O documento discute a diferenciação pedagógica, incluindo por que é importante diferenciar (por exemplo, devido às múltiplas inteligências e estilos de aprendizagem dos alunos), como um fator de inclusão para grupos de risco, e os tipos de diferenciação (conteúdo, processos e produtos).
2. CONTEÚDOS
Diferenciar Porquê?
Teoria das Inteligências Múltiplas.
Estilos de Aprendizagem.
Hierarquia das Necessidades de Maslow.
Modelo Ecológico.
Diferenciação como factor de inclusão.
Grupos em risco de exclusão social.
Pedagogia Diferenciada e Diferenciação Pedagógica:
Conceitos.
Tipos de Diferenciação Pedagógica.
Como diferenciar?
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3. Para assegurar uma
selecção justa, vão
fazer todos o
mesmo teste. Têm
que subir aquela
árvore.
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6. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Cada um revela: pontos fortes e
pontos fracos, tipos de
inteligência variados.
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7. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Para pensar…..
“a Inteligência é a capacidade de
resolver problemas ou produzir
produtos valorizados pela sociedade
em que o indivíduo vive.”
(Gardner e Sternberg)
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8. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Teoria das Inteligências Múltiplas
O professor, que considere a teoria das inteligências
múltiplas (Gardner, 1993), deve também ter em conta as
inteligências dos seus alunos.
Numa escola que valoriza sobretudo as inteligências
linguística e lógico-matemática, os alunos com maior
desenvolvimento noutro tipo de inteligências acabam por
ter menor sucesso.
Assim, um ensino eficaz deve conceber estratégias que
contemplem as características dos diferentes tipos de
inteligência.
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9. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Características dos sete tipo de inteligências
(sinopse)
Tipo de inteligência Características
Linguística Pensa com palavras. Gosta de ler, escrever, trabalhar
com textos e com histórias, fazer jogos de palavras,
diálogos e debates.
Lógico- Pensa através do raciocínio e da dedução. Gosta de
experimentar, questionar, calcular, reflectir e raciocinar.
matemática
Visual-espacial Pensa através de imagens e relações espaciais.
Visualiza com facilidade. Gráficos, imagens, diagramas,
mapas de ideias, mapas de conceitos são bons
auxiliares para a aprendizagem.
Gosta de desenhar, elaborar esquemas, fazer puzzles,
ler livros ilustrados.
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10. Tipos de Características
inteligência
Cinestésica Toma consciência da realidade através do corpo.
A melhor forma de ter sucesso na escola é aprender o que aí
é ensinado com o seu próprio corpo. Aprende fazendo e gosta
de actividades como: gestos, dramatizações, movimento,
exercício físico.
Musical Pensa através do ritmo e da melodia. Gosta de cantar, ouvir,
marcar ritmos e a criação de melodias podem ser poderosos
auxiliares na aprendizagem e na memorização.
Interpessoal Pensa através da troca de ideias com outras pessoas. Gosta
de organizar, liderar, trabalhar em grupo, participar em
acontecimentos sociais.
Intrapessoal Precisa de um tempo e de um espaço individuais
introspectivos para amadurecer as ideias.
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13. DIFERENCIAR PORQUÊ?
CASCÃO,
ENSINEI O
!?! FLOQUINHO A
ASSOBIA
ASSOBIAR ! FLOQUINHO
!!
EU DISSE QUE
ENSINEI, NÃO QUE
ELE HAVIA
APLENDIDO!!!
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14. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Estilos de aprendizagem
Ensinar e Aprender devem ser vistas
como duas entidades separadas, embora
fortemente ligadas. Há atitudes e
processos ligados ao ensinar, mas há
também atitudes e processos ligados ao
aprender.
(Paulo Freire)
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16. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Estilos de aprendizagem
São formas pessoais de apropriação do saber.
Definem à partida as competências mais fortes
e menos fortes do aluno.
São uma preferência característica e dominante
na forma como os alunos recebem e processam
informações.
(Felder, 2002).
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17. DIFERENCIAR PORQUÊ?
Estilos de aprendizagem
(Canais de Recepção e Tratamento da Informação)
A - Estilo de aprendizagem Visual.
B – Estilo de aprendizagem Auditivo.
C – Estilo de aprendizagem Táctil / Cinestésico.
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18. “Como estamos a iniciar o ano, gostaria de
informar o Sr. Professor de que o meu estilo
de aprendizagem é Táctil - Cinestésico.”
