SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Baixar para ler offline
C L Í N I C A M É D I C A I I – A I L L Y N F . B I A N C H I
ESCLERODERMIA
• A Esclerodermia, é uma doença sistêmica crônica que tem por
alvo a pele, pulmões, TGI, rins, e o sistema musculoesquelético.
• O distúrbio caracteriza-se por 3 achados: fibrose tecidual,
alterações em pequenos vasos sanguíneos e resposta auto imune
específica associada a auto anticorpos.
• O espessamento cutâneo é o achado clínico mais proeminente,
(“pele dura”).
• É classificada em dois subgrupos principais, diferenciados pela
magnitude do espessamento cutâneo: esclerodermia cutânea
limitada e esclerodermia cutânea difusa.
CONCEITO
• O fenômeno de Raynaud ocorre no início do processo mórbido, até anos antes da
suspeita diagnóstica.
• Perturbação vascular como evento precoce na patogenia.
• Os vasos sanguíneos nos pacientes com esclerodermia são excessivamente
sensíveis às temperaturas frias e a outros estímulos simpáticos.
• Hiperatividade alfa-adrenérgica da musculatura lisa comparada aos vasos
normais.
• Disfunção endotelial causando desequilíbrio na secreção de importantes
vasoconstritores.
• O excesso de colágeno tecidual provoca a redução da flexibilidade e mau
funcionamento do órgão afetado.
• Os fibroblastos podem ser ativados por hipóxia tecidual ou por radicais de
oxigênio produzidos durante os eventos de isquemia-reperfusão associados á
vasculopatia da esclerodermia.
CONCEITO
ETIOPATOGENIA
CECIL. Tratado de Medicina Interna. 21ª ed. Vol 2.
• Presença de Anti-Scl – 70 (topoisomerase I) em 40% dos
casos com Esclerodermia Difusa.
• Anti – centrômero: mais de 50% dos pacientes com S.
CREST.
• Antígenos nucleares: ARN polimerases I, II, III;
Fibrilarina; Th RNP; PM-Scl, etc.
• Na esclerodermia difusa, os auto Ac são direcionados contra a
topoisomerase (SCL – 70), bem como contra a fibrilarina e
ARN polimerase I, II, III.
• A resposta imunológica na esclerodermia é impulsionada por
auto-antígenos, sendo célula T dependente. As células T são
encontradas em número anormal no tecido.
AUTO ANTÍGENOS
ESCLERODERMIA
• A íntima dos vasos pequenos e médios prolifera com o aumento
do teor de colágeno, provocando perda da flexibilidade do vaso e
obliteração da sua luz.
ALTERAÇÕES VASCULARES
ENVOLVIMENTO CUTÂNEO
• A manifestação clínica mais comum: fibrose cutânea.
• 1º - fase edematosa, associada a um processo inflamatório ativo. Essa fase persiste por
várias semanas e caracteriza-se por edema sem cacifo dos membros afetados, eritema
cutâneo e prurido intenso.
• 2º fase fibrótica: pode durar meses ou anos. A deposição excessiva de colágeno na
derme espessa a pele, tornando-se a inflexível e provocando disfunção dos apêndices
cutâneos, provocando a perda da lubrificação natural da pele. No estágio final da
doença, ocorre atrofia e contraturas permanentes.
• Pacientes com esclerodermia cutânea difusa desenvolvem face em máscara, aberturas
orais pequenas e sulcos verticais da pele perioral. A gengivas se atrofiam e a pele da
face espessa-se.
• Ulceração da pele - complicação tardia.
• Hipopigmentação e hiperpigmentação cutâneas podem acompanhar a reação fibrótica da
pele.
• No início do estágio ativo da esclerodermia difusa, o prurido pode ser o sintoma mais
estressante.
• Telangiectasias da pele aparecem como manchas eritematosas que descoloram sob
pressão e são manifestação da função capilar anormal. Telangiectasias da face, dedo das
mãos, regiões palmares e mucosas são proeminentes na S. CREST e podem simular a
doença de Osler-Wber-Rendu.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• A ES localizada é uma doença cutânea
não-sistêmica observada bastante em
crianças. A sua forma mais comum é
uma placa circular isolada de pele
espessada, denominada Morféia. Nesta
observam-se infiltração da derme por
linfócitos e deposição de colágeno.
• A ES localizada também pode se
apresentar como uma faixa linear, que
cruza dermátomos. A atrofia
hemifacial, causada por ES linear, é
denominada de “golpe de espada”.
Pode ser desfigurante e incapacitante.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ENVOLVIMENTO GASTRINTESTINAL
• O esôfago é a porção mais afetada (90%), (hipomotilidade esofágica, atonia e dilatação, e
esofagite de refluxo).
• Mastigação difícil devido á menor flexibilidade facial, á abertura oral reduzida ou às mucosas
ressecadas.
• A disfagia consequente de doença esofágica podre simular doença neuromuscular. Há perda
da função normal da musculatura lisa e a dismotilidade dos dois terços inferiores do esôfago.
