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Prática Hospitalar
Docentes: Andria Bogoevich
Miryane Brum
Discente: Jacqueline Gomes
2018
Maceração Fetal
em gata
Resenha
 Nome: Doidinha
 Espécie: Felina
 SRD
 Gênero: Feminino
 Idade: adulto
 Peso: 3,5 kg
Queixa principal
 Secreção vaginal sanguinolenta.
Histórico
 Semana anterior ao atendimento realizado no dia
20/02/2018 em Porto Velho- RO, o tutor relatou
presença de secreção sanguinolenta na vulva do
animal.
 Horas antes ao atendimento, relatou também
restos de fetos envoltos em uma poça de sangue.
Anamnese
 Alimentação: kite kat ®
 Mora em casa com acesso a rua
 Sem histórico de desverminação
 Somente vacina contra raiva
 Sem alterações nos demais sistemas.
Exame Físico
 Deprimido
 TPC: <2 segundos
 Mucosas: Hipocoradas
 Escore corporal:
 Temperatura: 40,3°C (37,5-39,2°C)
 Desidratação:7%
 Linfonodos: Sem alterações
 Aumento de volume abdominal com tensão e
sensibilidade aumentada a palpação.
Diagnóstico Diferencial
 Piometra
Exames solicitados
Hemograma :
Série Vermelha Resultado Valores de referencia
Eritrócitos 8.85 milhões/uL 5,8 a 9,1 milhões /uL
Hemoglobina 11,6 g/dL 9,0 a 15 g/dL
Hematócrito 32,6% 24 a 45%
V.C.M 65,7 fL 38 a 52 fL
H.C.M 21,2 g/dL 13 a 20 g/dL
C.H.C.M 33,6 g/dL 31 a 35 g/dL
Plaquetas 120.000 300.000 – 800.000
 Leucograma
Série Branca Percent/Vlr U. Medida Felinos
Leucócitos totais 5/mm³ 5.000 5.500 – 19.500
Neutrófilos 20% 1.000 2.500 – 12.500
35-75
Eosinófilos 50% 2.500 0 – 1.500
2 – 12
Linfócitos 30% 1.500 1.500 – 7.000
25 – 55
Monócitos --- --- 0 – 850
1 – 4
Basófilos --- raros raros
Exame bioquímico:
Exame Resultado Valores de Referência
ALT 54,00 U/I 10 – 80
Uréia 32,9 mg/dL 10 – 56
Creatinina 0,790 umol/L 0,6 – 1,6
Diagnóstico Clínico
 Maceração fetal.
Prognóstico
 Reservado.
Tratamento
 Cirúrgico: Cesarea seguido de Ovariohisterectomia.
Protocolo Anestésico
 MPA:
Cetamina10% 12 mg/kg IM;
Midazolam 0,3 mg/kg IM;
Morfina 0,3mg/kg IM;
 Indução:
Propofol 1,8ml/kg IV
 Manutenção:
 Isofluorano
 Analgesia trans operatoria:
 Fentanil 3mc
Pós cirúrgico
 Animal permaneceu internado por 3 dias, em seguida recebeu alta e foi para casa.
 Tramadol 0,35ml /IV/ BID
 Cefatriaxona 0,5ml /IV/ BID
 Metronidazol 10,5mil /IV/ BID
 Maxicam 0,18ml /IV/ SID
 Ranitidina 0,28ml /IV/ BID
Prescrição
 Cefalexina ( 250 mg/kg) 1,8 ml via oral, a cada 12 horas, durante 7 dias
 Meloxicam (0,5 mg/kg) 1 comprimido por Via oral, a cada 24 horas, por 3 dias
 Dipirona (500 mg/ml) 3 gotas por via oral a cada 12 horas, durante 3 dias.
 Uso tópico:
Rifamicina spray borrifar na ferida cirúrgica 3 vezes ao dia até total cicatrização.
 Demais instruções:
Uso do colar elisabetano obrigatório
Limpar a ferida com solução fisiológica com auxilio de gazes 3 vezes ao dia
Repouso total do animal por pelo menos 7 dias
Remoção dos pontos externos e retorno do paciente com 10 dias.
Revisão de Literatura
 Maceração Fetal: É o processo séptico de destruição do feto retido no útero,
com amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais, levando-a uma
esqueletização. (TONIOLLO & VICENTE, 2003).
 A maceração de um feto morto requer a presença de microorganismos no
útero que podem ser os causadores da morte fetal ou os que penetraram no
útero devido a abertura da cérvix. (PRESTES & LANDIM-ALVARENGA,
2006).
 Casos de maceração fetal podem ocorrer após o emprego de contraceptivos
em gatas (TONIOLLO e VICENTE, 2003).
Sinais Clínicos
 Desconforto abdominal
 Diminuição gradativa do apetite
 Perda de peso
 Inapetência
 Corrimento vaginal de odor fétido
 Perfuração da parede uterina pelos ossos e peritonite, com aderências
peritoneais.
