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artrite psoríaca
1. 1
FAPAC- FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO LTDA.
FACULDADE DE MEDICINA
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Revisão Bibliográfica
“Artrite psoriática”
PORTO NACIONAL
Novembro /2016
4. 4
1 INTRODUÇÃO É METODOS
O tema da presente trabalho é efetuar uma breve Revisão Bibliográfica sobre
a Artrite psoriática, para tanto apos uma breve busca me portais de acesso comum buscou-
se bibliografia especifica sobre o tema utilizando como descritores fornecidos pelo Portal
Regional da BVS (instance:"regional") AND ( mh:("Artrite Psoriásica")) com o detalhamento
com descritores booleanos (instance:"regional") AND ( mh:("Artrite Psoriásica")) AND
(instance:"regional") AND ( fulltext:("1") AND type_of_study:("overview" OR
"systematic_reviews")) chegou-se a 09 trabalhos de estudo de revisão e overview.
1.1 Conceito
A artrite psoriásica é uma artrite inflamatória, soronegativa para o fator
reumatóide, associada à psoríase cutânea. A psoríase cutânea é doença bastante
freqüente, podendo acometer até 2 a 3% da população; a lesãomais característica é a placa
eritêmato-escamosa de bordas bem definidas, que varia em número e em tamanho,
estando presente particularmente sobre as superfícies extensoras dos membros e do couro
cabeludo (SAMPAIO-BARROS et al., 2007).
Estatísticas têm demonstrado que 6 a 42% dos pacientes com psoríase
desenvolvem algum tipo de acometimento articular . É mais prevalente em populações
brancas. Não costuma ter predomínio de sexo, exceto em subtipos específicos, com
predomínio do sexo feminino na forma poliarticular simétrica e do sexo masculino na forma
espondilítica (SAMPAIO-BARROS et al., 2007).
O acometimento da pele costuma preceder a artrite em 75% dos casos,
havendo início simultâneo em 10% dos pacientes; nos outros 15%, a artrite pode preceder
a lesão de pele. Não é comum haver correlação entre o tipo ou a gravidade da lesão
cutânea e a presença, tipo ou extensão do quadro articular (SAMPAIO-BARROS et al.,
2007).
1.2 Etiopatogenia
A etiopatogenia da artrite psoriásica é multifatorial, e fatores genéticos,
ambientais e imunológicos atuam e in- teragem para o aparecimento da doença. Acredita-
se que, num indivíduo geneticamente predisposto, a presença de um fator ambiental possa
funcionar como “gatilho” para desencadear as alterações imunológicas que darão origem à
doença.
Entre os fatores ambientais, podemos citar infecção (retrovírus ou bactérias
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Gram-positivas, como o estreptococo, e mais recentemente o HIV), trauma articular
(principalmente em crianças) e algumas drogas (como beta-bloqueadores, lítio, inibidores
da enzima conversora da angiotensina e inibidores da COX-1).
Artrites psoriática pode acontecer em qualquer idade, porém em média tende
a aparecer aproximadamente 10 anos depois dos primeiros sinais de psoríase. Para a
maioria das pessoas isto está entre as idades de 30 e 50, mas também pode afetar as
crianças. Os homens e mulheres são igualmente afetadas por esta condição. Em
aproximadamente um em sete casos, os sintomas de artrite podem acontecer antes de
qualquer envolvimento de pele.
Também causa inflamação nas juntas e pode causar tendinite. O edema pode
ser difuso ao longo de todo um dedo causando a aparência de "dedo em salsicha".Em
casos que afetam a coluna, é mais comum ocorrer uveíte (RUIZ; AZEVEDO; SANTOS,
2012)
Há dois padrões básicos, um que afeta a coluna e outro as articulações das
extremidades. Na coluna, há dor lombar e nas nádegas.Também há chance dos
movimentos respiratórios serem afetados, quando a doença alcança as articulações das
costelas com a coluna torácica. Produz, ainda, dores na nucaou na coluna cervical Há
ainda possibilidade de afetar os tendões e de atingir a planta dos pés, gerando fascites e
bursites.
1.3 Tipos de artrite psoriática
Considerando os sintomas consideram-se cinco tipos principais de artrite
psoriática:
1.3.1 Simétrica
Este tipo corresponde por 50% de casos e afeta juntas e ambos os lados do
corpo. Este tipo é muito semelhante a artrite reumatoide.