• Dilatação da microvasculatura gástrica dá à mucosa um aspecto de “estômago de melancia”
na endoscopia.
• Distensão abdominal, diarréia, constipação – queixas comuns causadas pela dismotilidade
dos intestinos delgado e grosso.
• Função intestinal indolente ou atônita.
• Surtos recorrentes de pseudo-obstrução são um dos problemas intestinais mais graves na
esclerodermia. Trata-se de manifestaçao de perda significativa da musculatura intestinal e de
fibrose da parede intestinal, causando regiões de dismotilidade.
• Divertículos assintomáticos podem resultar de fibrose e da atrofia da parede intestinal.
• Estenoses ou perfuração são complicações incomuns do envolvimento intestinal grave
• Diagnóstico: RX de tórax, contraste esofágico (para detectar estenoses esofágicas),
Endoscopia.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ENVOLVIMENTO PULMONAR
• Difícil de tratar, sendo a principal causa de morte nessa doença.
• Fibrose intersticial e vasculopatia.
• Sintoma principal: dispneia não acompanhada de dor torácica.
• Capacidade de difusão baixa isolada e volume pulmonar reduzido são os achados
mais comuns na fase inicial da doença.
• A doença pulmonar intersticial é mais característica da esclerodermia difusa.
• Alveolite pulmonar não tratada – > Fibrose pulmonar, defeitos ventilatórios
restritivos graves e troca gasosa não efetiva.
• A doença restritiva progressiva é mais comumente vista nos pacientes com
esclerodermia difusa, de raça negra e nos que tem Ac contra topoisomerase (Ac Scl-
70).
• A Hipertensão Pulmonar isolada grave (HP sem doença pulmonar intersticial) ocorre
em 10% dos pacientes com S. CREST, porém é rara na esclerodermia difusa.
• Diagnóstico: Provas da função pulmonar seriadas, TC de tórax, ecocardiografia (HP).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Envolvimento pulmonar na Esclerose Sistêmica.
ENVOLVIMENTO CARDÍACO
• Sinais e sintomas inespecíficos – dispneia aos esforços ou ICC. Evidentes nos estágios mais
tardios da doença.
• Periardite; Derrame pericárdico;
• Vasoespasmo episódico e doença dos vasos do endomiocárdio do coração provocam necrose
por contração em faixa ou áreas focais de fibrose que podem resultar em arritmia ou
miocardiopatia.
• A fibrose do miocárdio pode levar à miocardiopatia e à insuficiência cardíaca. Fibrose
distribuída em placas de necrose por contração em faixa nos dois lados do coração.
• Presença de vasoespasmo coronariano durante os episódios de F. de Raynaud induzido pelo
frio, sugerindo que a fibrose é associada ao vasoespasmo reversível da circulação coronariana
e a surtos repetidos de lesão por isquemia-reperfusão.
• A miocardite associada a polimiosite inflamatória difusa pode afetar a função cardíaca nos
pacientes com esclerodermia.
• Ocorrência de arritmias cardíacas, consequêntes à fibrose miocárdica.
• Valvulopatia cardíaca e coronariopatia não fazem parte da esclerodermia.
• Dor torácica atípica causada por comprometimento musculoesquelético, refluxo esofágico ou
hipertensão pulmonar que simula cardiopatia.
• Diagnóstico: ECO, ECG (50%)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Envolvimento Cardíaco
ENVOLVIMENTO RENAL
• Alterações renais: Crônica e aguda (crise renal esclerodérmica).
• Vasoespasmo das pequenas artérias dos rins é associado a hipertensão arterial
grave, infarto renal, e insuficiência renal.
• Proteinúria branda ou hematúria microscópica sem perda da função renal ou
evidências de doença glomerular são os sinais mais comuns da doença renal.
• 10% dos pacientes com esclerodermia difusa têm uma crise renaL que simula
hipertensão malígna.
• Crise renal: Anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e perda
rapidamente progressiva da função renal.
• Altos níveis de renina (hiperativação de renina plasmática) estão associados a
vasoespasmo e à doença intrínseca dos vasos renais, embora os níveis séricos de
renina não sejam fatores preditivos de uma crise renal.
• Anemia de início recente ou trombocitopenia, com ou sem hipertensão, servem de
alerta para doença renal na esclerodermia.
• Pacientes com níveis séricos de creatinina > ou igual a 3,0mg/dl Têm um
prognóstico sombrio.
• Diagnótisco: EAS, creatinina.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ENVOLVIMENTO MUSCULOESQUELÉTICO
• Doença muscular multifatorial.
• Queixas musculares geralmente são os sintomas iniciais da doença.
• Dor, rigidez e desconforto muscular difuso que simula uma síndrome
gripal.
• Sinais inflamatórios de sinovite são raros.
• Atritos tendinosos secundários à deposição de fibrina e fibrose nos
tecidos – exlusivos da esclerodermia difusa.