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19. As capacidades e processos de aprendizagem
Capacidades Processos
Sensoriais Recepção da informação
Perceptivas Selecção da informação
Cognitivas
1. Atenção cognitiva 1. Atribuição de significado pessoal à
2. Memória informação – compreensão
3. Raciocínio 2. Integração
3. Evocação/organização mental da
resposta
Motoras Resposta (se o aluno aprendeu consegue
explicar por palavras suas)
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31. PEDAGOGIA DIFERENCIADA
O que é?
A pedagogia diferenciada é uma pedagogia
dos processos:
desencadeia-se num ambiente de aprendizagem
aberto, onde as aprendizagens são explicitadas
e identificadas de modo a que os alunos
aprendam segundo os seus próprios itinerários
de apropriação dos saberes e do fazer.
(Przesmychi)
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32. DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
O que é?
É a adequação do estilo de ensino aos estilos de aprendizagem.
Uma educação baseada na diferenciação dos
estilos de aprendizagem tem como ponto de
partida a identificação e a valorização das
competências mais evidentes dos alunos.
Os professores devem recorrer a estratégias
diversificadas, materiais e recursos de diferente
natureza e de formato diverso.
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33. Para Perrenoud…
DIFERENCIAÇÃO é “romper com a
pedagogia magistral – a mesma lição e os
mesmos exercícios para todos ao mesmo
tempo – mas é sobretudo uma maneira de
pôr em funcionamento uma organização
de trabalho que integre dispositivos
didácticos, de forma a colocar cada aluno
perante a situação mais favorável”.
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34. MITOS SOBRE DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
A diferenciação consiste na realização de
exercícios auto corrigíveis.
A diferenciação consiste na resolução de
situações problema.
O professor não usa o método expositivo.
A diferenciação não resulta em turmas que
pretendem ter médias altas em exames.
A diferenciação destina-se principalmente
a alunos com NEE.
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35. Princípios da diferenciação pedagógica
1.O professor põe em evidência o essencial – o que é
importante.
2.O professor tem que reconhecer as diferenças entre os
alunos.
3.A avaliação e a instrução são inseparáveis – a avaliação
deve ser continua, formativa. Fazer diários, portefólios,
inventariar capacidades e aplicar questionários de
interesse.
4.Todos os alunos têm de participar na sua própria
instrução.
5.As propostas/ desafios de trabalho devem ser exequíveis
(desafios moderados).
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36. Princípios da diferenciação pedagógica
6. A informação/ conteúdos devem ter sentido para o
aluno.
7. O professor e os alunos colaboram no processo de
aprendizagem: planificam, definem objectivos, reflectem
sobre o progresso, analisam o sucesso e os fracassos.
8. O professor estabelece equilíbrio entre as normas
individuais e de grupo.
9. O professor muda o conteúdo, o processo e o
produto de acordo com:
• a disponibilidade dos alunos;
• o interesse dos alunos;
• o perfil de aprendizagem dos alunos.
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37. Quais os tipos de Diferenciação Pedagógica?
Podemos diferenciar ao nível de:
1.Conteúdos
2. Processos
3. Produtos
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38. 1. DIFERENCIAÇÃO DE CONTEÚDOS
Permitir que os alunos
conheçam diferentes tipos de
textos e documentos sobre um
determinado tema;
Estabelecer as competências e
objectivos para os alunos com
necessidade de adaptações
curriculares e transmitir o que se
espera deles.
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39. 2. DIFERENCIAÇÃO DE PROCESSOS
Estratégias e actividades de acordo com o perfil dos
alunos:
Resumo da aula no seu início;
Realização de questões orientadoras/ questões de
partida (competências essenciais);
Instruções concretas;
Técnica dos andaimes – scaffolding;
Transmissão de estratégias cognitivas e
metacognitivas;
Formação de grupos;
Quadro de tarefas/ objectivos;
Organização de portefólios;
Realização de exercícios/ ficheiros/ jogos;
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40. 2. DIFERENCIAÇÃO DE PROCESSOS
Formação de dicionários de conceitos;
Utilização de recursos de apoio à organização do
estudo;
Estratégia Puzzle: Desenvolvimento de
interdependência;
Valorização do feedback dos alunos;
Negociação de prémios;
Auto – avaliação do trabalho realizado (diário; semanal;
mensal…);
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41. 3. DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTOS
•A avaliação tradicional valoriza os
testes padronizados, destinados ao
“aluno médio”.
•A avaliação contínua é muitas vezes
desvalorizada.
•O professor pode usar diferentes
instrumentos para avaliação:
Grelhas de observação;
Portefólios;
Trabalhos de casa;
Fichas de avaliação;
•A avaliação deve ter em conta o
desenvolvimento intraindividual do
aluno. Patrícia Praça de Almeida 41
42. PEDAGOGIA DIFERENCIADA
Como fazer?
A nível da sala de aula preconiza-se por:
1. Atitude flexível e sensibilidade do professor.
2. Gestão aberta do tempo lectivo.
3. Análise dos estilos de aprendizagem dos alunos.
4. Valorização do trabalho autónomo dos alunos.
5. Negociação aluno/professor.
6. Diversificação de estratégias, actividades, materiais.
7. Utilização de novas formas de avaliação.
8. Trabalho de equipa.
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43. 1. Atitude flexível e sensibilidade
do professor
Ultrapassar a insegurança que sente face à perspectiva de
“abandonar” formas de ensinar que aprendeu.
Rentabilizar o seu saber fazer e a sua experiência, em novas
abordagens do acto educativo.
Criar um clima de boa vontade com os colegas para a
experimentação conjunta de novos percursos.
Implementar o trabalho de equipa para a elaboração de
instrumentos de trabalho:
1. Inventário de objectivos.
2. Tabelas de progressão na aprendizagem.
3. Fichas de avaliação diagnostica das dificuldades do aluno.
4. Fichas de auto-avaliação no fim de uma sequência de aprendizagem.
5. Fichas de trabalho autónomo variadas e adaptadas aos diferentes
processos de aprendizagem.
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44. 1. Atitudes dos envolvidos
•Abertura à mudança;
•Criação e promoção de um clima
seguro, encorajador, eficiente e
colaborativo;
•Estabelecimento de regras;
•Valorização de todos os envolvidos;
•Incentivo à auto - estima, à motivação,
à regulação de comportamentos e ao
sucesso;
•Distribuição de tarefas entre
professores e alunos.
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45. 2. Gestão aberta do tempo lectivo
Para realizar um projecto de pedagogia
diferenciada é importante diferenciar os
conteúdos e os processos, o que exige
uma estruturação do tempo diferente.
O professor planifica e organiza o tempo
e os grupos de acordo com os estilos de
aprendizagem dos seus alunos.
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46. 3. Análise dos estilos de
aprendizagem dos alunos
Discussão/Reflexão
Como fazer a análise do estilo de aprendizagem dos
alunos?
Que forma de ter em conta o respeito pelo estilo de
aprendizagem do aluno?
Que possibilidades de escolha tem o aluno e em que
domínios?
Qual o papel do professor no processo de
aprendizagem?
Que tipos de avaliação vai utilizar?
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47. 3. Análise dos estilos de aprendizagem dos
alunos
Como identificar os estilos de aprendizagem?
Para identificar os estilos de aprendizagem
de um aluno, o professor tem que recolher
informação relativamente a cada aluno, nos
seguintes aspectos:
1. A motivação (grau de envolvimento na tarefa).
2. As capacidades e processos de aprendizagem.
3. Os saberes prévios do aluno.
4. Os hábitos e métodos de trabalho.
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48. Caracterização dos alunos:
Interesses e expectativas;
Estilos de aprendizagem;
Inteligências Múltiplas;
Aprendizagens de cada área.
Quanto mais o Professor sabe sobre o seu aluno mais eficaz
se torna o processo de ensino - aprendizagem.
Esta informação pode ser utilizada para ajudar os alunos
a conhecerem melhor a sua forma de aprender.
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49. 5. Negociação
A negociação entre professor/alunos: regras devem
estar bem definidas desde o início do ano.
Os alunos definem com o professor objectivos de
aprendizagem individual/turma, estabelecendo os
conteúdos, a forma de os abordar (trabalho
individual/de grupo), o tempo necessário para a sua
concretização.
Discussão de “prémios” ou “penalidades”.
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50. 6. Diversificação
Formas de agrupamento dos alunos;
Graduação da dificuldade da tarefa;
exercício; ficha.
Transmissão de estratégias cognitivas e
metacognitivas;
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51. 7. Avaliação
A avaliação tradicional valoriza os testes
padronizados, destinados ao “aluno médio”.
A avaliação contínua é muitas vezes desvalorizada.
O professor pode usar diferentes instrumentos para
avaliação:
Grelhas de observação;
Portefólios;
Trabalhos de casa;
Fichas de avaliação;
A avaliação deve ter em conta o desenvolvimento
intraindividual do aluno.
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52. “Diz-me e eu esquecerei,
Ensina-me e eu lembrar-me-ei,
Envolve-me e eu aprenderei.”
Provérbio Chinês
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