O documento discute a diferenciação pedagógica em escolas inclusivas. Apresenta o conceito de Desenho Universal para Aprendizagem que propõe um currículo flexível e acessível para atender às necessidades diversas dos alunos. Fornece exemplos de como diferenciar conteúdos, processos e produtos em atividades como a resolução de problemas matemáticos. Defende uma avaliação inclusiva que considere as forças e fragilidades de cada estudante.
1. DIFERENCIAÇÃO
um Racional de Participação
numa Escola com Todos
Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
Jornada Pedagógica – Diferenciação Pedagógica
Agrupamento de Escolas Leal da Câmara - Sintra
7 de Setembro de 2015
@SalvadorDali
6. Joaquim.coloa@gmail.com Desenho Universal para a
aprendizagem
• Novas perspetivas sobre a aprendizagem
• Maior diversidade de alunos
• As aprendizagens estão muito dependentes
dos contextos
• A aprendizagem apresenta um grau de
variabilidade sistemática e previsível
(Domings; Crevecoeur & Ralabate, 2014)
7. Joaquim.coloa@gmail.com Desenho Universal para a
aprendizagem
um só
currículo
aberto
flexível e
acessível
(Domings; Crevecoeur & Ralabate, 2014)
ALUNOS DILIGENTES E CONHECEDORES
Proporcionar opções para a perceção
Oferecer opções para o uso da linguagem,
expressões , matemáticas e símbolos
Oferecer opções para a compreensão
8. Joaquim.coloa@gmail.com Desenho Universal para a
aprendizagem
um só
currículo
aberto
flexível e
acessível
(Domings; Crevecoeur & Ralabate, 2014)
ALUNOS ESTRATÉGICOS E DIRECIONADOS
Proporcionar opções para a atividade e
manipulação
Oferecer opções para a expressão e
comunicação
Oferecer opções para executar
9. Joaquim.coloa@gmail.com Desenho Universal para a
aprendizagem
um só
currículo
aberto
flexível e
acessível
(Domings; Crevecoeur & Ralabate, 2014)
ALUNOS MOTIVADOS E DETERMINADOS
Proporcionar opções para incentivar o
interesse
Oferecer opções para o suporte ao esforço e
à persistência
Oferecer opções para a autorregulação
13. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
Acontece a nível macro da estrutura, a
nível do sistema educativo ou das escolas
e instituições de formação.
(e.g. existência de diversas vias de ensino)
Diferenciação institucional
( Santos, 2009 )
14. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
Realiza-se a nível meso da estrutura. É,
o caso, das turmas de currículos
alternativos e os apoios pedagógicos
acrescidos, e ainda formas alternativas
de organização da escola.
Diferenciação externa
( Santos, 2009 )
15. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
Desenvolve–se a nível micro da
estrutura, no quotidiano da sala de aula.
Não é uma ação primordialmente
retroativa, mas sim a desenvolver de
forma inter-relacionada com o
quotidiano do trabalho da sala de aula.
Diferenciação interna
( Santos, 2009 )
17. Joaquim.coloa@gmail.com um possível esquema do modelo
ação dos
docentes…
características
dos alunos…
CONTEÚDOS
PROCESSOS
PRODUTOS
ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
INTERESSES
PREPARAÇÃO
18. Joaquim.coloa@gmail.com diferenciação e resposta às
necessidades de aprendizagem
PRINCÍPIOS GERAIS DA DIFERENCIAÇÃO
respeitar tarefas grupos flexíveis avaliação contínua
qualidade
do
currículo
Visão
de
comunidade
os docentes enfatizam e
assumem a diferenciação
como uma força
conteúdos
influenciam
/ cultura
produtosprocessos
Características dos alunos
preparação interessesestilos de aprendizagem
19. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com diferenciação simultânea
Num dado momento, grupos de alunos
estão a realizar tarefas distintas. É uma
categoria que se centra no que os alunos
fazem.
( Santos, 2009 )
20. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com diferenciação sucessiva
Quando se verifica variação de forma ao
longo de um período de tempo. É uma
categoria que se centra na natureza das
tarefas, nas abordagens diversas ou no
recurso a representações múltiplas de um
dado conceito.
( Santos, 2009 )
22. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com um modelo de participação e
equidade
CONTEÚDOS
PROCESSOS
CONTEXTOS
PRODUTOS como está
estruturada a
aprendizagem
como são
sequenciadas
as
aprendizagens
e as formas
como os
alunos
aprendem
como
demonstram
os alunos o
que
aprenderam
o acesso doa
alunos ao
currículo e
como acedem
( The Maker Model, 1982, adp. de Tomlinson, 1995)
23. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de
conteúdos – tarefa o talude
Grupo A – Dificuldade de interpretação de
enunciados.
Grupo B – Dificuldade em selecionar uma
estratégia adequada.
( Santos, 2009 )
Problemas
identificados:
24. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de
conteúdos – dinâmica diferenciadora
Grupo A – problemas com enunciados longos
a que pedíamos não a sua resolução, mas sim
a identificação dos dados a ter em conta.
Grupo B – propúnhamos um conjunto de
problemas do mesmo tipo,
isto é, que requeressem uma estratégia
comum para a sua resolução.
( Santos, 2009 )
Constituição de grupos homogéneos:
25. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de
processos – tarefa a torre de cubos
Aluno A – ignora a condição inicial de o nº total
de cubos formar ele próprio um cubo: 4x4x4 +
3x3x3 + 2x2x2 = 99.
Aluno B – do mesmo modo parece ignorar a
mesma condição do problema.
( Santos, 2009 )
Problemas
identificados:
26. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de
processos – dinâmica diferenciadora
( Santos, 2009 )
O mesmo feedback escrito para os alunos
prosseguirem o seu trabalho na aula seguinte,
dado ter interpretado que o problema tinha a ver
com não se ter entrado em linha de conta que o
total de cubinhos constituía também um cubo .
27. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de produtos
– tarefa a cerca para o faísca
Um grupo esboçou um esquema condensado
com os desenhos dos retângulos que incluíra
na tabela. A professora pediu ao grupo que
mostrasse este esquema à turma e de seguida
ensinou-os a construir um gráfico cartesiano.
( Santos, 2009 )
28. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com exemplo de diferenciação de
produtos – dinâmica diferenciadora
( Santos, 2009 )
A comparação dos gráficos (…). Por outras
palavras, a partir de um problema explorou-se
diversos tipos de representações, desenvolvendo
uma diferenciação pedagógica que procura atender
a diversas formas de pensar dos seus alunos.
29. Joaquim.coloa@gmail.com estratégias de trabalho de grupo e
diferenciação
(Guidelines for a Distinct Teaching and Learning Programme – RBKC & Westminster EiC, 2002)
• De amigos
• Da mesma idade ou de idades diferentes
• Do mesmo sexo ou de sexos diferentes
• Com as mesmas capacidades e
conhecimentos ou com capacidades e
conhecimentos diferentes
• Colaborativos versus cooperativos
• (…)
30. Joaquim.coloa@gmail.com estratégias de trabalho de grupo e
diferenciação
(Guidelines for a Distinct Teaching and Learning Programme – RBKC & Westminster EiC, 2002)
• Cascata
• Tutoria de pares
• Rotação de representantes
• Membros de grupo com tarefas
diferentes
• Carrocel
• Alunos como professores
31. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com algumas pistas de diferenciação
• A linguagem
• A apresentação
• As tarefas
• As questões
• Os instrumentos
• Os métodos de ensino
• Os processos de pensamento e de
resolução de problemas
• (…)
32. Joaquim.coloa@gmail.com o que pode ser avaliado
preparação interesses
estilos de
aprendizagem
• Forças e
fragilidades
• Preferência de
tarefas
• Autorregulação
• Explorar
interesses
• Centros de
interesse
• Escolha livre de
tarefas
capacidades
conhecimento
de
conteúdos
conceitos
atitudes
34. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com o que pode ser avaliado – Um
desenho universal para a avaliação
Os pressupostos da avaliação pedagógica
devem ser válidos para todos os alunos (EADSNE, 2008).
As políticas educativas sobre avaliação – em
geral e especificamente das NEE – devem ter o
objetivo de promover a avaliação inclusiva e
de ter em conta as necessidades de todos os
alunos vulneráveis à exclusão, incluindo os
que apresentam NEE (EADSNE, 2008b).
36. Joaquim Colôa
Joaquim.coloa@gmail.com
Domings; Crevecoeur & Ralabate (2014). Universal Design for Learning Meeting the Needs of Learners
with Autism Spectrum Disorders. In Katharina I. Boser, Matthew S. Goodwin, Sarah C. Wayland,
Technology Tools for Students with Autism Innovations that Enhance Independence and Learning , pp. 21-
41. Baltimore/ London/Sydney: Brookes Publishing
European Agency for Development in Special Needs Education (2008). Processo de Avaliação em Contextos
Inclusivos – Avaliação para a aprendizagem e Alunos com Necessidades Educativas Especiais, consultado a
8 de abril de 2010 em www.european-agency.org.
European Agency for Development in Special Needs Education (2008b). Processo de Avaliação em
Contextos Inclusivos: Questões-chave para Políticas e Práticas. Dinamarca: European European Agency for
Development in Special Needs Education.
Guidelines for a Distinct Teaching and Learning Programme – RBKC & Westminster EiC (2002). Grouping,
consultado a janeiro de 2013 em www.londongt.org/teachertools
Maker, C. J. (1982). Curriculum development for the gifted. Austin: Pro-Ed.
Santos, Leonor. 2009. "Diferenciação pedagógica: Um desafio a enfrentar", Noesis, 1: 52 - 57.
Tomlinson, C. A. (1995). How to differentiate instruction in mixed-ability classrooms. Alexandria, VA:
Association for Supervision and Curriculum Development.
fontes de informação
https://www.google.pt/search?q=imagens+engra%C3%A7adas+para+a+diferencia%C3%A7%C3%A3o+pedag%C3%B3gica&espv=2&biw
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