• A fraqueza muscular costumar ser causada por atrofia muscular
secundária à inflexibilidade da pele fibrótica e à falta de exercícios
físicos normais.
• Na esclerodermia difusa, a fibrose cutânea pode estender-se à
musculatura estriada, causando atrofia muscular e fraqueza clínica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES ALEATÓRIAS
• Ceratoconjuntivite seca e xerostomia – 25% dos pacientes.
• SNC geralmente poupado na Esclerodermia, porém pode
ocorrer neuralgia do trigêmeo.
• Hepatite e cirrose biliar auto-imunes são relatadas em pacientes
com S. CREST.
• Função tireoidiana anormal é frequente, devido à fibrose do
tecido tireoidiano.
• Aspectos psicossociais são muito importantes.
• Natureza crônica da doença + ameaça de morte = impacto
psicológico.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Na síndrome de CREST, os AC são direcionados contra as estruturas do centrômero (CENP A-C).
• O Fenómeno de Raynaud é uma condição na qual os pequenos vasos sanguíneos das mãos
ou pés reagem em resposta ao frio ou à ansiedade. Inicialmente ficam de cor branca e frios,
depois tornam-se azulados. Com o retorno do fluxo de sangue voltam à sua cor normal, ficam
avermelhados. Nos casos mais graves os tecidos dos dedos podem sofrer danos, levando a
úlceras, cicatrizes ou gangrena.
• A Disfunção do Esófago ocorre quando a musculatura lisa do esófago perde o movimento
normal. Na parte superior do mesmo o resultado pode levar a dificuldades de deglutição, já na
parte inferior, o problema pode causar azia crónica ou inflamação.
• A Esclerodactilia resulta de depósitos de colágeno em excesso dentro de camadas da pele
tornando-a grossa e apertada nos dedos. Este problema faz com que seja mais difícil dobrar
ou endireitar os dedos. A pele pode também aparecer brilhante e escura, com a perda de
cabelo.
• Telangiectasia são pequenas manchas vermelhas nas mãos e no rosto, causadas ​​pelo inchaço
dos vasos pequenos vasos sanguíneos. Embora não seja doloroso, as manchas podem criar
problemas estéticos.
• Calcinose são depósitos anômalos de cálcio que ocorrem em regiões peri-articulares, ponta
dos dedos, cotovelo, bursa pré-patelar e superfície extensora do antebraço. A sua presença
pode levar a inflamação local, ulcerando a pele e drenando material calcificado, o que
predispõe frequentemente à infecção.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
SÍNDROME DE CREST
CREST - calcinose, Fenômeno de Raynaud, hipomotilidade esofagiana, esclerodactilia e telangiectasia.
FENÔMENO DE RAYNAUD
• Diagnóstico: exame físico e anamnese.
• Mais comum em mulheres.
• Na Esclerodermia, o Fenômeno de Raynaud e a isquemia dos dedos
são as manifestações clínicas da doença vascular estrutural fixa e da
regulação anormal do fluxo sanguíneo local.
• É uma manifestação clínica comum, traduzida por vasoespasmos
exagerados recorrentes dos dedos, na maioria das vezes provocados
pela exposição ao frio ou estímulos emocionais.
• A tríade clássica de branco (isquemia), azul (cianose por
desoxigenação) e vermelho (reperfusão) pode estar ou não presente.
Estes episódios são frequentemente acompanhados de dor, que pode
ser severa, e parestesias.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fenômeno de Raynaud
Fenômeno de Raynaud: palidez intensa seguida de cianose e hiperemia reacional.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Sinais e sintomas iniciais inespecíficos que podem simular
outras doenças reumáticas, ex: LES, AR, Polimiosite.
• Diagnósticos diferenciais: LES, AR, Polimiosite,
Escleroderma, Fasciite eosinofílica (FE) – S. Shulman,
Escleromixedema, S. do óleo tóxico, etc.
DIAGNÓSTICO
• Não há tratamento ou medicamento comprovadamente seguro
que altere o processo patológico subjacente na esclerodermia.
• Substância mais popular: D-penicilamina – agente
antifibrótico e imunossupressor, porém não é muito efetiva.
• Metrotexato, porém faltam evidências de benefícios óbvios.
TRATAMENTO
• CECIL. Tratado de Medicina Interna. 21ª ed. Vol 2.
• Esclerodermia Sistêmica: relato de caso clínico. Revista de
Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo. 2009 jan-
abr; 21(1): 69-73.
• http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/
Nucleo-Avancado-Reumatologia/Paginas/esclerodermia.aspx
• http://www.reumatousp.med.br/parapacientes.php?id=5161483
0&idSecao=18294311
• http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101988020060002000
10&script=sci_arttext
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Insuficiência+venosa+crônica 1
Insuficiência+venosa+crônica 1Insuficiência+venosa+crônica 1
Insuficiência+venosa+crônica 1
 
