A produção brasileira de café na safra 2015/16 pode cair 2,3% para 44,28 milhões de sacas, a terceira queda consecutiva. O preço do café segue estável apesar da queda na produção esperada. A OIC estima déficit global de café de pelo menos 8 milhões de sacas na safra 2014/15.
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O relatório observou, no entanto, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera que a
colheita no Brasil, o maior produtor do mundo, caia 2,3 por cento, para 44,3 milhões de sacas em
2015/16, com uma ligeira recuperação na safra do arábica superada por uma queda na produção de
robusta.
Café: queda do preços continua diante da especulação sobre safra no Brasil, diz OIC
Agência Estado
11/06/2015
Fernando Nakagawa
Os preços internacionais do café continuaram em trajetória
de queda no mês passado em meio à especulação sobre o
desempenho da safra brasileira da commodity. A tendência
é destaque no relatório mensal da Organização
Internacional do Café (OIC), divulgado hoje na capital britânica. De acordo com indicador da entidade,
o preço médio do grão atingiu o menor nível desde janeiro de 2014.
O indicador composto da ICO, que indica o preço médio do café, caiu 4,3% em maio na comparação
com abril e atingiu 123,49 centavos de dólar por libra-peso no mês passado. Esse é o menor preço
médio desde janeiro de 2014, destaca a OIC. "O preço diário permaneceu relativamente estável na
primeira metade do mês, mas então passou a cair de mais de 130 centavos por libra-peso para a
mínima de 116,99 centavos, diante da preocupação sobre o abastecimento da safra brasileira",
explica o relatório.
"Isso sugere que o mercado não tem preocupações imediatas com o abastecimento. Na verdade,
uma das grandes tradings já prevê excedente no fornecimento global para a safra 2015/16", diz o
relatório. A especulação aconteceu durante o período em que a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) divulgou a segunda estimativa para a produção no Brasil, que deverá cair
2,3% para 44,3 milhões de sacas, de acordo com o governo brasileiro. "O que está na extremidade
inferior do intervalo inicial projetado em janeiro", diz a OIC.
Além da especulação sobre os rumos da safra no Brasil, outro fator brasileiro que influenciou o
mercado global é a moeda. "A fraqueza continuada do real brasileiro gerou pressão descendente
sobre os preços", diz o relatório, que nota que, apesar da desvalorização do real, as exportações
brasileiras caíram ligeiramente em abril. Normalmente, a queda do real torna os produtos brasileiros
mais competitivos no exterior, o que pode alavancar os embarques.
Café: colheita alcança 4% na área de atuação da Cooxupé até 5 de junho
Agência Estado
11/06/2015
Tomas Okuda
A colheita de café da safra 2015 está em fase inicial na área de atuação da
Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), considerada a maior
cooperativa do mundo no setor e uma das principais exportadoras do grão no Brasil.
Na primeira semana de junho, o porcentual colhido alcançava 5,77% em São Paulo;
4,92% no sul de Minas e 2,23% no cerrado mineiro, totalizando uma média de 3,99%.
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Em comunicado, a Cooxupé informa que no ano passado o acompanhamento da colheita começou
na semana de 15 de junho e alcançava 20,31%, pois os trabalhos estavam mais acelerados. Em
2013, o índice era de 7,86% e de 6,32% em 2012. A cooperativa pretende divulgar semanalmente a
evolução da atividade de colheita em sua área de atuação.
Venda antecipada garante retorno ao café prejudicado pela umidade
Canal Rural
11/06/2015
Henrique Bighetti / Edição Caroline Kleinübing
O município de Araguari, um dos principais
produtores de café do Cerrado mineiro, deve ter
queda de 40% na produção nesta safra. A colheita
do grão já começou e os produtores estão
preocupados com a qualidade do produto,
prejudicada pelo excesso de chuvas.
A coloração verde é sinal de que o processo de
maturação dos grãos não está completo. Na
fazenda visitada pela nossa reportagem, 40% dos
cafezais está na mesma situação. Mesmo assim, o
produtor já iniciou a colheita e, para este ano,
estima uma média de produção de 30 sacas por hectare, quase 30% a menos em relação à safra
2014/2015.
– Mesmo que esse café não esteja totalmente maduro, nós já estamos retirando ele para desocupar a
lavoura. Queremos deixar as lavouras livres desses grãos para preparar para a floração da safra
seguinte – Sergio Bronzi, produtor rural.
A prorrogação do período chuvoso provocou a queda de uma grande quantidade de grãos de café. O
contato com a umidade do solo prejudicou o processou de maturação e influenciou na qualidade e no
preço do produto. A saca de 60 Kg, que deveria ser comercializada a R$ 350, deve ser vendida agora
por R$ 250.
O produtor acredita que vai conseguir uma boa média de preço na safra, já que 40% da produção foi
vendida no começo do ano, quando os preços estavam em patamares mais elevados.
– A preocupação agora é fazer a quantidade vendida no mercado futuro, com a qualidade contratada
mediante a situação, de tanto café verde ainda. Os cafés que estão caindo ao chão – relata o
produtor.
