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Capítulo 7
Outras vasculites pulmonares*
Other forms of pulmonary vasculitis

           CARMEN SÍLVIA VALENTE BARBAS 1, JULIANA MONTEIRO DE BARROS 2 , ALFREDO SANTANA 3



Resumo                                                              Abstract
A poliangeíte microscópica, a arterite de Takayasu, a               Among the various forms of pulmonary vasculitis are
síndrome de Behçet, a púrpura de Henoch-Schönlein e as              microscopic polyangiitis, Takayasu's arteritis, Behçet's
vasculites associadas às doenças do colágeno incluem-se             syndrome and Henoch-Schönlein purpura, as well as those
entre as vasculites pulmonares. Seu diagnóstico é realizado         forms related to rheumatologic diseases. The diagnosis is
associando-se as manifestações clínicas aos achados                 made through analysis of clinical manifestations, together
radiológicos e anatomopatológicos.                                  with radiological and pathological findings.

Descritores: Vasculite; Arterite de Takayasu; Síndrome de           Keywords: Vasculitis; Takayasu's arteritis; Behçet syndrome;
Behçet; Púrpura de Schönlein-Henoch; Doenças do colágeno            Purpura, Henoch-Schönlein; Collagen diseases

INTRODUÇÃO
    As outras vasculites pulmonares são mais raras,                 isquêmicos apresentados pelos pacientes são
mas seu diagnóstico deve ser feito para podermos                    relacionados à localização da lesão e ao grau de
tratar esses pacientes de maneira eficaz , pois estas               estreitamento do vaso acometido e da circulação
doenças apresentam alta morbi-mortalidade.(1-5)                     colateral desenvolvida. As artérias pulmonares são
                                                                    acometidas em 10% a 40% dos casos e os pacientes
Poliangeíte microscópica                                            apresentam dor torácica atípica e dispnéia. As
    A poliangeíte microscópica é uma vasculite                      mulheres são afetadas em 80% a 90% dos casos,
necrozante que afeta os pequenos vasos: arteríolas,                 com a idade de início dos sintomas variando entre
vênulas e capilares. Caracteriza-se pela escassez                   os 10 e os 40 anos. Tem distribuição mundial, com
ou ausência de depósitos de imunecomplexos. Os                      maior prevalência entre os asiáticos. Uma associa-
achados mais freqüentes incluem: glomerulone-                       ção imunogenética parece acontecer com o encon-
frite, hemorragia alveolar, mononeurite multiplex                   tro do HLA-Bw52 e HLA-B39.2 aumentados na
e febre. Os pacientes afetados apresentam tipi-                     população afetada pela doença. No estudo histoló-
camente o sedimento urinário alterado: proteinúria,                 gico dos vasos acometidos pela arterite de Takayasu
leucocitúria e hematúria com graus variados de                      há a presença de células mononucleares, linfócitos
insuficiência renal. Sua apresentação pode ser aguda                e histócitos, macrófagos e plasmócitos. Células
e grave e após o tratamento adequado (corticoste-                   gigantes e processo inflamatório granulomatoso
róides e ciclofosfamida diária por um ano pós-remissão),            são tipicamente os achados da camada média. A
a recorrência ocorre em cerca de 34% dos pacientes. A               destruição da lâmina elástica e da camada muscular
sobrevida em cinco anos é de aproximadamente 74%.(6)                pode levar à formação de aneurismas. A prolifera-
                                                                    ção da camada íntima dos vasos pode levar a lesões
Arterite de Takayasu                                                estenóticas arteriais. Em estudo com 19 pacientes
    A arterite de Takayasu é uma inflamação granu-                  foram achados anticorpos antiendotélio em 18 deles,
lomatosa que afeta a aorta e seus ramos maiores,                    com títulos cerca de 20 vezes mais elevados que
assim como as artérias pulmonares. Os sintomas                      os controles normais.



* Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil.
1. Professora Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil.
2. Pós-Graduanda da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil.
3. Médico Preceptor da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil.



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Outras vasculites pulmonares                                                                                        S 33




    As manifestações clínicas incluem fadiga, perda           estão indicados para controle da doença. A revas-
de peso e febre baixa na fase inicial ou precoce da           cularização com angioplastia transluminal e a
doença. Com o passar do tempo, os sinais de envol-            revascularização cirúrgica através de colocação de
vimento vascular vão se tornando evidentes devido             enxertos estão indicadas nos casos de lesões crônicas
à dilatação, estreitamento ou oclusão dos ramos               e com isquemia persistente dos órgãos acometidos
proximais e distais da aorta. As extremidades tornam-         pela doença. A sobrevida em 20 anos dos pacientes
se frias, com claudicação dos membros superiores              portadores de arterite de Takayasu é de 73,5%.
