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Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 57 >
Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Especiais numa
escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico
JOAQUIM COLÔA
joaquim.coloa@gmail.com
LEONOR SANTOS
mlsantos@ie.ul.pt
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Resumo
Foi nosso objetivo no presente estudo compreender que traços caraterizam as
políticas e culturas relativamente ao desenvolvimento de processos de avaliação
inclusiva numa escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico em Lisboa. Para tal, recorre-
mos a uma abordagem metodológica de cunho interpretativo. No levantamento de
dados recorremos à recolha documental, à entrevista semiestruturada e à observa-
ção. A denominação de avaliação inclusiva remete-nos para uma perspetiva de
avaliação universal, processos de avaliação para as aprendizagens que, embora
diversos e diversificados, são dispositivos que integram os processos de ensino e
de aprendizagem de todos os alunos. Pressuposto que se realiza com base numa
visão estratégica clara e criadora de sinergias realizadoras de uma cultura identitá-
ria e potenciadora da perspetiva de avaliação inclusiva. Da análise dos dados reali-
za-se que existe tensão e incongruência entre o prescrito e o apropriado. As diver-
sas narrativas dão-nos conta de contradições e frágil visão estratégica relativamen-
te à implementação de políticas e construção de culturas potenciadoras do desen-
volvimento de processos de avaliação inclusiva.
Palavras-chave:
Políticas, culturas; avaliação inclusiva.
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 58 >
Abstract
The present paper presents part of a broader investigation on the assessment of
students with Special Educational Needs (SEN), developed at a primary school in
Lisbon. It was our goal to understand that traces characterized the policies and
cultures in relation to the development of inclusive assessment processes. To an-
swer this question we use a methodological approach of interpretative nature. In
the data collection we resorted to document collecting, interviewing and observa-
tion. The denomination of inclusive assessment refers us to a perspective of uni-
versal assessment, assessment for learning processes that although diverse and
diversified are devices that integrate the teaching and learning processes of all
students. This assumption is based on a clear strategic vision and a creative syner-
gy that achieves a identity culture and promoters the prospect of inclusive assess-
ment. The analysis of the data reveals some tension and incongruity between the
prescribed and the appropriate. The various narratives give us the account of con-
tradictions and fragile strategic vision with regard to the implementation of poli-
cies and building of cultures promoters the development of inclusive assessment
processes.
Key concepts:
Policies; cultures; inclusive assessment.
Introdução
O processo de avaliação ao relacionar-se com os processos de ensino
e de aprendizagem “constitui-se um dos elementos mais interessan-
tes do modelo didático pois incide sobre todos os outros. A avaliação
afeta os objetivos, conteúdos, recursos, relações de comunicação e
organização” (Capita, 2009, p. 23). “Num contexto escolar que se
perceciona como eficaz e inclusivo, todos os alunos são continua-
mente avaliados” (Colôa & Santos, 2014, p. 94). O desafio é enca-
rarmos a avaliação como processo imprescindível na identificação
de barreiras e facilitador à participação de todos os alunos nomea-
damente dos alunos com NEE. A avaliação é inclusiva quando dis-
positivo de ação integrado em contextos usuais e abrangentes de
participação. Contextos onde tanto as políticas como as culturas e as
práticas estão organizadas para promover a aprendizagem dos alunos
independentemente da sua condição neuro atípica, económica, social
e/ou cultural (EASNIE1, 2008, 2008a). Avaliar para promover as
aprendizagens remete-nos para um processo de avaliação formativa,
processo que ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar (Per-
renoud, 2008). Os processos de avaliação formativa não excluem os
dispositivos de avaliação sumativa.
Algumas vezes estas duas denominações são referidas respetivamen-
te, como “avaliação para as aprendizagens” e “avaliação das apren-
dizagens” (Opertti & Ji, 2017). A enfatização de uma ou outra di-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 59 >
mensão decorre de opções políticas que, com evidentes impactos na
participação dos alunos, caracterizam as culturas de cada agrupa-
mento de escolas. Por “cultura” entendemos as normas, os valores e
a forma como essas normas são percecionadas e os valores partilha-
dos, caracterizando o coletivo organizacional. Numa organização
escolar existe uma unidade cultural capaz de gerar harmonia na ação
coletiva e de produzir resultados efetivos quando existe uma visão
partilhada (Spicer, 2016), quando existem processos colaborativos.
Por vezes tanto as políticas como as culturas prefiguram sistemas de
avaliação “encaixados” entre um quadro legal mais geral e um outro
direcionado especificamente aos alunos com NEE (EASNIE, 2008a).
Contrariamente, o conceito de avaliação inclusiva é entendido en-
quanto processo de avaliação universal (EASNIE, 2008a; Bolt e Ro-
ach, 2009), dispositivo concebido para se tornar acessível a todos os
alunos, em detrimento de uma modificação dos níveis da sua utiliza-
ção. A avaliação inclusiva enquanto conceito universal é concebido
para todos os alunos, por isso difere do conceito de adequações no
processo de avaliação. Como salientam Miller; Collings & Kneale
(2015) o primeiro refere-se a um conjunto de dispositivos eficazes
que permitam a todos os alunos mostrar o seu potencial, o que sa-
bem, como sabem e o que conseguem fazer com esse saber. O se-
gundo remete para a modificação dos dispositivos de avaliação, con-
figurados em processos de avaliação alternativos e paralelos, nor-
malmente direcionados a um aluno e/ou a um conjunto de alunos
específico. Como defende a EASNIE (2008a, p. 58), as políticas
educativas sobre avaliação dos desempenhos dos alunos em geral e
dos alunos com NEE em particular “devem ter o objetivo de promo-
ver a avaliação inclusiva e de ter em conta as necessidades de todos
os alunos vulneráveis à exclusão, incluindo os que apresentam
NEE”.
Opertti e Ji (2017), com base nas conclusões da European Conferen-
ce on Assessment in Inclusive Settings (2008), destacam a ideia de
que os processos de avaliação inclusiva remetem para aspetos das
políticas e práticas desenvolvidas para a promoção das aprendiza-
gens de todos os alunos. Assim a mais-valia no desenvolvimento de
dispositivos de avaliação inclusiva realça a importância de, não des-
valorizando a componente das práticas, compreendermos e anali-
sarmos dimensões que se relacionam diretamente com as políticas e
inerentemente com as culturas (EASNIE, 2008a). Deste modo, com
o presente texto tentamos responder à seguinte questão: Que políti-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 60 >
cas são definidas e que culturas emergem relativamente ao processo
de avaliação no que respeita aos alunos com NEE?
1. Fundamentação Teórica
A avaliação como processo central do ensino e da aprendizagem de
todos os alunos enfatiza as condições de aprendizagem, numa lógica
de interação entre condições do aluno e condições dos contextos.
Perspetiva que sublinha os sucessos e elabora o erro como oportuni-
dade para aprender. A avaliação inclusiva referencia-se à ação de
cada um dos alunos, desenvolvida em contextos de vida concretos e
assegura a identificação e valorização dos progressos de cada aluno
independentemente das suas condições específicas. Florian (2010, p.
11), ao descrever o atendimento de alunos com NEE em Portugal,
fala no “dilema da diferença”. Por um lado, identificam-se as NEE
de caráter permanente e encontram-se respostas às necessidades des-
ses alunos. Por outro lado, a legislação aponta para a inclusão em
escolas do ensino regular. Morgado (2007) fala de repercussões nas
políticas educativas advindas destas ambiguidades, nomeadamente
nos aspetos relacionados com a educação inclusiva.
A avaliação inclusiva é desenvolvida nos contextos regulares de vida
dos alunos apoiando-se nos processos de ensino e de aprendizagem e
relaciona-se com o currículo de todos os alunos, nomeadamente dos
alunos com NEE (EASNIE, 2008a). Assumindo-se como dispositi-
vos de avaliação universais, nos quais os princípios básicos e os pro-
cedimentos são os mesmos para todos os alunos, mesmo que para
alguns alunos se identifiquem aspetos específicos de ação (EASNIE,
2008) o seu objetivo é a equidade (Perrenoud, 2008a; Miller; Col-
lings & Kneale, 2015). Neste sentido, a principal função dos proces-
sos de avaliação é apoiar os processos de aprendizagem. Para a EA-
SNIE (2008), os processos de avaliação devem direcionar-se a todos
os alunos e ter os seguintes enfoques: a) Fornecer indicações e pro-
mover as aprendizagens, b) Promover e reconhecer como direito a
sua participação nos próprios processos de avaliação, c) Identificar e
descrever as necessidades denotadas e as respostas ao nível das poli-
ticas, d) Desenvolver o processo com base na recolha e produção de
informação, retroalimentando-se, e) Ter em conta a diversidade dos
alunos, identificando e valorizando os progressos e os resultados
individuais e f) Ter como objetivo a prevenção da exclusão e evitar a
rotulação bem como promover práticas de ensino e de aprendizagem
que facilitem a inclusão em contextos não restritivos.
A avaliação inclusiva procede à remoção das barreiras à aprendiza-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 61 >
gem e à participação e relaciona-se com todos os aspetos da vida
escolar, não com uma perspetiva meramente académica do currículo.
Ela é na sua finalidade eminentemente formativa.
Este conceito acolhe consensos relativos a aspetos centrais da sua
natureza, como escrevem Pinto e Santos (2006) nomeadamente no
que respeita: i) Ao destinatário – o aluno e a sua própria aprendiza-
gem; ii) À tomada de consciência das barreiras e facilitadores – im-
plica o aluno; iii) À integração no próprio processo de aprendizagem
– não é um aspeto marginal; iv) À sua abertura e pluralidade – adap-
ta-se à singularidade do aluno; v) À sua focalização nos processos de
aprendizagem – valorizando-se mais o que se observa e a informa-
ção que se recolhe, do que os resultados da própria aprendizagem,
sobretudo não os tomando de forma isolada; vi) Ao seu dinamismo –
porque desencadeia, de forma interativa, a intervenção sobre o ensi-
no e a aprendizagem; vii) Ao tratamento do erro e dificuldades –
porque pretende perceber as suas causas; e viii) Aos feedbacks que
produz – porque retorna informações múltiplas direcionadas à orien-
tação das aprendizagens do aluno bem como ao desenvolvimento de
aspetos metodológicos e de materiais didáticos que permitam a mul-
tiplicidade de estratégias de ensino. Ideia que é reforçada por Santos
(2008) que recorre a Black e William (1998) para explicitar que o
conceito pode ser entendido, na sua generalidade, como referindo-se
a um conjunto de atividades desenvolvidas tanto por professores,
como por alunos, acrescentando nós que esse conjunto de atividades
também pode ser desenvolvido por outros profissionais. A avaliação
formativa desenvolve-se pelo respeito à diversidade e equidade,
princípios essenciais à inclusão e participação de todos os alunos e
pilar de todos os sistemas democráticos (Afonso, 2000).
A avaliação inclusiva, sem negar os momentos de avaliação sumati-
va, é um processo formativo que retroalimenta os processos de ensi-
no e de aprendizagem (Colôa, 2017). A avaliação formativa e a ava-
liação sumativa diferem quanto à sua função. É na utilização dada à
informação recolhida pelos processos de avaliação que radica a dife-
rença entre avaliação formativa e avaliação sumativa. Como diz San-
tos (2016, p. 4), a avaliação formativa tem como objetivo “ajudar a
aprender”, enquanto que avaliação sumativa tem como finalidade
“sintetizar a aprendizagem”.
Num propósito formativo, o objetivo é fornecer
evidência fundamentada e sustentada de forma a
agir para apoiar o aluno na sua aprendizagem. Di-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 62 >
rige-se aos atores diretamente envolvidos no pro-
cesso de ensino e aprendizagem (…). Num propó-
sito sumativo, o objetivo é o de descrever e dar
conta do que o aluno aprendeu e é capaz de fazer
num certo momento (Harlen & James, 1997), a fim
de hierarquizar, selecionar, orientar e certificar.
(Santos, 2016, p. 4)
Já Harlen (2006) explicita, em detrimento das expressões avaliação
sumativa e avaliação formativa, as denominações de: i) Avaliação da
aprendizagem – expressão usada para registar o que foi aprendido no
passado e ii) Avaliação para as aprendizagens – expressão utilizada
quando nos referimos a tomada de decisões que afetam o ensino e a
aprendizagem num futuro a curto prazo. Como referem Isaacs et al.