Cefaléias Primárias
Cefaléias PrimáriasCefaléias Primárias
Cefaléias Primárias
 
Esclerose múltipla slides
Esclerose múltipla slidesEsclerose múltipla slides
Esclerose múltipla slides
 
Semiologia neurológica matheus
Semiologia neurológica matheusSemiologia neurológica matheus
Semiologia neurológica matheus
 
Ar 4 ano
Ar 4 anoAr 4 ano
Ar 4 ano
 
Artrose
ArtroseArtrose
Artrose
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
Anamnese neurológica
Anamnese neurológicaAnamnese neurológica
Anamnese neurológica
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
Dor lombar
Dor lombarDor lombar
Dor lombar
 
Síndromes medulares
Síndromes medularesSíndromes medulares
Síndromes medulares
 
Daop
DaopDaop
Daop
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-MuñozAnormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
Anormalidades das Unhas - GESME - Profa. Rilva Lopes de Sousa-Muñoz
 
Anamnese neurológica
Anamnese neurológicaAnamnese neurológica
Anamnese neurológica
 
ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDEARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
 
Pé Diabético
Pé DiabéticoPé Diabético
Pé Diabético
 
Avc – acidente vascular cerebral
Avc – acidente vascular cerebralAvc – acidente vascular cerebral
Avc – acidente vascular cerebral
 
Diagnóstico diferencial das poliartrites
Diagnóstico diferencial das poliartritesDiagnóstico diferencial das poliartrites
Diagnóstico diferencial das poliartrites
 
Infecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes molesInfecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes moles
 

Destaque (14)

Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia
Esclerodermia Esclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Esclerodermia
EsclerodermiaEsclerodermia
Esclerodermia
 
Artritis reumatoide
Artritis reumatoideArtritis reumatoide
Artritis reumatoide
 
Esclerosis sistemica
Esclerosis sistemicaEsclerosis sistemica
Esclerosis sistemica
 
Esclerodermia (esclerosis sistemica)
Esclerodermia (esclerosis sistemica)Esclerodermia (esclerosis sistemica)
Esclerodermia (esclerosis sistemica)
 
Nefritis lupica
Nefritis lupicaNefritis lupica
Nefritis lupica
 
Esclerosis sistémica
Esclerosis sistémicaEsclerosis sistémica
Esclerosis sistémica
 
Nefropatia lupica
Nefropatia lupicaNefropatia lupica
Nefropatia lupica
 
NEFRITIS LÚPICA
NEFRITIS LÚPICANEFRITIS LÚPICA
NEFRITIS LÚPICA
 
Artritis Reumatoide
Artritis ReumatoideArtritis Reumatoide
Artritis Reumatoide
 
Lupus Eritematoso Sistémico (LES)
Lupus Eritematoso Sistémico (LES)Lupus Eritematoso Sistémico (LES)
Lupus Eritematoso Sistémico (LES)
 

Semelhante a Esclerodermia sintomas

Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica Nay Ribeiro
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaLaenca Unirg
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticaSindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticapauloalambert
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOpauloalambert
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica pauloalambert
 
Doença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDoença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDiego Mascato
 
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasNorberto Werle
 
Vasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares RarasVasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares RarasFlávia Salame
 
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...GustavoWallaceAlvesd
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoSafia Naser
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18pauloalambert
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptxCaioLuisi2
 

Semelhante a Esclerodermia sintomas (20)

Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica
 
isquemia e infarto
isquemia e infarto isquemia e infarto
isquemia e infarto
 
lupus
lupuslupus
lupus
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
 
Vasculites II
Vasculites IIVasculites II
Vasculites II
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticaSindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Sle 2013
Sle 2013Sle 2013
Sle 2013
 
Dtp17 sp
Dtp17 spDtp17 sp
Dtp17 sp
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Doença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retinianaDoença oclusiva retiniana
Doença oclusiva retiniana
 
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
 
Vasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares RarasVasculites Pulmonares Raras
Vasculites Pulmonares Raras
 
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...
1_Disturbios_Cardiovasculares_Aneurisma_Varizes_flebite e trombose_ Choque Ca...
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulação
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx
 
Obstrução Arterial Aguda
Obstrução Arterial AgudaObstrução Arterial Aguda
Obstrução Arterial Aguda
 
Coronariosclerose
CoronarioscleroseCoronariosclerose
Coronariosclerose
 
Angina,Iam,Icc Apresenta O
Angina,Iam,Icc Apresenta  OAngina,Iam,Icc Apresenta  O
Angina,Iam,Icc Apresenta O
 

Mais de Aillyn F. Bianchi, Faculdade de Medicina - UNIC

Mais de Aillyn F. Bianchi, Faculdade de Medicina - UNIC (18)

Aneurisma de Aorta
Aneurisma de AortaAneurisma de Aorta
Aneurisma de Aorta
 
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicosPrevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
Prevalência de pacientes tabagistas em uso de psicotrópicos
 
Cirurgia Neonatal - Onfalocele e Gastrosquise
Cirurgia Neonatal - Onfalocele e GastrosquiseCirurgia Neonatal - Onfalocele e Gastrosquise
Cirurgia Neonatal - Onfalocele e Gastrosquise
 
Pé Diabético
Pé DiabéticoPé Diabético
Pé Diabético
 
Pré e Pós Operatório em Cirurgia
Pré e Pós Operatório em CirurgiaPré e Pós Operatório em Cirurgia
Pré e Pós Operatório em Cirurgia
 
Resposta Orgânica ao Trauma
Resposta Orgânica ao TraumaResposta Orgânica ao Trauma
Resposta Orgânica ao Trauma
 
Nutrição em Cirurgia
Nutrição em CirurgiaNutrição em Cirurgia
Nutrição em Cirurgia
 
Meningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCRMeningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCR
 
Trauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
Trauma Cranioencefálico - Urgência & EmergênciaTrauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
Trauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
 
Hipertensão Portal
Hipertensão PortalHipertensão Portal
Hipertensão Portal
 
TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo
TOC - Transtorno Obsessivo CompulsivoTOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo
TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo
 
Síndrome de Down
Síndrome de Down   Síndrome de Down
Síndrome de Down
 
Vigilância sanitária: Proteção e Defesa da Saúde
Vigilância sanitária: Proteção e Defesa da SaúdeVigilância sanitária: Proteção e Defesa da Saúde
Vigilância sanitária: Proteção e Defesa da Saúde
 
Osteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira IdadeOsteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira Idade
 
Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais
Antiparkinsonianos e Anestésicos GeraisAntiparkinsonianos e Anestésicos Gerais
Antiparkinsonianos e Anestésicos Gerais
 
A oferta de serviços
A oferta de serviços    A oferta de serviços
A oferta de serviços
 
Doença Ulcerosa Péptica
Doença Ulcerosa PépticaDoença Ulcerosa Péptica
Doença Ulcerosa Péptica
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 

Esclerodermia sintomas

  • 1. C L Í N I C A M É D I C A I I – A I L L Y N F . B I A N C H I ESCLERODERMIA
  • 2. • A Esclerodermia, é uma doença sistêmica crônica que tem por alvo a pele, pulmões, TGI, rins, e o sistema musculoesquelético. • O distúrbio caracteriza-se por 3 achados: fibrose tecidual, alterações em pequenos vasos sanguíneos e resposta auto imune específica associada a auto anticorpos. • O espessamento cutâneo é o achado clínico mais proeminente, (“pele dura”). • É classificada em dois subgrupos principais, diferenciados pela magnitude do espessamento cutâneo: esclerodermia cutânea limitada e esclerodermia cutânea difusa. CONCEITO
  • 3. • O fenômeno de Raynaud ocorre no início do processo mórbido, até anos antes da suspeita diagnóstica. • Perturbação vascular como evento precoce na patogenia. • Os vasos sanguíneos nos pacientes com esclerodermia são excessivamente sensíveis às temperaturas frias e a outros estímulos simpáticos. • Hiperatividade alfa-adrenérgica da musculatura lisa comparada aos vasos normais. • Disfunção endotelial causando desequilíbrio na secreção de importantes vasoconstritores. • O excesso de colágeno tecidual provoca a redução da flexibilidade e mau funcionamento do órgão afetado. • Os fibroblastos podem ser ativados por hipóxia tecidual ou por radicais de oxigênio produzidos durante os eventos de isquemia-reperfusão associados á vasculopatia da esclerodermia. CONCEITO
  • 4. ETIOPATOGENIA CECIL. Tratado de Medicina Interna. 21ª ed. Vol 2.
  • 5. • Presença de Anti-Scl – 70 (topoisomerase I) em 40% dos casos com Esclerodermia Difusa. • Anti – centrômero: mais de 50% dos pacientes com S. CREST. • Antígenos nucleares: ARN polimerases I, II, III; Fibrilarina; Th RNP; PM-Scl, etc. • Na esclerodermia difusa, os auto Ac são direcionados contra a topoisomerase (SCL – 70), bem como contra a fibrilarina e ARN polimerase I, II, III. • A resposta imunológica na esclerodermia é impulsionada por auto-antígenos, sendo célula T dependente. As células T são encontradas em número anormal no tecido. AUTO ANTÍGENOS
  • 7. • A íntima dos vasos pequenos e médios prolifera com o aumento do teor de colágeno, provocando perda da flexibilidade do vaso e obliteração da sua luz. ALTERAÇÕES VASCULARES
  • 8. ENVOLVIMENTO CUTÂNEO • A manifestação clínica mais comum: fibrose cutânea. • 1º - fase edematosa, associada a um processo inflamatório ativo. Essa fase persiste por várias semanas e caracteriza-se por edema sem cacifo dos membros afetados, eritema cutâneo e prurido intenso. • 2º fase fibrótica: pode durar meses ou anos. A deposição excessiva de colágeno na derme espessa a pele, tornando-se a inflexível e provocando disfunção dos apêndices cutâneos, provocando a perda da lubrificação natural da pele. No estágio final da doença, ocorre atrofia e contraturas permanentes. • Pacientes com esclerodermia cutânea difusa desenvolvem face em máscara, aberturas orais pequenas e sulcos verticais da pele perioral. A gengivas se atrofiam e a pele da face espessa-se. • Ulceração da pele - complicação tardia. • Hipopigmentação e hiperpigmentação cutâneas podem acompanhar a reação fibrótica da pele. • No início do estágio ativo da esclerodermia difusa, o prurido pode ser o sintoma mais estressante. • Telangiectasias da pele aparecem como manchas eritematosas que descoloram sob pressão e são manifestação da função capilar anormal. Telangiectasias da face, dedo das mãos, regiões palmares e mucosas são proeminentes na S. CREST e podem simular a doença de Osler-Wber-Rendu. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 10. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • A ES localizada é uma doença cutânea não-sistêmica observada bastante em crianças. A sua forma mais comum é uma placa circular isolada de pele espessada, denominada Morféia. Nesta observam-se infiltração da derme por linfócitos e deposição de colágeno. • A ES localizada também pode se apresentar como uma faixa linear, que cruza dermátomos. A atrofia hemifacial, causada por ES linear, é denominada de “golpe de espada”. Pode ser desfigurante e incapacitante.
  • 13. ENVOLVIMENTO GASTRINTESTINAL • O esôfago é a porção mais afetada (90%), (hipomotilidade esofágica, atonia e dilatação, e esofagite de refluxo). • Mastigação difícil devido á menor flexibilidade facial, á abertura oral reduzida ou às mucosas ressecadas. • A disfagia consequente de doença esofágica podre simular doença neuromuscular. Há perda da função normal da musculatura lisa e a dismotilidade dos dois terços inferiores do esôfago. • Dilatação da microvasculatura gástrica dá à mucosa um aspecto de “estômago de melancia” na endoscopia. • Distensão abdominal, diarréia, constipação – queixas comuns causadas pela dismotilidade dos intestinos delgado e grosso. • Função intestinal indolente ou atônita. • Surtos recorrentes de pseudo-obstrução são um dos problemas intestinais mais graves na esclerodermia. Trata-se de manifestaçao de perda significativa da musculatura intestinal e de fibrose da parede intestinal, causando regiões de dismotilidade. • Divertículos assintomáticos podem resultar de fibrose e da atrofia da parede intestinal. • Estenoses ou perfuração são complicações incomuns do envolvimento intestinal grave • Diagnóstico: RX de tórax, contraste esofágico (para detectar estenoses esofágicas), Endoscopia. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 15. ENVOLVIMENTO PULMONAR • Difícil de tratar, sendo a principal causa de morte nessa doença. • Fibrose intersticial e vasculopatia. • Sintoma principal: dispneia não acompanhada de dor torácica. • Capacidade de difusão baixa isolada e volume pulmonar reduzido são os achados mais comuns na fase inicial da doença. • A doença pulmonar intersticial é mais característica da esclerodermia difusa. • Alveolite pulmonar não tratada – > Fibrose pulmonar, defeitos ventilatórios restritivos graves e troca gasosa não efetiva. • A doença restritiva progressiva é mais comumente vista nos pacientes com esclerodermia difusa, de raça negra e nos que tem Ac contra topoisomerase (Ac Scl- 70). • A Hipertensão Pulmonar isolada grave (HP sem doença pulmonar intersticial) ocorre em 10% dos pacientes com S. CREST, porém é rara na esclerodermia difusa. • Diagnóstico: Provas da função pulmonar seriadas, TC de tórax, ecocardiografia (HP). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 16. Envolvimento pulmonar na Esclerose Sistêmica.
  • 17. ENVOLVIMENTO CARDÍACO • Sinais e sintomas inespecíficos – dispneia aos esforços ou ICC. Evidentes nos estágios mais tardios da doença. • Periardite; Derrame pericárdico; • Vasoespasmo episódico e doença dos vasos do endomiocárdio do coração provocam necrose por contração em faixa ou áreas focais de fibrose que podem resultar em arritmia ou miocardiopatia. • A fibrose do miocárdio pode levar à miocardiopatia e à insuficiência cardíaca. Fibrose distribuída em placas de necrose por contração em faixa nos dois lados do coração. • Presença de vasoespasmo coronariano durante os episódios de F. de Raynaud induzido pelo frio, sugerindo que a fibrose é associada ao vasoespasmo reversível da circulação coronariana e a surtos repetidos de lesão por isquemia-reperfusão. • A miocardite associada a polimiosite inflamatória difusa pode afetar a função cardíaca nos pacientes com esclerodermia. • Ocorrência de arritmias cardíacas, consequêntes à fibrose miocárdica. • Valvulopatia cardíaca e coronariopatia não fazem parte da esclerodermia. • Dor torácica atípica causada por comprometimento musculoesquelético, refluxo esofágico ou hipertensão pulmonar que simula cardiopatia. • Diagnóstico: ECO, ECG (50%) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 19. ENVOLVIMENTO RENAL • Alterações renais: Crônica e aguda (crise renal esclerodérmica). • Vasoespasmo das pequenas artérias dos rins é associado a hipertensão arterial grave, infarto renal, e insuficiência renal. • Proteinúria branda ou hematúria microscópica sem perda da função renal ou evidências de doença glomerular são os sinais mais comuns da doença renal. • 10% dos pacientes com esclerodermia difusa têm uma crise renaL que simula hipertensão malígna. • Crise renal: Anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e perda rapidamente progressiva da função renal. • Altos níveis de renina (hiperativação de renina plasmática) estão associados a vasoespasmo e à doença intrínseca dos vasos renais, embora os níveis séricos de renina não sejam fatores preditivos de uma crise renal. • Anemia de início recente ou trombocitopenia, com ou sem hipertensão, servem de alerta para doença renal na esclerodermia. • Pacientes com níveis séricos de creatinina > ou igual a 3,0mg/dl Têm um prognóstico sombrio. • Diagnótisco: EAS, creatinina. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 20. ENVOLVIMENTO MUSCULOESQUELÉTICO • Doença muscular multifatorial. • Queixas musculares geralmente são os sintomas iniciais da doença. • Dor, rigidez e desconforto muscular difuso que simula uma síndrome gripal. • Sinais inflamatórios de sinovite são raros. • Atritos tendinosos secundários à deposição de fibrina e fibrose nos tecidos – exlusivos da esclerodermia difusa. • A fraqueza muscular costumar ser causada por atrofia muscular secundária à inflexibilidade da pele fibrótica e à falta de exercícios físicos normais. • Na esclerodermia difusa, a fibrose cutânea pode estender-se à musculatura estriada, causando atrofia muscular e fraqueza clínica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 21. MANIFESTAÇÕES ALEATÓRIAS • Ceratoconjuntivite seca e xerostomia – 25% dos pacientes. • SNC geralmente poupado na Esclerodermia, porém pode ocorrer neuralgia do trigêmeo. • Hepatite e cirrose biliar auto-imunes são relatadas em pacientes com S. CREST. • Função tireoidiana anormal é frequente, devido à fibrose do tecido tireoidiano. • Aspectos psicossociais são muito importantes. • Natureza crônica da doença + ameaça de morte = impacto psicológico. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
  • 22. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Na síndrome de CREST, os AC são direcionados contra as estruturas do centrômero (CENP A-C).
  • 23. • O Fenómeno de Raynaud é uma condição na qual os pequenos vasos sanguíneos das mãos ou pés reagem em resposta ao frio ou à ansiedade. Inicialmente ficam de cor branca e frios, depois tornam-se azulados. Com o retorno do fluxo de sangue voltam à sua cor normal, ficam avermelhados. Nos casos mais graves os tecidos dos dedos podem sofrer danos, levando a úlceras, cicatrizes ou gangrena. • A Disfunção do Esófago ocorre quando a musculatura lisa do esófago perde o movimento normal. Na parte superior do mesmo o resultado pode levar a dificuldades de deglutição, já na parte inferior, o problema pode causar azia crónica ou inflamação. • A Esclerodactilia resulta de depósitos de colágeno em excesso dentro de camadas da pele tornando-a grossa e apertada nos dedos. Este problema faz com que seja mais difícil dobrar ou endireitar os dedos. A pele pode também aparecer brilhante e escura, com a perda de cabelo. • Telangiectasia são pequenas manchas vermelhas nas mãos e no rosto, causadas ​​pelo inchaço dos vasos pequenos vasos sanguíneos. Embora não seja doloroso, as manchas podem criar problemas estéticos. • Calcinose são depósitos anômalos de cálcio que ocorrem em regiões peri-articulares, ponta dos dedos, cotovelo, bursa pré-patelar e superfície extensora do antebraço. A sua presença pode levar a inflamação local, ulcerando a pele e drenando material calcificado, o que predispõe frequentemente à infecção. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SÍNDROME DE CREST CREST - calcinose, Fenômeno de Raynaud, hipomotilidade esofagiana, esclerodactilia e telangiectasia.
  • 24. FENÔMENO DE RAYNAUD • Diagnóstico: exame físico e anamnese. • Mais comum em mulheres. • Na Esclerodermia, o Fenômeno de Raynaud e a isquemia dos dedos são as manifestações clínicas da doença vascular estrutural fixa e da regulação anormal do fluxo sanguíneo local. • É uma manifestação clínica comum, traduzida por vasoespasmos exagerados recorrentes dos dedos, na maioria das vezes provocados pela exposição ao frio ou estímulos emocionais. • A tríade clássica de branco (isquemia), azul (cianose por desoxigenação) e vermelho (reperfusão) pode estar ou não presente. Estes episódios são frequentemente acompanhados de dor, que pode ser severa, e parestesias.
  • 25. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fenômeno de Raynaud Fenômeno de Raynaud: palidez intensa seguida de cianose e hiperemia reacional.
  • 28. • Sinais e sintomas iniciais inespecíficos que podem simular outras doenças reumáticas, ex: LES, AR, Polimiosite. • Diagnósticos diferenciais: LES, AR, Polimiosite, Escleroderma, Fasciite eosinofílica (FE) – S. Shulman, Escleromixedema, S. do óleo tóxico, etc. DIAGNÓSTICO
  • 29. • Não há tratamento ou medicamento comprovadamente seguro que altere o processo patológico subjacente na esclerodermia. • Substância mais popular: D-penicilamina – agente antifibrótico e imunossupressor, porém não é muito efetiva. • Metrotexato, porém faltam evidências de benefícios óbvios. TRATAMENTO
  • 30. • CECIL. Tratado de Medicina Interna. 21ª ed. Vol 2. • Esclerodermia Sistêmica: relato de caso clínico. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo. 2009 jan- abr; 21(1): 69-73. • http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/ Nucleo-Avancado-Reumatologia/Paginas/esclerodermia.aspx • http://www.reumatousp.med.br/parapacientes.php?id=5161483 0&idSecao=18294311 • http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101988020060002000 10&script=sci_arttext REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS