O documento descreve o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) no Brasil, fornecendo informações sobre a brucelose bovina, incluindo sua definição, agente causador, epidemiologia, transmissão, sinais clínicos, diagnóstico e controle.
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Brucelose 01
1. PNCEBT - Departamento de Defesa
MINISTÉRIO DAMINISTÉRIO DA
AGRICULTURA,AGRICULTURA,
PECUÁRIA EPECUÁRIA E
ABASTECIMENTOABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Defesa Animal
Coordenação de Vigilância e Programas Sanitários
Programa Nacional de Controle e Erradicação
da Brucelose e da Tuberculose Animal
2. PNCEBT - Departamento de Defesa
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
• Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
• Roberto Rodrigues
SECRETÁRIO EXECUTIVO
• José Amauri Dimarzio
SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA
• Maçao Tadano
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL
• Jorge Caetano Júnior
COORDENADOR DE VIGILÂNCIA E PROGRAMAS SANITÁRIOS
• Jamil Gomes de Souza
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E DA TUBERCULOSE
ANIMAL - PNCEBT
• José Ricardo Lôbo
• Ana Margarida Pantaleoni
• Vera Cecilia Ferreira de Figueiredo
3. PNCEBT - Departamento de Defesa
Andrey Pereira Lage Universidade Federal de Minas Gerais
Eliana Roxo Instituto Biológico de São Paulo
Ernst Eckehardt Muller Universidade Estadual de Londrina
Fernando Padilla Poester Consultor do LARA/MG - MAPA
João Crisostomo Mauad Cavalléro SSA/DFA/MS - MAPA
José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo
Pedro Moacyr Pinto Coelho Mota LARA/MG - MAPA
Vitor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília
Material Elaborado pelo ComitêMaterial Elaborado pelo Comitê
Científico Consultivo do PNCEBTCientífico Consultivo do PNCEBT
5. PNCEBT - Departamento de Defesa
Temas AbordadosTemas Abordados
• Definição
• Etiologia
• Epidemiologia
• Importância
econômica
• Transmissão
• Patogenia
• Sinais clínicos
• Diagnóstico
• Controle
6. PNCEBT - Departamento de Defesa
Brucelose BovinaBrucelose Bovina
• DEFINIÇÃO
– Doença infecto-contagiosa provocada por
bactérias do Gênero Brucella.
– Caracteriza-se por provocar abortos
geralmente no terço final
da gestação, nascimento de bezerros
fracos, retenção de placenta, repetição de
cio e descargas uterinas com grande
eliminação da bactéria, podendo ainda
transmitir-se ao homem.
7. PNCEBT - Departamento de Defesa
– BOVINOS
Doença de Bang;
Aborto contagioso;
Aborto infeccioso.
• SINONÍMIA
– HOMEM
Febre ondulante;
Febre de Malta.
BruceloseBrucelose BovinaBovina
8. PNCEBT - Departamento de Defesa
EtiologiaEtiologia
B. melitensis - Bruce ⇒ 1887 - Malta - 3 biovares
B. abortus - Bang ⇒ 1897 - Dinamarca - 7 biovares
B. suis - Traum ⇒ 1914 - EUA - 5 biovares
B. ovis - Buddle ⇒ 1953 - Nova Zelândia
B. neotomae - Stoenner ⇒ 1957 – EUA
B. canis - Carmichael ⇒ 1968 - EUA
Ross et al. ⇒ 1994 - Escócia – isolamento em mamíferos marinhos
Proposta: “Brucella cetaceae” - isolamentos de cetáceos
“Brucella pinnipediae” - isolamentos de focas
9. PNCEBT - Departamento de Defesa
Brucella abortusBrucella abortus
ResistênciaResistência
• Luz solar direta 4 - 5 horas
• Solo seco 4 dias
• Solo úmido 66 dias
– a baixas temperaturas 151 - 185 dias
• Fezes 120 dias
• Dejetos a altas temperaturas 2 - 4 horas
• Esgoto 8 - 240/700 dias
• Água potável 5 - 114 dias
• Água poluída 30 - 150 dias
• Feto à sombra 180 dias
• Exsudato uterino 200 dias
Fonte: Wray, 1975.