(2013), a avaliação para as aprendizagens define-se por: i) Ser parte
efetiva da planificação; ii) Focar-se no que os alunos aprendem; iii)
Ser central no desenvolvimento de práticas de sala de aula; iv) Ser
uma competência profissional chave; v) Ser sensível e construtiva;
vi) Motivar rapidamente; vii) Promover a compreensão de objetivos
e critérios; viii) Ajudar a apender e a como melhorar a aprendiza-
gem; ix) Desenvolver capacidades de autoavaliação bem como da
avaliação pelos pares; e x) Reconhecer todas as realidades educacio-
nais. É “o processo de recolha e interpretação de evidências por par-
te dos alunos e dos diversos profissionais para perceberem em que
patamar de aprendizagem os alunos se encontram, para onde devem
caminhar e qual a melhor forma de lá chegar.” (ARG2, 2002, p. 2). A
avaliação para as aprendizagens é um processo contínuo e cientifi-
camente consistente que envolve a recolha de informação para aferir
a aquisição de competências “construídas sobre os saberes e os sabe-
res fazer, sedimentando capacidade e disponibilidade para compre-
ender e agir” (Roldão, 2005, p. 48). Estes pressupostos reforçam a
ideia de que “as políticas educativas sobre avaliação em geral e es-
pecificamente das NEE devem promover a avaliação inclusiva e ter
em conta as necessidades de todos os alunos vulneráveis à exclusão,
incluindo os que apresentam NEE” (EASNIE, 2008a, p. 58). Segun-
do Booth e Ainscow (2002), a mudança nas escolas, no sentido da
implementação de dinâmicas de educação inclusiva, só é possível se
2 Assessment Reform Group é um grupo de investigadores sobre avaliação, num primeiro momento, financiados
pela Fundação Nuffield.. Em 1989 o grupo transformou-se num grupo de trabalho sobre política de avaliação que
desenvolve a sua atividade de investigação na Associação de Investigação em Educação Britânica.
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estas refletirem e trabalharem tendo em conta três dimensões (cfr.
figura1): a) Dimensão culturas – fornece feedback sobre o estado da
arte, relativamente à disseminação de uma filosofia inclusiva em
determinada comunidade escolar, e até que ponto a mesma foi ado-
tada, de forma mais ou menos consciente, pelos diversos agentes
educativos. Reporta-se também ao facto desta filosofia se tornar evi-
dente para toda a comunidade educativa, seja ao nível da realidade
seja ao nível da imagem que a mesma projeta no exterior; e b) Di-
mensão políticas – contempla a necessidade de serem introduzidos
os princípios inclusivos no próprio âmago dos projetos que apontam
para o aperfeiçoamento da organização escolar. Estas dimensões não
são vistas como algo paralelo e adicional à estratégia dessa comuni-
dade escolar, mas fazem parte integrante da mesma e orientam todas
as suas atividades e decisões, tornando-se presentes em todos os as-
petos do planeamento das suas rotinas.
Uma outra dimensão que embora constante na figura 1 não aborda-
remos diretamente neste texto é a dimensão práticas que remete para
a operacionalização, em sala de aula, dos aspetos de cultura como de
políticas inclusivas adotadas.
A avaliação inclusiva é um processo de avaliação na e para a diver-
sidade que se traduz na diferença de interesses, expetativas, relações
sociais, autonomias, afetividades, competências, capacidades, rit-
mos, processos de aprendizagem e, como percecionamos, de diferen-
tes procedimentos. Um desafio que se coloca à escola porque esta
“centra-se no desenvolvimento dos seus sistemas de avaliação que
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 64 >
atuam como um facilitador e não como uma potencial barreira à in-
clusão” (EASNIE, 2008a, p. 47). As políticas de avaliação concor-
rem para os processos de inclusão quando encaradas como uma
abordagem à avaliação em contextos regulares e organizadas para
promover, o mais possível, a aprendizagem de todos os alunos inde-
pendentemente da sua condição intrínseca ou extrínseca (EASNIE,
2008, 2008a). A políticas corporizadas pelas regras e normas inter-
nas e pela perceção que os diversos agentes educativos têm das
mesmas, (in)formam os elementos que caracterizam a cultura de
determinada organização escolar. A cultura enfatiza aspetos relacio-
nados com as crenças e os valores que de modo reflexivo são parti-
lhados por todos os agentes escolares e definem padrões de compor-
tamento comuns (Spicer, 2016). A definição destes padrões é possí-
vel quando as ações políticas têm impacto sobre todos os agentes
educativos e quando estes desenvolvem uma perceção de tal modo
partilhada e positiva capaz de potenciar uma ação conjunta, a cola-
boração a diversos níveis enquanto traço essencial de cultura organi-
zacional (Spicer, 2016). Perrenoud (2000), sobre o trabalho colabo-
rativo estabelece quatro níveis de ação progressivamente mais com-
plexos. No primeiro nível trata-se simplesmente de coordenar a utili-
zação de recursos existentes no espaço da escola. O segundo nível
remete para a facilitação de troca de conhecimentos e ideias contri-
buindo-se para um certo ajustamento de linguagens e de referentes.
O terceiro nível caracteriza-se pela partilha das práticas e, eventual-
mente, para o desenvolvimento de processos colaborativos com base
em dinâmicas interdisciplinares. O quarto nível configura um verda-
deiro trabalho de equipa com base na corresponsabilização de todos
os profissionais. Neste sentido parece-nos poder afirmar que as polí-
ticas e culturas relativas à avaliação para as aprendizagens estariam,
como qualquer elemento organizacional, sujeitas às dinâmicas de
colaboração. A apropriação dos aspetos prescritivos estaria condici-
onada de tal modo pelo fator colaboração que no fundo seria esta
(pela sua maior ou menor presença) a principal matriz da cultura de
escola. Cultura que poderia ser caraterizada desde uma colaboração
básica e meramente instrumental como indicia o primeiro nível des-
crito por Perrenoud (2000), até uma colaboração de tal modo sofisti-
cada que faria emergir traços de: liderança colaborativa e tomada de
decisões colegiais, colaboração entre os diversos agentes educativos,
elementos claros de desenvolvimento profissional e de parcerias de
aprendizagem, unidade de missão e visão estratégica, apoio ao de-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 65 >
senvolvimento organizacional, incorporação de elementos inovado-
res e assunção de riscos (Spicer, 2016).
2. Metodologia
A metodologia orientou-se por uma perspetiva interpretativa e en-
quadra-se nos constructos dos estudos de caso de índole interpretati-
vo. O caso em estudo é uma escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de
Lisboa. Participaram no total dez profissionais. Destes, seis traba-
lhavam diretamente com os alunos: duas professoras do ensino regu-
lar - uma de cada uma das turmas (DRA e DRB), uma professora de
educação especial (DE), uma terapeuta da fala (PA), uma psicóloga
(PB) e uma terapeuta ocupacional (PC). Os restante quatro tinham
funções de direção e/ou coordenação: diretor do agrupamento de
escolas (DA), coordenadora do departamento do 1.º Ciclo do Ensino
Básico (DB), coordenador do departamento de educação especial
(DC) e coordenadora da unidade escolar onde decorreu o estudo
(DD).
Os dados foram recolhidos com base em documentos disponibiliza-
dos pela direção do agrupamento de escolas e por cada uma das pro-
fessoras das turmas: Guia de Avaliação dos Alunos 1.º Ciclo (GAA),
Orientações Normativas para a Avaliação dos Alunos (ONAA), Pla-
no de Atividades da Escola do 1.º CEB (PAER), Programa Curricu-
lar da Turma A (PCTA), Programa Curricular da Turma B (PCTB) e
Regulamento Interno (RI). Também foram recolhidos dados com
recurso a entrevistas semiestruturadas realizadas a cada um dos pro-
fissionais. Também observámos, em cada uma das turmas, um con-
junto sequencial de aulas distribuídas pelos três períodos letivos. A
análise dos dados foi realizada com recurso à análise de conteúdo
recorrendo a categorias: a) Visão estratégia relativa ao processo de
avaliação; b) As diretrizes orientadoras remetem para diplomas le-
gislativos gerais; b) As diretrizes orientadoras remetem para diplo-
mas legislativos relativos à educação especial; c) O foco são os alu-
nos com NEE ou a heterogeneidade dos alunos e d) Conhecimen-
to/apropriação das orientações constantes nos documentos internos e
sua relação com aspetos de colaboração.
3. Resultados
Dos resultados evidenciamos três grandes grupos de análise: Politi-
cas, culturas e colaboração.
3.1. Políticas – dos normativos internos
Dos diversos discursos recolhidos (entrevistas e documentos) tentá-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 66 >
mos identificar diretrizes gerais que embora possam remeter para
diplomas legislativos de cariz nacional introduzem por princípio, nas
políticas do agrupamento de escolas, elementos estruturantes do ato
avaliativo no geral e mais especificamente da avaliação dos alunos
com NEE.
No âmbito da avaliação dos alunos, cabe ao Agrupa-
mento de escolas (…) a concretização de medidas es-
pecíficas e a definição de contingências que regem as
práticas avaliativas tonando-as coerentes. (ONAA, p.
4)
A definição de forças de ação pelos decisores do agrupamento de
escolas acentua um ou outro elemento legislativo bem como a possi-
bilidade de mobilizar determinado tipo de respostas, no respeito pe-
las necessidades específicas dos alunos. Assim, num primeiro mo-
mento percebemos como linhas de força estruturantes relativamente
à avaliação e transversais à maioria dos documentos analisados a
ideia de que: "a avaliação tem caráter sistemático e contínuo" (RI, p.
31), deve "valorizar a evolução do aluno ao longo do ciclo" (GAA,
p.1) e é um mecanismo "a ter em conta no processo de ensino e
aprendizagem" (RI, p. 13). Outra linha política percecionada como
estruturante é a defesa de um processo de avaliação eminentemente
formativo:
Identifica-se com a visão formativa da avaliação. (…)
Entende-se a avaliação não como um objetivo a atin-
gir mas sim como um instrumento ao serviço da me-
lhoria do desempenho dos alunos. (ONAA, p. 6)
Narrativa da avaliação como mecanismo de resposta à diversi-
dade que pretende “identificar diferentes ritmos de aprendiza-
gem e necessidades educativas especiais dos alunos, proceden-
do à sua referenciação” (RI, p. 13). Ação que implica que to-
dos os profissionais procedam “à avaliação global das situa-
ções relacionadas com problemas de desenvolvimento, com
dificuldades de aprendizagem, com competências e potenciali-
dades específicas (…) (RI, p. 25). Mecanismo que apela à “di-
versificação dos intervenientes no processo de avaliação”
(ONAA, p. 6) e que pode ser desenvolvido “conjuntamente
com outros serviços especializados" (RI, p. 25), externos ao
agrupamento de escolas desde que "assegurem a implementa-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 67 >
ção de uma avaliação interdisciplinar" (RI, p. 18). O processo
de avaliação é visto pelos decisores políticos como uma tarefa
colaborativa que apela a consensos:
Dentro do grupo de professores de cada ano de esco-
laridade (...). Para avaliar a utilização de instrumentos
de avaliação e/ou apresentar novos instrumentos ou
alterações aos instrumentos existentes, ou articular
atividades e procedimentos de ensino que o corpo do-
cente considere pertinente desenvolver no agrupa-
mento por ano de escolaridade. (…) Reuniões de
Conselho de Docentes dedicadas à avaliação no final
de cada ano letivo. (ONAA, p. 10)
Independentemente da colaboração, o processo de avaliação apela à
centralidade do docente titular da turma no sentido de:
Avaliar a situação da turma e identificar caraterísticas
específicas, bem como estilos de aprendizagem dos
alunos a ter em conta no processo de ensino e apren-
dizagem. (...) promovendo a articulação com a equipa
multidisciplinar, de modo a eliminar barreiras à
aprendizagem e participação. (RI p. 13)
Corporizando o sentido de participação dos alunos, as políticas do
agrupamento de escolas apelam ao seu envolvimento no próprio pro-
cesso de avaliação:
Os alunos do 3.º e 4.º ano intervêm neste processo,
através da sua autoavaliação realizada no final de ca-
da período, no final do ano e tendo por referência os
critérios de avaliação explanados através de uma ficha
própria. (GAA, p. 2)
Para além desta formalidade, a autoavaliação aponta para uma ação
pró-ativa, multidimensional e complexa de metacognição cujo objeto
é a própria aprendizagem. É um processo de contínua integração, por
parte do aluno, de estratégias cognitivas sobre as suas competências,
bem como sobre os obstáculos percecionados no desenvolvimento
de tarefas e sobre as melhores estratégias para os ultrapassar:
A autoavaliação (…) não só uma modalidade de ava-
liação mas um valor. Esta modalidade permite o de-
senvolvimento de sentido crítico quanto ao processo
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 68 >
de aprendizagem, um maior conhecimento dos crité-
rios de avaliação e o desenvolvimento da metacogni-
ção, possibilitando a descoberta de estratégias pesso-
ais de aprendizagem mais eficazes. (ONAA, p. 8)
O processo de avaliação auxilia “os alunos na tomada de deci-
sões relativamente ao seu processo educativo” (RI, p. 31) e
procura “que cada aluno realize o seu percurso escolar, maxi-
mizando em cada momento o desenvolvimento das suas com-
petências” (ONAA, p. 6). Processo que, remete para a "imple-
mentação de metodologias que implicam a reflexão crítica
nomeadamente assembleia de turma" (PA, p. 1). Ação de ava-
liação reguladora da atividade dos discentes e aglutinadora de
dimensões como o saber, o fazer, o ser e o estar:
As menções classificativas a atribuir decorrem da fre-
quência com que são verificados (em momentos for-
mais ou informais de avaliação) (…) da apropriação
dos conhecimentos abordados e de expressão de ati-
tudes e valores. (GAA, p. 1)
O mecanismo de avaliação fornece “enquanto regulador da
prática educativa. (RI, p. 31), feedback para a ação de ensino
“permitindo estabelecer metas intermédias, adotar novas me-
todologias e medidas de apoio educativo e adaptações curricu-
lares (RI, p. 31). Neste sentido, a avaliação apresenta cariz
formativo e “gera medidas de diferenciação pedagógica ade-
quadas às caraterísticas dos alunos e às aprendizagens e com-
petências a desenvolver (ONAA, p. 10). É entendida como
reguladora da ação, tanto do aluno, como do professor, pois
fornece informação para a alteração de “aspetos em que as
aprendizagens dos alunos precisam de ser melhoradas apon-
tando modos de superar as dificuldades. (GAA, p. 4).
