1. AILLYN FERNANDA BIANCHI
TOC – TRANSTORNO OBSESSIVO
COMPULSIVO
Prof. Maria Fernnanda Carvalho
Faculdade de Medicina – UNIC
2. Atualmente Doença psiquiátrica comum e bastante sensível ao
tratamento.
CONCEITO
É caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e
comportamentos compulsivos exagerados ou irracionais, causando
sofrimento e prejuízo para o indivíduo.
INTRODUÇÃO
3. INTRODUÇÃO
Pode ser um transtorno incapacitante, interferindo na rotina normal do indivíduo, em seu
funcionamento ocupacional, atividades sociais habituais ou relacionamentos.
OBSESSÃO
IDEIAS
SENTIMENTOS
INTRUSIVA
REPETITIVA
ANSIEDADE
COMPULSÃO
COMPORTAMENTO CONSCIENTE
RECORRENTE
ATOS MENTAIS ESTEREOTIPADOS
Ex: Verificar, evitar.
ALIVIA OS PENSAMENTOS
OBSESSIVOS
4. 3º Transtorno psiquiátrico mais frequente, atrás somente da
depressão e da dependência química.
Prevalência no período de vida estimada em 2 – 3% na população
geral.
10% dos pacientes ambulatoriais em clínicas psiquiátricas.
A idade média do início é por volta dos 20 anos de idade.
EPIDEMIOLOGIA
5. EPIDEMIOLOGIA
Adultos Ambos os sexos estão igualmente propensos a serem
afetados.
Adolescência + Meninos do que meninas.
2/3 dos pacientes apresentam o início dos sintomas antes dos 25
anos.
O TOC pode iniciar na infância também, porém é mais raro.
6. ETIOLOGIA
Não totalmente esclarecida.
Natureza biológica.
Fatores psicológicos - crenças distorcidas.
Cultura ou educação recebida.
7. ETIOLOGIA
O FATORES NEUROBIOLÓGICOS
Evidências:
- Ocorem após traumatismos, lesões, infecções cerebrais.
- Pré-disposição genética: vários indivíduos de uma mesma família
acometidos.
- Descoberta de que determinados medicamentos que estimulam a. função
serotonérgica cerebral reduzem os sintomas de TOC
- Presença de zonas cerebrais hiperativas em portadores (região frontal).
8. ETIOLOGIA
NÃO ESCLARECIDO!
- Resposta de muitos pacientes aos inibidores da recaptação da
serotonina é parcial ou nula.
- Obsessões e compulssões associadas a tiques, ao Transtorno de
Gilles de La Tourette, à febre reumática, outras doenças neurológicas
ou psiquiátricas
9. ETIOLOGIA
FATORES DE NATUREZA PSICOLÓGICA
Rituais ou outras manobras psicológicas que proporcionam alívio da
aflição e do medo que acompanham os pensamentos.
Estes atos podem ajudar a manter ou a agravar
a doença.
Distorções cognitivas: alterações do modo de
pensar, de perceber e avaliar a realidade.
10. FATORES DE NATUREZA PSICOLÓGICA
- Supervalorizam o pensamento (pensar = agir).
- Exageram os risco e as possibilidades dos desastres (doenças, perdas de
familiares, contaminação).
- Superestimam a própria responsabilidade quanto a
provocar ou prevenir eventos futuros.
- Perfeccionistas (perdem muito tempo com isso).
- Pensamentos mágicos (mudar o curso futuro para prevenir desastres).
ETIOLOGIA
11. TIPO DE EDUCAÇÃO
• Severa ou exigente.
• Culpa ou não.
• Crenças e regras.
Tudo isso pode gerar um terreno propício para o surgimento
do TOC.
ETIOLOGIA
12. QUADRO CLÍNICO
Coexistência de sintomas obsessivos e compulsivos.
OBSESSÃO
Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes,
estereotipadas e de difícil resistência, que são
experimentados como intrusivos e inadequados, levando à
intensa ansiedade.
Geralmente são acompanhadas de desconforto, medo,
angústia, culpa ou desprazer.
13. QUADRO CLÍNICO
COMPULSÃO
Comportamentos ou atos mentais repetitivos, que o indivíduo se sente compelido a executar como
resposta a um pensamento obsessivo, ou tentativa de reduzir a angústia.
