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PROFº ENFº CLEYTON
LOPES
ESQUIZOFRENIA E BIPOLARIDADE
A Esquizofrenia é uma
doença mental causado
por diversos fatores
biopsicossociais que
interagem, criando
situações, as quais
podem ser favoráveis
ou não ao aparecimento
do transtorno.
Ansiedade muito intensa,
estado de estresse elevado,
fobia social e situações
sociais e emocionais
intensas.
Ligados à genética, lesão
ou anormalidade de
estruturas cerebrais e
deficiência em
neurotransmissores.
Epidemiologia
A idade de início é tradicionalmente considerada como
um fator importante para o prognóstico.
Quando a doença
se inicia antes dos
20 anos, o
prognóstico é pior!
O final da adolescência e
início da vida adulta é
uma fase bastante
conturbada, pois envolve
transformações físicas,
emocionais e aquisição
de novas
responsabilidades e
papéis, da pessoa, em
seu ambiente social.
Epidemiologia
A idade de início no
homem é menor que na
mulher, 15 a 25 anos e 25
a 35 anos
respectivamente.
Os rapazes sofrem estresse mais cedo que as
moças, que apresentam taxas de hormônios
contínuas. Os hormônios femininos têm efeitos
parecidos com os neurolépticos, por isso os
sintomas aparecem mais tardiamente, somente
quando as taxas hormonais começam a
Manifestaçõ
es
Os primeiros sinais da esquizofrenia
aparecem em geral sob a forma de
mudanças do COMPORTAMENTO.
Surto
psicótico Caracterizado pela
manifestação mais intensa de
sintomas como alucinações e
delírios.
Sintomas
Positivos
Os sintomas da esquizofrenia são muito
variados e podem envolver:
Alucinações: são percepções que ocorrem sem
que haja um estímulo sensorial correspondente.
Delírios: são crenças falsas que não cedem
frente à argumentação lógica ou evidências
contrárias.
Sintomas Negativos
Expressão Emocional: uma pessoa com
esquizofrenia pode não mostrar os sinais de uma
emoção normal; pode falar com voz monótona, ter as
expressões faciais diminuídas e parecer
extremamente apática.
Retração social: a pessoa pode retrair-se
socialmente, evitando contato com os outros. Em
alguns casos graves, a pessoa pode passar dias
inteiros sem fazer nada, chegando a negligenciar a
higiene básica.
Desorganização do pensamento: a esquizofrenia
comumente afeta a capacidade da pessoa de pensar
“corretamente”.
Diagnóstic
o
Para diagnosticar a esquizofrenia é importante:
Descartar
outras
doenças.
O abuso de certas drogas
pode provocar sintomas
semelhantes ao da
esquizofrenia.
Por esse motivo:
A avaliação médica, o exame físico e exames
laboratoriais devem ser feitos para afastar outras
causas possíveis dos sintomas antes de se concluir
que a pessoa tem esquizofrenia.
Tratamento Farmacológico
O tratamento farmacológico no primeiro
episódio da esquizofrenia consiste no uso de
medicamentos antipsicóticos, CHAMADOS DE
NEUROLÉPTICOS.
Existem dois tipos de drogas antipsicóticas:
os antipsicóticos típicos ou convencionais e
Tratamento Farmacológico
Os antipsicóticos típicos ou convencionais são
antagonistas da dopamina e seu efeito resulta na
diminuição dos sintomas positivos (delírios,
alucinações, pensamento incoerente).
Os principais medicamentos usados em nosso meio
são a CLORPROMAZINA e o HALOPERIDOL.
Tratamento Farmacológico
Os atípicos ou recentes inibem receptores de
dopamina e serotonina, melhorando sintomas
positivos e ajudando no tratamento de sintomas
negativos sem efeitos extrapiramidais significativos.
Os principais medicamentos são a CLOZAPINA,
RISPERIDONE E O OLANZAPINA.
Intervenção Familiar
 A intervenção familiar vem sendo uma alternativa
indispensável no primeiro episódio esquizofrênico.
Deve-se ter um conhecimento, primeiramente, da
família, suas características, limitações, medos e
inseguranças.
