O Brasil terá a maior queda na produção de café desde 1965 devido à prolongada estiagem. A colheita deste ano deve cair 18% e a do próximo ano pode ser ainda menor, criando um déficit global na oferta. Os preços do café devem continuar subindo por causa da escassez provocada pelos problemas climáticos no Brasil.
1. CLIPPING – 26/08/2014
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Produção de café do Brasil terá maior queda desde 1965
EXAME.com
26/08/2014
BLOOMBERG, por Marvin G. Perez e Morgane Lapeyre
Nova York - A seca prolongada no Brasil já custou
metade da colheita do café de José Francisco Pereira.
No ano que vem pode ser ainda pior e o país está a
caminho da primeira queda de três anos na produção
desde 1965.
“Todos estão rezando pela chuva”, disse Pereira, diretor-geral da Monte Alegre Coffees, uma
produtora dona de 2.500 hectares com sede em Alfenas, Minas Gerais, que previu uma colheita de
45.000 sacas nesta safra, abaixo das 82.000 da temporada passada.
A produção do Brasil, maior produtor do mundo, pode cair 18 por cento quando a colheita terminar no
mês que vem, para 40,1 milhões de sacas, estima o Conselho Nacional do Café, após um declínio de
3,1 por cento no ano passado.
Com a piora dos danos antes do início da primavera no Hemisfério Sul, o conselho disse que os
agricultores poderão colher menos de 40 milhões de sacas em 2015, criando a queda mais longa em
três décadas.
O Citigroup Inc. previu em 21 de agosto que o déficit global na produção pode durar até 2016 por
causa da escassez no Brasil, que no ano passado respondeu por 36 por cento da oferta mundial.
Os contratos futuros, que se valorizaram mais que os de qualquer outra commodity neste ano, podem
subir mais 19 por cento até o fim de dezembro, para US$ 2,25 a libra-peso (454 gramas), mostrou
uma consulta da Bloomberg a 18 analistas.
O incremento está forçando compradores como a J.M. Smucker Co., produtora da Folgers, a marca
mais vendida dos EUA, a elevar os preços no varejo.
“O mercado está vulnerável ao incremento devido a todos os problemas no Brasil”, disse ontem
Donald Selkin, que ajuda a gerenciar US$ 3 bilhões como estrategista-chefe de mercado da National
Securities Corp. em Nova York.
“As pessoas estão prevendo ofertas mais apertadas e esperando evoluções climáticas mais
drásticas”.
Commodity sobe – O café arábica subiu 71 por cento neste ano, para US$ 1,892, na ICE Futures
U.S., o maior ganho entre 22 matérias-primas no índice Bloomberg Commodity, que caiu 0,1 por
cento.
O índice de ações MSCI All-Country World subiu 5,4 por cento no mesmo período.
O índice Bloomberg Treasury Bond teve um incremento de 4,1 por cento.
O Brasil está enfrentando sua pior seca em décadas.
Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde está a maioria das plantações de café do
país, estavam em menos de 32 por cento de sua capacidade em 24 de agosto, contra a média de
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SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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2. 59,3 por cento em agosto nos 13 anos anteriores, segundo a Operadora Nacional do Sistema
Elétrico, a ONS.
O Brasil gera cerca de 70 por cento de sua energia com usinas hidrelétricas.
Agravando os danos à colheita deste ano, em julho chuvas torrenciais inesperadas levaram ao
florescimento prematuro de árvores cujos frutos já haviam sido colhidos.
Quando o clima seco retornou neste mês, as flores murcharam e caíram, prejudicando ainda mais o
rendimento potencial para 2015.
Demanda crescente – A colheita menor do Brasil e o consumo crescente redundarão em um déficit
da produção global de até 10 milhões de sacas no ano que começa em 1º de outubro, disse a
Organização Internacional do Café, em Londres, em 1º de agosto.
A Volcafé Ltd., operadora de commodities da ED&F Man Holdings Ltd., estimou o déficit em 11,3
milhões de sacas.
Cerca de 58 por cento da produção mundial é de café arábica, o grão preferido pela Starbucks,
enquanto o restante é da variedade robusta, usada em café instantâneos e nos blends.
Muito do dano para a colheita da próxima safra pode já ter sido feito no Brasil.
“O crescimento foi muito lento”, disse Alemar Braga Rena, pesquisador independente e professor de
Agronomia aposentado da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.
“As raízes são o cérebro da planta e elas foram prejudicadas pelo calor e pela falta de água, o que as
tornou incapazes de absorver nutrientes”.
Consequências da seca preocupam quem cultiva café em Minas Gerais
Globo Rural
26/08/2014
Em Minas Gerais, os cafeicultores estão encerrando a colheita e a preocupação agora é com os
efeitos da seca na próxima safra.
Em uma lavoura de 40 hectares em Três Pontas, no sul do estado, que fica em área de serra, com
temperatura mais amena, mesmo com a boa localização, as plantas sofreram muito com a falta de
chuva. “A gente esperava uma produção melhor, mas tivemos uma queda em torno de 2/3”, diz o
agricultor Juarez Reis.
Em todo município de Três Pontas, a colheita já ultrapassou os 95% e os trabalhadores fazem agora
a varrição dos grãos. A preocupação é com a próxima safra. Os cafezais que não produziram este
ano e receberam a poda, já dão sinais de que o desenvolvimento não está bom.
Com a estiagem, as plantas cresceram pouco e os ramos se desenvolveram menos que o esperado.
Em setembro, começa a florada e se a chuva não vier, a situação pode ficar ainda pior.
Em outra propriedade, metade da lavoura de 22 hectares foi podada em junho do ano passado. A
esperança é que a safra de 2015 rendesse 800 sacas, mas as plantas não tiveram água o suficiente
para desenvolver os galhos e folhas e a estimativa de quebra na produção é de 20%. “Se não vier a
chuva nesses próximos dias, esse número pode aumentar”, conta Leandro Nascimento, gerente da
fazenda.
Assista à reportagem do Globo Rural acessando o link: http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/
v/produtores-de-cafe-estao-preocupados-com-a-estiagem-para-a-proxima-safra-em-mg/
3587347/.
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3. Café: colheita na região da Cooxupé chega a 89,26% até 22 de agosto
Agência Safras
26/08/2014
Lessandro Carvalho
A colheita de café nos municípios de atuação da Cooxupé
(Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), que envolve as
regiões do sul de Minas Gerais, cerrado mineiro e partes de São
Paulo, estava em 89,26% até o dia 22 de agosto. É o que indica o
levantamento semanal da Cooxupé, na semana de 18 a 22 de agosto.
As informações partem do setor de comunicação da cooperativa. Na semana anterior, o
índice de colheita nos municípios era de 83,26%. O índice de colheita entre os cooperados da
Cooxupé é de 88,56%.
A colheita está avançada em relação aos últimos anos. Em igual período do ano passado, o total
colhido na área (municípios) que a Cooxupé atua era de 85,52%, e em 2012 era de 89%. Já entre os
cooperados o índice em igual período do ano passado era de 86,274% e em 2012 de 90,0%.
No levantamento, a Cooxupé indicou que no sul de Minas Gerais a colheita nos municípios
abrangidos está em 93,54% (contra 87,14% da semana passada); no cerrado mineiro em 83,22%,
contra 77,47% na semana anterior); e nas partes de São Paulo em 91,46% (88,51% na semana
passada).
World Weather indica clima seco para o café nos próximos 10 dias
Agência Safras
26/08/2014
Lessandro Carvalho
O clima seco não deverá permitir aberturas prematuras de floradas, como o que foi visto no começo
de agosto, nos próximos 10 dias no cinturão produtor de café do Brasil.
A World Weather prevê tempo frio nas regiões produtoras, mas sem risco de geadas. A avaliação é
da World Weather Inc, segundo matéria da Bloomberg.
BM&FBovespa começa negociação de novo contrato de café em setembro
Thomson Reuters
26/08/2014
Fabíola Gomes
Reuters - Os novos contratos futuros de café arábica
da BM&FBovespa para o grão peneira tipo 6/7
começarão a ser negociados a partir de 8 de
setembro, e a partir do dia 9 também poderão ser
operados os contratos de opção compra e venda deste
contrato futuro, informou a bolsa nesta segunda-feira.
A bolsa disse em maio que lançaria o novo contrato como forma de elevar a liquidez para a
commodity, cuja movimentação vem caindo gradativamente.
Também a partir do dia 8 de setembro, a bolsa vai autorizar a rolagem destes novos contratos do
peneira 6/7, sob o código KR1. Estes primeiros contratos do café arábica 6/7 terão vencimento em
dezembro de 2014.
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4. O café arábica classificado como tipo 4/5, atualmente negociado na bolsa, poderá ser utilizado como
referência para entrega física dos contratos futuros até o vencimento dezembro 2015.
Receita diária com exportação de café soma US$ 26,351 mi na semana
Agência Safras
26/08/2014
Lessandro Carvalho
A receita média diária obtida com as exportações totais brasileiras de café foi de
US$ 26,351 milhões na quarta semana de agosto, contando 5 dias úteis. A média
diária até agora no acumulado do mês (16 dias úteis, de 01 a 24 de agosto) é de
US$ 26,173 milhões, 42,1% superior no comparativo com a média diária de agosto
de 2013, que foi de US$ 18,416 milhões.
Em relação a julho/2014, quando a média diária dos embarques totais de café atingira US$ 25,166
milhões, a receita média de exportações de café de agosto/2014 é 4,0% maior, conforme os dados
acumulados até o dia 24.
Até o dia 24 de agosto, com 16 dias úteis contabilizados, foram exportadas 2,001 milhões de sacas
de 60 quilos de café em grão, com receita de US$ 377,0 milhões e um preço médio de US$ 188,40
por saca.
Em julho de 2014, as exportações brasileiras de café em grão totalizaram 2,769 milhões de sacas, e
alcançaram 2,398 milhões de sacas em agosto de 2013.
As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e
foram divulgadas nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Café: exportação do Vietnã no acumulado de 2014 até agosto cresce 22%
Agência Estado
26/08/2014
As exportações de café pelo Vietnã cresceram 22,4% no acumulado de 2014 até agosto ante igual
período do ano passado, para 1,22 milhão de toneladas (cerca de 20,3 milhões de sacas de 60 kg),
informou o departamento de alfândegas do país. Considerando-se apenas o mês de agosto, o
incremento deve chegar a 1,1%, para 90 mil toneladas (1,5 milhão de sacas).
O Vietnã é o maior produtor mundial de café robusta, variedade que não deve registrar choque de
oferta, a exemplo do que se prevê para o arábica, cuja produção no Brasil foi prejudicada pela
estiagem no início do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.
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