ou inferiores. O acometimento da artéria subclávia é          Aneurismas anastomóticos podem desenvolver-se
comum e as lesões estenóticas podem levar os paci-            em 13,5% dos pacientes submetidos a revascula-
entes a apresentarem síncopes. Nos casos avançados            rização cirúrgica devido à presença de estenoses e
as lesões vasculares podem levar a úlceras e gangrenas.       lesões crônicas da doença.(7-14)
Outros sintomas são: a artralgia e mialgia, em cerca
de 50% dos casos. Lesões cutâneas lembrando eri-              Síndrome de Behçet
tema nodoso e/ou pioderma gangrenoso são menos                    A síndrome de Behçet é uma doença inflama-
freqüentes. As artérias pulmonares são acometidas             tória crônica recorrente, caracterizada pela presença
em cerca de 50% dos casos, porém os sintomas                  de aftas orais dolorosas e aftas genitais, uveíte, artrite,
secundários a este acometimento são mais raros: dor           lesões cutâneas, vasculares e de sistema nervoso
torácica, dispnéia, hemoptise e hipertensão pulmonar.         central. Geralmente afeta pessoas oriundas da região
A perda visual é uma manifestação tardia e é secundária       do Mediterrâneo e do Leste, como China e Turquia.
à isquemia cerebral. Angina pectoris é secundária a               As aftas orais costumam ser dolorosas e recor-
coronarite.                                                   rentes. As úlceras genitais ocorrem em 75% dos paci-
    Ao exame físico é comum encontrarmos pressão              entes e geralmente acometem o escroto, nos homens,
arterial reduzida em um ou ambos os braços, assim             e a vulva, nas mulheres. Podem ocorrer epididimite,
como os pulsos palpáveis diminuídos e/ou assimé-              salpingite e uretrite como manifestações da doença.
tricos. Sopros são freqüentemente audíveis em pro-            As lesões cutâneas ocorrem em cerca de 75% dos
jeção das artérias subclávias, artérias braquiais, artérias   pacientes e caracterizam-se por lesões acneiformes,
carótidas e artérias renais. Insuficiência aórtica ocorre     nódulos, eritema nodoso, tromboflebite superficial,
em muitos casos devido à dilatação da valva aórtica.          pioderma gangrenosum e púrpura palpável. O
    A arteriografia da aorta e seus ramos é essencial         acometimento ocular ocorre em cerca de 25% a 75%
para o diagnóstico de arterite de Takayasu. O                 dos pacientes e caracteriza-se por uveíte, geralmente
achado mais comum são áreas de estenose com                   bilateral e episódica, vasculite retiniana, oclusão
circulação colateral com áreas de dilatação. A res-           vascular e neurite óptica, que requerem tratamento
sonância nuclear magnética é empregada, atual-                com imunossupressor e podem levar a cegueira, se
mente, tanto para diagnóstico da doença como para             não tratadas. As manifestações neurológicas são mais
avaliação de sua atividade através da detecção de             raras e incluem meningite ou encefalite assépticas,
alterações murais dos vasos acometidos. A tomo-               paralisia de nervos cranianos, trombose de seios
grafia de emissão de positron com fluorodeoxiglicose          venosos cerebrais e déficits focais e ataxia. A res-
é bastante útil para detectar inflamação aguda na             sonância nuclear magnética é de auxílio no
aorta e seus ramos e tem sido mais sensível que a             diagnóstico das lesões de sistema nervoso central. O
ressonância, em estudos atuais, na detecção de                acometimento vascular ocorre em aproximadamente
inflamação aguda dos vasos.                                   um terço dos pacientes e inclui vasculite de vasos de
    O tratamento da arterite de Takayasu deve ser             pequeno a grande calibre, formação de aneurismas,
iniciado com prednisona na dose de 1mg/kg/dia e               tromboses arteriais e venosas, e varizes. Os aneurismas
devem ser observados o VHS e sintomas sistêmicos,             podem afetar a aorta e outros grandes vasos, como
assim como exames de imagem como a ressonân-                  as artérias pulmonares (Figura 1) e acarretam alta
cia nuclear magnética e/ou a tomografia de emissão            morbi-mortalidade. O diagnóstico tem que ser rapida-
de positron scan, para avaliação do controle da               mente feito, geralmente com auxílio de angiografia
doença. Nas formas resistentes a corticosteróides,            e o tratamento cirúrgico e/ou clínico deverá ser ime-
o uso de metotrexato, azatioprina, ciclofosfamida             diatamente iniciado. Podem ocorrer oclusões das
e mais recentemente levunomide e micofenolato                 veias cavas superior e inferior e síndrome de Budd-



                                                                                 J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5
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Figura 1 - Angiotomografia de tórax mostrando múltiplos aneurismas de artérias pulmonares em paciente com Síndrome
de Behçet que reverteram com uso de clorambucil oral.

Chiari. Os pacientes com síndrome de Behçet tem                 O tratamento baseia-se em corticosteróide
uma probabilidade catorze vezes maior de manifestar         sistêmico e imunossupressores: clorambucil (0.1 a
fenômenos trombóticos, quando comparados com                0.2 mg/kg/dia), azatioprina (2.5 mg/kg/dia),
grupo controle. O fenômeno de patergismo é evidente         ciclofosfamida (1 a 2.5 mg/kg/dia) e ciclosporina
após punções e procedimentos cirúrgicos, e pode             (5 mg/kg/dia) para o acometimento ocular e
levar à formação de flebite e até de aneurismas.            pulmonar. A colchicina ( 0.6 mg duas a três vezes
Metade dos pacientes com síndrome de Behçet                 por dia) poderá ser utilizada nas formas mucocutâ-
apresentam artrite, geralmente assimétrica e não            neas. O interferon alfa-2b (3 a 12 milhões de
erosiva afetando, principalmente, os joelhos,               unidades três vezes por semana) tem se mostrado
cotovelos e ombros. Sacroileíte pode ocorrer,               adequado para controle da doença mucocutânea,
principalmente em pacientes portadores de HLA-B27.          articular e neurológica em relatos e séries de casos.
O acometimento renal é raro e quando ocorre costuma         Em estudo randomizado com 50 pacientes obser-
ser leve. Os pacientes normalmente apresentam pro-          vados por três meses, diminuiu a duração e os fenô-
teinúria e hematúria. Existem relatos de ocorrência         menos dolorosos associados às úlceras orais,
de glomerulonefrite proliferativa focal e difusa e de       diminuiu a freqüência das úlceras genitais e no
glomerulonefrite membranosa na síndrome de                  fenômeno de patergismo. O interferon alfa 2-b
Behçet. Doença cardíaca sintomática é rara na               também parece promissor para as formas de acome-
síndrome de Behçet. Há relatos de ocorrência de peri-       timento ocular refratárias. A vasculite retiniana
cardite, miocardite, coronarite, aneurisma de septo         parece se beneficiar do uso de interferon alfa 2-b
atrial, distúrbios do sistema de condução, arritmias        associado a azatioprina. Relatos de casos com o
ventriculares, endocardites, endomiocárdio-fibrose,         uso de mico-fenolato mofetil, terapia antifator de
prolapso de valva mitral e insuficiência valvar. Ulce-      necrose tumoral, infliximab e pentoxifilina têm sido
rações do trato gastrintestinal também podem ocorrer.       descritos, com sucesso. A talidomida (200 mg/dia)
    Os critérios para o diagnóstico da síndrome de          tem sido utilizada nas formas mucocutâneas.(15)
Behçet são: afta oral recorrente (três vezes em um ano),
afta genital recorrente, uveíte anterior e/ou posterior),   Púrpura de Henoch-Schönlein
lesões de pele e um teste de patergismo positivo               A púrpura de Henoch-Schönlein afeta prin-
(sensibilidade de 95% e especificidade de 100%). O          cipalmente as crianças, com 75% dos casos ocor-
exame histológico dos tecidos envolvidos mostra             rendo antes da idade de oito anos. Dois terços dos
vasculite com infiltrado linfocitário, muitas vezes de      pacientes relatam história de infecção respiratória
distribuição perivascular, e vasculite leucocitoclástica.   precedendo o diagnóstico da vasculite. As quatro
Trombose está quase sempre presente.                        manifestações principais são: púrpura palpável,



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Outras vasculites pulmonares                                                                                          S 35




artrite, acometimento do trato gastrintestinal e          imunossupressores devem ser iniciados para controle
glomerulonefrite. A presença de vasculite cutânea         do quadro.(17)
com púrpura e/ou petéquias palpáveis são
características desta doença. A púrpura de Henoch-        REFERÊNCIAS
Schönlein é caracterizada pelo depósito de imune-
                                                           1. Leavitt RY, Fauci AS. Pulmonary vasculitis. Am Rev Respir
complexos contendo IgA nos tecidos acometidos.                Dis. 1986;134(1):149-66. Review.
    As manifestações clínicas são: rash cutâneo,           2. Hunder GG, Arend WP, Bloch DA, Calabrese LH, Fauci AS,
artralgias, dor abdominal e doença renal. O sistema           Fries JF, et al. The American College of Rheumatology
nervoso central e os pulmões também podem ser                 1990 criteria for the classification of vasculitis.
                                                              Introduction. Arthritis Rheum. 1990;33(8):1065-7.
acometidos. O rash é tipicamente purpúrico e distri-       3. Rao JK, Allen NB, Pincus T. Limitations of the 1990
buído simetricamente nos membros inferiores e                 American College of Rheumatology classification
braços. As artralgias são mais freqüentes nos joelhos         criteria in the diagnosis of vasculitis. Ann Intern Med.
e cotovelos. Os sintomas gastrintestinais incluem             1998;129(5):345-52.
                                                           4. Hoffman GS. Classification of the systemic vasculitides:
dor abdominal em cólica freqüentemente associada              antineutrophil cytoplasmic antibodies, consensus and
a vômitos. Melena é encontrada em cerca de 25%                controversy. Clin Exp Rheumatol. 1998; 16(2):111-5. Review.
dos pacientes e sangramento oculto em 50%.                 5. Langford CA. 15. Vasculitis. J Allergy Clin Immunol.
Complicações raras incluem pancreatite, colecistite           2003;111(2 Suppl):S602-12. Review.
                                                           6. Guillevin L, Lhote F. Treatment of polyarteritis nodosa
e enteropatia perdedora de proteína. O acometi-               and microscopic polyangiitis. Arthritis Rheum. 1998;
mento renal, proteinúria e/ou hematúria, ocorre               41(12):2100-5. Review.
em 30% a 70% dos pacientes. Podem ocorrer sín-             7. Arend WP, Michel BA, Bloch DA, Hunder GG, Calabrese LH,
                                                              Edworthy SM, et al. The American College of
drome nefrótica, hipertensão arterial e insuficiência
                                                              Rheumatology 1990 criteria for the classification of
renal aguda. Na biópsia renal, o achado de cres-              Takayasu arteritis. Arthritis Rheum. 1990;33(8):1129-34.
centes é o fator prognóstico mais importante.              8. Valsakumar AK, Valappil UC, Jorapur V, Garg N,
    O prognóstico da púrpura de Henoch-Schönlein              Nityanand S, Sinha N. Role of immunosuppressive
                                                              therapy on clinical, immunological, and angiographic
é bom, com remissão espontânea em cerca de 94                 outcome in active Takayasu's arteritis. J Rheumatol.
% das crianças e 89% dos adultos. Nos pacientes               2003;30(8):1793-8.
com dor abdominal e acometimento renal, o uso             9. Tso E, Flamm SD, White RD, Schvartzman PR, Mascha E,
de corticosteróides sistêmicos melhora os                     Hoffman GS. Takayasu arteritis: utility and limitation
                                                              of magnetic resonance imaging in diagnosis and
sintomas.(16)                                                 treatment. Arthritis Rheum. 2002;46(6):1634-42.
                                                          10. Meller J, Strutz F, Siefker U, Scheel A, Sahlmann CO,
Vasculites associadas a doenças do colágeno                   Lehmann K, et al. Early diagnosis and follow-up of
                                                              aortitis with [(18)F]FDG PET and MRI. Eur J Nucl Med
    Um subgrupo de pacientes com lúpus erite-
                                                              Mol Imaging. 2003;30(5):730-6.
matoso sistêmico, artrite reumatóide e policondrite       11. Morrissey NJ, Goldman J, Fallon JT, Faries PL, Marin ML,
recidivante apresenta manifestações vasculíticas              Hollier LH. Endovascular aortic biopsy in the diagnosis of
concomitantes. O processo vasculítico freqüente-              Takayasu arteritis. J Endovasc Ther. 2003;10(1):136-40.
                                                          12. Weyand CM, Goronzy JJ. Medium and large-vessel
mente envolve as artérias, arteríolas e vênulas de            vasculitis. N Engl J Med. 2003;349(2):160-9. Review.
pequeno calibre e seu diagnóstico ocorre concomi-         13. Miyata T, Sato O, Koyama H, Shigematsu H, Tada Y. Long-
tantemente ao diagnóstico da doença do colágeno.              term survival after surgical treatment of patients with
O diagnóstico de vasculite associada a doença do              Takayasu's arteritis. Circulation. 2003;108(12):1474-80.
                                                          14. Kissin EY, Merkel PA. Diagnostic imaging in Takayasu
colágeno deve ser suspeitado quando um paciente               arteritis. Curr Opin Rheumatol. 2004;16(1):31-7. Review.
já com diagnóstico de doença do colágeno desen-           15. Barbas CS, Carvalho CR, Delmonte VC, Guarnieri RM,
volve novos sintomas e/ou piora dos sintomas já               Lorenzi Filho G, Hirata MT, Barbas Filho JV. Behcet´s
existentes, como perda de peso, febre, artralgias,            disease : a rare case of simultaneous pulmonary and
                                                              cerebral involvement. Am J Med. 1988;85(4):576-8.
lesões cutâneas, neuropatia periférica, dor e/ou          16. Rauta V, Tornroth T, Gronhagen-Risk C . Henoch-Schönlein
vermelhidão nos olhos e/ou ainda perda de visão e             nephritis in adults-clinical features and outcomes in finnish
infiltrados pulmonares não responsivos a anti-                patients. Clin Nephrol. 2002;58(1):1-8.
bioticoterapia. Uma biópsia do órgão afetado deve         17. Voskuyl AE, Hazes JM, Zwinderman AH, Paleolog EM,
                                                              van der Meer FJ, Daha MR, Breedveld FC. Diagnostic
ser realizada para o diagnóstico de vasculite associada       strategy for the assessment of rheumatoid vasculitis.
a doença do colágeno, e corticosteróides com                  Ann Rheum Dis. 2003;62(5):407-13.




