O Conselho Nacional do Café divulgou que os agentes financeiros contrataram R$ 1,293 bilhão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira até 29 de julho para financiar a safra de café de 2015. A colheita em Minas Gerais está atrasada e com grãos menores devido à seca no ano passado. As exportações de café pelo Porto de Santos cresceram 10,5% nos primeiros seis meses de 2015.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 29/07/2015
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CNC: agentes contratam R$ 1,293 bilhão do Funcafé até 29/07
P1 / Ascom CNC
29/07/2015
Nesta quarta-feira, 29 de julho, o Diário Oficial da União (DOU) trouxe a publicação de mais
quatro contratos assinados entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
e os agentes financeiros interessados em operar os recursos do Fundo de Defesa da Economia
Cafeeira (Funcafé) na safra 2015.
As novas instituições que receberão o capital para repasse aos cafeicultores são Banco Fibra,
Sicoob Agrocredi, Banco Safra e Banco Santander Brasil, que, juntas, contrataram R$ 727
milhões a serem destinados às linhas de financiamento de Estocagem, Custeio, Aquisição de
Café (FAC) e Capital de Giro para Cooperativas e Indústrias de Torrefação e Solúvel.
Desde ontem (28), quando tiveram início as contratações de recursos do Funcafé pelos
agentes financeiros, o Governo já disponibilizou um montante de R$ 1,293 bilhão, volume que
corresponde a 31,27% do orçamento total do Fundo — R$ 4,136 bilhões — para a safra 2015
de café do Brasil. Veja, abaixo, tabela com as contratações concretizadas (clique para ampliar).
Grãos menores podem limitar safra de café de Minas Gerais
Valor Econômico
29/07/2015
Alda do Amaral Rocha
Nesta safra 2015/16 de café, que está sendo colhida, os
produtores de Minas Gerais estão tendo mais trabalho para
encher uma saca. Além do atraso de 20 a 30 dias na colheita
em comparação com o ano passado no Estado, os grãos da
espécie arábica que estão sendo retirados dos cafeeiros
estão mais miúdos do que o esperado (foto: Thumbs
Dreamstime).
"Os grãos estão menores e isso significa que é preciso mais café para fazer um saca [de 60
quilos]", observa Andre Luiz Garcia, pesquisador da Fundação Procafé. No maior Estado
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produtor de café do país, apenas entre 8% e 10% dos grãos colhidos até agora podem ser
classificados como peneira 17 acima (mais graúdos), que são os mais demandados na
exportação. O normal seria um volume superior a 20% de cafés com essa classificação,
segundo ele.
A situação pode ser vista no Estado de uma maneira geral, segundo a Fundação Procafé, e
pode ser explicada por problemas climáticos na época do enchimento dos grãos. "A seca e a
estiagem foram tão grandes em 2014 que as plantas não conseguiram se recuperar dos efeitos
colaterais", afirma Garcia.
A falta de chuvas na florada, entre setembro e outubro, prejudicou o desenvolvimento e afetou
a fisiologia da planta, explica o pesquisador. Depois, as altas temperaturas e a ausência de
chuvas em dezembro e janeiro passados comprometeram o enchimento dos grãos. Isso
significa impacto sobre a produtividade.
Até lavouras irrigadas de café sofreram com as altas temperaturas e poucas chuvas entre
dezembro e janeiro. Na fazenda do Café Santa Mônica, por exemplo, em Machado, no sul de
Minas, a quantidade de grãos miúdos nesta safra deve superar a do ciclo passado, segundo
Arthur Moscofian Jr., fundador do Café Santa Mônica. A razão, diz, "é que não choveu o
suficiente durante o desenvolvimento dos grãos".
"Mesmo com irrigação, os cafeeiros foram afetados porque a evapotranspiração foi maior que a
quantidade de água que pudemos jogar", afirma Moscofian. O produtor informa que na safra
passada 40% a 50% do café colhido na fazenda era peneira 17 acima, o tamanho mais
demandado pelos importadores. No atual ciclo, a Santa Mônica deve colher 30% do volume
com essa classificação.
O presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé),
a maior de café do país, Carlos Alberto Paulino da Costa, afirma que há
diferentes situações, dependendo da região de produção de café em Minas
Gerais. No caso da região sul do Estado, informa, a quantidade de café colhida
está dentro do esperado, mas os grãos são mais miúdos. Já no Cerrado
mineiro, a produção é menor e os grãos apresentam tamanho normal.
Segundo ele, antes do início da colheita, em junho, a estimativa era de uma produção de 8
milhões de sacas na região de atuação da Cooxupé, mesmo volume da safra anterior. Agora,
avalia, a produção "deve ser menor" e um dos motivos para isso são os grãos mais miúdos. A
Cooxupé atua nas regiões do Cerrado mineiro, sul de Minas e também no Estado de São
Paulo.
Além de afetar o rendimento das lavouras, a incidência de grãos menores tem reflexo nos
preços de negociação do café, já que grãos maiores são mais valorizados.
Em junho, a Conab estimou que a produção de café em Minas Gerais deve alcançar 23,64
milhões de sacas na safra 2015/16, 4,4% mais do que no ciclo anterior. Mas os números
devem ser revisados. Em sua estimativa, a Conab também já considerava que parte da
produção em Minas Gerais deve ser de "peneira mais baixa" por conta dos problemas
climáticos que comprometeram o enchimento dos grãos.
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Em levantamento encomendado pelo Conselho Nacional do Café (CNC), a Procafé projetou,
em março passado, que Minas Gerais deve ter produção total entre 21,5 milhões e 22,950
milhões de sacas. Comparado com volume colhido em 2014/15 no Estado, segundo a Conab,
a variação deve ser de uma queda de 5% a um aumento de 1,3%.
Os grãos mais miúdos não são a única preocupação dos
cafeicultores de Minas Gerais. Na Cooperativa Agrária de
Machado (Coopama), no sul do Estado, a colheita está com três
semanas de atraso.
João Emygdio Gonçalves, presidente da cooperativa, afirma que a expectativa é receber cerca
de 170 mil sacas de café nesta safra, mas até agora só 35 mil sacas foram entregues pelos
cooperados.
A principal razão para o atraso da colheita, segundo produtores e especialistas, é que a falta de
chuvas entre setembro e novembro passados gerou floradas desuniformes em 2014, afetando
a maturação dos grãos. "Na safra passada, recebemos 200 mil sacas. Mas nesta, a
produtividade está menor e o tamanho dos grãos também", diz o presidente da Coopama, que
tem 1.850 cooperados espalhados por 32 municípios.
Tempo favorece retomada da colheita de café no Brasil, diz Cepea
Thomson Reuters
29/07/2015
Reuters – O tempo mais seco permitiu a retomada da colheita de café arábica no Brasil em
todas as regiões, favorecendo também a secagem dos grãos, inclusive aqueles colhidos nas
semanas anteriores, afirmou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea),
em análise nesta terça-feira.
O percentual colhido ainda é inferior ao do mesmo período do ano passado, ponderou o órgão
da Universidade de São Paulo(USP), ressaltando também que o café desta safra, de maneira
geral, não tem apresentado boa qualidade.
A intensificação recente da colheita tem aumentado a entrada de novos lotes nos armazéns,
mas, segundo colaboradores do Cepea, "o percentual de grãos com peneiras superiores (mais
valorizados) está menor que o das safras passadas". Além disso, parte do café já colhido
apresenta "problemas de bebida".
Cafezais enfrentam problemas mesmo com tempo firme
Canal Rural
29/07/2015
A produção do café já passou algumas adversidades climáticas este ano. Na hora da floração e
enchimento, faltou água. O que deixou os grãos miúdos. Depois, mais tarde, os cafeicultores
enfrentaram chuva na hora da colheita. Na região da Zona da Mata, em Minas Gerais, apenas
30% das áreas foram colhidas. Nesta mesma época no ano passado, esse valor chegava a
60%.
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A partir de agora, uma massa de ar seco vai ganhando força sobre todas as áreas produtoras
de café. Com a ausência de nuvens, a amplitude térmica aumenta, ou seja, frio ao amanhecer
– mas sem riscos aos pés de café, e tardes com temperaturas elevadas. Esse quadro não
muda até os primeiros dias de agosto.
No Paraná, as precipitações diminuíram de intensidade desde metade da semana passada. O
estado sofreu com eventos extremos, que prejudicaram não só o café, mas também o trigo e o
milho segunda safra.
Mesmo com o tempo mais firme, a condição para as áreas produtoras paranaenses
continuaram desfavoráveis, com elevada umidade do solo e do ar, o que dificulta a colheita e
secagem dos grãos.
A condição também segue desfavorável no processo de secagem nas demais áreas produtoras
do país, mesmo com a ausência de chuvas em decorrência da formação de nuvens baixas e de
nevoeiro, principalmente no sul de Minas Gerais.
Araguari (MG): colheita do café arábica chega a 15% e perspectiva é de quebra
Notícias Agrícolas
29/07/2015
Fernanda Custódio
A colheita do café arábica chegou a 15% na região de Araguari (MG) e a perspectiva é de
quebra na safra. A situação ainda é reflexo das altas temperaturas e do período mais seco
observado ao longo do ano anterior. Ainda não é possível quantificar a perda na produção de
2015.
O presidente do Sindicato Rural do município, Túlio Rodrigues da Cunha, destaca que a
maturação dos grãos é desuniforme, o que acaba encarecendo os custos com a colheita.
“E também estamos utilizando mais medidas para fazer uma saca de café beneficiado. E como
estamos no início do trabalho no campo ainda não conseguimos mensurar as perdas, mas
sabemos que teremos uma quebra em comparação com anos anteriores”, ratifica Cunha.
E, nesta safra, os custos de produção já estão mais altos, principalmente com a energia
elétrica, uma vez que 90% das lavouras da região são irrigadas.
“Em média, gastamos em torno de R$ 300,00 para produzir uma saca de café. Enquanto isso,
os preços da saca giram em torno de R$ 420,00 a R$ 430,00, valores que deixarão uma
margem ajustada aos produtores devido à queda na safra”, explica o presidente.
Em relação à comercialização, Cunha diz que, alguns produtores têm feito a negociação, pois
precisam custear a colheita do grão.
“Os cafeicultores ainda não têm deixado a atividade na nossa região, mas temos um cenário
delicado, especialmente com a crise no país, que também já chegou à nossa cidade”,
completa.
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Embarques de café pelo complexo santista crescem 10%
A Tribuna
29/07/2015
As exportações de café pelo Porto de Santos cresceram 10,5% nos seis primeiros meses deste
ano, na comparação com igual período do ano passado. De janeiro a junho de 2015,
14.942.304 sacas de 60 quilos do produto deixaram o País pelo cais santista. Já nos mesmos
meses de 2014, o volume foi de 13.517.420 sacas exportadas. As informações são do mais
recente balanço de exportações do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
No semestre, o cais santista obteve a maior participação no embarque da carga diante dos
outros complexos portuários brasileiros: 84,5%, ante 76,9% de 2014. Ao todo, a receita
acumulada com os embarques no semestre é superior a US$ 2,7 bilhões.
De acordo com o balanço, a variedade arábica foi a mais exportada por Santos nesta primeira
metade do ano, com registro de 11.930.681 sacas e receita de US$ 2,3 bilhões. Em seguida,
estão os tipos solúvel (1.541.577 sacas), conillon (1.462.152) e o torrado (7.894).
Os resultados colaboraram para que, no balanço nacional, o ano-safra 2014-2015 no País
batesse o recorde histórico. Em termos de volume, foram exportadas 36.492.298 sacas,
representando crescimento de 6,9%. A receita bate os US$ 6,854 bilhões.
“O desempenho da safra foi bastante positivo, com destaque para o recorde na exportação de
conillon que atingiu 4.532.940 sacas, 133% a mais que na safra anterior, superando as
expectativas”, destaca o diretor-geral da entidade, Guilherme Braga.
Redução em junho
Os dados do Cecafé, apesar de positivos, mostram que o volume de exportação do último mês
caiu 12%, em todo o País, quando comparado como o mesmo período do ano passado. Em
junho último, 2.606.235 sacas de café brasileiro foram exportadas. Já no mesmo mês do ano
passado, o volume foi de 2.961.630 sacas. A receita também apresentou queda de 23,7%,
tingindo US$ 426,641 milhões.
No semestre, a realidade nacional se assemelha a de Santos. A maioria embarcada foi de
variedade arábica (77,3%), seguida pela robusta (12,9%), solúvel (9,7%) e torrado (0,1%). Os
diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 25,4%.
O relatório também mostra que, de janeiro a junho de 2015, a Europa foi o principal mercado
importador, responsável pela compra de 54% do total embarcado do produto brasileiro. A
América do Norte adquiriu 24% do total, a Ásia, 16% e outros países da América do Sul, 3%.
No mesmo período, os EUA lideraram a lista de países importadores, com 3.587.502 sacas
importadas (20% do total exportado), seguido pela Alemanha, com 3.274.834 sacas (19% do
total) e a Itália, com 1.390.343 sacas (8%).
Depois do Porto de Santos, os portos do Rio de Janeiro escoaram 7,6% do total (1.347.623
sacas) e o porto de Vitória, por onde saiu 4,9% do total (859.402 sacas) foram as principais
vias de exportação do café no primeiro semestre deste ano.
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Café: Vietnã e América Central podem ter prejuízos com falta de chuvas
Agência SAFRAS
29/07/2015
Tarcila Mendes
Nos últimos 90 dias, regiões ao norte do planalto central do Vietnã
receberam entre 50% e 80% das chuvas normais e a seca pode reduzir
a produção nas áreas não irrigadas, informou Drew Lerner, presidente da
World Weather Co. A situação não é tão severa no sudoeste do país. A
previsão para as próximas duas semanas indica precipitações mais
erráticas, abaixo da média, salientou Lerner. As informações partem da Agência Bloomberg.
Partes da Nicarágua e de Honduras receberam entre 50% e 70% de chuvas normais, o que
ameaça a safra, devido à falta de umidade durante a floração dos grãos. As condições são
melhores para a produção na Guatemala e na Costa Rica. Algumas partes do cinturão do café
Colombiano, principalmente em áreas próximas à fronteira com a Venezuela, também
apresentam condições secas.
"Quase todas as áreas equatoriais do café ao redor do mundo estão apresentando algum tipo
de condição seca devido ao El Niño", informou Lerner. O Brasil deve apresentar tempo seco
pelas próximas duas semanas, permitindo um aceleramento da colheita.