 Sabe-se que, no momento em que a família se
depara com a nova situação, ocorre uma
Cuidado de
Enfermagem
 A enfermagem psiquiátrica está fundamentada no
relacionamento interpessoal equipe/paciente, através do qual
observa os aspectos biopsicossociais do ser humano.
 No aspecto biológico, a enfermagem observa efeitos colaterais
da medicação e acompanha a saúde geral do jovem paciente e de
sua família.
 No campo psicossocial, pode se envolver em diversas
atividades, tais como a visita domiciliária, a coordenação de
grupos de pacientes em oficinas e outros temas.
Cuidado de
Enfermagem
 A prática em enfermagem psiquiátrica se baseia em
ações que visam a melhorar a condição da qualidade
de vida do paciente e de sua família, a contribuir no
controle do surto da doença, torná-la estabilizada, a
ajudar na integração social após o aparecimento da
doença, e a cooperar na adesão ao tratamento e à
adaptação de sua nova condição.
TIPO PARANÓIDE
Presença de delírios ou alucinações auditivas
proeminentes no contexto de uma relativa
preservação do funcionamento cognitivo e do
afeto.
Os delírios são tipicamente persecutórios ou de
grandeza, Os delírios podem ser múltiplos, mas
geralmente são organizados em torno de um tema
coerente.
TIPO PARANÓIDE
Mostram menos regressão de suas faculdades
mentais, da resposta emocional e do comportamento
que os outros tipos de pacientes esquizofrênicos. Os
pacientes paranóides típicos são tensos,
desconfiados e reservados, e frequentemente hostis
e agressivos.
Nenhum dos seguintes sintomas é proeminente:
discurso desorganizado, comportamento
desorganizado ou catatônico, ou afeto embotado ou
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Discurso desorganizado, comportamento
desorganizado e afeto embotado ou inadequado. O
discurso desorganizado pode ser acompanhado por
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conteúdo do discurso, além de trejeitos faciais.
Geralmente são ativos, mas de um modo desprovido
de propósito, não-construtivo. Há um pronunciado
transtorno do pensamento e o contato com a
realidade é pobre. A aparência pessoal e o
comportamento social estão dilapidados.
TIPO CATATÔNICO
Acentuada perturbação psicomotora, que pode
envolver imobilidade motora, atividade motora
excessiva, extremo
negativismo, mutismo, peculiaridades dos
movimentos voluntários, ecolalia ou ecopraxia.
A imobilidade motora pode ser manifestada
por cataplexia (flexibilidade cérea) ou estupor. Às
vezes há uma rápida alternância entre os extremos
de excitação e estupor.
TIPO CATATÔNICO
A atividade motora excessiva é
aparentemente desprovida de sentido e não
é influenciada por estímulos externos.
Pode haver extremo negativismo,
manifestado pela manutenção de uma
postura rígida contra tentativas de
mobilização, ou resistência a toda e qualquer
instrução. Peculiaridades do movimento
voluntário são manifestadas pela adoção
voluntária de posturas inadequadas ou
bizarras ou por trejeitos faciais proeminentes
TIPO RESIDUAL
Ausência de delírios e alucinações, discurso
desorganizado e comportamento
amplamente desorganizado ou catatônico
proeminentes; existem evidências contínuas
da perturbação, indicadas pela presença de
sintomas negativos ou por dois ou mais
sintomas relacionados no Critério A
para Esquizofrenia, presentes de forma
atenuada (por ex., crenças estranhas,
experiências perceptuais incomuns).
Cuidado de
Enfermagem
 Outra importante ação da enfermagem é a
estimulação dos pacientes de primeiro surto
esquizofrênico a usar recursos disponíveis na
sociedade como trabalhos voluntários, atividades em
grupos, exercícios físicos, lazer, entre outros.
O Transtorno Afetivo Bipolar, antigamente
denominado de psicose maníaco-depressiva, é
caracterizado por oscilações ou mudanças
cíclicas de humor.
Estas mudanças vão desde oscilações
normais, como nos estados de alegria e tristeza,
até mudanças patológicas acentuadas e
diferentes do normal, como episódios de MANIA,
HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS.
 A bipolaridade é relativamente comum, acometendo
aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-
se igualmente em mulheres e homens.
 O início desse transtorno geralmente se dá em torno
dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo
após os 70 anos.
Epidemiologia
 O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase
maníaca.
 Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os
quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos
maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos
retardando o diagnóstico.
Epidemiologia
 Fatores biológicos (genético, relativos a
neurotransmissores cerebrais).
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 Fatores sociais (ex. troca de emprego).
 Fatores psicológicos (ex. fim de casamento, morte da
pessoa querida).
 Irritabilidade intensa
 Impulsividade
 Aparentes “tempestades
afetivas”.
Manifestações
Clínicas
O diagnóstico da doença bipolar do
humor deve ser feito por um médico
psiquiátrico baseado nos sintomas do
paciente. Não há exames de imagem ou
laboratoriais que auxiliem o diagnóstico.
Diagnóstico
Tipos
Tipo I - FASE MANÍACA Tipo II - FASE
DEPRESSIVA
Tipo I - FASE MANÍACA
 Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;
 Agitação, inquietação física e mental;
 Aumento de energia, da atividade, começando muitas
coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las;
 Otimismo e confiança exagerados;
Tipo I - FASE MANÍACA
 Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de
discernir;
 Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes,
acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais;
 Ideias grandiosas;
 Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de
uma ideia para outra, tagarelice;
Tipo I - FASE MANÍACA
 Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;
 Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou
de risco;
 Gastos excessivos;
 Desinibição, aumento do contato social, expansividade;
 Aumento do impulso sexual;
 Agressividade física e/ou verbal;
 Insônia e pouca necessidade de sono;
 Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.
Tipo II- FASE
DEPRESSIVA Humor melancólico, depressivo;
 Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente
interessantes;
 Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;
 Inquietação ou irritabilidade;
 Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;
 Excesso de sono ou incapacidade de dormir;
Tipo II- FASE
DEPRESSIVA Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão);
 Fadiga ou perda de energia;
 Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo;
 Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões;
 Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio;
 Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças
ou lesões físicas.
O tratamento, após o diagnóstico preciso, é
medicamentoso, envolvendo uma classe de
medicações chamada de ESTABILIZADORES DO
HUMOR.
Tratamento
 A CARBAMAZEPINA
 A OXCARBAZEPINA
 O ÁCIDO VALPRÓICO
Um acompanhamento psiquiátrico deve
ser mantido por um longo período, sendo
que algumas formas de psicoterapia
podem colaborar para o tratamento.
Tratamento
Anticonvulsivantes como:
TEGRETOL
TRILEPTAL
DEPAKENE
DEPAKOTE
TOPAMAX.
Tratamento
“...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente
como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias
sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito
frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue
acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável
de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se
intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece
qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez
com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse
acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora
prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele
amistosas e bondosas.”
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Esquizofrenia e bipolaridade

  • 2. A Esquizofrenia é uma doença mental causado por diversos fatores biopsicossociais que interagem, criando situações, as quais podem ser favoráveis ou não ao aparecimento do transtorno.
  • 3. Ansiedade muito intensa, estado de estresse elevado, fobia social e situações sociais e emocionais intensas. Ligados à genética, lesão ou anormalidade de estruturas cerebrais e deficiência em neurotransmissores.
  • 4. Epidemiologia A idade de início é tradicionalmente considerada como um fator importante para o prognóstico. Quando a doença se inicia antes dos 20 anos, o prognóstico é pior! O final da adolescência e início da vida adulta é uma fase bastante conturbada, pois envolve transformações físicas, emocionais e aquisição de novas responsabilidades e papéis, da pessoa, em seu ambiente social.
  • 5. Epidemiologia A idade de início no homem é menor que na mulher, 15 a 25 anos e 25 a 35 anos respectivamente. Os rapazes sofrem estresse mais cedo que as moças, que apresentam taxas de hormônios contínuas. Os hormônios femininos têm efeitos parecidos com os neurolépticos, por isso os sintomas aparecem mais tardiamente, somente quando as taxas hormonais começam a
  • 6. Manifestaçõ es Os primeiros sinais da esquizofrenia aparecem em geral sob a forma de mudanças do COMPORTAMENTO. Surto psicótico Caracterizado pela manifestação mais intensa de sintomas como alucinações e delírios.
  • 7. Sintomas Positivos Os sintomas da esquizofrenia são muito variados e podem envolver: Alucinações: são percepções que ocorrem sem que haja um estímulo sensorial correspondente. Delírios: são crenças falsas que não cedem frente à argumentação lógica ou evidências contrárias.
  • 8. Sintomas Negativos Expressão Emocional: uma pessoa com esquizofrenia pode não mostrar os sinais de uma emoção normal; pode falar com voz monótona, ter as expressões faciais diminuídas e parecer extremamente apática. Retração social: a pessoa pode retrair-se socialmente, evitando contato com os outros. Em alguns casos graves, a pessoa pode passar dias inteiros sem fazer nada, chegando a negligenciar a higiene básica. Desorganização do pensamento: a esquizofrenia comumente afeta a capacidade da pessoa de pensar “corretamente”.
  • 9. Diagnóstic o Para diagnosticar a esquizofrenia é importante: Descartar outras doenças. O abuso de certas drogas pode provocar sintomas semelhantes ao da esquizofrenia. Por esse motivo: A avaliação médica, o exame físico e exames laboratoriais devem ser feitos para afastar outras causas possíveis dos sintomas antes de se concluir que a pessoa tem esquizofrenia.
  • 10. Tratamento Farmacológico O tratamento farmacológico no primeiro episódio da esquizofrenia consiste no uso de medicamentos antipsicóticos, CHAMADOS DE NEUROLÉPTICOS. Existem dois tipos de drogas antipsicóticas: os antipsicóticos típicos ou convencionais e
  • 11. Tratamento Farmacológico Os antipsicóticos típicos ou convencionais são antagonistas da dopamina e seu efeito resulta na diminuição dos sintomas positivos (delírios, alucinações, pensamento incoerente). Os principais medicamentos usados em nosso meio são a CLORPROMAZINA e o HALOPERIDOL.
  • 12. Tratamento Farmacológico Os atípicos ou recentes inibem receptores de dopamina e serotonina, melhorando sintomas positivos e ajudando no tratamento de sintomas negativos sem efeitos extrapiramidais significativos. Os principais medicamentos são a CLOZAPINA, RISPERIDONE E O OLANZAPINA.
  • 13. Intervenção Familiar  A intervenção familiar vem sendo uma alternativa indispensável no primeiro episódio esquizofrênico. Deve-se ter um conhecimento, primeiramente, da família, suas características, limitações, medos e inseguranças.  Sabe-se que, no momento em que a família se depara com a nova situação, ocorre uma
  • 14. Cuidado de Enfermagem  A enfermagem psiquiátrica está fundamentada no relacionamento interpessoal equipe/paciente, através do qual observa os aspectos biopsicossociais do ser humano.  No aspecto biológico, a enfermagem observa efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde geral do jovem paciente e de sua família.  No campo psicossocial, pode se envolver em diversas atividades, tais como a visita domiciliária, a coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas.
  • 15. Cuidado de Enfermagem  A prática em enfermagem psiquiátrica se baseia em ações que visam a melhorar a condição da qualidade de vida do paciente e de sua família, a contribuir no controle do surto da doença, torná-la estabilizada, a ajudar na integração social após o aparecimento da doença, e a cooperar na adesão ao tratamento e à adaptação de sua nova condição.
  • 16. TIPO PARANÓIDE Presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes no contexto de uma relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios ou de grandeza, Os delírios podem ser múltiplos, mas geralmente são organizados em torno de um tema coerente.
  • 17. TIPO PARANÓIDE Mostram menos regressão de suas faculdades mentais, da resposta emocional e do comportamento que os outros tipos de pacientes esquizofrênicos. Os pacientes paranóides típicos são tensos, desconfiados e reservados, e frequentemente hostis e agressivos. Nenhum dos seguintes sintomas é proeminente: discurso desorganizado, comportamento desorganizado ou catatônico, ou afeto embotado ou inadequado.