                                                                               J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5

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Vasculites Pulmonares Raras

  • 1. S 32 Barbas CSV, Barros JM, Santana A Capítulo 7 Outras vasculites pulmonares* Other forms of pulmonary vasculitis CARMEN SÍLVIA VALENTE BARBAS 1, JULIANA MONTEIRO DE BARROS 2 , ALFREDO SANTANA 3 Resumo Abstract A poliangeíte microscópica, a arterite de Takayasu, a Among the various forms of pulmonary vasculitis are síndrome de Behçet, a púrpura de Henoch-Schönlein e as microscopic polyangiitis, Takayasu's arteritis, Behçet's vasculites associadas às doenças do colágeno incluem-se syndrome and Henoch-Schönlein purpura, as well as those entre as vasculites pulmonares. Seu diagnóstico é realizado forms related to rheumatologic diseases. The diagnosis is associando-se as manifestações clínicas aos achados made through analysis of clinical manifestations, together radiológicos e anatomopatológicos. with radiological and pathological findings. Descritores: Vasculite; Arterite de Takayasu; Síndrome de Keywords: Vasculitis; Takayasu's arteritis; Behçet syndrome; Behçet; Púrpura de Schönlein-Henoch; Doenças do colágeno Purpura, Henoch-Schönlein; Collagen diseases INTRODUÇÃO As outras vasculites pulmonares são mais raras, isquêmicos apresentados pelos pacientes são mas seu diagnóstico deve ser feito para podermos relacionados à localização da lesão e ao grau de tratar esses pacientes de maneira eficaz , pois estas estreitamento do vaso acometido e da circulação doenças apresentam alta morbi-mortalidade.(1-5) colateral desenvolvida. As artérias pulmonares são acometidas em 10% a 40% dos casos e os pacientes Poliangeíte microscópica apresentam dor torácica atípica e dispnéia. As A poliangeíte microscópica é uma vasculite mulheres são afetadas em 80% a 90% dos casos, necrozante que afeta os pequenos vasos: arteríolas, com a idade de início dos sintomas variando entre vênulas e capilares. Caracteriza-se pela escassez os 10 e os 40 anos. Tem distribuição mundial, com ou ausência de depósitos de imunecomplexos. Os maior prevalência entre os asiáticos. Uma associa- achados mais freqüentes incluem: glomerulone- ção imunogenética parece acontecer com o encon- frite, hemorragia alveolar, mononeurite multiplex tro do HLA-Bw52 e HLA-B39.2 aumentados na e febre. Os pacientes afetados apresentam tipi- população afetada pela doença. No estudo histoló- camente o sedimento urinário alterado: proteinúria, gico dos vasos acometidos pela arterite de Takayasu leucocitúria e hematúria com graus variados de há a presença de células mononucleares, linfócitos insuficiência renal. Sua apresentação pode ser aguda e histócitos, macrófagos e plasmócitos. Células e grave e após o tratamento adequado (corticoste- gigantes e processo inflamatório granulomatoso róides e ciclofosfamida diária por um ano pós-remissão), são tipicamente os achados da camada média. A a recorrência ocorre em cerca de 34% dos pacientes. A destruição da lâmina elástica e da camada muscular sobrevida em cinco anos é de aproximadamente 74%.(6) pode levar à formação de aneurismas. A prolifera- ção da camada íntima dos vasos pode levar a lesões Arterite de Takayasu estenóticas arteriais. Em estudo com 19 pacientes A arterite de Takayasu é uma inflamação granu- foram achados anticorpos antiendotélio em 18 deles, lomatosa que afeta a aorta e seus ramos maiores, com títulos cerca de 20 vezes mais elevados que assim como as artérias pulmonares. Os sintomas os controles normais. * Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil. 1. Professora Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil. 2. Pós-Graduanda da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil. 3. Médico Preceptor da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) Brasil. J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5
  • 2. Outras vasculites pulmonares S 33 As manifestações clínicas incluem fadiga, perda estão indicados para controle da doença. A revas- de peso e febre baixa na fase inicial ou precoce da cularização com angioplastia transluminal e a doença. Com o passar do tempo, os sinais de envol- revascularização cirúrgica através de colocação de vimento vascular vão se tornando evidentes devido enxertos estão indicadas nos casos de lesões crônicas à dilatação, estreitamento ou oclusão dos ramos e com isquemia persistente dos órgãos acometidos proximais e distais da aorta. As extremidades tornam- pela doença. A sobrevida em 20 anos dos pacientes se frias, com claudicação dos membros superiores portadores de arterite de Takayasu é de 73,5%. ou inferiores. O acometimento da artéria subclávia é Aneurismas anastomóticos podem desenvolver-se comum e as lesões estenóticas podem levar os paci- em 13,5% dos pacientes submetidos a revascula- entes a apresentarem síncopes. Nos casos avançados rização cirúrgica devido à presença de estenoses e as lesões vasculares podem levar a úlceras e gangrenas. lesões crônicas da doença.(7-14) Outros sintomas são: a artralgia e mialgia, em cerca de 50% dos casos. Lesões cutâneas lembrando eri- Síndrome de Behçet tema nodoso e/ou pioderma gangrenoso são menos A síndrome de Behçet é uma doença inflama- freqüentes. As artérias pulmonares são acometidas tória crônica recorrente, caracterizada pela presença em cerca de 50% dos casos, porém os sintomas de aftas orais dolorosas e aftas genitais, uveíte, artrite, secundários a este acometimento são mais raros: dor lesões cutâneas, vasculares e de sistema nervoso torácica, dispnéia, hemoptise e hipertensão pulmonar. central. Geralmente afeta pessoas oriundas da região A perda visual é uma manifestação tardia e é secundária do Mediterrâneo e do Leste, como China e Turquia. à isquemia cerebral. Angina pectoris é secundária a As aftas orais costumam ser dolorosas e recor- coronarite. rentes. As úlceras genitais ocorrem em 75% dos paci- Ao exame físico é comum encontrarmos pressão entes e geralmente acometem o escroto, nos homens, arterial reduzida em um ou ambos os braços, assim e a vulva, nas mulheres. Podem ocorrer epididimite, como os pulsos palpáveis diminuídos e/ou assimé- salpingite e uretrite como manifestações da doença. tricos. Sopros são freqüentemente audíveis em pro- As lesões cutâneas ocorrem em cerca de 75% dos jeção das artérias subclávias, artérias braquiais, artérias pacientes e caracterizam-se por lesões acneiformes, carótidas e artérias renais. Insuficiência aórtica ocorre nódulos, eritema nodoso, tromboflebite superficial, em muitos casos devido à dilatação da valva aórtica. pioderma gangrenosum e púrpura palpável. O A arteriografia da aorta e seus ramos é essencial acometimento ocular ocorre em cerca de 25% a 75% para o diagnóstico de arterite de Takayasu. O dos pacientes e caracteriza-se por uveíte, geralmente achado mais comum são áreas de estenose com bilateral e episódica, vasculite retiniana, oclusão circulação colateral com áreas de dilatação. A res- vascular e neurite óptica, que requerem tratamento sonância nuclear magnética é empregada, atual- com imunossupressor e podem levar a cegueira, se mente, tanto para diagnóstico da doença como para não tratadas. As manifestações neurológicas são mais avaliação de sua atividade através da detecção de raras e incluem meningite ou encefalite assépticas, alterações murais dos vasos acometidos. A tomo- paralisia de nervos cranianos, trombose de seios grafia de emissão de positron com fluorodeoxiglicose venosos cerebrais e déficits focais e ataxia. A res- é bastante útil para detectar inflamação aguda na sonância nuclear magnética é de auxílio no aorta e seus ramos e tem sido mais sensível que a diagnóstico das lesões de sistema nervoso central. O ressonância, em estudos atuais, na detecção de acometimento vascular ocorre em aproximadamente inflamação aguda dos vasos. um terço dos pacientes e inclui vasculite de vasos de O tratamento da arterite de Takayasu deve ser pequeno a grande calibre, formação de aneurismas, iniciado com prednisona na dose de 1mg/kg/dia e tromboses arteriais e venosas, e varizes. Os aneurismas devem ser observados o VHS e sintomas sistêmicos, podem afetar a aorta e outros grandes vasos, como assim como exames de imagem como a ressonân- as artérias pulmonares (Figura 1) e acarretam alta cia nuclear magnética e/ou a tomografia de emissão morbi-mortalidade. O diagnóstico tem que ser rapida- de positron scan, para avaliação do controle da mente feito, geralmente com auxílio de angiografia doença. Nas formas resistentes a corticosteróides, e o tratamento cirúrgico e/ou clínico deverá ser ime- o uso de metotrexato, azatioprina, ciclofosfamida diatamente iniciado. Podem ocorrer oclusões das e mais recentemente levunomide e micofenolato veias cavas superior e inferior e síndrome de Budd- J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5
