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Discentes: Geysa Carvalho Mendes Silva
Thales Miranda Sales
Vanessa Cristine Rezende
Viviane Felício da Cunha Rodrigues
Orientador(a): Fátima Lucia Guedes Silva
A abordagem de gagueira infantil
na atenção básica de saúde
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP
Escola de Medicina – EMED
Medicina Geral de Criança II – MED 123
Fonte: www.iaradocarmo.com.br
Caso clinico
 K.G.F., 2 anos e 5 meses, sexo masculino,
melanoderma, foi levado pela mãe à Unidade Básica
de Saúde Santo Antônio em Mariana, Minas Gerais,
no dia 27 de março de 2014 com queixa de
“gagueira”;
 HMA: Há um mês apresenta dificuldade intermitente
para iniciar a emissão de palavras, antecedido por
ansiedade. Apresenta concomitante taquilalia. As
palavras emitidas ora são compreendidas pelos pais
ora não. Nega eventos emocionais e/ou sociais ou
qualquer acontecimento associado ao início da
queixa. Nega acompanhamento pediátrico desde os 6
Caso clínico
 HP: Gravidez planejada com 7 consultas de pre-natal e
uso de sulfato ferroso. Parto normal, com 3,050 Kg,
comprimento de 49 cm e perímetro cefálico de 32 cm.
Apresenta resultado do teste de triagem neonatal
compatível com a normalidade. Nega alergia, cirurgia,
traumas, transfusões. Vacinação em dia.
Ocorrência de convulsão febril aos 8 meses de idade.
 HF: Nega consanguinidade entre pais;
Pai, 24 anos, hígido;
Mãe, 22 anos, hígida;
Irmão, 4 anos, hígido;
Caso clínico
 Ao exame:
- TAX.: 36,6ºC - Comp.: 90,5cm - Peso: 13,3
Kg
- AR: MVF - Fr: 38 irpm
- ACV: pulsos radiais amplos e simétricos. Fc: 95
bpm BNRNF em 2T. Ictus não visível e
não palpável.
- Abdome: Ausência de visceromegalias. Não
doloroso à palpação superficial e profunda.
- COONG: sem alterações.
Fonte: profissoes.colorir.com
Caso clínico
 HD.: Pré-escolar de DNPM, alimentação e
crescimento adequados.
Vacinação em dia;
Ansiedade ?
Gagueira comum na idade ?
 CD.: Orientações gerais.
Fonte:ilivaldoduarte.blogspot.com
Justificativa
Aumento dos
riscos de mau
ajustamento
social e
emocional
Pediatras
confusos quanto
a decisões e
encaminhamento
Intervenção
inadequada:
insegurança e
ansiedade na
criança e
familiares
Introdução
Gagueira: distúrbio de
comunicação
Caracterizado por uma
ruptura na expressão
oral de um indivíduo;
Gagueira
Fluência da
fala
Falha
programação
motora
temporal
Interrupções
na cadeia
segmentar
Tentativa de
retomada
Introdução
Linguagem é o sistema através do qual o homem
representa o que sabe e o que pensa sobre o mundo;
Fluência refere-se ao fluxo continuo e suave de produção
de fala, variável de individuo para individuo, dependente
de fatores emocionais, situacionais e lingüísticos.
Disfluências comuns são relacionadas ao
processamento da linguagem, como hesitação, revisão,
repetição e/ou não termino das palavras;
Disfluências gagas são relacionadas ao processamento
da fala, abrangendo o prolongamento de sons, bloqueio e
repetição de sons e silabas.
Epidemiologia
 5 % das crianças: algum tipo de disfluência
 50% a 80 %: recuperação espontânea até a puberdade sem a
intervenção médica;
 A gagueira desenvolvimental (GD): encontrada em cerca de 70% a
80% do total dos casos de gagueira;
 75% de pré-escolares com GD sofrem remissão espontânea dentro 4
anos;
 O risco é três vezes maior entre parentes de primeiro grau;
 O sexo feminino recuperam com mais freqüência do que o masculino,
Epidemiologia
REILLYSetal.Naturalhistoryofstutteringto4yearsofage:aprospectivecommunity-
basedstudy.Pediatrics2013;132:460-467.