Prestes, N. C., & da Cruz Landim-Alvarenga, F. (2017)
Diagnóstico
 O diagnóstico é confirmado através da história clínica, sinais clínicos, exames
laboratoriais e por imagem. (NELSON e COUTO, 1998).
 A ultrassonografia é o método mais eficiente para verificar a viabilidade fetal.
(FRITSCH e GERWING, 1996; NELSON e COUTO, 1998).
Conclusão
 A maceração fetal é de extrema importância. É uma patologia que necessita de
cuidado imediato, pois compromete a vida do animal, uma vez que em casos graves
pode ocorrer complicações como ruptura de útero, toxemia e septicemia.
 Exames complementares como hemograma, e ultrassonografia confirmam ou definem
o diagnostico. Neste caso a USS não foi realizada, mas poderia ter sido feita, afim de
identificar o conteúdo uterino ,e, a existência de presença de liquido ou gases,
alternando assim o tratamento cirúrgico utilizando somente a técnica de
Ovariohisterectomia e evitando maiores contaminações para a cavidade abdominal.
 Durante a intubação o animal em questão continuou com reflexo de glote. De acordo
com a literatura poderia ter sido empregado um anestésico local como a lidocaina10%
spray para suprimir esse reflexo e proporcionar melhor qualidade na intubação.
 O tratamento instituído está de acordo com a literatura, dentro do sugerido.
Referencias
 ARAÚJO, L. S. Morte Fetal em cadelas e gatas submetidas a tratamento com
anticoncepcionais atendidas no Hospital Veterinário do Centro de Saúde e
Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande. Monografia
(Graduação em Medicina Veterinária) - Centro de Saúde e Tecnologia Rural,
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, 2013.
 Bolson, Juliano, et al. "Fisometra em cadela (Canis familiaris Linnaeus, 1758)–
relato de caso." Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR 7.2 (2004):
171-174.
 Grunert, Eberhard, and Eduardo Harry Birgel. Obstetrícia veterinária. Vol. 3. Porto
Alegre: Sulina, 1982.
 Prestes, Nereu Carlos, and Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga. Obstetrícia
veterinária . Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2017.
 Sales, K. D. K. D. S., Rodrigues, N. M., Rufino, A. K. B., & Luz, P. M. D. S. (2016).
Maceração fetal em gata: Relato de caso. PUBVET, 10, 873-945.
 Spinosa, H. S; Górniak, S. L & Bernardi, M. M. Farmacologia aplicada à
Medicina Veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.
 TONIOLLO, G. H.; VICENTE, W. R. R. Manual de Obstetrícia Veterinária. São
Paulo: Editora Varela, 2003.
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Maceração Fetal em Gata: Relato de Caso e Revisão de Literatura

  • 1. Prática Hospitalar Docentes: Andria Bogoevich Miryane Brum Discente: Jacqueline Gomes 2018
  • 3. Resenha  Nome: Doidinha  Espécie: Felina  SRD  Gênero: Feminino  Idade: adulto  Peso: 3,5 kg
  • 4. Queixa principal  Secreção vaginal sanguinolenta.
  • 5. Histórico  Semana anterior ao atendimento realizado no dia 20/02/2018 em Porto Velho- RO, o tutor relatou presença de secreção sanguinolenta na vulva do animal.  Horas antes ao atendimento, relatou também restos de fetos envoltos em uma poça de sangue.
  • 6. Anamnese  Alimentação: kite kat ®  Mora em casa com acesso a rua  Sem histórico de desverminação  Somente vacina contra raiva  Sem alterações nos demais sistemas.
  • 7. Exame Físico  Deprimido  TPC: <2 segundos  Mucosas: Hipocoradas  Escore corporal:  Temperatura: 40,3°C (37,5-39,2°C)  Desidratação:7%  Linfonodos: Sem alterações  Aumento de volume abdominal com tensão e sensibilidade aumentada a palpação.
  • 9. Exames solicitados Hemograma : Série Vermelha Resultado Valores de referencia Eritrócitos 8.85 milhões/uL 5,8 a 9,1 milhões /uL Hemoglobina 11,6 g/dL 9,0 a 15 g/dL Hematócrito 32,6% 24 a 45% V.C.M 65,7 fL 38 a 52 fL H.C.M 21,2 g/dL 13 a 20 g/dL C.H.C.M 33,6 g/dL 31 a 35 g/dL Plaquetas 120.000 300.000 – 800.000
  • 10.  Leucograma Série Branca Percent/Vlr U. Medida Felinos Leucócitos totais 5/mm³ 5.000 5.500 – 19.500 Neutrófilos 20% 1.000 2.500 – 12.500 35-75 Eosinófilos 50% 2.500 0 – 1.500 2 – 12 Linfócitos 30% 1.500 1.500 – 7.000 25 – 55 Monócitos --- --- 0 – 850 1 – 4 Basófilos --- raros raros
  • 11. Exame bioquímico: Exame Resultado Valores de Referência ALT 54,00 U/I 10 – 80 Uréia 32,9 mg/dL 10 – 56 Creatinina 0,790 umol/L 0,6 – 1,6
  • 14. Tratamento  Cirúrgico: Cesarea seguido de Ovariohisterectomia.
  • 15. Protocolo Anestésico  MPA: Cetamina10% 12 mg/kg IM; Midazolam 0,3 mg/kg IM; Morfina 0,3mg/kg IM;  Indução: Propofol 1,8ml/kg IV  Manutenção:  Isofluorano  Analgesia trans operatoria:  Fentanil 3mc
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Pós cirúrgico  Animal permaneceu internado por 3 dias, em seguida recebeu alta e foi para casa.  Tramadol 0,35ml /IV/ BID  Cefatriaxona 0,5ml /IV/ BID  Metronidazol 10,5mil /IV/ BID  Maxicam 0,18ml /IV/ SID  Ranitidina 0,28ml /IV/ BID
  • 21. Prescrição  Cefalexina ( 250 mg/kg) 1,8 ml via oral, a cada 12 horas, durante 7 dias  Meloxicam (0,5 mg/kg) 1 comprimido por Via oral, a cada 24 horas, por 3 dias  Dipirona (500 mg/ml) 3 gotas por via oral a cada 12 horas, durante 3 dias.  Uso tópico: Rifamicina spray borrifar na ferida cirúrgica 3 vezes ao dia até total cicatrização.  Demais instruções: Uso do colar elisabetano obrigatório Limpar a ferida com solução fisiológica com auxilio de gazes 3 vezes ao dia Repouso total do animal por pelo menos 7 dias Remoção dos pontos externos e retorno do paciente com 10 dias.
  • 23.  Maceração Fetal: É o processo séptico de destruição do feto retido no útero, com amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais, levando-a uma esqueletização. (TONIOLLO & VICENTE, 2003).  A maceração de um feto morto requer a presença de microorganismos no útero que podem ser os causadores da morte fetal ou os que penetraram no útero devido a abertura da cérvix. (PRESTES & LANDIM-ALVARENGA, 2006).  Casos de maceração fetal podem ocorrer após o emprego de contraceptivos em gatas (TONIOLLO e VICENTE, 2003).
  • 24. Sinais Clínicos  Desconforto abdominal  Diminuição gradativa do apetite  Perda de peso  Inapetência  Corrimento vaginal de odor fétido  Perfuração da parede uterina pelos ossos e peritonite, com aderências peritoneais. Prestes, N. C., & da Cruz Landim-Alvarenga, F. (2017)
  • 25. Diagnóstico  O diagnóstico é confirmado através da história clínica, sinais clínicos, exames laboratoriais e por imagem. (NELSON e COUTO, 1998).  A ultrassonografia é o método mais eficiente para verificar a viabilidade fetal. (FRITSCH e GERWING, 1996; NELSON e COUTO, 1998).
  • 26. Conclusão  A maceração fetal é de extrema importância. É uma patologia que necessita de cuidado imediato, pois compromete a vida do animal, uma vez que em casos graves pode ocorrer complicações como ruptura de útero, toxemia e septicemia.  Exames complementares como hemograma, e ultrassonografia confirmam ou definem o diagnostico. Neste caso a USS não foi realizada, mas poderia ter sido feita, afim de identificar o conteúdo uterino ,e, a existência de presença de liquido ou gases, alternando assim o tratamento cirúrgico utilizando somente a técnica de Ovariohisterectomia e evitando maiores contaminações para a cavidade abdominal.  Durante a intubação o animal em questão continuou com reflexo de glote. De acordo com a literatura poderia ter sido empregado um anestésico local como a lidocaina10% spray para suprimir esse reflexo e proporcionar melhor qualidade na intubação.
  • 27.  O tratamento instituído está de acordo com a literatura, dentro do sugerido.
  • 28. Referencias  ARAÚJO, L. S. Morte Fetal em cadelas e gatas submetidas a tratamento com anticoncepcionais atendidas no Hospital Veterinário do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) - Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, 2013.  Bolson, Juliano, et al. "Fisometra em cadela (Canis familiaris Linnaeus, 1758)– relato de caso." Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR 7.2 (2004): 171-174.  Grunert, Eberhard, and Eduardo Harry Birgel. Obstetrícia veterinária. Vol. 3. Porto Alegre: Sulina, 1982.  Prestes, Nereu Carlos, and Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga. Obstetrícia veterinária . Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2017.  Sales, K. D. K. D. S., Rodrigues, N. M., Rufino, A. K. B., & Luz, P. M. D. S. (2016). Maceração fetal em gata: Relato de caso. PUBVET, 10, 873-945.
  • 29.  Spinosa, H. S; Górniak, S. L & Bernardi, M. M. Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.  TONIOLLO, G. H.; VICENTE, W. R. R. Manual de Obstetrícia Veterinária. São Paulo: Editora Varela, 2003.