  • 3. S 34 Barbas CSV, Barros JM, Santana A Figura 1 - Angiotomografia de tórax mostrando múltiplos aneurismas de artérias pulmonares em paciente com Síndrome de Behçet que reverteram com uso de clorambucil oral. Chiari. Os pacientes com síndrome de Behçet tem O tratamento baseia-se em corticosteróide uma probabilidade catorze vezes maior de manifestar sistêmico e imunossupressores: clorambucil (0.1 a fenômenos trombóticos, quando comparados com 0.2 mg/kg/dia), azatioprina (2.5 mg/kg/dia), grupo controle. O fenômeno de patergismo é evidente ciclofosfamida (1 a 2.5 mg/kg/dia) e ciclosporina após punções e procedimentos cirúrgicos, e pode (5 mg/kg/dia) para o acometimento ocular e levar à formação de flebite e até de aneurismas. pulmonar. A colchicina ( 0.6 mg duas a três vezes Metade dos pacientes com síndrome de Behçet por dia) poderá ser utilizada nas formas mucocutâ- apresentam artrite, geralmente assimétrica e não neas. O interferon alfa-2b (3 a 12 milhões de erosiva afetando, principalmente, os joelhos, unidades três vezes por semana) tem se mostrado cotovelos e ombros. Sacroileíte pode ocorrer, adequado para controle da doença mucocutânea, principalmente em pacientes portadores de HLA-B27. articular e neurológica em relatos e séries de casos. O acometimento renal é raro e quando ocorre costuma Em estudo randomizado com 50 pacientes obser- ser leve. Os pacientes normalmente apresentam pro- vados por três meses, diminuiu a duração e os fenô- teinúria e hematúria. Existem relatos de ocorrência menos dolorosos associados às úlceras orais, de glomerulonefrite proliferativa focal e difusa e de diminuiu a freqüência das úlceras genitais e no glomerulonefrite membranosa na síndrome de fenômeno de patergismo. O interferon alfa 2-b Behçet. Doença cardíaca sintomática é rara na também parece promissor para as formas de acome- síndrome de Behçet. Há relatos de ocorrência de peri- timento ocular refratárias. A vasculite retiniana cardite, miocardite, coronarite, aneurisma de septo parece se beneficiar do uso de interferon alfa 2-b atrial, distúrbios do sistema de condução, arritmias associado a azatioprina. Relatos de casos com o ventriculares, endocardites, endomiocárdio-fibrose, uso de mico-fenolato mofetil, terapia antifator de prolapso de valva mitral e insuficiência valvar. Ulce- necrose tumoral, infliximab e pentoxifilina têm sido rações do trato gastrintestinal também podem ocorrer. descritos, com sucesso. A talidomida (200 mg/dia) Os critérios para o diagnóstico da síndrome de tem sido utilizada nas formas mucocutâneas.(15) Behçet são: afta oral recorrente (três vezes em um ano), afta genital recorrente, uveíte anterior e/ou posterior), Púrpura de Henoch-Schönlein lesões de pele e um teste de patergismo positivo A púrpura de Henoch-Schönlein afeta prin- (sensibilidade de 95% e especificidade de 100%). O cipalmente as crianças, com 75% dos casos ocor- exame histológico dos tecidos envolvidos mostra rendo antes da idade de oito anos. Dois terços dos vasculite com infiltrado linfocitário, muitas vezes de pacientes relatam história de infecção respiratória distribuição perivascular, e vasculite leucocitoclástica. precedendo o diagnóstico da vasculite. As quatro Trombose está quase sempre presente. manifestações principais são: púrpura palpável, J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5
  • 4. Outras vasculites pulmonares S 35 artrite, acometimento do trato gastrintestinal e imunossupressores devem ser iniciados para controle glomerulonefrite. A presença de vasculite cutânea do quadro.(17) com púrpura e/ou petéquias palpáveis são características desta doença. A púrpura de Henoch- REFERÊNCIAS Schönlein é caracterizada pelo depósito de imune- 1. Leavitt RY, Fauci AS. Pulmonary vasculitis. Am Rev Respir complexos contendo IgA nos tecidos acometidos. Dis. 1986;134(1):149-66. Review. As manifestações clínicas são: rash cutâneo, 2. Hunder GG, Arend WP, Bloch DA, Calabrese LH, Fauci AS, artralgias, dor abdominal e doença renal. O sistema Fries JF, et al. The American College of Rheumatology nervoso central e os pulmões também podem ser 1990 criteria for the classification of vasculitis. Introduction. Arthritis Rheum. 1990;33(8):1065-7. acometidos. O rash é tipicamente purpúrico e distri- 3. Rao JK, Allen NB, Pincus T. Limitations of the 1990 buído simetricamente nos membros inferiores e American College of Rheumatology classification braços. As artralgias são mais freqüentes nos joelhos criteria in the diagnosis of vasculitis. Ann Intern Med. e cotovelos. Os sintomas gastrintestinais incluem 1998;129(5):345-52. 4. Hoffman GS. Classification of the systemic vasculitides: dor abdominal em cólica freqüentemente associada antineutrophil cytoplasmic antibodies, consensus and a vômitos. Melena é encontrada em cerca de 25% controversy. Clin Exp Rheumatol. 1998; 16(2):111-5. Review. dos pacientes e sangramento oculto em 50%. 5. Langford CA. 15. Vasculitis. J Allergy Clin Immunol. Complicações raras incluem pancreatite, colecistite 2003;111(2 Suppl):S602-12. Review. 6. Guillevin L, Lhote F. Treatment of polyarteritis nodosa e enteropatia perdedora de proteína. O acometi- and microscopic polyangiitis. Arthritis Rheum. 1998; mento renal, proteinúria e/ou hematúria, ocorre 41(12):2100-5. Review. em 30% a 70% dos pacientes. Podem ocorrer sín- 7. Arend WP, Michel BA, Bloch DA, Hunder GG, Calabrese LH, Edworthy SM, et al. The American College of drome nefrótica, hipertensão arterial e insuficiência Rheumatology 1990 criteria for the classification of renal aguda. Na biópsia renal, o achado de cres- Takayasu arteritis. Arthritis Rheum. 1990;33(8):1129-34. centes é o fator prognóstico mais importante. 8. Valsakumar AK, Valappil UC, Jorapur V, Garg N, O prognóstico da púrpura de Henoch-Schönlein Nityanand S, Sinha N. Role of immunosuppressive therapy on clinical, immunological, and angiographic é bom, com remissão espontânea em cerca de 94 outcome in active Takayasu's arteritis. J Rheumatol. % das crianças e 89% dos adultos. Nos pacientes 2003;30(8):1793-8. com dor abdominal e acometimento renal, o uso 9. Tso E, Flamm SD, White RD, Schvartzman PR, Mascha E, de corticosteróides sistêmicos melhora os Hoffman GS. Takayasu arteritis: utility and limitation of magnetic resonance imaging in diagnosis and sintomas.(16) treatment. Arthritis Rheum. 2002;46(6):1634-42. 10. Meller J, Strutz F, Siefker U, Scheel A, Sahlmann CO, Vasculites associadas a doenças do colágeno Lehmann K, et al. Early diagnosis and follow-up of aortitis with [(18)F]FDG PET and MRI. Eur J Nucl Med Um subgrupo de pacientes com lúpus erite- Mol Imaging. 2003;30(5):730-6. matoso sistêmico, artrite reumatóide e policondrite 11. Morrissey NJ, Goldman J, Fallon JT, Faries PL, Marin ML, recidivante apresenta manifestações vasculíticas Hollier LH. Endovascular aortic biopsy in the diagnosis of concomitantes. O processo vasculítico freqüente- Takayasu arteritis. J Endovasc Ther. 2003;10(1):136-40. 12. Weyand CM, Goronzy JJ. Medium and large-vessel mente envolve as artérias, arteríolas e vênulas de vasculitis. N Engl J Med. 2003;349(2):160-9. Review. pequeno calibre e seu diagnóstico ocorre concomi- 13. Miyata T, Sato O, Koyama H, Shigematsu H, Tada Y. Long- tantemente ao diagnóstico da doença do colágeno. term survival after surgical treatment of patients with O diagnóstico de vasculite associada a doença do Takayasu's arteritis. Circulation. 2003;108(12):1474-80. 14. Kissin EY, Merkel PA. Diagnostic imaging in Takayasu colágeno deve ser suspeitado quando um paciente arteritis. Curr Opin Rheumatol. 2004;16(1):31-7. Review. já com diagnóstico de doença do colágeno desen- 15. Barbas CS, Carvalho CR, Delmonte VC, Guarnieri RM, volve novos sintomas e/ou piora dos sintomas já Lorenzi Filho G, Hirata MT, Barbas Filho JV. Behcet´s existentes, como perda de peso, febre, artralgias, disease : a rare case of simultaneous pulmonary and cerebral involvement. Am J Med. 1988;85(4):576-8. lesões cutâneas, neuropatia periférica, dor e/ou 16. Rauta V, Tornroth T, Gronhagen-Risk C . Henoch-Schönlein vermelhidão nos olhos e/ou ainda perda de visão e nephritis in adults-clinical features and outcomes in finnish infiltrados pulmonares não responsivos a anti- patients. Clin Nephrol. 2002;58(1):1-8. bioticoterapia. Uma biópsia do órgão afetado deve 17. Voskuyl AE, Hazes JM, Zwinderman AH, Paleolog EM, van der Meer FJ, Daha MR, Breedveld FC. Diagnostic ser realizada para o diagnóstico de vasculite associada strategy for the assessment of rheumatoid vasculitis. a doença do colágeno, e corticosteróides com Ann Rheum Dis. 2003;62(5):407-13. J Bras Pneumol. 2005;31(Supl 1):S32-S5