As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade, levando o paciente a executá-las toda vez
que sua mente é invadida por uma obsessão acompanhada de aflição
Nem sempre tem conexão realística com o que desejam prevenir.
Ambas são reconhecidas como absurdas ou irracionais pelo paciente.
Insucesso em resistir aos sintomas.
14. QUADRO CLÍNICO
4 padrões sintomáticos principais:
• Obsessão de contaminação seguida de compulsão de lavagem ou esquiva compulsiva
do objeto supostamente contaminado.
• Obsessão de dúvida seguida de compulsão de verificação.
• Pensamentos obsessivos intrusivos sem compulsão.
• Necessidade de simetria ou precisão, podendo levar à compulsão de lentidão
*Preocupações com ordem ou números de sorte ou azar também podem ser
observadas.
16. DIAGNÓSTICO
Pensamento obsessivos recorrentes
que causam ansiedade significativa.
Sintomas compulsivos.
Sintomas excessivos ou irracionais.
17. Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada.
Limpo ou lavo demasiadamente o piso, móveis, roupas ou objetos.
Tomo vários banhos por dia ou demoro demasiadamente no banho.
Não toco em certos objetos (corrimãos, trincos de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois.
Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por considerá-los pouco limpos ou achar que posso contrair doenças.
Verifico portas, janelas, o gás, mais do que o necessário;
Verifico repetidamente o fogão, as torneiras, aparelhos elétricos, interruptores de luz mesmo após desligá-los.
Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis e impróprios, que me causam aflição e que nem sempre consigo afastá-los.
Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa ou pergunta para ter certeza de que não vou errar.
Preocupo-me demais com a ordem, o alinhamento ou simetria das coisas, e fico aflito(a) quando estão fora do lugar.
QUANDO PENSAR EM TOC?
21. O QUE É TOC X O QUE NÃO É TOC
Sofrimento pessoal e comprometimento funcional x hábitos comuns excessivos.
CONDIÇÕES MÉDICAS
Transtorno de Tourette
Tiques motores e vocais
Sintomas Compulsivos
Criterios diagnóstico para TOC
Epilepsia do lobo temporal, traumatismos e complicações pós-encefálicas.
CONDIÇÕES PSIQUIÁTRICAS
Esquizofrenia – natureza bizarra dos sintomas e insight do paciente pelo transtorno.
Fobias – ausência de uma relação entre os pensamentos obsessivos e compulsivos.
Transtorno depressivo maior – pode estar associado.
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva – não tem o grau de comprometimento funcional.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
22. Início súbito mais de 50% dos pacientes, geralmente após evento
estressante.
5 a 10 anos para procurar um médico.
Na maioria dos casos, há uma melhora parcial dos sintomas e o curso tende
a ser crônico (flutuante ou constante).
1/3 desenvolve transtorno depressivo, e o suicídio é um risco para todos
eles.
PROGNÓSTICO
23. MAU PROGNÓSTICO
- Submissão (ao invés de
resistência) às compulsões.
- Início na infância.
- Compulsões bizarras.
- Necessidade de hospitalização .
PROGNÓSTICO
BOM PROGNÓSTICO
- Bom ajustamento social e
profissional.
- Ausência de compulsões na
presença de obsessões.
- Presença de um evento
desencadeante.
24. FARMACOLÓGICO
Objetivo reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Antidepressivos (amenizar ansiedade).
Clomipramida (1ª ESCOLHA; tricíclico - específica da
serotonina)
ISRS
TRATAMENTO
25. TERAPIA COMPORTAMENTAL COGNITIVA
Terapia breve.
Exposições com prevenção da resposta auto-imposta.
Visitas domiciliares.
Orientação familiar.
Acompanhamento terapêutico.
TRATAMENTO
26. Tratamento neurocirúrgicos tem sido considerado
em casos crônicos resistentes aos tratamentos
convencionais.
ESTUDOS ADICIONAIS!!!
TRATAMENTO
27. HELDTH, ELIZETH; et al. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO:
Perguntas e Respostas. Artigo. UFRGS.
KAPLAN, HAROLD I; et al. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do Comportamento
e Psiquiatria Clínica. 7ª ed. Editora: Artmed.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS