quebra de safra.
Ainda que seja líder na produção e exportação de café solúvel, o Brasil não se destaca quanto
ao consumo desse produto.
De acordo com Lima, o solúvel representa apenas 5 por cento do consumo nacional de café.
"No final do ano que vem devemos lançar um plano de estímulo ao consumo de café solúvel",
adiantou Lima, sem dar mais detalhes.
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Mercado de bebidas quentes cresce nos Emirados
ANBA
02/08/2017
Por Isaura Daniel
O mercado de bebidas quentes dos
Emirados Árabes Unidos passará
de vendas de US$ 774,5 milhões
em 2015 para US$ 1,01 bilhão em
2019. O dado faz parte de um
estudo da Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil), que
indica ainda que crescerá no país
árabe a demanda por cafés
especiais, como os orgânicos, além
dos chás voltados para saúde e
bem-estar.
O estudo “Mercado de Café e Chá
nos Emirados Árabes Unidos” mostra que os Emirados importaram US$ 302,4 milhões em
cafés e chás em 2015 e que o Brasil foi o terceiro maior fornecedor, com 6,91% do mercado. O
Sri Lanka foi o maior exportador ao país destes produtos, com 31,9%, e a Índia foi o segundo,
com 21%.
“Em bebidas quentes somos o terceiro, mas em café cru (verde) somos o líder de mercado”,
disse o coordenador de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Celeste, à ANBA.
O Brasil tem relevância no mercado de bebidas quentes dos Emirados principalmente como
fornecedor de cafés crus, torrados e instantâneos. O objetivo, no entanto, é crescer também
em outras demandas em ascendência no país, como as de cafés especiais e com maior valor
agregado. O estudo aponta caminhos para isso e a Apex já trabalha nesse sentido.
Celeste conta que a agência tem convênio com a Associação Brasileira de Cafés Especiais
(BSCA), pelo qual o produto é promovido no exterior, inclusive nos Emirados. As exportações
de cafés especiais de empresas brasileiras apoiadas pela Apex-Brasil para os Emirados
passaram de US$ 396 mil no primeiro semestre de 2016 para US$ 1,4 milhão nos mesmos
meses deste ano. “Temos produtos de qualidade, precisamos apenas de mais inserção na
região”, afirmou o analista de Inteligência de Mercado da Apex, Ulisses Pimenta, sobre os
cafés especiais.
Outro caminho apontado pelos especialistas da Apex para uma maior presença brasileira no
mercado de café dos Emirados é a torrefação no país árabe por empresas já instaladas ou pela
própria companhia brasileira exportadora. O estudo afirma que apesar de a torrefação local ser
pequena, ela cresceu nos dez anos até 2015, com a abertura de nove torrefadoras.
Segundo Celeste, a torrefação no país ajuda no tempo de distribuição. Ou seja, faria com que o
café brasileiro chegasse aos compradores mais fresco. O estudo afirma que a iniciativa de
torrar o café no próprio país é impulsionada por baristas que querem preservar o frescor do
café, diante de um consumidor mais exigente e que entende mais de café.
As casas e lojas especializadas em cafés e chás vêm crescendo nos Emirados, juntamente
com os minimercados e as lojas de conveniência em postos de gasolina. Os hipermercados,
porém, ainda são os responsáveis pela maior parte da distribuição destes produtos – 46,2% do
total das vendas em 2015. Os supermercados têm participação importante nas vendas de chás
e cafés, com 36,1%, e os pequenos varejistas respondem por 14,9% da comercialização.
8. Conselho Nacional do Café – CNC
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Celeste afirma que o Brasil já é fornecedor de cafeterias nos Emirados e também há mercado
para que as empresas brasileiras abram seus pontos de venda no país na área. Ulisses
Pimenta lembra que os Emirados são um país aberto a empresas estrangeiras, com produtos
de todo o globo, sistemas de registros claros, isenção de IVA (imposto sobre valor agregado),
entre outras características.
Além de ter consumo significativo, os Emirados são "hub" para reexportação tanto de bebidas
quentes como de outros tipos de produtos na região. Em 2015, o país exportou US$ 368,7
milhões em cafés e chás, dos quais 42,7% foram para a Arábia Saudita. Rússia, Kuwait, Omã e
Catar também compraram quantidades importantes dos produtos dos Emirados.
Chás
O estudo ressalta que apesar do café responder pela maior fatia no mercado de bebidas
quentes nos Emirados, ele vem perdendo lentamente a participação para o chá e outras
bebidas quentes em pó. O café tem longa tradição nos países árabes, mas a comunidade de
expatriados trouxe culturas alimentares dos seus países de origem, como de beber chá.
Celeste afirma que o mercado dos Emirados está muito vinculado aos hábitos de consumo dos
estrangeiros. Em 2015, os expatriados eram 88% dos moradores e com eles o chá ganhou
impulso. O Brasil não é fornecedor tradicional do produto, mas o exporta. A erva-mate, por
exemplo, é atualmente vendida para a China, de acordo com Pimenta.
O levantamento da Apex-Brasil aponta também que os consumidores jovens e de alta renda
são responsáveis pelo crescimento do mercado de bebidas quentes no país e pela introdução
de novas variedades de produtos. Fabricantes vêm lançando produtos diferenciados em sabor,
ingredientes e embalagens. Entre eles estão, por exemplo, chás de frutas, café italiano,
bebidas quentes com vitaminas e minerais, segundo o estudo.