  • 18. TIPO DESORGANIZADO Discurso desorganizado, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado. O discurso desorganizado pode ser acompanhado por atitudes tolas e risos sem relação adequada com o conteúdo do discurso, além de trejeitos faciais. Geralmente são ativos, mas de um modo desprovido de propósito, não-construtivo. Há um pronunciado transtorno do pensamento e o contato com a realidade é pobre. A aparência pessoal e o comportamento social estão dilapidados.
  • 19. TIPO CATATÔNICO Acentuada perturbação psicomotora, que pode envolver imobilidade motora, atividade motora excessiva, extremo negativismo, mutismo, peculiaridades dos movimentos voluntários, ecolalia ou ecopraxia. A imobilidade motora pode ser manifestada por cataplexia (flexibilidade cérea) ou estupor. Às vezes há uma rápida alternância entre os extremos de excitação e estupor.
  • 20. TIPO CATATÔNICO A atividade motora excessiva é aparentemente desprovida de sentido e não é influenciada por estímulos externos. Pode haver extremo negativismo, manifestado pela manutenção de uma postura rígida contra tentativas de mobilização, ou resistência a toda e qualquer instrução. Peculiaridades do movimento voluntário são manifestadas pela adoção voluntária de posturas inadequadas ou bizarras ou por trejeitos faciais proeminentes
  • 21. TIPO RESIDUAL Ausência de delírios e alucinações, discurso desorganizado e comportamento amplamente desorganizado ou catatônico proeminentes; existem evidências contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no Critério A para Esquizofrenia, presentes de forma atenuada (por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns).
  • 22. Cuidado de Enfermagem  Outra importante ação da enfermagem é a estimulação dos pacientes de primeiro surto esquizofrênico a usar recursos disponíveis na sociedade como trabalhos voluntários, atividades em grupos, exercícios físicos, lazer, entre outros.
  • 23.
  • 24. O Transtorno Afetivo Bipolar, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor.
  • 25. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS.
  • 26.  A bipolaridade é relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando- se igualmente em mulheres e homens.  O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. Epidemiologia
  • 27.  O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca.  Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico. Epidemiologia
  • 28.  Fatores biológicos (genético, relativos a neurotransmissores cerebrais). Etiologia  Fatores sociais (ex. troca de emprego).  Fatores psicológicos (ex. fim de casamento, morte da pessoa querida).
  • 29.  Irritabilidade intensa  Impulsividade  Aparentes “tempestades afetivas”. Manifestações Clínicas
  • 30. O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos sintomas do paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. Diagnóstico
  • 31. Tipos Tipo I - FASE MANÍACA Tipo II - FASE DEPRESSIVA
  • 32. Tipo I - FASE MANÍACA  Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;  Agitação, inquietação física e mental;  Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las;  Otimismo e confiança exagerados;
  • 33. Tipo I - FASE MANÍACA  Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir;  Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais;  Ideias grandiosas;  Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma ideia para outra, tagarelice;
  • 34. Tipo I - FASE MANÍACA  Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;  Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco;  Gastos excessivos;  Desinibição, aumento do contato social, expansividade;  Aumento do impulso sexual;  Agressividade física e/ou verbal;  Insônia e pouca necessidade de sono;  Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.
  • 35. Tipo II- FASE DEPRESSIVA Humor melancólico, depressivo;  Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes;  Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;  Inquietação ou irritabilidade;  Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;  Excesso de sono ou incapacidade de dormir;
  • 36. Tipo II- FASE DEPRESSIVA Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão);  Fadiga ou perda de energia;  Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo;  Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões;  Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio;  Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas.
  • 37. O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações chamada de ESTABILIZADORES DO HUMOR. Tratamento  A CARBAMAZEPINA  A OXCARBAZEPINA  O ÁCIDO VALPRÓICO
  • 38. Um acompanhamento psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem colaborar para o tratamento. Tratamento
  • 40. “...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.” Exemplo de como um paciente bipolar se sente: