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Doença mista doDoença mista do
tecido conjuntivo ,tecido conjuntivo ,
síndromes desíndromes de
superposição e Artritesuperposição e Artrite
PsoriáticaPsoriática
Doença mista doDoença mista do
tecido conjuntivo etecido conjuntivo e
síndromes desíndromes de
superposiçãosuperposição
Alambert,PA
Conceito
O A doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é
definida como uma desordem do tecido
conjuntivo, caracterizada pela presença de altos
títulos de um auto-anticorpo particular,
conhecido como anti-U1 ribonucleoproteína
(RNP) em combinação com características
clínicas do lúpus eritematoso sistêmico
(LES), da esclerodermia (ES, Scl) e da
polimiosite (PM), na ausência de anti-Sm,
anti SS-A, anti-SS-B e anti-DNA dupla hélice.
EPIDEMIOLOGIA
Prevalência: 10/100.000
Ocorre mais frequentemente em mulheres,
em uma relação de 9:1, entre a segunda e
terceira década de vida.
EPIDEMIOLOGIA
O Nenhum fator ambiental foi associado com
a doença, embora existam relatos da
doença desencadeada pela sílica e pelo vinil
O Associação com DR4 é descrita,
especialmente em pacientes com artrite
erosiva
Quadro Clínico
O Na fase inicial da doença as manifestações
clínicas mais frequentes são o edema difuso
das mãos, artrite, fenômeno de Raynaud,
miosite e esclerodactilia
Quadro Clínico
O Geralmente, são necessários vários anos,
até que se faça o diagnóstico de DMTC, pois
é raro que todas as características clínicas
ocorram simultaneamente
Algumas características!
O Raramente desenvolvem uma
glomerulonefrite proliferativa difusa, psicose
ou convulsões (características do LES).
O Maior predisposição para o
desenvolvimento de hipertensão pulmonar
(HAP) do que pacientes com LES ou ES,
O Apresentam valores mais altos de fator
reumatóide positivo do que o LES, com
maior aparecimento de artrite erosiva.
Quadro Clínico
O O diagnóstico inicial da DMTC tem suas
dificuldades pois, como já o dissemos,
raramente todas as características clínicas
se apresentam, simultaneamente.
O Muitas vezes os pacientes começam a ser
conduzidos, como LES ou ES e só
tardiamente a combinação de várias
características levam ao diagnóstico de
DMTC.
Manifestações iniciais
O Astenia, fadiga, mialgias, artralgias e febrícula.
O Alguns pacientes, no entanto, podem apresentar
quadros mais graves, como neuropatias do
trigêmeo, polimiosite severa, artrite aguda,
meningite asséptica, gangrena digital, abdome
agudo ou febre alta.
O A maior parte dos órgãos e sistemas podem ser
comprometidos em algum momento no curso da
DMTC.
Comprometimento cutâneo
O O fenômeno de Raynaud é a manifestação
mais frequente e mais precoce, geralmente
associado ao edema difuso dos dedos e em
algumas vezes de toda a mão (Figura 1)
Figura 1 - Edema difuso dos dedos (de
Robert M. Bennet, UptoDate, 2007).
Comprometimento cutâneo
O A aparência das mãos na DMTC reflete o
"overlap" (superposição) de doenças que
constitui a síndrome, somando
características clinicas da esclerodermia
(espessamento cutâneo, esclerodactilia,
calcinose), do lúpus eritematoso sistêmico
(rash malar, lesão discóide) e da
dermatomiosite (pápulas de Grotton).
Febre
O Na DMTC, febre de origem desconhecida
pode ser uma manifestação inicial da
doença. Pode também vir associada com
miosite, meningite asséptica, serosite ou
adenopatias.
Manifestações articulares
O Dor e rigidez articular são sintomas
precoces na DMTC.
O O envolvimento articular é mais freqüente e
mais severo que no lúpus.
O Aproximadamente 60% dos pacientes
desenvolvem artrite franca, frequentemente
com deformidades semelhantes às da
artrite reumatóide (AR), como desvio ulnar
dos dedos, dedos em "pescoço de cisne" e
em "casa de botão" (Figura 2).
Figura 2 - Artrite deformante da DMTC
caracterizada pelo desvio ulnar dos dedos e
pelos dedos em "pescoço de cisne". Essas
deformidades também podem ser vistas na
artrite reumatóide.Fator reumatóide positivo
é encontrado em 70% a 80% dos casos.
Manifestações articulares
O Em poucos pacientes uma forma articular
destrutiva (artrite mutilante) pode se
desenvolver (Figura 3).
Figura 3 - Artrite destrutiva na DMTC, com
dedos em "telescópio" (de Robert M.Bennet,
UpToDate, 2007).
Achados musculares
O Mialgia é um sintoma comum na DMTC.
O Os pacientes podem apresentar fraqueza
muscular, alterações
eletroneuromiográficas e aumento sérico
das enzimas musculares.
O É histologicamente e clinicamente idêntica
a polimiosite.
Acometimento cardíaco
Alteraçãos eletrocardiográficas, incluindo,
hipertrofia ventricular esquerda, defeitos de
condução intraventricular e aumento de átrio
direito.
A manifestação clinica mais comum é a
pericardite, que ocorre entre 10% a 30% dos
pacientes.
O tamponamento cardíaco é raro.
Hipertensão pulmonar
O A principal causa de morte na DMTC é, em
geral, a hipertensão pulmonar (Figura 4).
Figura 4 - A vasculopatia pulmonar na DMTC
é caracterizada pela proliferação da íntima e
pela hipertrofia da camada média nas
arteriolas pulmonares (de Robert M. Bennet,
UpToDate, 2007).
Hipertensão pulmonar
O A presença da hipertensão pulmonar deve ser suspeitada
através da história, do exame físico, dos testes laboratoriais e
caso o paciente apresente quatro ou mais das seis
características a seguir
O 1. Dispnéia aos esforços;
O 2. Pulsação sistólica na borda esternal esquerda;
O 3. Hiperfonese de P2;
O 4. Dilatação da artéria pulmonar em radiografia de
tórax;
O 5. Hipertrofia ventricular direita ao ECG;
O 6. Hipertrofia ventricular direita ao ecocardiograma.
O A presença de quatro dos seis critérios acima dá uma
sensibilidade de 92% e especificidade de 100% para o
diagnóstico de hipertensão pulmonat
Envolvimento pulmonar
O A maioria dos pacientes com DMTC
apresenta comprometimento pulmonar,
geralmente assintomático nos estágios
iniciais da doença, mas podendo se
apresentar com dispnéia, dor torácica e
tosse.
O A dor pleurítica é comum e a doença
intersticial pulmonar é geralmente
progressiva.
Manifestações radiográficas
O Manifestações radiográficas de doença
pulmonar incluem alterações intersticiais,
derrame pleural, infiltrado pneumônico e
espessamento pleural
A tomografia de tórax (TC)
A tomografia de tórax (TC) de alta resolução é o método mais sensível para
determinar a presença de doença pulmonar intersticial. As alterações mais
frequentes na TC de tórax são o espessamento septal, opacidades em
"vidro fosco e favo de mel" e estão presentes em 48% a 78% dos pacientes
com DMTC.
Acometimento Renal
O Ausência de comprometimento renal severo
é o marcador da DMTC nestes órgãos. Isso
é possível, por que os altos títulos de anti-
U1 RNP parecem proteger os rins do
desenvolvimento da glomerulonefrite
proliferativa difusa grave.
Acometimento Renal
O Apenas 25% dos pacientes apresentam
comprometimento renal e a forma mais
comum é a glomerulonefrite membranosa,
geralmente assintomática ou manifestando-
se com síndrome nefrótica.
Doença gastrointestinal
O A alteração mais comum é a dismotilidade
esofageana, presente em 70% dos casos e
quase sempre assintomática na fase inicial
da doença.
O As alterações na manometria são similares
às encontradas na esclerodermia, com
redução da peristalse no terço inferior do
esôfago e redução da pressão no esfíncter
esofageano inferior. (Figura 5).
Doença gastrointestinal
Doença gastrointestinal
Outras manifestações gastrointestinais observadas são
pseudo-divertículos ao longo do cólon (Figura 6).
Doença gastrointestinal
O Dor abdominal pode acontecer, geralmente
decorrente de hipomotilidade intestinal,
serosite, vasculite mesentérica, pancreatite
ou perfuração colônica
Sistema nervoso central
O As manifestações do SNC não são
freqüentes. A mais comum manifestação é
a neuropatia do trigêmeoneuropatia do trigêmeo. As cefaléias
também são comuns, de provável origem
vascular, com características de enxaqueca,
mas também podendo ser decorrentes de
meningite assépticameningite asséptica, apresentando nestes
casos ao exame físico sinais de irritação
meníngea
Vasculopatia
O A lesão vascular mais característica é a
proliferação da íntima e a hipertrofia da
camada média, afetando tanto pequenos
como médios vasos.
O São alterações que se assemelham as
encontradas na esclerodermia, mas que
diferem daquelas do LES.
Critérios Diagnósticos
*Para o diagnóstico deve-se ter o critério
sorológico, acompanhado de pelo menos um
dos critérios clínicos.
Tratamento
O Até o momento não há cura ou tratamento
específico para DMTC, sendo que as
recomendações terapêuticas atuais são
baseadas na terapia convencional das
demais colagenoses,
O O tratamento medicamentoso da patologia
depende dos sintomas e do padrão de
envolvimento orgânico.
Tratamento
O 33% dos pacientes terão doença controlada apenas
com analgésicos e antiinflamatórios não hormonais.
O Tratamento da HAP Anticoagulação sistêmica e
terapia vasodilatadora, com bloqueadores do canal
de cálcio e análogos da prostaciclina, têm sido
benéficos neste sentido, assim como o bosentan, um
recente antagonista oral do receptor da endotelina,
Tratamento
O Miosite, pleurite, pericardite, miocardite,
geralmente são intermitentes e tendem ter
boa resposta ao uso de corticóides,
O Síndrome nefrótica decorrente de
glomerulonefrite membranosa, fenômeno de
Raynaud, artropatias deformantes,
acroesclerose e neuropatias periféricas são,
em geral, resistentes aos corticosteróides.
Tratamento
O Altas doses de corticóides podem ser
necessárias para controle de manifestações
severas como vasculite, alveolite fibrosante
e miosite grave.
Tratamento
O Manifestações comuns "ES-símile" devem
ser conduzidas à maneira tradicional.
Fenômeno de Raynaud tem bom resultado
com bloqueadores do canal de cálcio, assim
como sintomas decorrentes de refluxo
gastroesofágico têm melhora com inibidores
de bomba de prótons e pró-cinéticos.
Tratamento
À semelhança do LES, manifestações como
artrite e dermatopatia "LES-símile" também
tendem a responder ao uso de
antimaláricos.
Tratamento
O Efeitos iatrogênicos decorrentes da
corticoterapia (miopatia, infecções
oportunistas, diabetes, necrose asséptica e
osteoporose) Usar fármacos
imunossupressores poupadores de
corticóides.
Tratamento
O O citostático mais atualmente usado como
poupador de corticosteróide é a ciclofosfamida,
na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, ou em pulsos
mensais (infusões endovenosas),
O O uso racional de metotrexate, azatioprina e
antimaláricos também podem ser úteis para
amenizar os efeitos colaterais da corticoterapia
prolongada.
Síndromes de
superposição
(sobreposição)
Alambert,PA
Síndromes de superposição
O Para definir uma síndrome de sobreposição é
necessário identificar uma constelação de
características distintas que constituem uma
síndrome verdadeira.
O Os pacientes que apresentam características
incompletas (por exemplo, um paciente com
fenômeno de Raynaud, artralgias e um FAN em
baixos títulos) são melhor descritos como sendo
portadores de uma doença indiferenciada do tecido
conjuntivo
Síndromes de superposição
O As síndromes de sobreposição podem ser
definidas através de duas bases: a primeira
se baseia nas manifestações clínicas, e a
segunda, através da detecção de auto-
anticorpos.
Síndromes de superposição
-características clínicas-
O O fenômeno de Raynaudfenômeno de Raynaud, a esclerodactiliaesclerodactilia e
a alveolitealveolite são características comuns de
inúmeras doenças autoimunes
reumatológicas e não podem ser usadas
isoladamente para definir uma síndrome.
Síndromes de superposição
-características clínicas-
O A combinação de características específicas
de distintas entidades nosológicas num
mesmo paciente, como o espessamento
cutâneo proximal da pele dos dedos na
esclerodermia ou as erosões articulares na
artrite reumatóide (AR), é muito sugestiva
de uma síndrome de sobreposiçãosíndrome de sobreposição
Síndromes de superposição
-características clínicas-
O Uma característica notável das doenças auto-
imunes do tecido conjuntivo é que a grande
maioria dos pacientes possui auto-anticorpos
específicos ao DNA, RNA ou proteínas que se
ligam a elas.
O A especificidade antigênica destes anticorpos
tem ajudado muito na distinção das doenças
reconhecidas tradicionalmente.
Síndromes de superposição
-características clínicas-
O O LES está associado com alguns "marcadores", anti-
DNA nativo ou de dupla hélice ou anti-Sm.
O Muitos anticorpos coincidem nas síndromes de
sobreposição. Ex.anticorpos que reagem
principalmente com o U1-ribonucleoproteína (RNP).
O Estes anticorpos são encontrados em pacientes com
características de sobreposição de LES, ES e
polimiosite.
Outras síndromes
O Síndrome rara associada a DMTCDMTC e
anticorpos U2-RNPU2-RNP e U3-RNAU3-RNA,
O A sobreposição polimiosite/alveolitepolimiosite/alveolite
fibrosantefibrosante encontrada em pacientes com
anticorpos anti-Jo-1 e outras t-RNA
sintetases.
O A sobreposição polimiosite/esclerodermiapolimiosite/esclerodermia
associada com anti-Pm/Sclanti-Pm/Scl
Síndromes que combinam
características de doenças e que estão
associadas com anticorpos
específicos.O As tRNA-sintetases associadas a síndromes
de sobreposição
O As tRNA-sintetases são enzimas
citoplasmáticas que fazem parte de uma
proteína de síntese, através da adição de
aminoácidos específicos codificados pelo
tRNA durante a junção dos polipeptídeos
Síndromes que combinam
características de doenças e que estão
associadas com anticorpos específicos
O Anti-Jo1 foi relacionado como um marcador para
miosite, sendo detectado em mais de 26 pacientes
com polimiosite, e raramente na dermatomiosite.
O Mais tarde foi demonstrado que pacientes com
anticorpos anti-Jo-1 tinham polimiosite e alveolite
fibrosante; subsequentemente, outras
características das doenças do tecido conjuntivo
foram descritas, incluindo o fenômeno de Raynaud,
artrite e um algumas características semelhantes a
esclerodermia.
Síndromes que combinam características de
doenças e que estão associadas com
anticorpos específicos
O A sobreposição polimiosite/esclerodermia
associada com anti-Pm/Scl vem se
tornando reconhecida como uma
importante síndrome de sobreposição que
era subdiagnosticada anteriormente.
Síndromes que combinam
características de doenças e que estão
associadas com anticorpos específicos
O Anticorpos anticomplexo nuclear e
citoplasmático envolvidos na transcripção
da polimerase III no RNA, Ro (SS-A) e La (SS-
B), aparecem em pacientes com síndrome
de Sjögren que também têm manifestações
de LES, isto é, a sobreposição Sjögren/LES.
Diagnóstico
O Uma das maiores dificuldades no
diagnóstico das síndromes de sobreposição
associadas a anti-tRNA sintetases é a
detecção de anticorpos. Visto que as
enzimas envolvidas na aminoacetilação
pelo tRNA são citoplasmáticas, os
anticorpos antinucleares são
freqüentemente negativos.
Diagnóstico
1- A imunofluorescência citoplasmática com
uma distribuição perinuclear leva á procura
de anticorpos anti-Jo1 ou outros relacionados
as tRNA sintetases.
2-Pacientes com miosite, alveolite fibrosante e
artrite devem ser também testados.
3-É importante ressaltar que muitos pacientes
com anticorpos anti-Jo1 não apresentam
miosite no ínicio da doença.
ARTRITE PSORIÁTICAARTRITE PSORIÁTICA
Considerações gerais
O A artrite psoriática é uma artrite inflamatória
que ocorre em associação com a doença de
pele conhecida como psoríase.
O Pertence ao grupo das
ESPONDILOARTRITES (EpA) antes chamado
Espondiloartropatia soro negativas
O EA- sor-:Entesis+acometimento do
esqueleto axial (sacro-ilíacas e coluna)
+oligoartrite assimétrica e ausência de fator
Reumatóide.
Psoríase
O É uma dermatose crônica caracterizada
eletivamente por lesões eritêmato-
escamosas, relativamente freqüente ,
podendo atingir até 1% em alguns grupos
populacionais.
O Ocorre igualmente em ambos sexos,pode
aparecer em qualquer idade, sendo mais
freqüente na terceira e quarta décadas de
vida.
Psoríase em placas:
Placas múltiplas eritêmato-escamosas com
escamas prateadas
Pintas,descoloração e erosão das unhas dos
dedos com edema fusiforme das
articulações interfalangeanas
Dedos com inchaço do tipo salsicha,lesões
de pele e mudança nas unhas
Manchas psoriáticas no dorso da mão com inchaço e
distorção de muitas articulações interfalangeanas e
diminuição dos dedos devido a perda de massa óssea
Tipos de artrite psoriática
O 1- Artrite das articulações IFDs
O 2- Artrite Destrutiva (mutilante)
O 3- Poliartrite simétrica indistinguível da
artrite reumatóide
O 4- Oligoartrite assimétrica
O 5- Espondiloartropatia
1- Artrite das articulações
IFDs
Mutilante
3- Poliartrite simétrica
indistinguível da artrite
reumatóide
4- Oligoartrite assimétrica
5- Espondiloartropatia
Sacro-ileíte
5- Espondiloartropatia
5- Espondiloartropatia
Artrite psoriática da IFD-
Alterações RX
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B- Erosões+proliferaçõesB- Erosões+proliferações
C- “pencil-in-cupC- “pencil-in-cup
Estágio inicial à esquerda (erosões)
Estágio tardio à direita (ponta de lápis em copo)
DIAGNÓSTICO
O NÃO HÁ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS OU
CLASSIFICAÇÃO PARA A ARTRITE
PSORIÁTICA.
O O DIAGNÓSTICO DEVERÁ SER PENSADO
QUANDO UM PACIENTE COM PSORÍASE
APRESENTAR-SE COM SINAIS E SINTOMAS
DE UMA ARTRITE INFLAMATÓRIA.