Etiologia
 Fatores de risco:
Genético Neurofisiológico
Gênero História
familiar
Idade de
início Duração
Fatores
emocionais
psicológico
s
Etiologia
Vocabulário excessivamente
elaborado
Conversação numa velocidade
aumentada
Questionamentos freqüentes
Interrupções verbais
Correção dos padrões de fala
Frases extensas e complexas
Comportamentos inadequados dos
familiares em relação à gagueira
infantil
Demanda aumentada para a
capacidade da criança
Comparação e competição entre
irmãos
Falta de tempo com os pais
Conflitos na família
Doenças e experiências traumáticas
Etiologia
Mutações sofridas em genes desencadeiam
pequenos defeitos na execução da atividade de
reciclagem celular.
GNPTAB GNPTG NAGPA
Cromossomos 2, 3, 7, 9, 13, 15.
Fonte: www.jb.com.b
Etiologia
Subativação Superativação
Ocorre durante o desenvolvimento inicial do cérebro
Fonte: www.auladeanatomia.com
Etiologia
Anomalias de desenvolvimento da área de Broca e Wernicke e diminuição
de substância branca no opérculo rolândico. Além disso, tem-se disfunção
dos núcleos da base e da área motora suplementar.
Fonte: www.apologeticspress.org
Classificação
Classificação
Tipos de gagueira Definição
Desenvolvimental
Gagueira com um começo gradual
durante a infância; presente como
uma disfluência no tempo, padrão e
ritmo da fala.
Neurogênica Tipicamente o resultado de uma
lesão traumática cerebral ou de
nervo.
Psicogênica
Inicia repentinamente após trauma
emocional ou estresse; também
ocorre em pacientes com história de
doença psiquiátrica.
Diagnóstico
 Questões para diferenciar Gagueira e disfluência normal:
A criança repete parte de frases ou palavras ou frases inteiras?
Criança repete sons mais que uma vez a cada 8 a 10 sentenças?
A criança tem mais que duas repetições? (a-a-a-a-amor em vez de a-a-amor)
A criança se sente frustrada ou envergonhada quando gagueja?
A criança tem gaguejado mais que 6 meses?
A criança aumenta o tom de voz, pisca os olhos, olha para o lado ou mostra
tensão física na face quando gagueja?
Diagnóstico
 Questões para diferenciar Gagueira e disfluência normal:
A criança, por vezes, se sente tão mal que não emite nenhum som por alguns
segundos quando tenta falar?
A criança, por vezes, usa movimentos extras do corpo, como mexer com os
dedos ao emitir sons?
A criança evita falar ou usa palavras substitutas ou para de falar na metade da
sentença porque ela pode gaguejar?
A criança usa palavras extras ou sons tipo “uh” ou “um” ou “bem” ao iniciar uma
palavra?
Diagnóstico
Checklist Disfluência
normal
Gagueira leve Gagueira severa
Comportamento
da fala que possa
ser escutado ou
visualizado
Ocasional (1/10
sentenças), breve
(0,5seg.),
repetições de
sons, sílabas ou
palavras curtas
Frequente (3/10
sentenças), longo
(0,5-1seg.);
repetições de
sons, sílabas ou
palavras curtas;
prolongamento
ocasional de
sons.
Muito frequente
(10/10), muito
longo (>1seg.),
repetições de
sons, sílabas ou
palavras curtas;
prolongamento e
bloqueio de sons
Outro
comportamento
que possa ser
escutado ou
visualizado
Pausas
ocasionais,
hesitação na fala,
uso de palavras
de enchimento,
mudança de
palavras e
pensamentos.
Fechamento de
pálpebras,
piscamento, olhar
para o lado, certa
tensão física em
torno dos lábios.
Semelhante ao
leve, porém mais
frequente e
notável. Aumento
do tom de voz.
Sons extras e
palavras usadas
como iniciadores.
Diagnóstico
Checklist Disfluência
normal
Gagueira leve Gagueira severa
Quando
problemas são
mais notáveis
Tende a aparecer
quando criança
está cansada,
excitada, falando
sobre tópicos
novos ou
complexos,
fazendo ou
respondendo
perguntas.
Similar ao anterior,
porém mais
frequente.
Tende a estar
presente em mais
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menos consistente
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Reação da criança Nenhuma Algumas
apresentam
pequeno
interesse, outras
se frustram.
Vergonha e medo
de falar.
Reação dos pais Nenhuma Alguns se
preocupam
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grau de
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Tratamento
 Tratamento é principalmente não-farmacológico;
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 Família tem um papel importante no manejo da
gagueira;
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PRASSE JE, Kikano GE. Stuttering: an overview. Am Fam Physician. 2008;77(9):1271-1276,1278.
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MACIEL TM, Celeste LC, Martins-Reis VO. Gagueira infantil: subsídios para pediatras e profissionais de saúde. Rev
Med Minas Gerais 2013; 23(3): 360-366.
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Farmacológic
o
Risperidona
Olanzapina
Pagoclone
Paroxetina
Sertralina
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chaves do cérebro
Droga antipsicótica
Modulador ácido gama-
aminobutírico não BZD
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silêncio cortical
Ansiolítico
cológico que
Conclusão
 A grande maioria dos casos está relacionada à
disfluência comum, originada no desenvolvimento
normal da fala, e não à gagueira;
 É importante o conhecimento dos diagnósticos
diferenciais para adequada orientação por parte de
pediatras e clínicos;
 A participação e cooperação da família é um ponto
chave para a eficácia terapêutica;
 Uma conduta adequada reduz ansiedade e mau
ajustamento social da criança.
Referências
 ASHURST JV, Wasson MN. Developmental and persistent
developmental stuttering: an overview for primary care physicians. J
Am Osteopath Assoc. 2011;111(10):567-580.
 BLONGREN M. Behavioral treatments for children and adults who
stutter: a review. Psychology Research and Behavioral Management
2013:6 9-19 .
 CONTURE EG, Kelly EM, Walden TA. Temperament, speech and
language: an overview. J Commun Disord. 2013 ; 46(2): 125-142 .
 Guitar, B., & Conture, E. G. (Eds.) (2006). The child who stutters: To the
pediatrician. Third edition, publication 0023. Memphis, TN: Stuttering
Foundation of America. Disponível em: www.stutteringhelp.org/prevalence;
acessado 30/05/2014 ás 18horas.
 HOWELL P, Davis S, Williams R. Late childhood stuttering. J Speech Lang
Referências
 LÓPEZ MB. Espasmofemia: diagnóstico y tratamiento. Rev. Med. Clin.
Condes – 2009;20(4) 486-490 .
 MACIEL TM, Celeste LC, Martins-Reis VO. Gagueira infantil: subsídios
para pediatras e profissionais de saúde. Rev Med Minas Gerais 2013;
23(3): 360-366.
 MCALLISTER J, Collier J. Birth weight and stuttering: evidence from
three birth . Journal of Fluency Disorders 39 (2014) 25-33.
 MERÇON SMA, Nemr K. Gagueira e disfluência comum na infância:
análise das manifestações clínicas nos seus aspectos qualitativos e
quantitativos. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.2, 174-9, abr-jun, 2007.
 OLIVEIRA BV, Domingues CEF, Juste FS, Andrade CRF, Moretti-Ferreira D.
Gagueira desenvolvimental persistente familial: perspectivas genéticas.
Rev Soc bras Fonoaudiol. 2012;17(4):489-94.
< 4 anos
< 1 ano
do Início
Disfluencia
BAIXO RISCO
Trat.
INDIRETO
Trat. DIRETO
Referências
 OLIVEIRA CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EN. Orientação
familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Rev Soc Bras Fonoaudiol.
2010;15(1):115-24.
 PRASSE JE, Kikano GE. Stuttering: an overview. Am Fam Physician.
2008;77(9):1271-1276,1278.
 REILLY S, Onslow M, Packman A, Cini E, Conway L, Ukoumunne OC, Bavin
EL, Prior M, Eadie P, Block S, Wake M. Natural history of stuttering to 4
years of age: a prospective community-based study. Pediatrics
2013;132:460-467.
 ROSSI R, Pinto JCBR, Arcuri CF, Ávila CRB, Schiefer AM. Habilidades
fonológicas em crianças com gagueira. Rev CEFAC. 2014 Jan-Fev;
16(1):167-173.
 TUMANOVA V, Conture EG, Lambert EW, Walden TA. Speech disfluencies
of preschool-age children who do and do not stutter. Journal od
Communication Disorders (2014),
Fonte: ceciliafazzio.wordpress.com

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A abordagem da gagueira infantil na Atenção Básica

  • 1. Discentes: Geysa Carvalho Mendes Silva Thales Miranda Sales Vanessa Cristine Rezende Viviane Felício da Cunha Rodrigues Orientador(a): Fátima Lucia Guedes Silva A abordagem de gagueira infantil na atenção básica de saúde Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP Escola de Medicina – EMED Medicina Geral de Criança II – MED 123 Fonte: www.iaradocarmo.com.br
  • 2. Caso clinico  K.G.F., 2 anos e 5 meses, sexo masculino, melanoderma, foi levado pela mãe à Unidade Básica de Saúde Santo Antônio em Mariana, Minas Gerais, no dia 27 de março de 2014 com queixa de “gagueira”;  HMA: Há um mês apresenta dificuldade intermitente para iniciar a emissão de palavras, antecedido por ansiedade. Apresenta concomitante taquilalia. As palavras emitidas ora são compreendidas pelos pais ora não. Nega eventos emocionais e/ou sociais ou qualquer acontecimento associado ao início da queixa. Nega acompanhamento pediátrico desde os 6
  • 3. Caso clínico  HP: Gravidez planejada com 7 consultas de pre-natal e uso de sulfato ferroso. Parto normal, com 3,050 Kg, comprimento de 49 cm e perímetro cefálico de 32 cm. Apresenta resultado do teste de triagem neonatal compatível com a normalidade. Nega alergia, cirurgia, traumas, transfusões. Vacinação em dia. Ocorrência de convulsão febril aos 8 meses de idade.  HF: Nega consanguinidade entre pais; Pai, 24 anos, hígido; Mãe, 22 anos, hígida; Irmão, 4 anos, hígido;
  • 4. Caso clínico  Ao exame: - TAX.: 36,6ºC - Comp.: 90,5cm - Peso: 13,3 Kg - AR: MVF - Fr: 38 irpm - ACV: pulsos radiais amplos e simétricos. Fc: 95 bpm BNRNF em 2T. Ictus não visível e não palpável. - Abdome: Ausência de visceromegalias. Não doloroso à palpação superficial e profunda. - COONG: sem alterações. Fonte: profissoes.colorir.com
  • 5. Caso clínico  HD.: Pré-escolar de DNPM, alimentação e crescimento adequados. Vacinação em dia; Ansiedade ? Gagueira comum na idade ?  CD.: Orientações gerais. Fonte:ilivaldoduarte.blogspot.com
  • 6. Justificativa Aumento dos riscos de mau ajustamento social e emocional Pediatras confusos quanto a decisões e encaminhamento Intervenção inadequada: insegurança e ansiedade na criança e familiares
  • 7. Introdução Gagueira: distúrbio de comunicação Caracterizado por uma ruptura na expressão oral de um indivíduo; Gagueira Fluência da fala Falha programação motora temporal Interrupções na cadeia segmentar Tentativa de retomada
  • 8. Introdução Linguagem é o sistema através do qual o homem representa o que sabe e o que pensa sobre o mundo; Fluência refere-se ao fluxo continuo e suave de produção de fala, variável de individuo para individuo, dependente de fatores emocionais, situacionais e lingüísticos. Disfluências comuns são relacionadas ao processamento da linguagem, como hesitação, revisão, repetição e/ou não termino das palavras; Disfluências gagas são relacionadas ao processamento da fala, abrangendo o prolongamento de sons, bloqueio e repetição de sons e silabas.
  • 9. Epidemiologia  5 % das crianças: algum tipo de disfluência  50% a 80 %: recuperação espontânea até a puberdade sem a intervenção médica;  A gagueira desenvolvimental (GD): encontrada em cerca de 70% a 80% do total dos casos de gagueira;  75% de pré-escolares com GD sofrem remissão espontânea dentro 4 anos;  O risco é três vezes maior entre parentes de primeiro grau;  O sexo feminino recuperam com mais freqüência do que o masculino,
  • 11. Etiologia  Fatores de risco: Genético Neurofisiológico Gênero História familiar Idade de início Duração Fatores emocionais psicológico s
  • 12. Etiologia Vocabulário excessivamente elaborado Conversação numa velocidade aumentada Questionamentos freqüentes Interrupções verbais Correção dos padrões de fala Frases extensas e complexas Comportamentos inadequados dos familiares em relação à gagueira infantil Demanda aumentada para a capacidade da criança Comparação e competição entre irmãos Falta de tempo com os pais Conflitos na família Doenças e experiências traumáticas
  • 13. Etiologia Mutações sofridas em genes desencadeiam pequenos defeitos na execução da atividade de reciclagem celular. GNPTAB GNPTG NAGPA Cromossomos 2, 3, 7, 9, 13, 15. Fonte: www.jb.com.b
  • 14. Etiologia Subativação Superativação Ocorre durante o desenvolvimento inicial do cérebro Fonte: www.auladeanatomia.com
  • 15. Etiologia Anomalias de desenvolvimento da área de Broca e Wernicke e diminuição de substância branca no opérculo rolândico. Além disso, tem-se disfunção dos núcleos da base e da área motora suplementar. Fonte: www.apologeticspress.org
  • 17. Classificação Tipos de gagueira Definição Desenvolvimental Gagueira com um começo gradual durante a infância; presente como uma disfluência no tempo, padrão e ritmo da fala. Neurogênica Tipicamente o resultado de uma lesão traumática cerebral ou de nervo. Psicogênica Inicia repentinamente após trauma emocional ou estresse; também ocorre em pacientes com história de doença psiquiátrica.
  • 18. Diagnóstico  Questões para diferenciar Gagueira e disfluência normal: A criança repete parte de frases ou palavras ou frases inteiras? Criança repete sons mais que uma vez a cada 8 a 10 sentenças? A criança tem mais que duas repetições? (a-a-a-a-amor em vez de a-a-amor) A criança se sente frustrada ou envergonhada quando gagueja? A criança tem gaguejado mais que 6 meses? A criança aumenta o tom de voz, pisca os olhos, olha para o lado ou mostra tensão física na face quando gagueja?
  • 19. Diagnóstico  Questões para diferenciar Gagueira e disfluência normal: A criança, por vezes, se sente tão mal que não emite nenhum som por alguns segundos quando tenta falar? A criança, por vezes, usa movimentos extras do corpo, como mexer com os dedos ao emitir sons? A criança evita falar ou usa palavras substitutas ou para de falar na metade da sentença porque ela pode gaguejar? A criança usa palavras extras ou sons tipo “uh” ou “um” ou “bem” ao iniciar uma palavra?
  • 20. Diagnóstico Checklist Disfluência normal Gagueira leve Gagueira severa Comportamento da fala que possa ser escutado ou visualizado Ocasional (1/10 sentenças), breve (0,5seg.), repetições de sons, sílabas ou palavras curtas Frequente (3/10 sentenças), longo (0,5-1seg.); repetições de sons, sílabas ou palavras curtas; prolongamento ocasional de sons. Muito frequente (10/10), muito longo (>1seg.), repetições de sons, sílabas ou palavras curtas; prolongamento e bloqueio de sons Outro comportamento que possa ser escutado ou visualizado Pausas ocasionais, hesitação na fala, uso de palavras de enchimento, mudança de palavras e pensamentos. Fechamento de pálpebras, piscamento, olhar para o lado, certa tensão física em torno dos lábios. Semelhante ao leve, porém mais frequente e notável. Aumento do tom de voz. Sons extras e palavras usadas como iniciadores.
  • 21. Diagnóstico Checklist Disfluência normal Gagueira leve Gagueira severa Quando problemas são mais notáveis Tende a aparecer quando criança está cansada, excitada, falando sobre tópicos novos ou complexos, fazendo ou respondendo perguntas. Similar ao anterior, porém mais frequente. Tende a estar presente em mais situações de fala, menos consistente e mais flutuante. Reação da criança Nenhuma Algumas apresentam pequeno interesse, outras se frustram. Vergonha e medo de falar. Reação dos pais Nenhuma Alguns se preocupam Todos tem algum grau de
  • 23. Tratamento  Tratamento é principalmente não-farmacológico;  Não existe tratamento curativo;  Objetivo é prevenir a progressão da gagueira e eliminar comportamentos associados;  Família tem um papel importante no manejo da gagueira;  A chance de êxito diminui quando sintomas persistem após 8 anos de idade.
  • 24. Tratamento Disfluência comum Gagueira leve Gagueira severa Tratar Encaminhar à fonoaudiologia
  • 25. Tratamento PRASSE JE, Kikano GE. Stuttering: an overview. Am Fam Physician. 2008;77(9):1271-1276,1278.
  • 26. Tratamento MACIEL TM, Celeste LC, Martins-Reis VO. Gagueira infantil: subsídios para pediatras e profissionais de saúde. Rev Med Minas Gerais 2013; 23(3): 360-366.
  • 27. Tratamento MACIEL TM, Celeste LC, Martins-Reis VO. Gagueira infantil: subsídios para pediatras e profissionais de saúde. Rev Med Minas Gerais 2013; 23(3): 360-366.
  • 28. Tratamento Farmacológic o Risperidona Olanzapina Pagoclone Paroxetina Sertralina Diminui dopamina em regiões chaves do cérebro Droga antipsicótica Modulador ácido gama- aminobutírico não BZD Reduz o período de silêncio cortical Ansiolítico cológico que
  • 29. Conclusão  A grande maioria dos casos está relacionada à disfluência comum, originada no desenvolvimento normal da fala, e não à gagueira;  É importante o conhecimento dos diagnósticos diferenciais para adequada orientação por parte de pediatras e clínicos;  A participação e cooperação da família é um ponto chave para a eficácia terapêutica;  Uma conduta adequada reduz ansiedade e mau ajustamento social da criança.
  • 30. Referências  ASHURST JV, Wasson MN. Developmental and persistent developmental stuttering: an overview for primary care physicians. J Am Osteopath Assoc. 2011;111(10):567-580.  BLONGREN M. Behavioral treatments for children and adults who stutter: a review. Psychology Research and Behavioral Management 2013:6 9-19 .  CONTURE EG, Kelly EM, Walden TA. Temperament, speech and language: an overview. J Commun Disord. 2013 ; 46(2): 125-142 .  Guitar, B., & Conture, E. G. (Eds.) (2006). The child who stutters: To the pediatrician. Third edition, publication 0023. Memphis, TN: Stuttering Foundation of America. Disponível em: www.stutteringhelp.org/prevalence; acessado 30/05/2014 ás 18horas.  HOWELL P, Davis S, Williams R. Late childhood stuttering. J Speech Lang
  • 31. Referências  LÓPEZ MB. Espasmofemia: diagnóstico y tratamiento. Rev. Med. Clin. Condes – 2009;20(4) 486-490 .  MACIEL TM, Celeste LC, Martins-Reis VO. Gagueira infantil: subsídios para pediatras e profissionais de saúde. Rev Med Minas Gerais 2013; 23(3): 360-366.  MCALLISTER J, Collier J. Birth weight and stuttering: evidence from three birth . Journal of Fluency Disorders 39 (2014) 25-33.  MERÇON SMA, Nemr K. Gagueira e disfluência comum na infância: análise das manifestações clínicas nos seus aspectos qualitativos e quantitativos. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.2, 174-9, abr-jun, 2007.  OLIVEIRA BV, Domingues CEF, Juste FS, Andrade CRF, Moretti-Ferreira D. Gagueira desenvolvimental persistente familial: perspectivas genéticas. Rev Soc bras Fonoaudiol. 2012;17(4):489-94.
  • 32. < 4 anos < 1 ano do Início Disfluencia BAIXO RISCO Trat. INDIRETO Trat. DIRETO
  • 33. Referências  OLIVEIRA CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EN. Orientação familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(1):115-24.  PRASSE JE, Kikano GE. Stuttering: an overview. Am Fam Physician. 2008;77(9):1271-1276,1278.  REILLY S, Onslow M, Packman A, Cini E, Conway L, Ukoumunne OC, Bavin EL, Prior M, Eadie P, Block S, Wake M. Natural history of stuttering to 4 years of age: a prospective community-based study. Pediatrics 2013;132:460-467.  ROSSI R, Pinto JCBR, Arcuri CF, Ávila CRB, Schiefer AM. Habilidades fonológicas em crianças com gagueira. Rev CEFAC. 2014 Jan-Fev; 16(1):167-173.  TUMANOVA V, Conture EG, Lambert EW, Walden TA. Speech disfluencies of preschool-age children who do and do not stutter. Journal od Communication Disorders (2014),

Notas do Editor

  1. Gagueira esta associada ao aumento dos riscos de mau ajustamento social e emocional isso requer que profissionais da saúde e da educação tenham conhecimentos suficientes para acolher esses indivíduos e suas famílias; O encaminhamento e a intervenção inadequada podem provocar insegurança e ansiedade na criança e em seus familiares; Pediatras muitas vezes ficam confusos na tomada de decisão no que diz respeito ao encaminhamento;
  2. Afeta a fluência da fala, causando interrupções na cadeia segmentar devido a falhas na programação motora temporal, com sucessivas tentativas de retomada da fluência
  3. Linguagem é o sistema através do qual o homem representa o que sabe e o que pensa sobre o mundo, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. A fluência refere-se ao fluxo continuo e suave de produção de fala, variável de individuo para individuo, dependente de fatores emocionais, situacionais e lingüísticos. As disfluencias comuns que aparecem na fala dos indivíduos gagos ou fluentes estão relacionadas ao processamento da linguagem, enquanto as disfluencias gagas ao processamento da fala. São consideradas disfluencias comuns: hesitação, interjeição, revisão, repetição e/ou não termino das palavras. As disfluencias gagas abrangem prolongamento de sons, bloqueio e repetição de sons e silabas.
  4. Na criança, a gagueira se manifesta na faixa etária entre os 2 anos e 5 anos de idade que coincide com o aumento da complexidade do desenvolvimento da linguagem oral;
  5. A etilogia da gagueira ainda não esta totalmente clara, sabe-se que esta associada a vários fatores de risco como gênero, historia familiar, a idade de inicio, a duração e fatores emocionais e psicológicos;
  6. DETALHANDO OS FATORES DE RISCO RELACIONADOS AO EMOCIONAL E PSICOLOGICO: Fatores que são predisponentes ou como conseqüência da gagueira. Estes comportamentos disponibilizam pouco tempo para a criança transmitir sua mensagem, representando um aumento na demanda linguística e motora da fala. As atitudes familiares com crianças fluentes, gagas e com risco para o desenvolvimento da gagueira foram comparadas. Os resultados mostraram que quanto maior o risco, pior era a qualidade destes comportamentos, havendo diferença estatisticamente significante entre os grupos(9). As reações negativas dos interlocutores da criança com gagueira, como, por exemplo, completar as palavras e desviar o olhar, podem interferir negativamente no prognóstico terapêutico(16-19), bem como prejudicar a comunicação(19). Estas atitudes poderão colaborar para o desenvolvimento de uma baixa auto-estima e uma crença na incapacidade articulatória, ocasionando, em alguns casos, a fuga de situações comunicativas.
  7. Observou-se tbm que gagos tem uma diminuição das abilidades cognitivas comparado com não gagos. Podem mostrar evidencias de dano à saúde mental, no temperamento, ou qualidade psicossocial.
  8. Observa-se que as crianças que gaguejam tendem a apresentar anomalias de desenvolvimento da área de broca (menos substancia cinzenta no giro frontal inferior esquerdo) e desorganizacao da substancia branca no operculo rolandico esquerdo abaixo da representacao motora da articulacao da fala O operculo rolandico situa adjacente ao cótex motor primário da laringe, faringe e língua Outros estudos associam a gagueira aos núcleos da base e a área motora suplementar (MAS); Os núcleos da base - automatização de seqüência motoras rápidas, como a fala, e fornecem pistas de temporalização para a AMS, o que depende de distinção nítida entre a ativação focal (iniciação dos movimentos) e inibição difusa (inibição de movimentos involuntários) do córtex cerebral; Falhas nesse processo podem resultar em dificuldade para a iniciação do movimento e liberação de movimentos involuntários, o que e comumente encontrado na gagueira; Algumas pesquisas sugerem que também existam problemas no processamento/retroalimentação auditiva em pessoas com gagueira.
  9. Essas questões são listadas em ordem da gravidade do problema. Se os pais respondem "sim" a qualquer questão que não seja o número um, sugere a possibilidade de gagueira em vez de disfluência normal.
  10. Essas questões são listadas em ordem da gravidade do problema. Se os pais respondem "sim" a qualquer questão que não seja o número um, sugere a possibilidade de gagueira em vez de disfluência normal.
  11. Você deve ter notado que a fala da criança pode ser interrompida ou enroscada devido á dificuldade que ela tem em falar de forma contínua (sem parar no começo ou no meio da palavra). Vários tipos de quebras (disfluências) podem acontecer na fala. Caso você tenha marcada os X na maioria dos desenhos da segunda linha, provavelmente a criança está passando por um período de disfluências comuns, e não gagueira. As disfluências ocorrem por vários motivos, como: dúvida na escolha da palavra ou no uso correto da gramática, e são utilizadas para organizar o pensamento, entre outros motivos. Estas disfluências vão diminuindo conforme a criança vai adquirindo a fala e a linguagem. Se a fala da criança for interrompida freqüentemente pelas disfluências descritas na primeira linha, possivelmente a criança apresenta gagueira. Em alguns casos a criança poderá apresentar movimentos associados com o corpo, como piscar os olhos, movimentar a cabeça para frente, junto com o problema na fala.
  12. Maiores taxas de sucesso quando inicia o tratamento antes dos 4 anos de idade.
  13. Alterar a frequência da voz, mimetizando um coral. Comprovado que diminui ou cessa as ocorrências de gagueira. Pode ser realizado o mecanismo de feedback por audiometria: Gravar as falas da criança e permitir que ela ouça, de forma a entender aquilo que lhe traz problemas pra falar e treinar não errar mais! Controle de fluência: Utilizar um estilo de fala que permita segurança e automonitoramento. Diminuir a velocidade de fala Envolvimento dos pais: pais manter um controle de quais os momentos q a criança gagueija mais e tentar diminuir esses momentos. Motivar a criança falar devagar, não interrompê-la, nem julgá-la. Deve-se usar frases motivadoras qnd a criança não gagueja.
  14. Frizar que foram essas as RECOMENDAÇÕES dadas aos pais da criança.
  15. Importante lembrar de falar que essas drogas foram descobertas em experimentos nos quais foram feito tentativas e elas foram mais eficazes que placebos na reduçao de gagueira. Não existe um motivo exato para o tratamento, nem os mecanismos de redução estão esclarecidos.