Segundo dados da Associação dos Cafeicultores de Araguari, para a safra 2015/2016, a expectativa
é que o município produza cerca de 400 mil sacas de café em 20 mil hectares cultivados. Uma
redução de 42% em comparação com a safra 2014/2015. A média de produção por hectare reduziu
de 40 para 30 sacas.
– Para diminuir o custo dos tratos culturais, o pessoal faz o esqueletamento, e nós tivemos muito
esqueletamento aqui na região, por isso, que a safra desse ano vai ser menor. E a gente acredita que
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no próximo ano, a safra deve ser bem maior aqui na região – aposta Cláudio Morales Garcia,
presidente da Associação.
Mesmo com a queda nos preços do café nas últimas semanas, os valores atuais ainda cobrem o
custo de produção na região, que segundo Garcia, está em cerca de R$ 10 mil por hectare.
– Como nós acreditamos que 2016 será uma safra alta, nós estamos incentivando o produtor a
realizar a venda futura para ele garantir preço e fazer uma média de venda no ano que vem, pois nós
ainda não sabemos qual será o tamanho da safra no Brasil – indica o presidente.
Receita das exportações de café cresce 15,05% nos 5 primeiros meses de 2015
Assessoria de Comunicação Social do Mapa
11/06/2015
Cláudia Lafetá
A receita das exportações de café chegou a U$ 2,7 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano. O
valor é 15,05% maior do que os U$ 2,3 bilhões registrados no mesmo período de 2014. Os dados são
do Informe Estatístico do Café, publicado mensalmente pelo Departamento do Café (DCAF) da
Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
Ainda segundo o Informe Estatístico, também houve crescimento no volume exportado de janeiro a
maio. Os embarques do produto aumentaram 1,85%, em comparação com igual período de 2014. Ao
todo, foram mais de 15,010 milhões de sacas de café de 60 kg vendidas ao exterior. Nos cinco
primeiros meses do ano passado, o país exportou 14,737 milhões de sacas de café.
No período analisado, o produto representou 7,9% de todas as exportações brasileiras. Os principais
países importadores são Alemanha, Estados Unidos, Itália, Bélgica e Japão. O café é o quinto item
mais exportado pelo agronegócio brasileiro, ficando atrás do complexo soja, carnes, produtos
florestais e do complexo sucroalcooleiro.
Consórcio Pesquisa Café divulga Revista Coffee Science - edição de abril/junho 2015
Embrapa Café
11/06/2015
Flávia Bessa e Lucas Tadeu Ferreira
A Coffee Science, revista técnico-científica especializada em cafeicultura,
lança mais uma edição (abril/junho - volume 10, número 2, 2015). A
publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela
Embrapa Café, em parceria com a Universidade Federal de Lavras - Ufla e
tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa e da cultura
do café no Brasil. A revista publica trimestralmente artigos originais
completos com tradução integral para o inglês e está disponível no
Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café e no site da revista
Coffee Science.
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Entre os assuntos abordados nesta edição, está o artigo sobre "Atributos químicos de um Latossolo
submetido ao controle de plantas invasoras em plantio de café". As análises de variâncias revelaram
que, de modo geral, os atributos químicos do solo são influenciados significativamente pelos métodos
de controle de plantas invasoras e, de modo particular, essa influência variou com a camada
analisada. Entre os métodos de controle das plantas invasoras estudados, a utilização da roçadora
propiciou as melhores condições químicas do solo, tanto da camada superficial como da
subsuperficial. A utilização de herbicida de pré-emergência, que mantém a superfície do solo
desprovida de cobertura vegetal, influenciou negativamente os atributos químicos do solo. O capim-
braquiária apresentou mais eficiência que o amendoim-forrageiro no manejo da frente alcalina,
embora esse último tenha sido mais eficiente na ciclagem do fósforo.
Outro artigo, denominado "Análise estatística das distribuições espaciais do bicho-mineiro do cafeeiro
e de vespas predadoras", trata da vulnerabilidade do cafeeiro ao ataque de pragas que podem causar
prejuízos significativos ao produtor, sendo a que mais preocupa os cafeicultores brasileiros é o bicho
mineiro, cujo controle biológico é feito por vespas predadoras. O trabalho verificou se existe diferença
entre as distribuições espaciais de folhas minadas, minas predadas e vespas em diferentes situações
climáticas. Os resultados comprovaram que não houve diferença na distribuição espacial de folhas
minadas e de minas predadas entre o período seco e chuvoso. Folhas minadas e vespas
apresentaram a mesma distribuição espacial, tanto no período seco quanto no mês de mais
infestação da praga. As distribuições de minas predadas e vespas, no entanto, foram diferentes, tanto
para o período seco quanto para o mês de mais infestação da praga.
O "Estudo tecnológico da madeira de Coffea arabica L. visando à combustão completa e pirólise"
pesquisou os resíduos madeireiros para comprovar viabilidade como fonte energética. O destaque foi
a cultivar Catuaí que apresentou mais densidade básica, maior estoque de carbono e mais
densidades energéticas. As madeiras do sistema convencional (cultivares Mundo Novo e Catuaí)
mostraram-se mais indicadas para a combustão completa em caldeiras ou fornos devido à relação
K2O/CaO. O trabalho permitiu afirmar que as madeiras do sistema orgânico (cultivares Mundo Novo e
Catuaí) e do sistema natural (cultivar Mundo Novo) tendem a apresentar mais rendimento em carvão
vegetal se carbonizadas em baixas temperaturas.
Outro artigo sobre a "Qualidade do carvão vegetal produzido a partir da madeira do cafeeiro para uso
bioenergético" apresenta pesquisa que utilizou três sistemas de cultivo existentes no Sul de Minas
Gerais (natural agroflorestal, orgânico e convencional) e duas cultivares (Mundo Novo e Catuaí). O
carvão vegetal da cultivar Catuaí (sistemas orgânico e convencional) destacou-se para uso
siderúrgico e energético, principalmente, pelos maiores valores de densidade relativa aparente,
densidades energéticas, estoque em carbono fixo e rendimentos em carvão vegetal e em carbono
fixo. Esse efeito da cultivar foi responsável pela formação de grupo similar entre o carvão vegetal
proveniente da madeira dos sistemas orgânico e convencional. O carvão vegetal do cafeeiro
proveniente do sistema convencional apresentou a melhor relação K/Ca. Logo, é o mais indicado
para ser utilizado como combustível em caldeiras, gaseificadores e demais sistemas de conversão
energética.
Para melhor entender a conjuntura do mercado de café, foi realizada a pesquisa quantitativa
"Competitividade e estrutura de mercado internacional de café: análise de 2003 a 2012", que analisou
a vantagem comparativa revelada, posição relativa do mercado, índice de exportação líquida,
participação no mercado e índice de concentração em comparação ao Brasil. Constatou-se que o
mercado do café é concentrado, tanto nas exportações quanto nas importações, e com pouca
oscilação entre os principais países compradores e vendedores ao longo do período estudado, com
ressalvas para o decrescimento das exportações colombianas e acréscimos das vietnamitas. Isso
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evidencia que o mercado internacional apresenta atores solidamente posicionados. Contudo,
ressalta-se que diversos competidores, em nível de exportação, apresentam taxas de crescimento
superiores à brasileira. São países desenvolvidos que dominam tecnologia/padrões de
processamento, coordenação de cadeia produtiva e marketing, que lhes possibilita a diferenciação do
produto. A Vantagem Comparativa Revelada mostra que os países com mais vantagem comparativa
no mercado internacional de café são: Etiópia, Honduras, Colômbia, Vietnã e Brasil. Já a posição
relativa de mercado mostra que os países mais relevantes são: Brasil, Vietnã, Colômbia, Honduras e
Suíça.
Esta mais recente edição da revista também traz ainda outros estudos relevantes para a cafeicultura
como "Avaliação de um sistema de aplicação de fertilizantes a taxa variável adaptado à cultura
cafeeira", "Operações pós-colheita e qualidade físico-química e sensorial de cafés", "Doses de ruídos
a qual estão submetidos operadores de derriçadoras portáteis de café", "Dinâmica de macronutrientes
em genótipos de coffea canephora com potencial para utilização como porta-enxerto”, “Classes de
declividade do terreno e potencial para mecanização no estado do Paraná”, entre outros que valem a
pena serem conhecidos.
Revista Coffee Science: avanços e consolidação – A Coffee Science é publicada trimestralmente
na versão impressa e eletrônica contendo artigos originais completos da comunidade científica
nacional e internacional, visando promover o desenvolvimento da cafeicultura nas áreas de Ciências
Agrárias, Ciências Biológicas, Ciência dos Alimentos e Ciências Sociais Aplicadas, entre outras. É
indexada ao AGRIS-FAO (International Information System for the Agricultural Sciencesand
Technology), AGROBASE-IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia),
Latindex (Sistema Regional de Informaciónen Línea para Revistas Científicas de América Latina,
Caribe, España y Portugal), CAB Abstracts (CABI – Common wealth Agricultural Bureaux
International), Scientific Commons (University of St. Gallen – Switzerland), Scopus-Elsevier,
Periódicos Capes, Agricola (USDA – National Agricultural Library) e na Wageningen UR Digital
Library.
Cresce receita com venda de café aos árabes
ANBA
11/06/2015
O Brasil faturou mais com exportações de café ao mercado árabe nos primeiros cinco meses de 2015
do que no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Conselho dos
Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita com os embarques ficou em US$ 85,1 milhões de
janeiro a maio de 2014 e em US$ 87,3 milhões em iguais meses deste ano. O crescimento foi de
2,5% ou US$ 2,2 milhões.
O aumento, porém, ocorreu em função dos preços maiores do produto embarcado para os árabes, já
que não houve o mesmo movimento com os volumes. A quantidade de café que o Brasil vendeu ao
mundo árabe caiu 11% em igual comparação. Foram 655,5 mil sacas de 60 quilos exportadas de
janeiro a maio de 2014 e 581,7 mil sacas nos últimos cinco meses. Ou seja, houve um recuo de 73,8
mil sacas. O mercado árabe, porém, seguiu representando 4% das exportações totais de café do
Brasil neste ano como nos primeiros meses de 2014.