TRATAMENTO
O AINH
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O Metotrexato
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Dmtc

  • 1. Doença mista doDoença mista do tecido conjuntivo ,tecido conjuntivo , síndromes desíndromes de superposição e Artritesuperposição e Artrite PsoriáticaPsoriática
  • 2. Doença mista doDoença mista do tecido conjuntivo etecido conjuntivo e síndromes desíndromes de superposiçãosuperposição Alambert,PA
  • 3. Conceito O A doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é definida como uma desordem do tecido conjuntivo, caracterizada pela presença de altos títulos de um auto-anticorpo particular, conhecido como anti-U1 ribonucleoproteína (RNP) em combinação com características clínicas do lúpus eritematoso sistêmico (LES), da esclerodermia (ES, Scl) e da polimiosite (PM), na ausência de anti-Sm, anti SS-A, anti-SS-B e anti-DNA dupla hélice.
  • 4. EPIDEMIOLOGIA Prevalência: 10/100.000 Ocorre mais frequentemente em mulheres, em uma relação de 9:1, entre a segunda e terceira década de vida.
  • 5. EPIDEMIOLOGIA O Nenhum fator ambiental foi associado com a doença, embora existam relatos da doença desencadeada pela sílica e pelo vinil O Associação com DR4 é descrita, especialmente em pacientes com artrite erosiva
  • 6. Quadro Clínico O Na fase inicial da doença as manifestações clínicas mais frequentes são o edema difuso das mãos, artrite, fenômeno de Raynaud, miosite e esclerodactilia
  • 7. Quadro Clínico O Geralmente, são necessários vários anos, até que se faça o diagnóstico de DMTC, pois é raro que todas as características clínicas ocorram simultaneamente
  • 8. Algumas características! O Raramente desenvolvem uma glomerulonefrite proliferativa difusa, psicose ou convulsões (características do LES). O Maior predisposição para o desenvolvimento de hipertensão pulmonar (HAP) do que pacientes com LES ou ES, O Apresentam valores mais altos de fator reumatóide positivo do que o LES, com maior aparecimento de artrite erosiva.
  • 9. Quadro Clínico O O diagnóstico inicial da DMTC tem suas dificuldades pois, como já o dissemos, raramente todas as características clínicas se apresentam, simultaneamente. O Muitas vezes os pacientes começam a ser conduzidos, como LES ou ES e só tardiamente a combinação de várias características levam ao diagnóstico de DMTC.
  • 10. Manifestações iniciais O Astenia, fadiga, mialgias, artralgias e febrícula. O Alguns pacientes, no entanto, podem apresentar quadros mais graves, como neuropatias do trigêmeo, polimiosite severa, artrite aguda, meningite asséptica, gangrena digital, abdome agudo ou febre alta. O A maior parte dos órgãos e sistemas podem ser comprometidos em algum momento no curso da DMTC.
  • 11. Comprometimento cutâneo O O fenômeno de Raynaud é a manifestação mais frequente e mais precoce, geralmente associado ao edema difuso dos dedos e em algumas vezes de toda a mão (Figura 1)
  • 12. Figura 1 - Edema difuso dos dedos (de Robert M. Bennet, UptoDate, 2007).
  • 13. Comprometimento cutâneo O A aparência das mãos na DMTC reflete o "overlap" (superposição) de doenças que constitui a síndrome, somando características clinicas da esclerodermia (espessamento cutâneo, esclerodactilia, calcinose), do lúpus eritematoso sistêmico (rash malar, lesão discóide) e da dermatomiosite (pápulas de Grotton).
  • 14. Febre O Na DMTC, febre de origem desconhecida pode ser uma manifestação inicial da doença. Pode também vir associada com miosite, meningite asséptica, serosite ou adenopatias.
  • 15. Manifestações articulares O Dor e rigidez articular são sintomas precoces na DMTC. O O envolvimento articular é mais freqüente e mais severo que no lúpus. O Aproximadamente 60% dos pacientes desenvolvem artrite franca, frequentemente com deformidades semelhantes às da artrite reumatóide (AR), como desvio ulnar dos dedos, dedos em "pescoço de cisne" e em "casa de botão" (Figura 2).
  • 16. Figura 2 - Artrite deformante da DMTC caracterizada pelo desvio ulnar dos dedos e pelos dedos em "pescoço de cisne". Essas deformidades também podem ser vistas na artrite reumatóide.Fator reumatóide positivo é encontrado em 70% a 80% dos casos.
  • 17. Manifestações articulares O Em poucos pacientes uma forma articular destrutiva (artrite mutilante) pode se desenvolver (Figura 3).
  • 18. Figura 3 - Artrite destrutiva na DMTC, com dedos em "telescópio" (de Robert M.Bennet, UpToDate, 2007).
  • 19. Achados musculares O Mialgia é um sintoma comum na DMTC. O Os pacientes podem apresentar fraqueza muscular, alterações eletroneuromiográficas e aumento sérico das enzimas musculares. O É histologicamente e clinicamente idêntica a polimiosite.
  • 20. Acometimento cardíaco Alteraçãos eletrocardiográficas, incluindo, hipertrofia ventricular esquerda, defeitos de condução intraventricular e aumento de átrio direito. A manifestação clinica mais comum é a pericardite, que ocorre entre 10% a 30% dos pacientes. O tamponamento cardíaco é raro.
  • 21. Hipertensão pulmonar O A principal causa de morte na DMTC é, em geral, a hipertensão pulmonar (Figura 4).
  • 22. Figura 4 - A vasculopatia pulmonar na DMTC é caracterizada pela proliferação da íntima e pela hipertrofia da camada média nas arteriolas pulmonares (de Robert M. Bennet, UpToDate, 2007).
  • 23. Hipertensão pulmonar O A presença da hipertensão pulmonar deve ser suspeitada através da história, do exame físico, dos testes laboratoriais e caso o paciente apresente quatro ou mais das seis características a seguir O 1. Dispnéia aos esforços; O 2. Pulsação sistólica na borda esternal esquerda; O 3. Hiperfonese de P2; O 4. Dilatação da artéria pulmonar em radiografia de tórax; O 5. Hipertrofia ventricular direita ao ECG; O 6. Hipertrofia ventricular direita ao ecocardiograma. O A presença de quatro dos seis critérios acima dá uma sensibilidade de 92% e especificidade de 100% para o diagnóstico de hipertensão pulmonat
  • 24. Envolvimento pulmonar O A maioria dos pacientes com DMTC apresenta comprometimento pulmonar, geralmente assintomático nos estágios iniciais da doença, mas podendo se apresentar com dispnéia, dor torácica e tosse. O A dor pleurítica é comum e a doença intersticial pulmonar é geralmente progressiva.
  • 25. Manifestações radiográficas O Manifestações radiográficas de doença pulmonar incluem alterações intersticiais, derrame pleural, infiltrado pneumônico e espessamento pleural
  • 26. A tomografia de tórax (TC) A tomografia de tórax (TC) de alta resolução é o método mais sensível para determinar a presença de doença pulmonar intersticial. As alterações mais frequentes na TC de tórax são o espessamento septal, opacidades em "vidro fosco e favo de mel" e estão presentes em 48% a 78% dos pacientes com DMTC.
  • 27. Acometimento Renal O Ausência de comprometimento renal severo é o marcador da DMTC nestes órgãos. Isso é possível, por que os altos títulos de anti- U1 RNP parecem proteger os rins do desenvolvimento da glomerulonefrite proliferativa difusa grave.
  • 28. Acometimento Renal O Apenas 25% dos pacientes apresentam comprometimento renal e a forma mais comum é a glomerulonefrite membranosa, geralmente assintomática ou manifestando- se com síndrome nefrótica.
  • 29. Doença gastrointestinal O A alteração mais comum é a dismotilidade esofageana, presente em 70% dos casos e quase sempre assintomática na fase inicial da doença. O As alterações na manometria são similares às encontradas na esclerodermia, com redução da peristalse no terço inferior do esôfago e redução da pressão no esfíncter esofageano inferior. (Figura 5).
  • 31. Doença gastrointestinal Outras manifestações gastrointestinais observadas são pseudo-divertículos ao longo do cólon (Figura 6).
  • 32. Doença gastrointestinal O Dor abdominal pode acontecer, geralmente decorrente de hipomotilidade intestinal, serosite, vasculite mesentérica, pancreatite ou perfuração colônica
  • 33. Sistema nervoso central O As manifestações do SNC não são freqüentes. A mais comum manifestação é a neuropatia do trigêmeoneuropatia do trigêmeo. As cefaléias também são comuns, de provável origem vascular, com características de enxaqueca, mas também podendo ser decorrentes de meningite assépticameningite asséptica, apresentando nestes casos ao exame físico sinais de irritação meníngea
  • 34. Vasculopatia O A lesão vascular mais característica é a proliferação da íntima e a hipertrofia da camada média, afetando tanto pequenos como médios vasos. O São alterações que se assemelham as encontradas na esclerodermia, mas que diferem daquelas do LES.
  • 35. Critérios Diagnósticos *Para o diagnóstico deve-se ter o critério sorológico, acompanhado de pelo menos um dos critérios clínicos.
  • 36. Tratamento O Até o momento não há cura ou tratamento específico para DMTC, sendo que as recomendações terapêuticas atuais são baseadas na terapia convencional das demais colagenoses, O O tratamento medicamentoso da patologia depende dos sintomas e do padrão de envolvimento orgânico.