Este tipo afeta 35% de pacientes e é geralmente moderada. Este tipo não
acontece nas mesmas juntas em ambos os lados do corpo e normalmente envolve 2 a 4
juntas.
1.3.2 Artrite mutilante
Afeta menos que 5% dos pacientes e é severa, deformarmadora e destrutiva.
Esta condição pode progredir durante meses ou anos que causam dano em comum severo.
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1.3.3 Espondilite
Este tipo é caracterizado por dureza da espinha ou pescoço, mas também
pode afetar as mãos e pés, em uma linha semelhante à artrite simétrica.
1.3.4 Interfalangeal distal predominante
Este tipo de artrites psoriática é encontrada em aproximadamente 5% de
pacientes e é caracterizado por inflamação e dureza nas juntas mais próximo dos dedos
das mãos pés. Mudanças nas unhas são frequentemente marcadas.
1.4 Diagnóstico
Durante o exame médico são identificadas e examinadas as lesões na pele
(psoríase) e articulações.
Entretmentes nas últimas décadas, foram propostos diversos critérios
classificatórios para a artrite psoriásica. Os critérios do Grupo Europeu de Estudo das
Espondiloartropatias, mas recentemente, o Grupo CASPAR (Classification Criteria for
Psoriatic Arthritis) propôs novos critérios tentando englobar todo o amplo espectro de casos
de artrite psoriásica ,Tabela 4.
Tabela 1-CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS DE ARTRITE PSORIÁSICA GRUPO CASPAR, 2006
Fonte:(SAMPAIO-BARROS et al., 2007, p. 239)
O médico pode achar conveniente o recurso a Imaginologia, por exemplo:
Radiografia das articulações afetadas, cintilografia ou tomografia computadorizada.
Valores laboratoriais que podem auxiliar o diagnóstico:
• Fator reumatoide geralmente negativo
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• Velocidade de Sedimentação pode estar aumentada
• Proteína C reativa pode estar aumentada
• Hemograma pode revelar Anemia da Doença Crónica
1.5 Tratamento
O processo subjacente na artrite psoriática é inflamação, então são dirigidos
tratamentos para reduzir e controlar inflamação. Antiinflamatórios não-esteróides como
diclofenacoe naproxen normalmente são os primeiros medicamentos.
Outras opções de tratamento para esta doença incluem a utilização de
corticosteroides, incluindo injeções na articulação - isto só é prático se apenas algumas
articulações forem afetadas.
Alguns autores consideram no entanto os corticoesteroóides como
medicamentos a evitar pois podem aumentar a frequência dos episódios de psoríase.
Se não é alcançado controle aceitável usando anti-inflamatórios não-
esteroides ou injeções na junta então tratamentos com imunossupressores como
metotrexate é acrescentado ao regime do tratamento. Uma vantagem de tratamento com
imunossupressores é que também trata psoríase além da artropatia. Contudo, os efeitos
secundários destes medicamentos fazem com que a adesão dos doentes a esta terapêutica
seja baixa. Cerca de metade dos doentes interrompe a terapia em 2-5 anos devido aos
efeitos adversos.
Recentemente, uma classe nova de terapêuticas desenvolvida usando
recombinantes tecnologias de DNA chamada Inibidores Tumor necrose fator-alfa vieram
disponíveis, por exemplo, infliximabe, etanercept, e adalimumab. Estes estão se tornando
normalmente usados mas são normalmente reservado para os casos mais severos.
A artrite psoriásica é multifatorial, envolvendo distintos aspectos que devem
ser considerados na decisão do tratamento. É necessário individualizar a terapêutica
levando- se em conta o predomínio axial, periférico, as dactilites e entesites, o
acometimento cutâneo e ungueal, além das co-morbidades e considerações econômicas e
sociais.
Dentre as doenças reumáticas auto-imunes, a artrite psoriásica é uma
daquelas onde o estresse emocional re- presenta um importante fator desencadeante da
crise tanto articular quanto cutânea; sendo assim, o suporte psicológico é importante e
indispensável na condução dos pacientes psoriásicos, principalmente para assegurar-lhes
que a doença é controlável na maioria dos casos.
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Os anti-inflamatório não hormonal (AINHs) são utilizados de rotina no
tratamento da artrite psoriásica, cursando com evidente melhora da dor articular, mas não
são capazes de alterar sua evolução; de- vem ser utilizados de forma intermitente, enquanto
houver atividade de doença. Não existe nenhum AINH específico comprovadamente melhor
que os demais no entanto, é importante salientar que o ácido acetilsalicílico, a indometacina
e os oxicams podem exacerbar as lesões da pele.
Quanto aos corticosteróides, a prednisona em doses baixas (até 10 mg/dia,
ou equivalente) pode eventualmente ser utilizada em casos de artrite periférica persistente;
a retirada da droga deve ser lenta, a fim de se evitar rebote da doença.
Não existem evidências para embasar o uso de altas doses de
corticosteróides na artrite sica parece ser maior que a observada em pacientes com artrite
reumatóide. A sulfasalazina, nas doses de 1,0 a 3,0 g/dia, demonstrou ser eficaz apenas
com relação ao componente articular periférico da doença. A ciclosporina, nas doses de 3
a 5 mg/kg/dia, parece ser eficiente tanto para o componente articular quanto cutâneo,
também apresentando boa resposta quando comparado ao uso do metotrexato e da
sulfasalazina.
Estudo multicêntrico controlado recente mostrou que a combinação entre
ciclosporina e metotrexato é uma boa alternativa nos pacientes parcialmente responsivos
ao metotrexato. O uso da leflunomida, na dose de 20 mg/dia, também tem mostrado bons
resultados. De forma semelhante à EA, os inibidores do TNFα apresentam resultados
satisfatórios tanto na doença arti- cular quanto cutânea, em adultos e crianças. Os agentes
biológicos anti-TNFα aprovados para tratamento da artrite psoriásica, baseado em estudos
controlados para avaliar eficácia e segurança, são o infliximabe, o etanercepte e o
adalimumabe.
O infliximabe tem mostrado boa resposta clínica e inibição da progressão
radiológica apóes um ano de tratamento. O etanercepte também tem demons- trado
resposta clínica sustentada em um ano e inibição da progressão radiológica após dois anos
de uso.
As mais recentes estratégias para o tratamento da Artrite Reumatóide
envolvem o diagnóstico precoce e o controle agressivo do processo inflamatório. O
reconhecimento de citocinas pró-inflamatórias mais expressas como o fator de necrose
tumoral α (TNF-α) e interleucina (IL) 1 e IL6 possibilitou o surgimento de novas terapias
dirigidas contra essas citocinas alvos.
O TNF-α é uma citocina pró-inflamatória que desempenha papel chave na
resposta imune, na defesa contra microrganismos e no processo inflamatório. Agentes
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biológicos que inibem o TNF-α são considerados eficazes na redução da atividade e no
retardamento do dano estrutural articular na Artrite Reumatóide, em especial nas formas
refratárias aos tratamentos convencionais (RESENDE FALEIRO; HELENA RESENDE
ARAÚJO; ANTONIO VARAVALLO, 2011)..
Atualmente, estão disponíveis no mercado brasileiro, três agentes anti-TNF-
α: infliximabe, etanercepte e adalimumabe. Estes agentes são relativamente seguros para
Artrite Reumatóide, mas podem, no entanto, apresentar complicações infecciosas graves,
como a reativação da tuberculose latente (RESENDE FALEIRO; HELENA RESENDE
ARAÚJO; ANTONIO VARAVALLO, 2011).
1.5.1 Tratamento não Farmacológico
Serve de tratamento complementar aos medicamentos de forma a aliviar a
dor, prevenir a incapacidade de movimentos e aumentar a qualidade de vida do doente.
Inclui:
• Manutenção do peso ideal
• Dieta saudável
• Repouso adequado
• Fisioterapia e exercício individualizado
• Terapia Quente/Frio
• Cirurgia (casos mais graves)
Bibliografia estudada
RESENDE FALEIRO, L.; HELENA RESENDE ARAÚJO, L.; ANTONIO VARAVALLO, M. A
Terapia Anti-TNF-α na Artrite Reumatóide The Anti-TNF-α Therapy in the Rheumatoid
Arthritis. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 32, n. 1, p. 77–94, 2011.
RUIZ, D.; AZEVEDO, M.; SANTOS, O. Artrite psoriásica: entidade clínica distinta da
psoríase? Rev. bras. reumatol, 2012.
SAMPAIO-BARROS, P. D. et al. Consenso Brasileiro den espondiloartropatias: Espondilite
anquilosante e artrite psoriásica diagnóstico e tratamento - Primeira revisão. Revista
Brasileira de Reumatologia, v. 47, n. 4, p. 233–242, 2007.