Pela análise das narrativas dos diversos documentos internos, a
avaliação formativa parece ser um dos eixos centrais do pro-
cesso de avaliação, mecanismo de “avaliação qualitativa –
traduzida numa apreciação global dos conhecimentos adquiri-
dos" (GAA, p. 1). No entanto, se por um lado os diversos do-
cumentos internos do agrupamento de escolas sublinham a
necessidade de "dar primazia à avaliação formativa valorizan-
do os processos da autoavaliação, articulando-os com os mo-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 69 >
mentos de avaliação sumativa" (GAA, p. 1), por outro lado “a
avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a
progressão ou retenção do aluno" (ONAA, p. 10). Desígnio
normativo que parece desvalorizar a citada primazia da avalia-
ção formativa. Assim, em vez da informação recolhida pela
avaliação sumativa enriquecer os processos de avaliação for-
mativa, acaba por se sobrepor a estes, o que torna o processo
de avaliação eminentemente das aprendizagens e não para as
aprendizagens. Numa primeira abordagem, os processos de
avaliação enquadram-se numa lógica de avaliação universal:
Eu acho que há diferenças entre avaliar todos os alu-
nos, portanto estes não são diferentes dos outros. Por-
tanto, há diferenças entre todos os alunos, tanto no
que se refere à avaliação, como ao processo das
aprendizagens. (DA)
As orientações internas do agrupamento de escolas, sobre avaliação,
tiveram "os normativos legais, o projeto educativo e o regulamento
interno do agrupamento" (ONAA, p. 7), como base para a sua orga-
nização. O alinhamento das políticas do agrupamento de escolas à
legislação em vigor é reforçado quando se refere que as orientações
foram elaboradas "após leitura cuidada da Lei" (GAA, p. 1). No que
respeita especificamente aos alunos com NEE sublinha-se o impera-
tivo de se “cumprir os procedimentos fixados em lei nomeadamente
no que diz respeito à referenciação, avaliação, classificação (…)”
(RI, p. 26). Os decisores políticos e diversos responsáveis pela ela-
boração dos documentos internos do agrupamento de escolas partem
da premissa que os “normativos relativos à avaliação encontram-se
amplamente difundidos”. (ONAA, p. 4), pois "somos obrigados to-
dos a conhecer a legislação que refere que a avaliação pode ser diag-
nóstica, formativa ou sumativa" (DC).
No entanto, quando demasiado enfeudados na legislação, os docu-
mentos internos configuram-se como sínteses da mesma e tendem a
acrescentar pouco no sentido de serem criadas respostas mais especí-
ficas e concretas à população discente que serve. Deste modo, os
documentos internos não se revelam como instrumentos de política
para a diversidade. Assim, é lícito que muitas das orientações do
agrupamento de escolas sejam vistas como redundantes: “(…) se ao
menos houvesse alguma coisa de novo (…) às vezes é o mesmo que
já está na legislação e quando muda alguma coisa… às vezes ainda
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 70 >
piora (DRB). Esta ideia negativa sobre os normativos internos tende
a desvalorizar esses mesmos normativos e a ampliar a perceção de
algumas ambiguidades:
(…) de documentos do agrupamento… não tenho
muito conhecimento. (…) o Decreto-Lei 3/2008 é um
pouco complicado pois faz referência a um documen-
to de classificação que é a CIF que (…) que traz mui-
ta ambiguidade porque não traz rigor e eu penso que
de escola para escola podem existir diferentes avalia-
ções para o mesmo aluno… Não é rigorosa (…). (DE)
O discurso da docente de educação especial “diz respeito à referen-
ciação, avaliação, classificação" (RI, p. 26). Momentos prescritivos
do processo de avaliação dos alunos com NEE que no entender da
psicóloga são complicados devido ao tempo disponível:
A grande dificuldade é a pressão do timing, porque o
tempo em que é suposto decorrer o processo de avali-
ação não se coaduna com o tempo necessário para a
avaliação do aluno... E é muito importante recorrer à
informação que já há (…) à informação de outros in-
tervenientes (…). (PB)
Outro aspeto percecionado como constrangedor nos documentos
internos sobre avaliação é a perceção da excessiva burocracia:
A avaliação está muito burocratizada e é produzido
muito papel que não serve rigorosamente para nada
ou serve para muito pouco. (…) Há um resultado da
avaliação feita pelos conselhos de turma que depois é
pouco tido em conta quando se parte para uma nova
fase... Se isto é assim com estes [alunos com NEE], é
também com os outros e de forma mais gravosa. (DA)
Este aspeto nem sempre ajuda a que a informação recolhida seja
entendida como uma mais-valia na qualificação dos processos de
ensino e de aprendizagem. Para além disso, perceciona-se que nem
sempre os elementos definidos como estruturantes das políticas se
constituem como forças no desenvolvimento de uma cultura identitá-
ria da organização escolar.
3.2. Culturas – da partilha de valores e visão estratégica
A ideia de que os dispositivos de avaliação são concebidos de modo
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 71 >
a responder a todos os alunos, mesmo que com necessárias acomo-
dações, não é partilhada por todos os entrevistados:
Mas eu acho que seria positivo que a avaliação fosse
mais ou menos comum para todos, que se siga uma
linha mais ou menos para todos, mas para os alunos
com NEE que fosse ajustada. (…) Por exemplo das
pautas que não podem vir assinaladas como dizendo
que são crianças com NEE. A visibilidade já está mais
normalizada em termos de avaliação concreta, em
termos de instrumentos adaptados e tentamos (…)
Contabilizar as perguntas do que é pedido ao aluno e
de acordo fazendo interligação com o programa edu-
cativo individual e daquilo que se espera dele. (DE)
Este discurso denota uma cultura assente numa lógica de sepa-
ração dos alunos considerados com e sem NEE: O processo de
avaliação é diferente. Os alunos sem NEE têm um processo de
avaliação diferente (PA). Processo de avaliação que relativa-
mente aos alunos com NEE tende a sublinhar perspetivas clí-
nicas em detrimento das pedagógicas: “Bem, embora para os
outros exista a avaliação académica no final de cada trimes-
tre... Acho que deve haver outos cuidados para os alunos com
NEE” (PB). Discursos que apontam para dispositivos de avali-
ação de cariz médico quando estão em causa alunos com NEE.
São dispositivos centrados na condição neuro atípica do aluno
e num currículo específico, recorrendo-se ao argumento de
maior exigência:
Só que é mais específica, mais particular, até mais
exigente digamos, se os alunos tiverem NEE. Inclusi-
vamente, as aprendizagens definidas para estes alunos
são totalmente diferentes (…) Além disso têm, diga-
mos, currículos paralelos, competências específicas.
Os outros alunos não são avaliados em competências
específicas, são avaliados no currículo comum. (…)
No fundo, existem de facto avaliações que se aplicam
aos alunos com NEE que não é necessário aplicar aos
outros. (DC)
O processo de avaliação ao ser encarado como dispositivo específico
e paralelo para alunos com NEE, embora com base no argumento do
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 72 >
respeito pela diferença, pode ser elemento objetivo de maior desi-
gualdade. O que está em causa é o princípio da equidade, a avaliação
para as aprendizagens e como consequência podem ampliar-se as
diferenças de partida. Perante esta realidade parece-nos importante
tentarmos compreender como foram elaborados os diversos docu-
mentos internos e a forma como se apropriam das orientações que os
mesmos contemplam. Para além da redundância dos documentos
internos, do seu desconhecimento e das ambiguidades apontadas por
diversos entrevistados salientam-se também as críticas relativas à
linguagem utilizada:
Uma coisa negativa, talvez a linguagem que é utiliza-
da e a forma de, como posso dizer, a linguagem como
eles explicitam a coisa... Uma coisa é eles dizerem
que é preciso cumprir aqueles itens todos, que é preci-
so seguir este e este, aqueles passos todos; outra coisa
é a repetição das coisas, daquilo que o professor já
sabe (...). (DRB)
Os aspetos críticos relativamente à linguagem inferem que as
políticas não são agregadoras de uma visão e ação comum:
(…) A ideia era haver uma uniformização (…) Mas o
primeiro ciclo também não está a funcionar como de-
via. É assim, cada um está a fazer à sua maneira. (…)
É assim nós só podemos uniformizar a nível da avali-
ação se trabalharmos de uma determinada forma... Se
por exemplo todas as escolas do agrupamento ao nível
do primeiro ano tiverem uma programação elaborada
em conjunto, se a aplicação dos testes for feita em
conjunto e for igual (…). (DD)
Existe a convicção de que os normativos internos, orientadores da
ação dos diversos profissionais, pode potenciar a criação de sinergi-
as. Aspeto passível de desenvolvimento quando existe a partilha de
uma linguagem comum que possibilite a criação de políticas e cultu-
ras identitárias do agrupamento de escolas. Embora esta situação não
se verifique, foi vetor político central na elaboração dos diversos
documentos internos:
Nós definimos como vetor mais importante para tentarmos
encontrar aquilo a que chamamos, e continuamos a chamar,
uma linguagem comum no agrupamento... Elegemos a questão
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 73 >
da avaliação das aprendizagens dos alunos. Qual é o sentido de
avaliação que têm os professores do primeiro ciclo, do segun-
do, do terceiro e do secundário e tem sido um trabalho frutuo-
so. (DA)
A apropriação por parte dos diversos agentes educativos dos diver-
sos normativos, no sentido de partilharem uma linguagem e ações
comuns só é possível se conhecerem esses normativos e tiverem
perceções criticamente positivas sobre os mesmos. Aspetos só passí-
veis de desenvolver se existir colaboração e envolvimento não só na
forma como são partilhados mas desde logo no modo como são ela-
borados.
3.3. Colaboração – para a partilha de uma linguagem
comum
Normalmente, a afirmação de uma linguagem partilhada pelo coleti-
vo de uma organização realiza-se quando há envolvimento dos ato-
res na reflexão crítica sobre determinado fenómeno ou objeto, o pro-
cesso de avaliação. Em princípio pressupõe-se ter existido colabora-
ção e partilha na elaboração de alguns documentos internos nomea-
damente as Orientações para a Avaliação dos Alunos, elaboradas
“atendendo aos contributos dos docentes de todos os departamentos"
(ONAA, p. 4). Colaboração defendida como essencial sobretudo no
que se refere à elaboração de orientações para a avaliação dos alunos
com NEE. Esta importância decorre do facto das orientações relati-
vas à avaliação serem vistas como centrais na abordagem de outros
fatores relacionados com a organização das ações com alunos com
NEE:
Identifico-me com alguns ganhos do documento e os
ganhos do documento foi perceber que estamos a tra-
balhar com crianças dentro da escolaridade básica
obrigatória cujo percurso tem que ser feito na escola
até àquela idade e, portanto, que a sua formação, a sua
integração, a definição do seu percurso, tem que ser
algo muito discutido, muito aberto e que tem que se
resolver, não como se resolve na cabeça destes pro-
fessores de uma forma muito simples como até há
bem pouco tempo atrás: "vieste à escola, não cumpris-
te, estás fora da escolaridade obrigatória, estás no
olho da rua". Isto conseguiu-se... Hoje já não se olha
para a repetência como algo da responsabilidade dos
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 74 >
alunos. (DA)
Embora a importância da colaboração seja sublinhada, a verdade é
que ela não se transforma numa partilha efetiva. Como constatamos,
o diretor dá como exemplo o facto da avaliação formativa, conside-
rada uma orientação estruturante de todo o processo de avaliação,
não estar disseminada, enquanto prática, por todas as unidades esco-
lares que compõem o agrupamento de escolas. Logo, com base nessa
constatação, pressupomos que este eixo de ação, considerado estru-
turante do processo de avaliação, não é um elemento identitário da
cultura da organização escolar em causa. A abordagem da avaliação
com contornos eminentemente formativos ainda não é um valor par-
tilhado por todos os profissionais, tanto no que se refere ao modo
como é desenvolvido todo o processo, como no que respeita aos
objetivos do mesmo:
(…) Apesar de muitas discussões, as pessoas continu-
am a ter visões muito diferentes do que é a avaliação
e qual é a importância da avaliação para a integração
do aluno na escola (…) Ou seja, eu acho que nós em
avaliação estamos a falar do ponto mais sensível da
escola... As pessoas hoje têm uma visão muito tradi-
cionalista do que é a avaliação. Esta visão é aquela:
eu ministro conhecimentos, eu avalio e depois dou um
resultado. É isto... Se for permitido toda a gente cai
facilmente no número, mesmo ao nível do primeiro
ciclo. (DA)
A unidade de registo anterior coloca-nos algumas questões relativa-
mente aos motivos da ausência de partilha e adesão às políticas sobre
avaliação formativa preconizada como estruturante nas políticas do
agrupamento de escolas. Nesta linha de pensamento destacamos o
discurso de uma das entrevistadas, que indicia o completo desconhe-
cimento dos diversos documentos internos que versam sobre a avali-
ação pedagógica:
Nunca foram discutidos… Não sei o que eles dizem, o
que lá está... Só depois de saber o que que dizem é
que eu posso dizer se é importante ou não. (DRA)
Este desconhecimento da existência dos documentos internos que
orientam a ação quanto à avaliação é uma realidade para outros pro-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 75 >
fissionais que, embora exteriores ao agrupamento de escolas, aí tra-
balham com os alunos com NEE:
É a primeira vez que ouço falar sobre esses documen-
tos. (PA)
Não! (…) era bom e interessante termos acesso a es-
ses instrumentos. (PC)
Não conheço. (…) Nós vamos respondendo às solici-
tações feitas e não temos muito a ideia do funciona-
mento global da escola. (PB)
O desconhecimento de alguns documentos é reforçado pela narrativa
do diretor:
Normas orientadoras para a avaliação dos alunos do
ensino básico (…) Era um documento cujo objetivo
era encontrar uma linguagem comum (…) Mas nós
percebemos que aquilo é um documento ainda pouco
vivenciado. O feedback que eu tenho é: aquilo está
ali, foi normalizado, foi discutido e às duas-por-três tu
estás a perceber que as pessoas estão a fazer comple-
tamente ao arrepio daquilo que elas próprias acorda-
ram e está cada uma a fazer por si. (DA)
Dos diversos discursos reafirmamos que não nos parece existir uma
cultura de avaliação direcionada para a Inclusão, nem se prefiguram
políticas que sublinham mecanismos de avaliação inclusiva. Para
além de algumas divergências identificadas nas próprias orientações,
o desconhecimento dos normativos internos e/ou a sua frágil parti-
lha, infere que os mesmos não são vivenciados pela comunidade
escolar, ou seja não se constituem enquanto elementos estruturantes
de cultura.
Reflexões finais / Conclusões
Como inerente a um estudo de caso os dados recolhidos e as conse-
quentes análises dos mesmos centram-se no caso em estudo, uma
escola pertencente a um agrupamento de escolas de Lisboa. Assim,
da análise dos resultados percecionamos uma visão relativamente à
perspetiva de avaliação inclusiva frágil e ambígua. Por um lado os
normativos internos enfatizam uma lógica de avaliação para as
aprendizagens. Por outro lado esta é subalternizada à perspetiva de
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 76 >
avaliação das aprendizagens. Os resultados coligidos pela ação de
avaliação sumativa não informam os processos de avaliação forma-
tiva mas sobrepõem-se a estes. As normas internas são perceciona-
das como exercícios de síntese dos documentos legislativos. Os di-
versos documentos internos corporizam uma visão estratégica re-
dundante da legislação e prescrevem orientações ancoradas, por ve-
zes contraditoriamente, entre diplomas legislativos gerais e normati-
vos direcionados especificamente para a ação com alunos com NEE.
Deste modo ampliam alguma desarmonia inicial entre perspetivas
clínicas de cariz mais quantitativo e perspetivas pedagógicas de ín-
dole mais qualitativo. Não se perceciona uma visão de processos de
avaliação universal (EASNIE, 2008a; Bolt & Roach, 2009), desvalo-
rizando-se a componente de avaliação para as aprendizagens sobre-
tudo no que respeita aos alunos com NEE. As políticas do agrupa-
mento de escolas pouco acrescentam no sentido de harmonizarem
perspetivas sumativas e formativas de modo a serem criadas respos-
tas mais efetivas às especificidades da população discente, à diversi-
dade. Uma harmonização possível pela aproximação dos propósitos
associados a cada uma das modalidades (Santos, 2016) e pelo senti-
do de que as diversas modalidades de avaliação não se excluem entre
si (Rosado & Silva, 2006; EASNIE, 2008a).
O desconhecimento e/ou a perceção de que as orientações internas
são pouco claras amplia entropias e ambiguidades referidas pelos
diversos entrevistados que não integram os documentos internos
como instrumentos de política do agrupamento de escolas. Esta rea-
lidade fragiliza a partilha no sentido de criação de uma linguagem
comum potenciadora de uma identidade cultural relativamente a
processos de avaliação inclusivos. A construção de uma linguagem
comum sobre determinado objeto, sobre determinada realidade,
substantiva-se através da interação e comunicação, na colaboração
Sobre o funcionamento colaborativo, verificamos que no agrupa-
mento de escolas onde decorreu o presente estudo, a colaboração é
meramente instrumental situando-se no que Perrenoud (2000) des-
creve como um primeiro nível de trabalho em equipa, as dinâmicas
que possam remeter para qualquer um dos restantes três níveis são
frágeis ou mesmo inexistentes.
Por um lado, a elaboração dos normativos é descrita como um pro-
cesso partilhado pelos diversos docentes no quadro dos órgãos for-
mais do agrupamento de escolas. Por outro lado, temos as narrativas
que inferem desejabilidade a essa partilha e construção de uma lin-
Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 77 >
guagem comum, emergindo apropriação não concretizada. Daí o
impacto de algumas orientações consideradas estruturantes, como a
importância da avaliação formativa na ação dos diversos profissio-
nais, ser narrado como quase nulo. As políticas e culturas de avalia-
ção inclusiva apelam ao envolvimento, a decisões tomadas em con-
junto e baseadas numa gestão desenvolvida em rede (Pérez, 2006). A
colaboração é essencial na tomada de decisões, no que respeita à
visão estratégica e políticas bem como culturas organizacionais,
”princípio aglutinador e integrador da planificação e da ação num
estabelecimento escolar” (Madureira & Leite 2003, p. 129).
Da análise dos dados emerge que a cultura organizacional se caracte-
riza pela ausência de manifestações culturais integradoras, no senti-
do em que o grau de partilha e de identificação com a missão da or-
ganização, no que se refere ao processo de avaliação, é muito baixo
ou mesmo inexistente. Embora a cultura organizacional seja caracte-
rizada pela existência de alguns níveis de partilha, esta confina-se a
grupos formais e de referência, antevendo-se o emergir de subcultu-
ras relativamente aos processos de avaliação. Subculturas que ampli-
am a disparidade de discursos e os sentidos contraditórios entre o
prescrito e o apropriado. Por um lado, orientações quase exclusiva-
mente sobrepostas a um quadro legislativo e nem sempre percecio-
nadas como claras. Por outro lado, a realização de interpretações e
representações coletivas dispares entre si nem sempre coincidentes
com o prescrito.
As diversas orientações internas não se apresentam com a força ne-
cessária à implementação de uma cultura identitária que permita a
partilha de valores e sentidos de ação comuns relativamente às di-
nâmicas de avaliação dos alunos em geral e dos alunos ditos com
NEE em particular. As incongruências percecionadas não permitem
o fortalecimento e clarificação de uma visão de avaliação para as
aprendizagens, de uma avaliação inclusiva. Em resultado não se ve-
rifica o que Spicer (2016) denomina por construção de um ambiente
onde se partilham responsabilidades, crenças e valores. Um sentido e
sentir de visão relativamente à avaliação que faça convergir perspe-
tivas e consiga gerar um sentido direcional comum e um compro-
misso coletivo, uma visão coletiva transformadora.
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.
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https://scholarworks.gsu.edu/eps_diss/140.
Nota curricular
Joaquim Colôa é docente de Educação Especial, especializado e mestre em
Educação Especial, pós-graduado em psicomotricidade e doutorado em
Ciências da Educação. Tem colaborado como docente com diversas insti-
tuições de Ensino Superior em cursos de especialização e mestrados. É
formador acreditado, em diversas áreas de formação e é, frequentemente,
convidado como preletor em seminários e colóquios tanto em Portugal
como no estrangeiro. É autor e coautor de livros e artigos tanto em Portu-
gal como no estrangeiro. Foi colaborador de organismos internacionais
com trabalho na área da Educação Especial e Inclusão
Leonor Santos é professora associada com Agregação do Instituto de Edu-
cação da Universidade de Lisboa. Tendo-se doutorado nesta universidade,
em Educação, na especialidade de Didática da Matemática, tem coordena-
do diversos cursos de Mestrado em Ensino e Educação e Doutoramentos
em Educação, orientado alunos destes cursos e colaborado estreitamente
com outras instituições do ensino superior nacionais e estrangeiras.
Os seus interesses na área da investigação têm incidido na avaliação das
aprendizagens e no conhecimento e desenvolvimento profissional dos pro-
fessores. Tem coordenado e participado em diversos projetos de investiga-
ção, alguns dos quais financiados pela FCT.

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Políticas de Avaliação Inclusiva

  • 1. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 57 > Políticas e Culturas de Avaliação de Alunos com Necessidades Educativas Especiais numa escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico JOAQUIM COLÔA joaquim.coloa@gmail.com LEONOR SANTOS mlsantos@ie.ul.pt Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Resumo Foi nosso objetivo no presente estudo compreender que traços caraterizam as políticas e culturas relativamente ao desenvolvimento de processos de avaliação inclusiva numa escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico em Lisboa. Para tal, recorre- mos a uma abordagem metodológica de cunho interpretativo. No levantamento de dados recorremos à recolha documental, à entrevista semiestruturada e à observa- ção. A denominação de avaliação inclusiva remete-nos para uma perspetiva de avaliação universal, processos de avaliação para as aprendizagens que, embora diversos e diversificados, são dispositivos que integram os processos de ensino e de aprendizagem de todos os alunos. Pressuposto que se realiza com base numa visão estratégica clara e criadora de sinergias realizadoras de uma cultura identitá- ria e potenciadora da perspetiva de avaliação inclusiva. Da análise dos dados reali- za-se que existe tensão e incongruência entre o prescrito e o apropriado. As diver- sas narrativas dão-nos conta de contradições e frágil visão estratégica relativamen- te à implementação de políticas e construção de culturas potenciadoras do desen- volvimento de processos de avaliação inclusiva. Palavras-chave: Políticas, culturas; avaliação inclusiva.
  • 2. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 58 > Abstract The present paper presents part of a broader investigation on the assessment of students with Special Educational Needs (SEN), developed at a primary school in Lisbon. It was our goal to understand that traces characterized the policies and cultures in relation to the development of inclusive assessment processes. To an- swer this question we use a methodological approach of interpretative nature. In the data collection we resorted to document collecting, interviewing and observa- tion. The denomination of inclusive assessment refers us to a perspective of uni- versal assessment, assessment for learning processes that although diverse and diversified are devices that integrate the teaching and learning processes of all students. This assumption is based on a clear strategic vision and a creative syner- gy that achieves a identity culture and promoters the prospect of inclusive assess- ment. The analysis of the data reveals some tension and incongruity between the prescribed and the appropriate. The various narratives give us the account of con- tradictions and fragile strategic vision with regard to the implementation of poli- cies and building of cultures promoters the development of inclusive assessment processes. Key concepts: Policies; cultures; inclusive assessment. Introdução O processo de avaliação ao relacionar-se com os processos de ensino e de aprendizagem “constitui-se um dos elementos mais interessan- tes do modelo didático pois incide sobre todos os outros. A avaliação afeta os objetivos, conteúdos, recursos, relações de comunicação e organização” (Capita, 2009, p. 23). “Num contexto escolar que se perceciona como eficaz e inclusivo, todos os alunos são continua- mente avaliados” (Colôa & Santos, 2014, p. 94). O desafio é enca- rarmos a avaliação como processo imprescindível na identificação de barreiras e facilitador à participação de todos os alunos nomea- damente dos alunos com NEE. A avaliação é inclusiva quando dis- positivo de ação integrado em contextos usuais e abrangentes de participação. Contextos onde tanto as políticas como as culturas e as práticas estão organizadas para promover a aprendizagem dos alunos independentemente da sua condição neuro atípica, económica, social e/ou cultural (EASNIE1, 2008, 2008a). Avaliar para promover as aprendizagens remete-nos para um processo de avaliação formativa, processo que ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar (Per- renoud, 2008). Os processos de avaliação formativa não excluem os dispositivos de avaliação sumativa. Algumas vezes estas duas denominações são referidas respetivamen- te, como “avaliação para as aprendizagens” e “avaliação das apren- dizagens” (Opertti & Ji, 2017). A enfatização de uma ou outra di-
  • 3. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 59 > mensão decorre de opções políticas que, com evidentes impactos na participação dos alunos, caracterizam as culturas de cada agrupa- mento de escolas. Por “cultura” entendemos as normas, os valores e a forma como essas normas são percecionadas e os valores partilha- dos, caracterizando o coletivo organizacional. Numa organização escolar existe uma unidade cultural capaz de gerar harmonia na ação coletiva e de produzir resultados efetivos quando existe uma visão partilhada (Spicer, 2016), quando existem processos colaborativos. Por vezes tanto as políticas como as culturas prefiguram sistemas de avaliação “encaixados” entre um quadro legal mais geral e um outro direcionado especificamente aos alunos com NEE (EASNIE, 2008a). Contrariamente, o conceito de avaliação inclusiva é entendido en- quanto processo de avaliação universal (EASNIE, 2008a; Bolt e Ro- ach, 2009), dispositivo concebido para se tornar acessível a todos os alunos, em detrimento de uma modificação dos níveis da sua utiliza- ção. A avaliação inclusiva enquanto conceito universal é concebido para todos os alunos, por isso difere do conceito de adequações no processo de avaliação. Como salientam Miller; Collings & Kneale (2015) o primeiro refere-se a um conjunto de dispositivos eficazes que permitam a todos os alunos mostrar o seu potencial, o que sa- bem, como sabem e o que conseguem fazer com esse saber. O se- gundo remete para a modificação dos dispositivos de avaliação, con- figurados em processos de avaliação alternativos e paralelos, nor- malmente direcionados a um aluno e/ou a um conjunto de alunos específico. Como defende a EASNIE (2008a, p. 58), as políticas educativas sobre avaliação dos desempenhos dos alunos em geral e dos alunos com NEE em particular “devem ter o objetivo de promo- ver a avaliação inclusiva e de ter em conta as necessidades de todos os alunos vulneráveis à exclusão, incluindo os que apresentam NEE”. Opertti e Ji (2017), com base nas conclusões da European Conferen- ce on Assessment in Inclusive Settings (2008), destacam a ideia de que os processos de avaliação inclusiva remetem para aspetos das políticas e práticas desenvolvidas para a promoção das aprendiza- gens de todos os alunos. Assim a mais-valia no desenvolvimento de dispositivos de avaliação inclusiva realça a importância de, não des- valorizando a componente das práticas, compreendermos e anali- sarmos dimensões que se relacionam diretamente com as políticas e inerentemente com as culturas (EASNIE, 2008a). Deste modo, com o presente texto tentamos responder à seguinte questão: Que políti-
  • 4. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 60 > cas são definidas e que culturas emergem relativamente ao processo de avaliação no que respeita aos alunos com NEE? 1. Fundamentação Teórica A avaliação como processo central do ensino e da aprendizagem de todos os alunos enfatiza as condições de aprendizagem, numa lógica de interação entre condições do aluno e condições dos contextos. Perspetiva que sublinha os sucessos e elabora o erro como oportuni- dade para aprender. A avaliação inclusiva referencia-se à ação de cada um dos alunos, desenvolvida em contextos de vida concretos e assegura a identificação e valorização dos progressos de cada aluno independentemente das suas condições específicas. Florian (2010, p. 11), ao descrever o atendimento de alunos com NEE em Portugal, fala no “dilema da diferença”. Por um lado, identificam-se as NEE de caráter permanente e encontram-se respostas às necessidades des- ses alunos. Por outro lado, a legislação aponta para a inclusão em escolas do ensino regular. Morgado (2007) fala de repercussões nas políticas educativas advindas destas ambiguidades, nomeadamente nos aspetos relacionados com a educação inclusiva. A avaliação inclusiva é desenvolvida nos contextos regulares de vida dos alunos apoiando-se nos processos de ensino e de aprendizagem e relaciona-se com o currículo de todos os alunos, nomeadamente dos alunos com NEE (EASNIE, 2008a). Assumindo-se como dispositi- vos de avaliação universais, nos quais os princípios básicos e os pro- cedimentos são os mesmos para todos os alunos, mesmo que para alguns alunos se identifiquem aspetos específicos de ação (EASNIE, 2008) o seu objetivo é a equidade (Perrenoud, 2008a; Miller; Col- lings & Kneale, 2015). Neste sentido, a principal função dos proces- sos de avaliação é apoiar os processos de aprendizagem. Para a EA- SNIE (2008), os processos de avaliação devem direcionar-se a todos os alunos e ter os seguintes enfoques: a) Fornecer indicações e pro- mover as aprendizagens, b) Promover e reconhecer como direito a sua participação nos próprios processos de avaliação, c) Identificar e descrever as necessidades denotadas e as respostas ao nível das poli- ticas, d) Desenvolver o processo com base na recolha e produção de informação, retroalimentando-se, e) Ter em conta a diversidade dos alunos, identificando e valorizando os progressos e os resultados individuais e f) Ter como objetivo a prevenção da exclusão e evitar a rotulação bem como promover práticas de ensino e de aprendizagem que facilitem a inclusão em contextos não restritivos. A avaliação inclusiva procede à remoção das barreiras à aprendiza-
  • 5. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 61 > gem e à participação e relaciona-se com todos os aspetos da vida escolar, não com uma perspetiva meramente académica do currículo. Ela é na sua finalidade eminentemente formativa. Este conceito acolhe consensos relativos a aspetos centrais da sua natureza, como escrevem Pinto e Santos (2006) nomeadamente no que respeita: i) Ao destinatário – o aluno e a sua própria aprendiza- gem; ii) À tomada de consciência das barreiras e facilitadores – im- plica o aluno; iii) À integração no próprio processo de aprendizagem – não é um aspeto marginal; iv) À sua abertura e pluralidade – adap- ta-se à singularidade do aluno; v) À sua focalização nos processos de aprendizagem – valorizando-se mais o que se observa e a informa- ção que se recolhe, do que os resultados da própria aprendizagem, sobretudo não os tomando de forma isolada; vi) Ao seu dinamismo – porque desencadeia, de forma interativa, a intervenção sobre o ensi- no e a aprendizagem; vii) Ao tratamento do erro e dificuldades – porque pretende perceber as suas causas; e viii) Aos feedbacks que produz – porque retorna informações múltiplas direcionadas à orien- tação das aprendizagens do aluno bem como ao desenvolvimento de aspetos metodológicos e de materiais didáticos que permitam a mul- tiplicidade de estratégias de ensino. Ideia que é reforçada por Santos (2008) que recorre a Black e William (1998) para explicitar que o conceito pode ser entendido, na sua generalidade, como referindo-se a um conjunto de atividades desenvolvidas tanto por professores, como por alunos, acrescentando nós que esse conjunto de atividades também pode ser desenvolvido por outros profissionais. A avaliação formativa desenvolve-se pelo respeito à diversidade e equidade, princípios essenciais à inclusão e participação de todos os alunos e pilar de todos os sistemas democráticos (Afonso, 2000). A avaliação inclusiva, sem negar os momentos de avaliação sumati- va, é um processo formativo que retroalimenta os processos de ensi- no e de aprendizagem (Colôa, 2017). A avaliação formativa e a ava- liação sumativa diferem quanto à sua função. É na utilização dada à informação recolhida pelos processos de avaliação que radica a dife- rença entre avaliação formativa e avaliação sumativa. Como diz San- tos (2016, p. 4), a avaliação formativa tem como objetivo “ajudar a aprender”, enquanto que avaliação sumativa tem como finalidade “sintetizar a aprendizagem”. Num propósito formativo, o objetivo é fornecer evidência fundamentada e sustentada de forma a agir para apoiar o aluno na sua aprendizagem. Di-
  • 6. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 62 > rige-se aos atores diretamente envolvidos no pro- cesso de ensino e aprendizagem (…). Num propó- sito sumativo, o objetivo é o de descrever e dar conta do que o aluno aprendeu e é capaz de fazer num certo momento (Harlen & James, 1997), a fim de hierarquizar, selecionar, orientar e certificar. (Santos, 2016, p. 4) Já Harlen (2006) explicita, em detrimento das expressões avaliação sumativa e avaliação formativa, as denominações de: i) Avaliação da aprendizagem – expressão usada para registar o que foi aprendido no passado e ii) Avaliação para as aprendizagens – expressão utilizada quando nos referimos a tomada de decisões que afetam o ensino e a aprendizagem num futuro a curto prazo. Como referem Isaacs et al. (2013), a avaliação para as aprendizagens define-se por: i) Ser parte efetiva da planificação; ii) Focar-se no que os alunos aprendem; iii) Ser central no desenvolvimento de práticas de sala de aula; iv) Ser uma competência profissional chave; v) Ser sensível e construtiva; vi) Motivar rapidamente; vii) Promover a compreensão de objetivos e critérios; viii) Ajudar a apender e a como melhorar a aprendiza- gem; ix) Desenvolver capacidades de autoavaliação bem como da avaliação pelos pares; e x) Reconhecer todas as realidades educacio- nais. É “o processo de recolha e interpretação de evidências por par- te dos alunos e dos diversos profissionais para perceberem em que patamar de aprendizagem os alunos se encontram, para onde devem caminhar e qual a melhor forma de lá chegar.” (ARG2, 2002, p. 2). A avaliação para as aprendizagens é um processo contínuo e cientifi- camente consistente que envolve a recolha de informação para aferir a aquisição de competências “construídas sobre os saberes e os sabe- res fazer, sedimentando capacidade e disponibilidade para compre- ender e agir” (Roldão, 2005, p. 48). Estes pressupostos reforçam a ideia de que “as políticas educativas sobre avaliação em geral e es- pecificamente das NEE devem promover a avaliação inclusiva e ter em conta as necessidades de todos os alunos vulneráveis à exclusão, incluindo os que apresentam NEE” (EASNIE, 2008a, p. 58). Segun- do Booth e Ainscow (2002), a mudança nas escolas, no sentido da implementação de dinâmicas de educação inclusiva, só é possível se 2 Assessment Reform Group é um grupo de investigadores sobre avaliação, num primeiro momento, financiados pela Fundação Nuffield.. Em 1989 o grupo transformou-se num grupo de trabalho sobre política de avaliação que desenvolve a sua atividade de investigação na Associação de Investigação em Educação Britânica.
  • 7. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 63 > estas refletirem e trabalharem tendo em conta três dimensões (cfr. figura1): a) Dimensão culturas – fornece feedback sobre o estado da arte, relativamente à disseminação de uma filosofia inclusiva em determinada comunidade escolar, e até que ponto a mesma foi ado- tada, de forma mais ou menos consciente, pelos diversos agentes educativos. Reporta-se também ao facto desta filosofia se tornar evi- dente para toda a comunidade educativa, seja ao nível da realidade seja ao nível da imagem que a mesma projeta no exterior; e b) Di- mensão políticas – contempla a necessidade de serem introduzidos os princípios inclusivos no próprio âmago dos projetos que apontam para o aperfeiçoamento da organização escolar. Estas dimensões não são vistas como algo paralelo e adicional à estratégia dessa comuni- dade escolar, mas fazem parte integrante da mesma e orientam todas as suas atividades e decisões, tornando-se presentes em todos os as- petos do planeamento das suas rotinas. Uma outra dimensão que embora constante na figura 1 não aborda- remos diretamente neste texto é a dimensão práticas que remete para a operacionalização, em sala de aula, dos aspetos de cultura como de políticas inclusivas adotadas. A avaliação inclusiva é um processo de avaliação na e para a diver- sidade que se traduz na diferença de interesses, expetativas, relações sociais, autonomias, afetividades, competências, capacidades, rit- mos, processos de aprendizagem e, como percecionamos, de diferen- tes procedimentos. Um desafio que se coloca à escola porque esta “centra-se no desenvolvimento dos seus sistemas de avaliação que
  • 8. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 64 > atuam como um facilitador e não como uma potencial barreira à in- clusão” (EASNIE, 2008a, p. 47). As políticas de avaliação concor- rem para os processos de inclusão quando encaradas como uma abordagem à avaliação em contextos regulares e organizadas para promover, o mais possível, a aprendizagem de todos os alunos inde- pendentemente da sua condição intrínseca ou extrínseca (EASNIE, 2008, 2008a). A políticas corporizadas pelas regras e normas inter- nas e pela perceção que os diversos agentes educativos têm das mesmas, (in)formam os elementos que caracterizam a cultura de determinada organização escolar. A cultura enfatiza aspetos relacio- nados com as crenças e os valores que de modo reflexivo são parti- lhados por todos os agentes escolares e definem padrões de compor- tamento comuns (Spicer, 2016). A definição destes padrões é possí- vel quando as ações políticas têm impacto sobre todos os agentes educativos e quando estes desenvolvem uma perceção de tal modo partilhada e positiva capaz de potenciar uma ação conjunta, a cola- boração a diversos níveis enquanto traço essencial de cultura organi- zacional (Spicer, 2016). Perrenoud (2000), sobre o trabalho colabo- rativo estabelece quatro níveis de ação progressivamente mais com- plexos. No primeiro nível trata-se simplesmente de coordenar a utili- zação de recursos existentes no espaço da escola. O segundo nível remete para a facilitação de troca de conhecimentos e ideias contri- buindo-se para um certo ajustamento de linguagens e de referentes. O terceiro nível caracteriza-se pela partilha das práticas e, eventual- mente, para o desenvolvimento de processos colaborativos com base em dinâmicas interdisciplinares. O quarto nível configura um verda- deiro trabalho de equipa com base na corresponsabilização de todos os profissionais. Neste sentido parece-nos poder afirmar que as polí- ticas e culturas relativas à avaliação para as aprendizagens estariam, como qualquer elemento organizacional, sujeitas às dinâmicas de colaboração. A apropriação dos aspetos prescritivos estaria condici- onada de tal modo pelo fator colaboração que no fundo seria esta (pela sua maior ou menor presença) a principal matriz da cultura de escola. Cultura que poderia ser caraterizada desde uma colaboração básica e meramente instrumental como indicia o primeiro nível des- crito por Perrenoud (2000), até uma colaboração de tal modo sofisti- cada que faria emergir traços de: liderança colaborativa e tomada de decisões colegiais, colaboração entre os diversos agentes educativos, elementos claros de desenvolvimento profissional e de parcerias de aprendizagem, unidade de missão e visão estratégica, apoio ao de-
  • 9. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 65 > senvolvimento organizacional, incorporação de elementos inovado- res e assunção de riscos (Spicer, 2016). 2. Metodologia A metodologia orientou-se por uma perspetiva interpretativa e en- quadra-se nos constructos dos estudos de caso de índole interpretati- vo. O caso em estudo é uma escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Lisboa. Participaram no total dez profissionais. Destes, seis traba- lhavam diretamente com os alunos: duas professoras do ensino regu- lar - uma de cada uma das turmas (DRA e DRB), uma professora de educação especial (DE), uma terapeuta da fala (PA), uma psicóloga (PB) e uma terapeuta ocupacional (PC). Os restante quatro tinham funções de direção e/ou coordenação: diretor do agrupamento de escolas (DA), coordenadora do departamento do 1.º Ciclo do Ensino Básico (DB), coordenador do departamento de educação especial (DC) e coordenadora da unidade escolar onde decorreu o estudo (DD). Os dados foram recolhidos com base em documentos disponibiliza- dos pela direção do agrupamento de escolas e por cada uma das pro- fessoras das turmas: Guia de Avaliação dos Alunos 1.º Ciclo (GAA), Orientações Normativas para a Avaliação dos Alunos (ONAA), Pla- no de Atividades da Escola do 1.º CEB (PAER), Programa Curricu- lar da Turma A (PCTA), Programa Curricular da Turma B (PCTB) e Regulamento Interno (RI). Também foram recolhidos dados com recurso a entrevistas semiestruturadas realizadas a cada um dos pro- fissionais. Também observámos, em cada uma das turmas, um con- junto sequencial de aulas distribuídas pelos três períodos letivos. A análise dos dados foi realizada com recurso à análise de conteúdo recorrendo a categorias: a) Visão estratégia relativa ao processo de avaliação; b) As diretrizes orientadoras remetem para diplomas le- gislativos gerais; b) As diretrizes orientadoras remetem para diplo- mas legislativos relativos à educação especial; c) O foco são os alu- nos com NEE ou a heterogeneidade dos alunos e d) Conhecimen- to/apropriação das orientações constantes nos documentos internos e sua relação com aspetos de colaboração. 3. Resultados Dos resultados evidenciamos três grandes grupos de análise: Politi- cas, culturas e colaboração. 3.1. Políticas – dos normativos internos Dos diversos discursos recolhidos (entrevistas e documentos) tentá-
  • 10. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 66 > mos identificar diretrizes gerais que embora possam remeter para diplomas legislativos de cariz nacional introduzem por princípio, nas políticas do agrupamento de escolas, elementos estruturantes do ato avaliativo no geral e mais especificamente da avaliação dos alunos com NEE. No âmbito da avaliação dos alunos, cabe ao Agrupa- mento de escolas (…) a concretização de medidas es- pecíficas e a definição de contingências que regem as práticas avaliativas tonando-as coerentes. (ONAA, p. 4) A definição de forças de ação pelos decisores do agrupamento de escolas acentua um ou outro elemento legislativo bem como a possi- bilidade de mobilizar determinado tipo de respostas, no respeito pe- las necessidades específicas dos alunos. Assim, num primeiro mo- mento percebemos como linhas de força estruturantes relativamente à avaliação e transversais à maioria dos documentos analisados a ideia de que: "a avaliação tem caráter sistemático e contínuo" (RI, p. 31), deve "valorizar a evolução do aluno ao longo do ciclo" (GAA, p.1) e é um mecanismo "a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem" (RI, p. 13). Outra linha política percecionada como estruturante é a defesa de um processo de avaliação eminentemente formativo: Identifica-se com a visão formativa da avaliação. (…) Entende-se a avaliação não como um objetivo a atin- gir mas sim como um instrumento ao serviço da me- lhoria do desempenho dos alunos. (ONAA, p. 6) Narrativa da avaliação como mecanismo de resposta à diversi- dade que pretende “identificar diferentes ritmos de aprendiza- gem e necessidades educativas especiais dos alunos, proceden- do à sua referenciação” (RI, p. 13). Ação que implica que to- dos os profissionais procedam “à avaliação global das situa- ções relacionadas com problemas de desenvolvimento, com dificuldades de aprendizagem, com competências e potenciali- dades específicas (…) (RI, p. 25). Mecanismo que apela à “di- versificação dos intervenientes no processo de avaliação” (ONAA, p. 6) e que pode ser desenvolvido “conjuntamente com outros serviços especializados" (RI, p. 25), externos ao agrupamento de escolas desde que "assegurem a implementa-
  • 11. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 67 > ção de uma avaliação interdisciplinar" (RI, p. 18). O processo de avaliação é visto pelos decisores políticos como uma tarefa colaborativa que apela a consensos: Dentro do grupo de professores de cada ano de esco- laridade (...). Para avaliar a utilização de instrumentos de avaliação e/ou apresentar novos instrumentos ou alterações aos instrumentos existentes, ou articular atividades e procedimentos de ensino que o corpo do- cente considere pertinente desenvolver no agrupa- mento por ano de escolaridade. (…) Reuniões de Conselho de Docentes dedicadas à avaliação no final de cada ano letivo. (ONAA, p. 10) Independentemente da colaboração, o processo de avaliação apela à centralidade do docente titular da turma no sentido de: Avaliar a situação da turma e identificar caraterísticas específicas, bem como estilos de aprendizagem dos alunos a ter em conta no processo de ensino e apren- dizagem. (...) promovendo a articulação com a equipa multidisciplinar, de modo a eliminar barreiras à aprendizagem e participação. (RI p. 13) Corporizando o sentido de participação dos alunos, as políticas do agrupamento de escolas apelam ao seu envolvimento no próprio pro- cesso de avaliação: Os alunos do 3.º e 4.º ano intervêm neste processo, através da sua autoavaliação realizada no final de ca- da período, no final do ano e tendo por referência os critérios de avaliação explanados através de uma ficha própria. (GAA, p. 2) Para além desta formalidade, a autoavaliação aponta para uma ação pró-ativa, multidimensional e complexa de metacognição cujo objeto é a própria aprendizagem. É um processo de contínua integração, por parte do aluno, de estratégias cognitivas sobre as suas competências, bem como sobre os obstáculos percecionados no desenvolvimento de tarefas e sobre as melhores estratégias para os ultrapassar: A autoavaliação (…) não só uma modalidade de ava- liação mas um valor. Esta modalidade permite o de- senvolvimento de sentido crítico quanto ao processo
  • 12. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 68 > de aprendizagem, um maior conhecimento dos crité- rios de avaliação e o desenvolvimento da metacogni- ção, possibilitando a descoberta de estratégias pesso- ais de aprendizagem mais eficazes. (ONAA, p. 8) O processo de avaliação auxilia “os alunos na tomada de deci- sões relativamente ao seu processo educativo” (RI, p. 31) e procura “que cada aluno realize o seu percurso escolar, maxi- mizando em cada momento o desenvolvimento das suas com- petências” (ONAA, p. 6). Processo que, remete para a "imple- mentação de metodologias que implicam a reflexão crítica nomeadamente assembleia de turma" (PA, p. 1). Ação de ava- liação reguladora da atividade dos discentes e aglutinadora de dimensões como o saber, o fazer, o ser e o estar: As menções classificativas a atribuir decorrem da fre- quência com que são verificados (em momentos for- mais ou informais de avaliação) (…) da apropriação dos conhecimentos abordados e de expressão de ati- tudes e valores. (GAA, p. 1) O mecanismo de avaliação fornece “enquanto regulador da prática educativa. (RI, p. 31), feedback para a ação de ensino “permitindo estabelecer metas intermédias, adotar novas me- todologias e medidas de apoio educativo e adaptações curricu- lares (RI, p. 31). Neste sentido, a avaliação apresenta cariz formativo e “gera medidas de diferenciação pedagógica ade- quadas às caraterísticas dos alunos e às aprendizagens e com- petências a desenvolver (ONAA, p. 10). É entendida como reguladora da ação, tanto do aluno, como do professor, pois fornece informação para a alteração de “aspetos em que as aprendizagens dos alunos precisam de ser melhoradas apon- tando modos de superar as dificuldades. (GAA, p. 4). Pela análise das narrativas dos diversos documentos internos, a avaliação formativa parece ser um dos eixos centrais do pro- cesso de avaliação, mecanismo de “avaliação qualitativa – traduzida numa apreciação global dos conhecimentos adquiri- dos" (GAA, p. 1). No entanto, se por um lado os diversos do- cumentos internos do agrupamento de escolas sublinham a necessidade de "dar primazia à avaliação formativa valorizan- do os processos da autoavaliação, articulando-os com os mo-
  • 13. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 69 > mentos de avaliação sumativa" (GAA, p. 1), por outro lado “a avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou retenção do aluno" (ONAA, p. 10). Desígnio normativo que parece desvalorizar a citada primazia da avalia- ção formativa. Assim, em vez da informação recolhida pela avaliação sumativa enriquecer os processos de avaliação for- mativa, acaba por se sobrepor a estes, o que torna o processo de avaliação eminentemente das aprendizagens e não para as aprendizagens. Numa primeira abordagem, os processos de avaliação enquadram-se numa lógica de avaliação universal: Eu acho que há diferenças entre avaliar todos os alu- nos, portanto estes não são diferentes dos outros. Por- tanto, há diferenças entre todos os alunos, tanto no que se refere à avaliação, como ao processo das aprendizagens. (DA) As orientações internas do agrupamento de escolas, sobre avaliação, tiveram "os normativos legais, o projeto educativo e o regulamento interno do agrupamento" (ONAA, p. 7), como base para a sua orga- nização. O alinhamento das políticas do agrupamento de escolas à legislação em vigor é reforçado quando se refere que as orientações foram elaboradas "após leitura cuidada da Lei" (GAA, p. 1). No que respeita especificamente aos alunos com NEE sublinha-se o impera- tivo de se “cumprir os procedimentos fixados em lei nomeadamente no que diz respeito à referenciação, avaliação, classificação (…)” (RI, p. 26). Os decisores políticos e diversos responsáveis pela ela- boração dos documentos internos do agrupamento de escolas partem da premissa que os “normativos relativos à avaliação encontram-se amplamente difundidos”. (ONAA, p. 4), pois "somos obrigados to- dos a conhecer a legislação que refere que a avaliação pode ser diag- nóstica, formativa ou sumativa" (DC). No entanto, quando demasiado enfeudados na legislação, os docu- mentos internos configuram-se como sínteses da mesma e tendem a acrescentar pouco no sentido de serem criadas respostas mais especí- ficas e concretas à população discente que serve. Deste modo, os documentos internos não se revelam como instrumentos de política para a diversidade. Assim, é lícito que muitas das orientações do agrupamento de escolas sejam vistas como redundantes: “(…) se ao menos houvesse alguma coisa de novo (…) às vezes é o mesmo que já está na legislação e quando muda alguma coisa… às vezes ainda
  • 14. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 70 > piora (DRB). Esta ideia negativa sobre os normativos internos tende a desvalorizar esses mesmos normativos e a ampliar a perceção de algumas ambiguidades: (…) de documentos do agrupamento… não tenho muito conhecimento. (…) o Decreto-Lei 3/2008 é um pouco complicado pois faz referência a um documen- to de classificação que é a CIF que (…) que traz mui- ta ambiguidade porque não traz rigor e eu penso que de escola para escola podem existir diferentes avalia- ções para o mesmo aluno… Não é rigorosa (…). (DE) O discurso da docente de educação especial “diz respeito à referen- ciação, avaliação, classificação" (RI, p. 26). Momentos prescritivos do processo de avaliação dos alunos com NEE que no entender da psicóloga são complicados devido ao tempo disponível: A grande dificuldade é a pressão do timing, porque o tempo em que é suposto decorrer o processo de avali- ação não se coaduna com o tempo necessário para a avaliação do aluno... E é muito importante recorrer à informação que já há (…) à informação de outros in- tervenientes (…). (PB) Outro aspeto percecionado como constrangedor nos documentos internos sobre avaliação é a perceção da excessiva burocracia: A avaliação está muito burocratizada e é produzido muito papel que não serve rigorosamente para nada ou serve para muito pouco. (…) Há um resultado da avaliação feita pelos conselhos de turma que depois é pouco tido em conta quando se parte para uma nova fase... Se isto é assim com estes [alunos com NEE], é também com os outros e de forma mais gravosa. (DA) Este aspeto nem sempre ajuda a que a informação recolhida seja entendida como uma mais-valia na qualificação dos processos de ensino e de aprendizagem. Para além disso, perceciona-se que nem sempre os elementos definidos como estruturantes das políticas se constituem como forças no desenvolvimento de uma cultura identitá- ria da organização escolar. 3.2. Culturas – da partilha de valores e visão estratégica A ideia de que os dispositivos de avaliação são concebidos de modo
  • 15. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 71 > a responder a todos os alunos, mesmo que com necessárias acomo- dações, não é partilhada por todos os entrevistados: Mas eu acho que seria positivo que a avaliação fosse mais ou menos comum para todos, que se siga uma linha mais ou menos para todos, mas para os alunos com NEE que fosse ajustada. (…) Por exemplo das pautas que não podem vir assinaladas como dizendo que são crianças com NEE. A visibilidade já está mais normalizada em termos de avaliação concreta, em termos de instrumentos adaptados e tentamos (…) Contabilizar as perguntas do que é pedido ao aluno e de acordo fazendo interligação com o programa edu- cativo individual e daquilo que se espera dele. (DE) Este discurso denota uma cultura assente numa lógica de sepa- ração dos alunos considerados com e sem NEE: O processo de avaliação é diferente. Os alunos sem NEE têm um processo de avaliação diferente (PA). Processo de avaliação que relativa- mente aos alunos com NEE tende a sublinhar perspetivas clí- nicas em detrimento das pedagógicas: “Bem, embora para os outros exista a avaliação académica no final de cada trimes- tre... Acho que deve haver outos cuidados para os alunos com NEE” (PB). Discursos que apontam para dispositivos de avali- ação de cariz médico quando estão em causa alunos com NEE. São dispositivos centrados na condição neuro atípica do aluno e num currículo específico, recorrendo-se ao argumento de maior exigência: Só que é mais específica, mais particular, até mais exigente digamos, se os alunos tiverem NEE. Inclusi- vamente, as aprendizagens definidas para estes alunos são totalmente diferentes (…) Além disso têm, diga- mos, currículos paralelos, competências específicas. Os outros alunos não são avaliados em competências específicas, são avaliados no currículo comum. (…) No fundo, existem de facto avaliações que se aplicam aos alunos com NEE que não é necessário aplicar aos outros. (DC) O processo de avaliação ao ser encarado como dispositivo específico e paralelo para alunos com NEE, embora com base no argumento do
  • 16. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 72 > respeito pela diferença, pode ser elemento objetivo de maior desi- gualdade. O que está em causa é o princípio da equidade, a avaliação para as aprendizagens e como consequência podem ampliar-se as diferenças de partida. Perante esta realidade parece-nos importante tentarmos compreender como foram elaborados os diversos docu- mentos internos e a forma como se apropriam das orientações que os mesmos contemplam. Para além da redundância dos documentos internos, do seu desconhecimento e das ambiguidades apontadas por diversos entrevistados salientam-se também as críticas relativas à linguagem utilizada: Uma coisa negativa, talvez a linguagem que é utiliza- da e a forma de, como posso dizer, a linguagem como eles explicitam a coisa... Uma coisa é eles dizerem que é preciso cumprir aqueles itens todos, que é preci- so seguir este e este, aqueles passos todos; outra coisa é a repetição das coisas, daquilo que o professor já sabe (...). (DRB) Os aspetos críticos relativamente à linguagem inferem que as políticas não são agregadoras de uma visão e ação comum: (…) A ideia era haver uma uniformização (…) Mas o primeiro ciclo também não está a funcionar como de- via. É assim, cada um está a fazer à sua maneira. (…) É assim nós só podemos uniformizar a nível da avali- ação se trabalharmos de uma determinada forma... Se por exemplo todas as escolas do agrupamento ao nível do primeiro ano tiverem uma programação elaborada em conjunto, se a aplicação dos testes for feita em conjunto e for igual (…). (DD) Existe a convicção de que os normativos internos, orientadores da ação dos diversos profissionais, pode potenciar a criação de sinergi- as. Aspeto passível de desenvolvimento quando existe a partilha de uma linguagem comum que possibilite a criação de políticas e cultu- ras identitárias do agrupamento de escolas. Embora esta situação não se verifique, foi vetor político central na elaboração dos diversos documentos internos: Nós definimos como vetor mais importante para tentarmos encontrar aquilo a que chamamos, e continuamos a chamar, uma linguagem comum no agrupamento... Elegemos a questão
  • 17. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 73 > da avaliação das aprendizagens dos alunos. Qual é o sentido de avaliação que têm os professores do primeiro ciclo, do segun- do, do terceiro e do secundário e tem sido um trabalho frutuo- so. (DA) A apropriação por parte dos diversos agentes educativos dos diver- sos normativos, no sentido de partilharem uma linguagem e ações comuns só é possível se conhecerem esses normativos e tiverem perceções criticamente positivas sobre os mesmos. Aspetos só passí- veis de desenvolver se existir colaboração e envolvimento não só na forma como são partilhados mas desde logo no modo como são ela- borados. 3.3. Colaboração – para a partilha de uma linguagem comum Normalmente, a afirmação de uma linguagem partilhada pelo coleti- vo de uma organização realiza-se quando há envolvimento dos ato- res na reflexão crítica sobre determinado fenómeno ou objeto, o pro- cesso de avaliação. Em princípio pressupõe-se ter existido colabora- ção e partilha na elaboração de alguns documentos internos nomea- damente as Orientações para a Avaliação dos Alunos, elaboradas “atendendo aos contributos dos docentes de todos os departamentos" (ONAA, p. 4). Colaboração defendida como essencial sobretudo no que se refere à elaboração de orientações para a avaliação dos alunos com NEE. Esta importância decorre do facto das orientações relati- vas à avaliação serem vistas como centrais na abordagem de outros fatores relacionados com a organização das ações com alunos com NEE: Identifico-me com alguns ganhos do documento e os ganhos do documento foi perceber que estamos a tra- balhar com crianças dentro da escolaridade básica obrigatória cujo percurso tem que ser feito na escola até àquela idade e, portanto, que a sua formação, a sua integração, a definição do seu percurso, tem que ser algo muito discutido, muito aberto e que tem que se resolver, não como se resolve na cabeça destes pro- fessores de uma forma muito simples como até há bem pouco tempo atrás: "vieste à escola, não cumpris- te, estás fora da escolaridade obrigatória, estás no olho da rua". Isto conseguiu-se... Hoje já não se olha para a repetência como algo da responsabilidade dos
  • 18. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 74 > alunos. (DA) Embora a importância da colaboração seja sublinhada, a verdade é que ela não se transforma numa partilha efetiva. Como constatamos, o diretor dá como exemplo o facto da avaliação formativa, conside- rada uma orientação estruturante de todo o processo de avaliação, não estar disseminada, enquanto prática, por todas as unidades esco- lares que compõem o agrupamento de escolas. Logo, com base nessa constatação, pressupomos que este eixo de ação, considerado estru- turante do processo de avaliação, não é um elemento identitário da cultura da organização escolar em causa. A abordagem da avaliação com contornos eminentemente formativos ainda não é um valor par- tilhado por todos os profissionais, tanto no que se refere ao modo como é desenvolvido todo o processo, como no que respeita aos objetivos do mesmo: (…) Apesar de muitas discussões, as pessoas continu- am a ter visões muito diferentes do que é a avaliação e qual é a importância da avaliação para a integração do aluno na escola (…) Ou seja, eu acho que nós em avaliação estamos a falar do ponto mais sensível da escola... As pessoas hoje têm uma visão muito tradi- cionalista do que é a avaliação. Esta visão é aquela: eu ministro conhecimentos, eu avalio e depois dou um resultado. É isto... Se for permitido toda a gente cai facilmente no número, mesmo ao nível do primeiro ciclo. (DA) A unidade de registo anterior coloca-nos algumas questões relativa- mente aos motivos da ausência de partilha e adesão às políticas sobre avaliação formativa preconizada como estruturante nas políticas do agrupamento de escolas. Nesta linha de pensamento destacamos o discurso de uma das entrevistadas, que indicia o completo desconhe- cimento dos diversos documentos internos que versam sobre a avali- ação pedagógica: Nunca foram discutidos… Não sei o que eles dizem, o que lá está... Só depois de saber o que que dizem é que eu posso dizer se é importante ou não. (DRA) Este desconhecimento da existência dos documentos internos que orientam a ação quanto à avaliação é uma realidade para outros pro-
  • 19. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 75 > fissionais que, embora exteriores ao agrupamento de escolas, aí tra- balham com os alunos com NEE: É a primeira vez que ouço falar sobre esses documen- tos. (PA) Não! (…) era bom e interessante termos acesso a es- ses instrumentos. (PC) Não conheço. (…) Nós vamos respondendo às solici- tações feitas e não temos muito a ideia do funciona- mento global da escola. (PB) O desconhecimento de alguns documentos é reforçado pela narrativa do diretor: Normas orientadoras para a avaliação dos alunos do ensino básico (…) Era um documento cujo objetivo era encontrar uma linguagem comum (…) Mas nós percebemos que aquilo é um documento ainda pouco vivenciado. O feedback que eu tenho é: aquilo está ali, foi normalizado, foi discutido e às duas-por-três tu estás a perceber que as pessoas estão a fazer comple- tamente ao arrepio daquilo que elas próprias acorda- ram e está cada uma a fazer por si. (DA) Dos diversos discursos reafirmamos que não nos parece existir uma cultura de avaliação direcionada para a Inclusão, nem se prefiguram políticas que sublinham mecanismos de avaliação inclusiva. Para além de algumas divergências identificadas nas próprias orientações, o desconhecimento dos normativos internos e/ou a sua frágil parti- lha, infere que os mesmos não são vivenciados pela comunidade escolar, ou seja não se constituem enquanto elementos estruturantes de cultura. Reflexões finais / Conclusões Como inerente a um estudo de caso os dados recolhidos e as conse- quentes análises dos mesmos centram-se no caso em estudo, uma escola pertencente a um agrupamento de escolas de Lisboa. Assim, da análise dos resultados percecionamos uma visão relativamente à perspetiva de avaliação inclusiva frágil e ambígua. Por um lado os normativos internos enfatizam uma lógica de avaliação para as aprendizagens. Por outro lado esta é subalternizada à perspetiva de
  • 20. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 76 > avaliação das aprendizagens. Os resultados coligidos pela ação de avaliação sumativa não informam os processos de avaliação forma- tiva mas sobrepõem-se a estes. As normas internas são perceciona- das como exercícios de síntese dos documentos legislativos. Os di- versos documentos internos corporizam uma visão estratégica re- dundante da legislação e prescrevem orientações ancoradas, por ve- zes contraditoriamente, entre diplomas legislativos gerais e normati- vos direcionados especificamente para a ação com alunos com NEE. Deste modo ampliam alguma desarmonia inicial entre perspetivas clínicas de cariz mais quantitativo e perspetivas pedagógicas de ín- dole mais qualitativo. Não se perceciona uma visão de processos de avaliação universal (EASNIE, 2008a; Bolt & Roach, 2009), desvalo- rizando-se a componente de avaliação para as aprendizagens sobre- tudo no que respeita aos alunos com NEE. As políticas do agrupa- mento de escolas pouco acrescentam no sentido de harmonizarem perspetivas sumativas e formativas de modo a serem criadas respos- tas mais efetivas às especificidades da população discente, à diversi- dade. Uma harmonização possível pela aproximação dos propósitos associados a cada uma das modalidades (Santos, 2016) e pelo senti- do de que as diversas modalidades de avaliação não se excluem entre si (Rosado & Silva, 2006; EASNIE, 2008a). O desconhecimento e/ou a perceção de que as orientações internas são pouco claras amplia entropias e ambiguidades referidas pelos diversos entrevistados que não integram os documentos internos como instrumentos de política do agrupamento de escolas. Esta rea- lidade fragiliza a partilha no sentido de criação de uma linguagem comum potenciadora de uma identidade cultural relativamente a processos de avaliação inclusivos. A construção de uma linguagem comum sobre determinado objeto, sobre determinada realidade, substantiva-se através da interação e comunicação, na colaboração Sobre o funcionamento colaborativo, verificamos que no agrupa- mento de escolas onde decorreu o presente estudo, a colaboração é meramente instrumental situando-se no que Perrenoud (2000) des- creve como um primeiro nível de trabalho em equipa, as dinâmicas que possam remeter para qualquer um dos restantes três níveis são frágeis ou mesmo inexistentes. Por um lado, a elaboração dos normativos é descrita como um pro- cesso partilhado pelos diversos docentes no quadro dos órgãos for- mais do agrupamento de escolas. Por outro lado, temos as narrativas que inferem desejabilidade a essa partilha e construção de uma lin-
  • 21. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 77 > guagem comum, emergindo apropriação não concretizada. Daí o impacto de algumas orientações consideradas estruturantes, como a importância da avaliação formativa na ação dos diversos profissio- nais, ser narrado como quase nulo. As políticas e culturas de avalia- ção inclusiva apelam ao envolvimento, a decisões tomadas em con- junto e baseadas numa gestão desenvolvida em rede (Pérez, 2006). A colaboração é essencial na tomada de decisões, no que respeita à visão estratégica e políticas bem como culturas organizacionais, ”princípio aglutinador e integrador da planificação e da ação num estabelecimento escolar” (Madureira & Leite 2003, p. 129). Da análise dos dados emerge que a cultura organizacional se caracte- riza pela ausência de manifestações culturais integradoras, no senti- do em que o grau de partilha e de identificação com a missão da or- ganização, no que se refere ao processo de avaliação, é muito baixo ou mesmo inexistente. Embora a cultura organizacional seja caracte- rizada pela existência de alguns níveis de partilha, esta confina-se a grupos formais e de referência, antevendo-se o emergir de subcultu- ras relativamente aos processos de avaliação. Subculturas que ampli- am a disparidade de discursos e os sentidos contraditórios entre o prescrito e o apropriado. Por um lado, orientações quase exclusiva- mente sobrepostas a um quadro legislativo e nem sempre percecio- nadas como claras. Por outro lado, a realização de interpretações e representações coletivas dispares entre si nem sempre coincidentes com o prescrito. As diversas orientações internas não se apresentam com a força ne- cessária à implementação de uma cultura identitária que permita a partilha de valores e sentidos de ação comuns relativamente às di- nâmicas de avaliação dos alunos em geral e dos alunos ditos com NEE em particular. As incongruências percecionadas não permitem o fortalecimento e clarificação de uma visão de avaliação para as aprendizagens, de uma avaliação inclusiva. Em resultado não se ve- rifica o que Spicer (2016) denomina por construção de um ambiente onde se partilham responsabilidades, crenças e valores. Um sentido e sentir de visão relativamente à avaliação que faça convergir perspe- tivas e consiga gerar um sentido direcional comum e um compro- misso coletivo, uma visão coletiva transformadora. Referências Bibliográficas Assessment Reform Group [ARG] (2002). Assessment for Learning: 10 Principles. Research-Based Principles to Guide Classroom Prac- tice, consultado a 12 de maio de 2010 em http://www.qcda.gov.uk/resources/assets/4031_afi_principles.pdf
  • 22. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 78 > . Bolt, S. E. & Roach, A. T. (2009). Inclusive Assessment and Accountability – A Guide to Accommodations for Students with Diverse Needs. New York: The Guilford Press. Rosado, A. & Silva, C. (2006). Conceitos Básicos Sobre Avaliação das Aprendizagens, consultado a 4 de setembro de 2010 em http://home.fmh.utl.pt/~arosado/ESTAGIO/conceitos.htm Booth, T. & Ainscow, M. (2002). Index for Inclusion: Developing Learn- ing and Participation in Schools. Manchester: Centre for Studies on Inclusive Education. Capita, A. M. H. (2009). La Evaluación de los Procesos de Enseñanza- Aprendizaje. Innovación y Experiencias Educativas, 16, 23-36. Colôa, J. (2017). Avaliação Inclusiva: Um Tópico para a Formação de Professores e Outros Profissionais. In I. M. de Oliveira, D. Ro- drigues, D. M. de Jesus (Orgs.), Formação de Professores, Práti- cas Pedagógicas e Inclusão Escolar (pp. 97-128). Vitória. EDU- FES. Colôa, J. & Santos, L. (2014). Da Natureza do Conceito de Avaliação Pe- dagógica de Alunos do 1.º ciclo com Necessidades Educativas Especiais. In Da Investigação às Práticas, v. 5, n. 2, p. 87-111. European Agency for Special Needs and Inclusive Education [EASNIE] (2008). Processo de Avaliação em Contextos Inclusivos – Imple- mentação do Processo de Avaliação Inclusiva, consultado a 8 de abril de 2010 em www.european-agency.org. European Agency for Special Needs and Inclusive Education [EASNIE] (2008a). Processo de Avaliação em Contextos Inclusivos: Ques- tões-chave para Políticas e Práticas. Dinamarca: European Agency for Special Needs and Inclusive Education. Florian, L. (2010). Inclusão e Necessidades Especiais: O que Significa ser Professor de Educação Especial na Era da Inclusão. Educação Inclusiva, Vol. 1, 1, 8-14. Harlen, W. (2006). On the Relationship Between Assessment for Forma- tive and Summative Purposes. In John Gardner (Ed.), Assessment and Learning (pp. 103-117). London: Sage. Isaacs, T.; Zara, C.; Herbert, G.; Coombs, S. J. & Smith, C. (2013). Key Concepts in Educational Assessment. London: SAGE. Madureira, I. & Leite, T. (2003). Necessidades Educativas Especiais. Lis- boa: Universidade Aberta. Miller, W.; Collings, J. & Kneale, P. (2015). Inclusive Assessment, PedRIO paper 7. Plymouth: Plymouth University. Morgado, J. (2007). Contributo para a Definição de uma Política Educativa (de Facto Inclusiva). In David Rodrigues e Maria Bibiana Maga- lhães (Org.), Aprender Juntos para Aprender Melhor (pp. 37-51). Lisboa: Fórum de Estudos de Educação Inclusiva e Faculdade de Motricidade Humana. Opertti, R. & Ji, L. (2017). Training Tools for Curriculum Development: Inclusive Student Assessment. Geneva: IBE-UNESCO. Pérez, V. M. O. (2006). Consideraciones Pedagógicas sobre la Comunidad Educativa: el Paradigma de la “Escuela Educadora”. Revista Computense de Educación, Vol. 17, 1, 51-64. Perrenoud, P. (2000). Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Ale- gre: Artmed Editora. Perrenoud, P. (2008). Pédagogie Différenciée–Des Intentions à L’Action. France: Esf Editeur. Perrenoud, P. (2008a). A Pedagogia na Escola das diferenças: Fragmentos de uma Sociologia do Fracasso. São Paulo: Artmed. Pinto, J. & Santos, L. (2006). Modelos de Avaliação das Aprendizagens.
  • 23. Vol. 6 – n.º 1 – 2018 < 79 > Lisboa: Universidade Aberta. Roldão, M. C. (2005). Gestão do Currículo e Avaliação de Competências– As Questões dos Professores. Lisboa: Editorial Presença. Santos, L. (2008). Avaliação das Aprendizagens: Funções, Formas e Con- teúdos. In A. P. Canavarro (Org.), 20 anos em Educação e Ma- temática (pp. 60-7). Lisboa: Associação de Professores de Mate- mática. Santos, L. (2016). A Articulação Entre a Avaliação Somativa e a Formati- va, na Prática Pedagógica: uma Impossibilidade ou um Desafio?. In Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v.24, n. 92, p. 1-33. Spicer, F. V. (2016). School Culture, School Climate, and the Role of the Principal, consultado a 8 de Agosto de 2017 em https://scholarworks.gsu.edu/eps_diss/140. Nota curricular Joaquim Colôa é docente de Educação Especial, especializado e mestre em Educação Especial, pós-graduado em psicomotricidade e doutorado em Ciências da Educação. Tem colaborado como docente com diversas insti- tuições de Ensino Superior em cursos de especialização e mestrados. É formador acreditado, em diversas áreas de formação e é, frequentemente, convidado como preletor em seminários e colóquios tanto em Portugal como no estrangeiro. É autor e coautor de livros e artigos tanto em Portu- gal como no estrangeiro. Foi colaborador de organismos internacionais com trabalho na área da Educação Especial e Inclusão Leonor Santos é professora associada com Agregação do Instituto de Edu- cação da Universidade de Lisboa. Tendo-se doutorado nesta universidade, em Educação, na especialidade de Didática da Matemática, tem coordena- do diversos cursos de Mestrado em Ensino e Educação e Doutoramentos em Educação, orientado alunos destes cursos e colaborado estreitamente com outras instituições do ensino superior nacionais e estrangeiras. Os seus interesses na área da investigação têm incidido na avaliação das aprendizagens e no conhecimento e desenvolvimento profissional dos pro- fessores. Tem coordenado e participado em diversos projetos de investiga- ção, alguns dos quais financiados pela FCT.