  • 37. Tratamento O 33% dos pacientes terão doença controlada apenas com analgésicos e antiinflamatórios não hormonais. O Tratamento da HAP Anticoagulação sistêmica e terapia vasodilatadora, com bloqueadores do canal de cálcio e análogos da prostaciclina, têm sido benéficos neste sentido, assim como o bosentan, um recente antagonista oral do receptor da endotelina,
  • 38. Tratamento O Miosite, pleurite, pericardite, miocardite, geralmente são intermitentes e tendem ter boa resposta ao uso de corticóides, O Síndrome nefrótica decorrente de glomerulonefrite membranosa, fenômeno de Raynaud, artropatias deformantes, acroesclerose e neuropatias periféricas são, em geral, resistentes aos corticosteróides.
  • 39. Tratamento O Altas doses de corticóides podem ser necessárias para controle de manifestações severas como vasculite, alveolite fibrosante e miosite grave.
  • 40. Tratamento O Manifestações comuns "ES-símile" devem ser conduzidas à maneira tradicional. Fenômeno de Raynaud tem bom resultado com bloqueadores do canal de cálcio, assim como sintomas decorrentes de refluxo gastroesofágico têm melhora com inibidores de bomba de prótons e pró-cinéticos.
  • 41. Tratamento À semelhança do LES, manifestações como artrite e dermatopatia "LES-símile" também tendem a responder ao uso de antimaláricos.
  • 42. Tratamento O Efeitos iatrogênicos decorrentes da corticoterapia (miopatia, infecções oportunistas, diabetes, necrose asséptica e osteoporose) Usar fármacos imunossupressores poupadores de corticóides.
  • 43. Tratamento O O citostático mais atualmente usado como poupador de corticosteróide é a ciclofosfamida, na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, ou em pulsos mensais (infusões endovenosas), O O uso racional de metotrexate, azatioprina e antimaláricos também podem ser úteis para amenizar os efeitos colaterais da corticoterapia prolongada.
  • 45. Síndromes de superposição O Para definir uma síndrome de sobreposição é necessário identificar uma constelação de características distintas que constituem uma síndrome verdadeira. O Os pacientes que apresentam características incompletas (por exemplo, um paciente com fenômeno de Raynaud, artralgias e um FAN em baixos títulos) são melhor descritos como sendo portadores de uma doença indiferenciada do tecido conjuntivo
  • 46. Síndromes de superposição O As síndromes de sobreposição podem ser definidas através de duas bases: a primeira se baseia nas manifestações clínicas, e a segunda, através da detecção de auto- anticorpos.
  • 47. Síndromes de superposição -características clínicas- O O fenômeno de Raynaudfenômeno de Raynaud, a esclerodactiliaesclerodactilia e a alveolitealveolite são características comuns de inúmeras doenças autoimunes reumatológicas e não podem ser usadas isoladamente para definir uma síndrome.
  • 48. Síndromes de superposição -características clínicas- O A combinação de características específicas de distintas entidades nosológicas num mesmo paciente, como o espessamento cutâneo proximal da pele dos dedos na esclerodermia ou as erosões articulares na artrite reumatóide (AR), é muito sugestiva de uma síndrome de sobreposiçãosíndrome de sobreposição
  • 49. Síndromes de superposição -características clínicas- O Uma característica notável das doenças auto- imunes do tecido conjuntivo é que a grande maioria dos pacientes possui auto-anticorpos específicos ao DNA, RNA ou proteínas que se ligam a elas. O A especificidade antigênica destes anticorpos tem ajudado muito na distinção das doenças reconhecidas tradicionalmente.
  • 50. Síndromes de superposição -características clínicas- O O LES está associado com alguns "marcadores", anti- DNA nativo ou de dupla hélice ou anti-Sm. O Muitos anticorpos coincidem nas síndromes de sobreposição. Ex.anticorpos que reagem principalmente com o U1-ribonucleoproteína (RNP). O Estes anticorpos são encontrados em pacientes com características de sobreposição de LES, ES e polimiosite.
  • 51. Outras síndromes O Síndrome rara associada a DMTCDMTC e anticorpos U2-RNPU2-RNP e U3-RNAU3-RNA, O A sobreposição polimiosite/alveolitepolimiosite/alveolite fibrosantefibrosante encontrada em pacientes com anticorpos anti-Jo-1 e outras t-RNA sintetases. O A sobreposição polimiosite/esclerodermiapolimiosite/esclerodermia associada com anti-Pm/Sclanti-Pm/Scl
  • 52. Síndromes que combinam características de doenças e que estão associadas com anticorpos específicos.O As tRNA-sintetases associadas a síndromes de sobreposição O As tRNA-sintetases são enzimas citoplasmáticas que fazem parte de uma proteína de síntese, através da adição de aminoácidos específicos codificados pelo tRNA durante a junção dos polipeptídeos
  • 53. Síndromes que combinam características de doenças e que estão associadas com anticorpos específicos O Anti-Jo1 foi relacionado como um marcador para miosite, sendo detectado em mais de 26 pacientes com polimiosite, e raramente na dermatomiosite. O Mais tarde foi demonstrado que pacientes com anticorpos anti-Jo-1 tinham polimiosite e alveolite fibrosante; subsequentemente, outras características das doenças do tecido conjuntivo foram descritas, incluindo o fenômeno de Raynaud, artrite e um algumas características semelhantes a esclerodermia.
  • 54. Síndromes que combinam características de doenças e que estão associadas com anticorpos específicos O A sobreposição polimiosite/esclerodermia associada com anti-Pm/Scl vem se tornando reconhecida como uma importante síndrome de sobreposição que era subdiagnosticada anteriormente.
  • 55. Síndromes que combinam características de doenças e que estão associadas com anticorpos específicos O Anticorpos anticomplexo nuclear e citoplasmático envolvidos na transcripção da polimerase III no RNA, Ro (SS-A) e La (SS- B), aparecem em pacientes com síndrome de Sjögren que também têm manifestações de LES, isto é, a sobreposição Sjögren/LES.
  • 56. Diagnóstico O Uma das maiores dificuldades no diagnóstico das síndromes de sobreposição associadas a anti-tRNA sintetases é a detecção de anticorpos. Visto que as enzimas envolvidas na aminoacetilação pelo tRNA são citoplasmáticas, os anticorpos antinucleares são freqüentemente negativos.
  • 57. Diagnóstico 1- A imunofluorescência citoplasmática com uma distribuição perinuclear leva á procura de anticorpos anti-Jo1 ou outros relacionados as tRNA sintetases. 2-Pacientes com miosite, alveolite fibrosante e artrite devem ser também testados. 3-É importante ressaltar que muitos pacientes com anticorpos anti-Jo1 não apresentam miosite no ínicio da doença.
  • 58.
  • 60. Considerações gerais O A artrite psoriática é uma artrite inflamatória que ocorre em associação com a doença de pele conhecida como psoríase. O Pertence ao grupo das ESPONDILOARTRITES (EpA) antes chamado Espondiloartropatia soro negativas O EA- sor-:Entesis+acometimento do esqueleto axial (sacro-ilíacas e coluna) +oligoartrite assimétrica e ausência de fator Reumatóide.
  • 61. Psoríase O É uma dermatose crônica caracterizada eletivamente por lesões eritêmato- escamosas, relativamente freqüente , podendo atingir até 1% em alguns grupos populacionais. O Ocorre igualmente em ambos sexos,pode aparecer em qualquer idade, sendo mais freqüente na terceira e quarta décadas de vida.
  • 62. Psoríase em placas: Placas múltiplas eritêmato-escamosas com escamas prateadas
  • 63. Pintas,descoloração e erosão das unhas dos dedos com edema fusiforme das articulações interfalangeanas
  • 64.
  • 65. Dedos com inchaço do tipo salsicha,lesões de pele e mudança nas unhas
  • 66. Manchas psoriáticas no dorso da mão com inchaço e distorção de muitas articulações interfalangeanas e diminuição dos dedos devido a perda de massa óssea
  • 67. Tipos de artrite psoriática O 1- Artrite das articulações IFDs O 2- Artrite Destrutiva (mutilante) O 3- Poliartrite simétrica indistinguível da artrite reumatóide O 4- Oligoartrite assimétrica O 5- Espondiloartropatia
  • 68. 1- Artrite das articulações IFDs
  • 69.
  • 71.
  • 77. Artrite psoriática da IFD- Alterações RX A- Erosões periostais das margensA- Erosões periostais das margens B- Erosões+proliferaçõesB- Erosões+proliferações C- “pencil-in-cupC- “pencil-in-cup
  • 78. Estágio inicial à esquerda (erosões) Estágio tardio à direita (ponta de lápis em copo)
  • 79. DIAGNÓSTICO O NÃO HÁ CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS OU CLASSIFICAÇÃO PARA A ARTRITE PSORIÁTICA. O O DIAGNÓSTICO DEVERÁ SER PENSADO QUANDO UM PACIENTE COM PSORÍASE APRESENTAR-SE COM SINAIS E SINTOMAS DE UMA ARTRITE INFLAMATÓRIA.
  • 80. TRATAMENTO O AINH O CORTICOSTERÓIDES O Metotrexato O Disease-Modifying Antirheumatic Drugs sulfasalazina, ciclosporina, leflunomida O BIOLÓGICOS Infliximabe e etanercepte. Adalimumab e Alefacept: