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HEPATOESPLENOMEGALIA
CLINICA MEDICA I
GABRIEL ARIBI
• Palpação do fígado, baço, intestino grosso, rins,
bexiga e útero são parte fundamental do exame
físico
PALPAÇÃO DO FÍGADO
• Decúbito dorsal
• Paciente deve relaxar o tanto quanto possível a parede abdominal
O relaxamento é obtido mais pela maneira que o examinador inicia a palpação do que
pela vontade do paciente. Se a palpação for de modo intempestivo e grosseiro, o paciente
contrai os músculos para se proteger. Se for com suavidade, a consequência será o
relaxamento da parede abdominal
SEMIOTÉCNICA
• O procedimento fundamental consiste em palpar o hipocôndrio
direito, flanco direito e o epigástrio, partindo do umbigo até a
reborda costal.
• Em seguida, executa-se a palpação junto a reborda,
coordenando-a com os movimentos respiratórios – durante a
inspiração, o examinador deve comprimir buscando detectar a
borda hepática
SEMIOTÉCNICA
• Colocar a mão esquerda abaixo no nível da loja renal direita,
forçndo-a para cima, para dessa maneira, aproximar o fígado
da parede anterior do abdome.
SEMIOTÉCNICA
• Em outra técnica, posiciona-se o paciente em decúbito
semilateral esquerdo. Com as mãos em garra, coordenando
os movimentos com os movimentos respiratórios. A inspiração,
quando o fígado movimenta-se para baixo, o examinador
reconhece a borda.
SEMIOTÉCNICA
• Não há critérios precisos para determinar hepatomegalias
• Pequenas hepatomegalias – pouco ultrapassa, ate dois dedos
transversos, a reborda costal no final da inspiração
• Médias – quatro dedos transversos
• Grandes – mais de quatro dedos transversos e pode chegar
ate cicatriz umbilical
SEMIOTÉCNICA
• Análise da superfície
• Espessura (fina ou romba)
• Superfície (lisa ou nodular – numero, dura ou cística)
• Consistencia (diminuída, normal ou aumentada)
• Sensibilidade (indolor ou dolorosa)
NÓDULOS
• Formações arredondadas e endurecidas, podendo estar
isolados, esparsos ou difusos por toda a superfície hepática.
• Nas cirroses são difusos, nas metástases são esparsos, no
câncer primitivo do fígado é único
• Diametro: micronódulos (menores que 2 cm) ou mácronódulos
(maiores que 2 cm)
DOR
• Condições patológicas que estiram a cápsula de Glisson
• Metastases hepáticas e aumento do fígado pela insuficiência
cardíaca
• Nas hepatomegalias crônicas (cirrose, esquistossomose) a
cápsula se adapta a medida que o órgão aumenta de volume,
não havendo dor, apenas sensação de desconforto
HEPATOMEGALIA
• Aumento do volume hepático
• Toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável está
aumentado de volume
• Análise clínica deve ser feita em conjunto com a palpação,
inspeção e percussão desse órgão junto com o exame físico como
um todo e o exame das outras estruturas abdominais (circulação
colateral, ascite, vesícula biliar palpável, esplenomegalia e massas
palpáveis)
HEPATOMEGALIA
• Causas mais frequentes são
• Insuficiencia cardíaca direita
• Colestase extra-hepática de etiologia benigna ou maligna
• Cirrose
• Fibrose esquistossomótica
• Hepatite
• Esteatose
• Neoplasias
• Linfomas
PALPAÇÃO DO BAÇO
• Procede-se da mesma maneira que a palpação do fígado,
sendo a região examinada o quadrante superior esquerdo
• Se não for possível a palpação da maneira descrita
anteriormente, coloca-se o paciente na posição de Schuster
• Decúbito lateral direito, perna direita estendida e a coxa
esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90º
ESPLENOMEGALIA
• Megalosplenia
• Normalmente, baço pesa
150 g e tem até 11 cm de
comprimento em seu
maior eixo.
ESPLENOMEGALIA
• O aumento do baço varia bastante
• Pequenas – traduzem pela palpação do seu polo inferior logo
abaixo da reborda costal esquerda
• Grandes – pode ultrapassar cicatriz umbilical
• Normalmente não é percutível- todo baço aumentado de
tamanho é percutível mas nem semore palpavel
CAUSAS
• Hipertensão Portal
• Infecciosas e parasitarias: Hepatite viral, Febre tifoide, malária, calazar, Chagas
• Anemias hemolíticas
• Policitemia vera, Leucemia Linfoma Hodgkin e não Hodgkin
• AR, LES
• Cistos, amiloidose
• Esplenomegalia normalmente é diagnosticada no exame físico, através de palpação ou
percussão, ou através de ultra-sonografia (ecografia)
• Diferenciar de baço acessório, condição não patológica em 10-30% da população
• Distinguir de grandes massas abdominais
HIPERESPLENISMO
• O baço é um órgão "esponjoso", repleto de vasos sanguíneos, pois é responsável pela
produção, armazenamento, controle ("de qualidade") e destruição de células do sangue
• Com o aumento da resistência à passagem do sangue através do fígado (pela cirrose,
esquistossomose e outras condições), aumenta a pressão sangüínea dentro do sistema
porta hepático (hipertensão portal).
• Devido à sua característica esponjosa, o aumento na pressão da veia esplênica faz
com que o baço "inche". Com isso, o baço "sequestra" e acaba destruindo em um ritmo
acelerado todos os tipos de células sangüíneas, levando à condição denominada
"hiperesplenismo".
• Hiperesplenismo : anemia, leucopenia e trombocitopenia
• Confirmado pelo mielograma – hiperplasia celular e descarta afecções de medula óssea
• o hiperesplenismo, a anemia (redução das células vermelhas - eritrócitos), a leucopenia
(redução nos glóbulos brancos - leucócitos) e a plaquetopenia (redução nas plaquetas)
podem estar todas presentes, ou não.
• Geralmente observa-se uma redução mais acentuada nas plaquetas do que nas
demais, mas em parte a plaquetopenia também ocorre por outras condições associadas
a hipertensão portal (coagulação intravascular disseminada), destruição por mecanismo
imunológico (observada na hepatite C, por exemplo) e por deficiência de ácido fólico.
TRATAMENTO
• Geralmente, não é necessário qualquer tratamento específico na esplenomegalia
devido a hipertensão portal.
• A esplenomegalia dificilmente é dolorosa, a não ser em casos agudos
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Hepato-esplenomegalia: sinais e causas

  • 2. • Palpação do fígado, baço, intestino grosso, rins, bexiga e útero são parte fundamental do exame físico
  • 3. PALPAÇÃO DO FÍGADO • Decúbito dorsal • Paciente deve relaxar o tanto quanto possível a parede abdominal O relaxamento é obtido mais pela maneira que o examinador inicia a palpação do que pela vontade do paciente. Se a palpação for de modo intempestivo e grosseiro, o paciente contrai os músculos para se proteger. Se for com suavidade, a consequência será o relaxamento da parede abdominal
  • 4. SEMIOTÉCNICA • O procedimento fundamental consiste em palpar o hipocôndrio direito, flanco direito e o epigástrio, partindo do umbigo até a reborda costal. • Em seguida, executa-se a palpação junto a reborda, coordenando-a com os movimentos respiratórios – durante a inspiração, o examinador deve comprimir buscando detectar a borda hepática
  • 5. SEMIOTÉCNICA • Colocar a mão esquerda abaixo no nível da loja renal direita, forçndo-a para cima, para dessa maneira, aproximar o fígado da parede anterior do abdome.
  • 6. SEMIOTÉCNICA • Em outra técnica, posiciona-se o paciente em decúbito semilateral esquerdo. Com as mãos em garra, coordenando os movimentos com os movimentos respiratórios. A inspiração, quando o fígado movimenta-se para baixo, o examinador reconhece a borda.
  • 7. SEMIOTÉCNICA • Não há critérios precisos para determinar hepatomegalias • Pequenas hepatomegalias – pouco ultrapassa, ate dois dedos transversos, a reborda costal no final da inspiração • Médias – quatro dedos transversos • Grandes – mais de quatro dedos transversos e pode chegar ate cicatriz umbilical
  • 8. SEMIOTÉCNICA • Análise da superfície • Espessura (fina ou romba) • Superfície (lisa ou nodular – numero, dura ou cística) • Consistencia (diminuída, normal ou aumentada) • Sensibilidade (indolor ou dolorosa)
  • 9. NÓDULOS • Formações arredondadas e endurecidas, podendo estar isolados, esparsos ou difusos por toda a superfície hepática. • Nas cirroses são difusos, nas metástases são esparsos, no câncer primitivo do fígado é único • Diametro: micronódulos (menores que 2 cm) ou mácronódulos (maiores que 2 cm)
  • 10. DOR • Condições patológicas que estiram a cápsula de Glisson • Metastases hepáticas e aumento do fígado pela insuficiência cardíaca • Nas hepatomegalias crônicas (cirrose, esquistossomose) a cápsula se adapta a medida que o órgão aumenta de volume, não havendo dor, apenas sensação de desconforto
  • 11. HEPATOMEGALIA • Aumento do volume hepático • Toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável está aumentado de volume • Análise clínica deve ser feita em conjunto com a palpação, inspeção e percussão desse órgão junto com o exame físico como um todo e o exame das outras estruturas abdominais (circulação colateral, ascite, vesícula biliar palpável, esplenomegalia e massas palpáveis)
  • 12. HEPATOMEGALIA • Causas mais frequentes são • Insuficiencia cardíaca direita • Colestase extra-hepática de etiologia benigna ou maligna • Cirrose • Fibrose esquistossomótica • Hepatite • Esteatose • Neoplasias • Linfomas
  • 13. PALPAÇÃO DO BAÇO • Procede-se da mesma maneira que a palpação do fígado, sendo a região examinada o quadrante superior esquerdo • Se não for possível a palpação da maneira descrita anteriormente, coloca-se o paciente na posição de Schuster • Decúbito lateral direito, perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90º
  • 14. ESPLENOMEGALIA • Megalosplenia • Normalmente, baço pesa 150 g e tem até 11 cm de comprimento em seu maior eixo.
  • 15. ESPLENOMEGALIA • O aumento do baço varia bastante • Pequenas – traduzem pela palpação do seu polo inferior logo abaixo da reborda costal esquerda • Grandes – pode ultrapassar cicatriz umbilical • Normalmente não é percutível- todo baço aumentado de tamanho é percutível mas nem semore palpavel
  • 16. CAUSAS • Hipertensão Portal • Infecciosas e parasitarias: Hepatite viral, Febre tifoide, malária, calazar, Chagas • Anemias hemolíticas • Policitemia vera, Leucemia Linfoma Hodgkin e não Hodgkin • AR, LES • Cistos, amiloidose
  • 17.
  • 18. • Esplenomegalia normalmente é diagnosticada no exame físico, através de palpação ou percussão, ou através de ultra-sonografia (ecografia) • Diferenciar de baço acessório, condição não patológica em 10-30% da população • Distinguir de grandes massas abdominais
  • 19. HIPERESPLENISMO • O baço é um órgão "esponjoso", repleto de vasos sanguíneos, pois é responsável pela produção, armazenamento, controle ("de qualidade") e destruição de células do sangue • Com o aumento da resistência à passagem do sangue através do fígado (pela cirrose, esquistossomose e outras condições), aumenta a pressão sangüínea dentro do sistema porta hepático (hipertensão portal).
  • 20.
  • 21. • Devido à sua característica esponjosa, o aumento na pressão da veia esplênica faz com que o baço "inche". Com isso, o baço "sequestra" e acaba destruindo em um ritmo acelerado todos os tipos de células sangüíneas, levando à condição denominada "hiperesplenismo". • Hiperesplenismo : anemia, leucopenia e trombocitopenia • Confirmado pelo mielograma – hiperplasia celular e descarta afecções de medula óssea
  • 22. • o hiperesplenismo, a anemia (redução das células vermelhas - eritrócitos), a leucopenia (redução nos glóbulos brancos - leucócitos) e a plaquetopenia (redução nas plaquetas) podem estar todas presentes, ou não. • Geralmente observa-se uma redução mais acentuada nas plaquetas do que nas demais, mas em parte a plaquetopenia também ocorre por outras condições associadas a hipertensão portal (coagulação intravascular disseminada), destruição por mecanismo imunológico (observada na hepatite C, por exemplo) e por deficiência de ácido fólico.
  • 23. TRATAMENTO • Geralmente, não é necessário qualquer tratamento específico na esplenomegalia devido a hipertensão portal. • A esplenomegalia dificilmente é dolorosa, a não ser em casos agudos