10. PNCEBT - Departamento de Defesa
• Leite 17 dias
• Leite congelado > 800 dias
• Queijos até 6 meses
• Manteiga até 4 meses
• Iogurte até 96 dias
• Temperatura de 60ºC 10 minutos
• Temperatura de 71,7ºC 15 segundos
Brucella abortusBrucella abortus
ResistênciaResistência
11. PNCEBT - Departamento de Defesa
• DESINFETANTES
– Álcool 96o
GL
– Hipoclorito de sódio 5%
– Hipoclorito de cálcio 5%
– Formol 3%
– Fenol 5%
• CALOR
– Autoclavação: 120o
C por 20 minutos
– Pasteurização lenta: 65o
C por 30 minutos
– Pasteurização rápida: 72 a 74o
C por 15-20 segundos
– Fervura
Fonte: WHO/VPH/84.4.
Brucella abortusBrucella abortus
DestruiçãoDestruição
12. PNCEBT - Departamento de Defesa
• DISTRIBUIÇÃO
– Mundial
Maior prevalência em países em
desenvolvimento.
Erradicada ou em erradicação em
alguns países desenvolvidos.
EpidemiologiaEpidemiologia
13. PNCEBT - Departamento de Defesa
• DISTRIBUIÇÃO
– Brasil
– 1975 -- Último estudo nacional oficial:
Região Norte 4,1%
Região Nordeste 2,5%
Região Centro-Oeste 6,8%
Região Sudeste 7,5%
Região Sul 4,0%
Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO.
Diagnóstico de Saúde Animal, 1977.
EpidemiologiaEpidemiologia
14. PNCEBT - Departamento de Defesa
Brucelose - % Animais Reagentes
Norte 9,53
Nordeste 3,74
Centro-Oeste 2,59
Sudeste 1,02
Sul 0,76
Total 2,75
Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO.
Boletim de Defesa Sanitária Animal. V. 29, n. 1-4. 1996.
• DISTRIBUIÇÃO
EpidemiologiaEpidemiologia
15. PNCEBT - Departamento de Defesa
B. abortus: biovares 1,2 e 3 B. suis: biovar 1
B. ovis B. canis
Brucelose
Brucelas confirmadas no Brasil
até 1985
Fonte: Carrillo,1990.
16. PNCEBT - Departamento de Defesa
Importância EconômicaImportância Econômica
• PERDAS PARA A PECUÁRIA
Aborto
Repetição de cio
Bezerros fracos
Diminuição na produção de leite
Redução do tempo de vida produtiva
Custos de reposição de animais
Limitação na comercialização de animais
17. PNCEBT - Departamento de Defesa
Cadeia deCadeia de TransmissãoTransmissão
• Fonte de Infecção
– Animais infectados
• Vias de Eliminação
– Feto e anexos fetais, secreções vaginais, leite,
sêmen, fezes e urina
• Vias de Transmissão
– Água, pastagem e fômites contaminados
– Sêmen
– Leite e derivados crus
18. PNCEBT - Departamento de Defesa
• Porta de Entrada
– Oro-faríngea
– Mucosas (conjuntiva, respiratória e genital)
– Pele com solução de continuidade
• Suscetíveis
– Mamíferos domésticos e silvestres
– Homem
Cadeia de TransmissãoCadeia de Transmissão
19. PNCEBT - Departamento de Defesa
Oral
Conjuntiva ocular
Genital
Pele lesada
Respiratória
Linfonodo regional
• Hemática
• Linfática
Linfonodos
Baço
Fígado
Sistema reprodutivo
Útero
Úbere
Articulações
Porta de Entrada
PatogeniaPatogenia
Disseminação
20. PNCEBT - Departamento de Defesa
Aborto
Bezerros fracos
Natimortos
Tropismo pelo útero gestante e
placenta
Placentite necrótica
Doença na FêmeaDoença na Fêmea
Retenção de placenta
Endometrite
Infertilidade
21. PNCEBT - Departamento de Defesa
Inflamação aguda sistema reprodutivo
Orquite uni ou bilateral
(pus, fibrose ou necrose),
Epididimite,Vesiculite
Infertilidade
Testículo
Epidídimo
Vesículas seminais
Ampolas seminais
Cronificação
(assintomática)
Doença no MachoDoença no Macho
22. PNCEBT - Departamento de Defesa
• DIRETOS
– Presença do agente etiológico:
Isolamento do agente em meio de
cultura e identificação bioquímica
Detecção de DNA (PCR)
• INDIRETOS
– Pesquisa de anticorpos específicos
Métodos de DiagnósticoMétodos de Diagnóstico
da Brucelose Bovinada Brucelose Bovina
23. PNCEBT - Departamento de Defesa
Equipamentos de biossegurança nível 3
para pesquisa de Brucella sp
Diagnóstico da BruceloseDiagnóstico da Brucelose
BovinaBovina
24. PNCEBT - Departamento de Defesa
Diagnóstico BacteriológicoDiagnóstico Bacteriológico
da Bruceloseda Brucelose
• Meio de Farrell: agar triptose + soro (5%) + antibióticos
(Polimixina B, Bacitracina, Cicloheximide, Nistatina, Ácido Nalidíxico,
Vancomicina).
• MATERIAL
– Da vaca : linfonodos (parotídeo, pré-escapular, bronquial, ilíaco
interno, supra-mamário) cotilédone, suabe vaginal,
baço, leite.
– Do feto : linfonodo bronquial, conteúdo estomacal, baço,
fígado, pulmão, suabe retal.
25. PNCEBT - Departamento de Defesa
Diagnóstico Sorológico daDiagnóstico Sorológico da
BruceloseBrucelose
• Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção.
• Infecção por brucelas lisas induzem anticorpos
anti-brucelas lisas:
– reação cruzada entre: B. abortus, B. melitensis
e B. suis.
• Infecção por brucelas rugosas induzem anticorpos
anti-brucelas rugosas:
– reação cruzada entre: B. canis e B. ovis.
• Principal antígeno envolvido: Lipopolissacarídeo.
26. PNCEBT - Departamento de Defesa
Fácil execução e interpretação
Rapidez na obtenção dos resultados
Baixo custo
(triagem e algumas confirmatórias)
Provas padronizadas internacionalmente
Diagnóstico Sorológico daDiagnóstico Sorológico da
BruceloseBrucelose
27. PNCEBT - Departamento de Defesa
0
50
100
150
200
250
0 5 12
Tempo em meses
TítulodeAnticorposemUI
IgG1
IgM
IgA
IgG2
• Título de anticorpos em bovinos infectados com
Brucella abortus ao longo do tempo.
Fonte: Adaptado de Nielsen et al., 1996.
Diagnóstico Sorológico daDiagnóstico Sorológico da
BruceloseBrucelose
28. PNCEBT - Departamento de Defesa
• Título de anticorpos em bezerras vacinadas entre
3 e 8 meses de idade com Brucella abortus amostra B19.
0
50
100
150
200
250
0 2 4 5 8 10 12
Tempo em meses
TítulodeAnticorposemUI
IgG1
IgM
IgA
IgG2
Fonte: Adaptado de Nielsen et al., 1996.
Diagnóstico Sorológico daDiagnóstico Sorológico da
BruceloseBrucelose
29. PNCEBT - Departamento de Defesa
Diagnóstico Sorológico da BruceloseDiagnóstico Sorológico da Brucelose
(Provas Oficiais PNCEBT)(Provas Oficiais PNCEBT)
Teste de triagem diagnóstica:Teste de triagem diagnóstica:
Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT)
(Rosa de Bengala)(Rosa de Bengala)
Teste confirmatório de diagnóstico:Teste confirmatório de diagnóstico:
Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME)
(2-Mercaptoetanol + Soroaglutinação Lenta)(2-Mercaptoetanol + Soroaglutinação Lenta)
Teste de referência para trânsito internacional:Teste de referência para trânsito internacional:
Teste de Fixação de Complemento (FC)
Teste para vigilância epidemiológica:Teste para vigilância epidemiológica:
Teste do Anel em Leite (TAL)
30. PNCEBT - Departamento de Defesa
Teste do Antígeno Acidificado Tamponado
positivonegativoReação positiva
Teste do Anel em Leite
Diagnóstico Sorológico da BruceloseDiagnóstico Sorológico da Brucelose
(Provas Oficiais PNCEBT)(Provas Oficiais PNCEBT)
31. PNCEBT - Departamento de Defesa
Teste do 2-Mercaptoetanol
1:50 1:100 1:2001:25
positivo negativo positivo
Teste de Fixação de Complemento
Diagnóstico Sorológico da BruceloseDiagnóstico Sorológico da Brucelose
(Provas Oficiais PNCEBT)(Provas Oficiais PNCEBT)
32. PNCEBT - Departamento de Defesa
Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas com idadeInterpretação do teste do 2-ME para fêmeas com idade
igual ou superior a 24 meses, que foram vacinadasigual ou superior a 24 meses, que foram vacinadas
entre três e oito meses de idade.entre três e oito meses de idade.
2-ME
SAL
NR 25I 25 50I 50 100I 100 200I 200
NR -
25I - -
25 - - +
50I - - + +
50 - - + + +
100I - - + + + +
100 Inc Inc + + + + +
200I Inc Inc + + + + + +
200 Inc Inc + + + + + + +
2-ME: 2-mercaptoetanol SAL: soro-aglutinação lenta NR: não reagiu I: reação incompleta Inc: reação inconclusiva
33. PNCEBT - Departamento de Defesa
Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas nãoInterpretação do teste do 2-ME para fêmeas não
vacinadas e machos com mais de 8 meses.vacinadas e machos com mais de 8 meses.
2-ME
SAL
NR 25I 25 50I 50 100I 100 200I 200
NR -
25I - -
25 - - +
50I - - + +
50 Inc Inc + + +
100I Inc Inc + + + +
100 Inc Inc + + + + +
200I Inc Inc + + + + + +
200 Inc Inc + + + + + + +
2-ME: 2-mercaptoetanol SAL: soro-aglutinação lenta NR: não reagiu I: reação incompleta Inc: reação inconclusiva
34. PNCEBT - Departamento de Defesa
Vacinação contra BruceloseVacinação contra Brucelose
• Vacina B19
Amostra B19 B. abortus, lisa, viva atenuada
Aplicação em bezerras entre 3 e 8 meses de
idade (preferencialmente até os 6 meses)
Cuidados na aplicação
Não pode ser usada fora das especificações
Patogênica para o homem
35. PNCEBT - Departamento de Defesa
É de reduzida virulência
É estável e causa reações mínimas
Protege cerca de 70% dos animais
Imunidade por aproximadamente 7 anos
Dose única
Não tem ação curativa
Vacinação de fêmeas entre 3 a 8 meses de idade
Persistência de anticorpos em animais vacinados
acima de 8 meses de idade
Amostra B19 de B. abortus
Vacinação contra BruceloseVacinação contra Brucelose
36. PNCEBT - Departamento de Defesa
• Amostra rugosa viva atenuada de Brucella abortus
• Não interfere nas provas sorológicas oficiais
• Vacina oficial nos EUA e Chile
• Uso permitido, juntamente com B19, na Colômbia, México,
Costa Rica, Paraguai e Venezuela
• EUA: vacinação de bovinos entre 4 a 12 meses de idade
• Outros países: revacinação após 12 meses
• Proteção semelhante à B19
Fonte: OIE, 2004.
Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinantes
Vacinação contra BruceloseVacinação contra Brucelose
37. PNCEBT - Departamento de Defesa
Vacina não Indutora deVacina não Indutora de
Anticorpos AglutinantesAnticorpos Aglutinantes
Permitirá aumentar a cobertura vacinal
Recomendado o uso em:
– Fêmeas adultas que nunca foram vacinadas
– Falha na imunidade do rebanho (FOCO), com
eliminação dos animais reagentes ao teste, seguido
de vacinação dos restantes
– Situações de alto risco de infecção
– Vacinações estratégicas
38. PNCEBT - Departamento de Defesa
Vacina não Indutora deVacina não Indutora de
Anticorpos AglutinantesAnticorpos Aglutinantes
Não deve ser utilizada em machos e fêmeas
prenhes
Cuidados na aplicação
Não pode ser usada fora das especificações
Potencialmente patogênica para o homem
39. PNCEBT - Departamento de Defesa
Combate à Brucelose BovinaCombate à Brucelose Bovina
Educação sanitária
Vacinação
Rotina de testes sorológicos
Abate sanitário ou destruição dos animais reagentes
Desinfecção das instalações e destruição
de restos placentários, fetos abortados e secreções
Piquetes maternidade
Quarentena de animais introduzidos no rebanho
Exame de saúde das pessoas envolvidas
40. PNCEBT - Departamento de Defesa
Fotos gentilmente cedidas pelas
Instituições:
LARA/MG/MAPA
UFMG
Instituto Biológico
41. PNCEBT - Departamento de Defesa
www.agricultura.gov.br
tub-bru@agricultura.gov.br
Obrigado por sua atenção