O documento discute insuficiência venosa crônica, incluindo sua fisiopatologia, sinais e sintomas, exames complementares e opções de tratamento. O foco principal é no tratamento e prevenção de úlceras venosas, com orientações sobre limpeza da ferida, desbridamento, antibióticos, coberturas primárias e terapia compressiva.
4. Metas de aprendizagem
• Identificar um paciente com insuficiência venosa leve
a avançada
• Identificar as características da úlcera venosa
• Conhecer as opções de tratamento e as indicações de
tratamento cirúrgico
5. Insuficiência Venosa Crônica
(IVC)
• Comum na população ocidental
• 20 – 30% das mulheres tem
algum grau de insuficiência
venosa
• 15-20% do homens
7. Fisiopatologia da IVC
Músculos da
panturrilha atuam
no bombeamento
venoso
Válvulas venosas
previnem o refluxo
Válvula
fechada
Válvula
aberta
8. CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA
1. Dilatação das paredes venosas por alterações
estruturais
• Hereditariedade
• Sexo feminino
• Idade
• Número de gestações
9. CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA
2. Situações de dificuldade de drenagem venosa
• Gravidez
• Obesidade
10. CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA
3. Situações de dificuldade de bombeamento
venoso
• Postura de trabalho
11. CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA
3. Situações de dificuldade de bombeamento
venoso
• Postura de trabalho
• Inatividade física
18. Edema dos MMII
VENOSO LINFÁTICO CARDÍACO “LIPEDEMA”
Consistência compressível endurecido compressível não-compressível
Alívio com
elevação do
membro
completo discreto completo nenhum
Dor dor constante, em
queimação
discreta discreta ou
nenhuma
nenhuma
Bilateralidade ocasional ocasional sempre sempre
21. Eczema venoso
• Sinais inflamatórios
agudos na pele e
subcutâneo decorrentes
da estase venosa
22. Úlcera de estase
• Grau mais
avançado de
doença venosa
• Alterações de
pele
Características da
úlcera venosa:
• Indolor
• Crônica e
recidivante
• Fundo
granulado, sem
necrose
• Sinais da IVC
23. Veias Varicosas
Varizes primárias
Principais fatores predisponentes
• Genética
• Obesidade
• Uso de hormônios (anticoncepcional oral e terapia de reposição hormonal)
Varizes secundárias
Desenvolvem-se após trombose venosa profunda (síndrome pós-trombótica)
29. Veias Varicosas – C4
Alterações tróficas da pele
- hiperpigmentação
- despigmentação
- dermatoesclerose
- lipodermatoesclerose
- dermatite de estase
Sintomas e sinais evidentes, múltiplas queixas:
- Dor devido à fibrose de pele
- Edema, piora durante o dia
- Redução da mobilidade da articulação do tornozelo
- Erisipelas de repetição
- Queimação noturna
32. ÚLCERAS DE MMII
n Vascular 75%
venosa 70%
arterial 5%
n Neurotrófica 15%
n Traumática 5%
n Tumoral 4%
n Infectoparasitária 0,5%
Puech-Leão & Kauffman. Interfaces da Angiologia e Cirurgia Vascular. 1a. Ed. 2002
33. Úlcera venosa
• Estase venosa (insuficiência venosa
crônica)
• Acomete 1,5 % da população
• Longa evolução
– 30% recorrem no 1o ano
– 80% recorrem no 2o ano
• Indolor
36. ORIENTAÇÕES PARA CUIDADOS COM A ÚLCERA VENOSA
Preparo do leito da ferida
• Limpeza da ferida
• Desbridamento (cirúrgico, enzimático,
outros)
• Medida da lesão
Infecção da ferida e controle bacteriano
• Indicações para cultura
• Método de cultura
• Manejo da celulite
• Colonização da ferida e biofilmes
• Tratamento da infeção
Coberturas primárias
• Seleção da cobertura primária
• Antibióticos tópicos
• Manejo da pele ao redor da úlcera
Compressão
• Bandagens multi-componentes
Tratamento do refluxo
• Refluxo superficial
• Refluxo profundo
Desobstrução venosa
• Sistema venoso profundo
37. ORIENTAÇÕES PARA CUIDADOS COM A ÚLCERA VENOSA
Prevenção
• Tratamento do refluxo superficial
• Terapia compressiva de manutenção
• Hábitos de vida
38. Limpeza da ferida
• Limpeza do exsudato e debris antes de aplicar cobertura
• Várias soluções testadas
• Importante: evitar toxicidade ao tecido viável
40. Limpeza da ferida
Uso de água de torneira potável não aumentou infecção em adultos ou
crianças.
Não há evidência que a limpeza da ferida com água potável aumenta a
cicatrização ou reduz taxas de infecção.
Água corrente de torneira é de fácil acesso, custo-eficaz e semelhante
a soluções estéreis para limpeza da ferida.
DOI: 10.1002/14651858.CD003861.PUB3. 2012
www. Cochranelibrary.com
42. RECOMENDAÇÕES
Society for Vascular Surgery 2014
• Cultura da úlcera
Não há indicação para colher cultura de rotina, somente em
casos de evidência clínica de infecção.
Se não há sinais de infecção e a úlcera está respondendo ao
tratamento, não há indicação para cultura.
Sinais de infecção: piora da dor, celulite, aumento do exsudato,
odor, necrose, progressão da úlcera
43. RECOMENDAÇÕES
Society for Vascular Surgery 2014
Método de cultura:
• Swab da lesão ou coleta do exsudato
• Análise por PCR do exsudato
• Biópsia de tecido profundo
– Feridas colonizadas por múltiplos microorganismos quando o
patógeno não está claro na cultura superficial;
– Infecções recorrentes ou persistentes após terapia antimicrobiana
44. Tratamento da infecção da úlcera
• > 100.000 UFC/g e evidência clínica de infecção
• Melhor abordagem: desbridamento + antibioticoterapia
• Tratamento inicial:
– Antibiótico oral, 2 semanas
– Aguardar cultura
45. Antibióticos tópicos
• Melhoram os sinais infecciosos.
• Sem evidência de melhora no
tamanho da úlcera.
• Uso limitado por poucos dias
Vermeulen H et al. Cochrane 2007
46. COBERTURAS PRIMÁRIAS
• Controle do exsudado (alginatos, espumas).
• Proteção da pele ao redor da úlcera.
• Manter o leito da ferida úmido.
• Coberturas tópicas com antimicrobianos ou
prata: sem indicação para uso rotineiro,
custo elevado.
47. COBERTURAS PRIMÁRIAS
• Controle do exsudado (alginatos, espumas).
• Proteção da pele ao redor da úlcera.
• Manter o leito da ferida úmido.
• Coberturas tópicas com antimicrobianos ou
prata: sem indicação para uso rotineiro,
custo elevado.
48. Proteção da pele ao redor da úlcera
• Hidratação da pele:
compostos vegetais,
óleo mineral, creme
com base aquosa
• Corticóides tópicos:
para controle da
dermatite de contato
49. Medicação oral para úlcera venosa
• Pentoxifilina 400 mg 8/8h, 4 a 6 semanas
• Flebotônicos
–Derivados da diosmina (Daflon ®, Diosmin ®, Vênula ®)
–Deridados da rutina (Venalot ®, Vecasten ®, Flebon ®)
–Melhora irregular dos sintomas (dor, peso nas pernas,
queimação)
50. COMPRESSÃO
• Terapia compressiva é uma das bases do tratamento da
úlcera venosa.
• Vários mecanismos que melhoram a bomba venosa da
panturrilha.
• Úlceras venosas cicatrizam mais rapidamente com
terapia compressiva vs sem compressão.
Recomendação grau 1, nível de evidência A, SVS 2014
51. TERAPIA COMPRESSIVA
IDEAL:
Mecanismos que oferecem uma barreira ao músculo da
panturrilha durante a deambulação
–Tecidos de pouca elasticidade
–Bandagens multicomponentes: componente elástico e
inelástico
–Bandagem auto-ajustáveis com Velcro
52. TIPOS DE COMPRESSÃO
INELÁSTICA ELÁSTICA
Graduada Não-graduada Graduada Não-graduada
- Sistemas
com Velcro
- Ataduras de
crepom
- Meia de
gorgurão
- Ataduras
elásticas
graduadas
- Meia
compressiva
- Ataduras
elásticas não
graduadas
53. Bota de Unna
• Terapia compressiva inelástica não
graduada
• Solução para proteção da pele
– Solução de Unna (1859-1929)
• Cobertura primária associada ou não
– Tela com petrolato, alginatos, espumas,
carvão ativado, corticóides
55. Bandagem multicomponente
• Várias camadas.
• 4LB (four—layer bandage):
• Algodão ortopédico, camada de
proteção/preenchimento
• Atadura de crepom (inelástica)
• Bandagem elástica (graduada ou não)
• Bandagem elástica coesiva
• O objetivo não é aumentar a pressão, e
sim, alterar as propriedades elásticas da
bandagem.
• Bandagem final: menos elástica e mais
firme.
56. Terapia compressiva inelástica
• Casos avançados
de insuficiência
venosa e
linfedema
• Mais eficaz para
cicatrização das
úlceras
58. COMPRESSÃO ELÁSTICA
Bandagens elásticas e meias compressivas
àMenos eficazes que a compressão inelástica para a
melhora do bombeamento venoso
àFase de manutenção da compressão venosa
59. Graus de compressão
Pressão
(mmHg)
EUA Alemanha
(pressão)
Inglaterra Brasil
< 20 Light KK 1 (18 – 21) 3A Leve, suave
21 - 30 Class I (moderate) KK 2 (23 – 32) 3B Média
31 - 40 Class II (high) KK 3 (34 – 46) 3C Alta
> 40 Class III (very high) KK 4 (≥ 49) 3D Muito alta
Adaptado de Attaran RA et al. Phleboloty 2016.
64. Meias elásticas compressivas
Grau de compressão Indicação
15 – 20 mmHg (Leve) Prevenção da insuficiência venosa
Conforto
20 – 30 mmHg (média) Tratamento do edema venoso
Prevenção da trombose venosa
30 – 40 mmHg (alta) Prevenção da TVP durante internação
Edema venosos e linfedema
> 40 mmHg (muito alta) Linfedemas
65. Indicações para tratamento de Veias Varicosas
• FUNCIONAL
• ESTÉTICA
Classes C3, C4, C5 e C6
Classes C1 e C2
66. Veias Varicosas
INDICAÇÕES PARA TRATAMENTO
• Estética
– Escleroterapia
– Microcirurgia: exérese de veias reticulares com anestesia local
• Funcional
– Cirurgia convencional
– Escleroterapia com espuma guiada por ultrassom
– Termoablação da veia safena magna: LASER ou radiofrequência
67. Anatomia das veias safenas
• Veia safena magna
Great saphenous vein
• Veia safena parva
Small saphenous vein
75. Enxerto de pele
• Não indicado uso rotineiro.
• Somente para úlceras muito grandes, estabilizadas, com leito
preparado.
76. Matrizes tissulares
• Úlceras sem sinais de cicatrização após 4 a 6
semanas.
• Matriz de submucosa de intestino delgado suíno
77. Terapia por pressão negativa
• Sem indicação para uso primário.
• Indicação: úlceras estabilizadas após 4 a 6 semanas
de tratamento.
78. Outras terapias não padronizadas e sem
evidência de benefício
• Estimulação elétrica.
• Luzes de LED
• Laser (LLLT ou HLLT)
• Ultrassom
79. Questão #1
Imagine uma pessoa com veias varicosas,
edema e fibrose de pele. Refluxo em veias
safenas magnas associado a varizes. Qual
seria o melhor tratamento?
A) Meia compressiva
B) Medicação para controle dos sintomas
C) Intervenção cirúrgica para redução do
refluxo venoso
80. Questão #2
Homem atleta, 23 anos, com a veia safena
magna dilatada e com refluxo segmentar.
Sem edema, sem alterações de pele.
Você acha que há indicação para tratamento
da safena (espuma, laser ou cirurgia)?
A) Sim
B) Não
81. Questão #3
Qual destes métodos é o mais barato para tratamento das
safenas?
A) Cirurgia convencional
B) Espuma
C) Endolaser
D) Radiofrequência
82. SUMÁRIO
Insuficiência Venosa Crônica
• Insuficiência venosa crônica tem alta prevalência, alta morbidade,
baixa mortalidade
• O calibre das veias e as alterações de pele determinam os sintomas
e o tipo de tratamento
• As bases do tratamento são:
– Melhora do bombeamento venoso
– Redução do refluxo venoso
85. Trombose Venosa Profunda
OBJETIVOS
• Situações que são desencadeadoras de trombose venosa
• Diagnóstico da TVP: sinais, sintomas, exames de imagem
• Tratamento anticoagulante e indicações para intervenção
86. Trombose Venosa dos Membros Inferiores
Definição: doença que se caracteriza pela
formação aguda de trombos em veias
profundas
• Aumento da incidência mundialmente
• Principal causa de morte evitável em
pessoas internadas
96. Pós-operatório
• De 24 horas, 20 h são passadas na cama
• Em média, somente 3% do tempo o paciente
deambula: 43 min/d
Brown et al. J Am Geriatr Soc 2009
97. Prevenção da Trombose Venosa Profunda
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Métodos ineficazes para
prevenção
• Elevação dos membros
Métodos eficazes
• Dembulação precoce
• Exercícios passivos
• Exercícios ativos
• Meias elásticas compressivas
• Compressão pneumática
intermitente
• Profilaxia medicamentosa
99. Situações de risco para TVP
• Redução do tônus venoso
• Compressão venosa pelo útero
gravídico
• Chance de TVP na gravidez é 4x maior
que fora da gestação
• Chance de TVP no puerpério é 6x maior
que na população geral
GRAVIDEZ
101. Situações de risco para TVP
TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS
• Mutação do fator V Leiden
• Mutação do fator II (protombina)
• Síndrome anti-fosfolípides
• Deficiência de proteína S, proteína C e anti-trombina
102. Quadro clínico da TVP
• Dor na perna
• Edema unilateral
• Cianose, aumento da consistência
muscular, dilatação de veias
superficiais
103. Trombose Venosa Profunda
Principais sinais e sintomas
• Dor unilateral 87%
• Edema unilateral 86%
• Aumento da consistência muscular 70%
• Dor à palpação muscular 66%
• Sinal de Homans 61%
• Dilatação de veias superficiais 48%
Maffei, 2014
104. DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Dímero - D • Não é específico
(cirurgia recente, trauma, infecções, câncer)
• Alto VPN (>95%)
• Suficiente para excluir trombose
venosa, em pacientes com poucos
sintomas
105. Doppler colorido venoso
• Exame padrão-ouro para
TVP de MMII
• Pacientes sintomáticos:
Sensibilidade: 90 a 98%
• Pacientes assintomáticos e
TVP da panturrilha:
Sensibilidade: 50 a 80%
109. Angiorressonância
• Pior que angiotomografia
para ver os trombos
• Pode ser feita em gestantes.
à Opção para gestantes, veias pélvicas, ilíacas e veia cava
111. Heparina não fracionada
Heparinas de baixo peso molecular
HNF
HBPM
• Inibidores indiretos do fator Xa e
trombina
• Anticoagulação na fase aguda
112. Inibidor direto fator Xa – via oral
RIVAROXABANA (Xarelto®), APIXABANA (Eliquis®),
EDOXABANA (Lixiana®)
Rivaroxabana
Apixabana
Edoxabana
• Facilidade de uso
• Não requer
monitorização
• Eliminação hepática e
renal
• Custo:
R$ 250,00 – 300,00/mês
113. Inibidor direto da trombina – via oral
DABIGATRANA (Pradaxa ®)
Dabigatrana
• Facilidade de uso
• Eliminação renal
• Início do tratamento com
heparina
• Maior incidência de
sangramentos que
rivaroxabana
• Custo:
R$ 250,00 – 300,00 / mês
115. Características dos DOACs
Tratamento
inicial sem
heparina
Dose
única
diária
Excreção
hepática
e renal
Redução
da dose
em idosos
Insuficiência
cardíaca
Pacientes com
câncer
Rivaroxabana
(Xarelto ®)
X X X X
Apixabana
(Eliquis ®)
X X X
Edoxabana
(Lixiana ®)
X X X X X
Dabigatrana
(Pradaxa ®)
X
116. Trombose segmento ilíaco
• Recanalização é pouco frequente
• Síndrome pós-trombótica comum
Comerota, AVF Guidelines 2009
117. Síndrome de Cockett (ou May-Thurner)
• Mulheres
• 20-30 anos
• TVP ilíaca-femoral
Moudgil N. Vascular 2009; 17(6):330-5
Titus JS. J Vasc Surg 2011;53:706-12
118. Infusão de trombolítico
por cateter
Aspiração percutânea
dos trombos
(trombectomia aspirativa)
Trombólise farmacomecânica
119. Tratamento da TVP
• Enfermeira, 37 anos,
trombose venosa há 12
anos atrás
• Obstrução das veias ilíacas
120. Caso clínico
• Imagens negativas:
trombos
• Tratamento:
• Aspiração de trombos
(trombectomia)
• Desobstrução da veia ilíaca
124. Quando não é possível aspirar os trombos...
TROMBECTOMIA CIRÚRGICA
125. Embolia pulmonar - TEP
• Sequência de eventos cardiorrespiratórios que se
iniciam quando um trombo proveniente de veias
sistêmicas ou do átrio direito se impacta na circulação
pulmonar
126. TEV e voos prolongados
• 2015: 3,5 bilhões de pessoas voaram de avião
No Brasil
• 2016: 115 milhões de passageiros
• 2017: 140 milhões
• 2018: 156 milhões
Anuário de Transporte Aéreo da ANAC, 2017.
127. TEV e voos prolongados
• Incidência de TEV em voos > 4h: 1 em 4656 (0,02%)
• Voos > 8h: 1 em 560 (0,18%)
• Incidência de embolia pulmonar sintomática em voos
> 12h: 5 por milhão
Watson HG, Baglin TP. Guidelines on travel-related venous thrombosis. Br J Haematology 2010.
Marques MA et al. Venous thromboembolism prophilaxis on flights. J Vasc Br 2018.
128. Fatores de risco
relacionados ao voo e a
aviões
• Hipóxia
• Posição durante o voo
• Desidratação
• Duração do voo:
– nítido aumento do risco em voos acima de 8h
– risco de TEV aumenta 26% a cada 2h de voo
• Classe e localização do assento
129. Fatores de risco relacionados às pessoas
• Contraceptivos orais
• Terapia de reposição hormonal
• Gravidez
• Obesidade: IMC > 25, em assentos na janela, OR = 6,1
• Cirurgias recentes: OR = 20
• Trombofilias
• Câncer
130. Profilaxia da TEV em voos prolongados
• Evitar desidratação
• Movimentação dos pés: dorsiflexão
• Evitar posições viciosas
• Sentar no corredor
• Meias elásticas: até joelhos, sem definição de compressão
Watson HG, Baglin TP. Guidelines on travel-related venous
thrombosis. Br J Haematology 2010.
Marques MA et al. Venous thromboembolism prophilaxis on
flights. J Vasc Br 2018.
131. Profilaxia medicamentosa em voos prolongados
• Anti-agregantes: não oferecem proteção
• Heparina de baixo peso molecular
• Evidência para prevenção
• Indicada somente para pessoas com alto risco de TEV
• Dose: 40 mg a 1mg/kg, 2 a 8 horas antes do voo
• DOACs: provavelmente serão as drogas de escolha
• Sem estudos ainda
132. Questões sobre tromboembolismo venoso
1. Pílula anticoncepcional aumenta risco de trombose
venosa?
SIM!
Situações de aumento de risco:
- Contracepção
- Reposição hormonal
- Gravidez
- - Puerpério
133. Questões sobre TROMBOSE VENOSA
2. Uso do salto alto leva a trombose venosa ou a
varizes?
NÃO!
134. Questões sobre TROMBOSE VENOSA
3. Voos prolongados aumentam a chance de trombose
venosa? SIM!
• Voos acima de 8h
• Pacientes com passado de TVP ou EP
devem usar profilaxia
medicamentosa durante voos > 8h
• Viagens prologadas de carro, ônibus,
navio: não levam a trombose
135. Questões sobre TROMBOSE VENOSA
4. História familiar positiva é um fator de risco para
trombose venosa?
SIM, porém, cuidado!
• Somente para trombofilias
hereditárias identificáveis
• Somente para familiares de
1º grau (irmãos e pais)