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Emergências Psiquiátricas
Profª Rafaela Amanso
Definição
Qualquer alteração de natureza psiquiátrica em que
ocorram alterações do estado mental, as quais resultam em
risco atual e significativo de morte ou injúria grave, para o
paciente ou para terceiros, necessitando de intervenção
terapêutica imediata.
Diferença entre Urgências e
Emergências Psiquiátricas
 EMERGÊNCIA - situação de risco grave - intervenções
imediatas e inadiáveis (minutos ou horas);
 URGÊNCIA - situação de um risco menor intervenções a
curto prazo (dias ou semanas) ;
Em psiquiatria essa diferenciação tem menor
aplicabilidade prática
Objetivos do Atendimento
Local do Atendimento
 Privacidade;
 Fácil acesso para equipe de saúde e de segurança;
 Segurança no ambiente (estrutura física, objetos
potencialmente perigosos, adequação de estímulos sensoriais,
sistema de alarme);
 Treinamento da equipe (de saúde e segurança);
 Checar o porte de armas;
 Medicação disponível para quadros de agitação psicomotora;
 Material para contenção mecânica;
 Ter acesso a serviços de diagnósticos e contar com auxílio de
outros especialistas e de seguranças.
Vínculo com o Cliente e Família
1. Escuta;
2. Apresentar-se e esclarecer os objetivos do atendimento;
3. Transmitir confiança, segurança e consistência;
4. Saber se expressar... falar firme e pausadamente,
perguntas claras e diretas;
5. Respeito à independência, escolhas, personalidade e
nível de maturidade do cliente;
6. Evitar julgamentos;
Avaliação do Cliente
LIMITAÇÃO DE TEMPO... Entrevista centrada no motivo do
atendimento
O que não pode faltar...
Avaliação física
 Exame do estado mental
Exames laboratoriais e outros
Avaliação do suporte familiar
Ingestão de substâncias e medicamentos
 Ideação suicida e homicida
•Observar:
Porte de armas ou objetos que possam se tornar perigosos
Agitação psicomotora
Ameaças físicas e verbais progressivas
Intoxicação por drogas
Sinais recentes de atos de violência
AVALIAÇÃO INICIAL
proftec – transformandoaeducação
Exclusão de Causa Orgânica
Características que indicam suspeita de organicidade
Inicío agudo;
Primeiro episódio;
Idade avançada;
Doença ou lesão orgânica atual;
Alucinações não-auditivas;
Alterações cognitivas;
Alterações da fala ou movimentos (e marcha).
•Deixar o paciente falar livremente, sem pressioná-lo com
perguntas
•Não ser confrontativo e nem negar a gravidade da situação
•Considerar fatores psicodinâmicos: humilhação, desafio
•Ser claro, firme e conciso nas suas intervenções
•Mover-se calmamente
•Manter suas mãos em local visível pelo paciente
•Não tocar o paciente
•Realizar movimentos bruscos
MANEJO DO ATENDIMENTO
PACIENTE
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Violênciacontra
o paciente
Paciente
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defender-se
ou fugir
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AGIT
ADO
proftec – transformandoaeducação
•Semelhantes às crises compulsivas tipo grande-mal
•Queda ao chão
•Hiperatividade motora
•Dramaticidade e inadequação, gritos ou gemidos
•Sinais neurológicos das crises epilépticas não presentes
•Término da crise: não existe perda de memória, rebaixamento da
consciência, confusão mental, típicos das crises convulsivas
CRISES CONVERSIVAS
•Alterações pupilares
•Ansiedade intensa
•Alterações de marcha
•Sudorese
•Hiperexcitação e/ou hipervigilância
•Comportamento violento
•Alteração do nível de consciência (rebaixamento)
•Delírio
INTOXICAÇÃO AGUDA OU
ABSTINÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS
•Comportamento agitado ou agressivo
•Presença de um delírio persecutório ou alucinações auditivas
•Agitação extrema, ansiedade, inquietação
•Desorganização do pensamento
•Comportamento destrutivo
•Alucinações auditivas e visuais, delírios paranoides
•Hiperexcitação e irritabilidade
TRANSTORNO PSICÓTICO
•Fuga de ideias
•Hiperatividade motora
•Hiperexcitação e hipervigilância
•Exaltação
•Delírios de grandeza
•Irritabilidade intensa
•Agressividade não dirigida
•Desorganização global do comportamento
FASEMANÍACA DO
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
proftec – transformandoaeducação
•Ansiedade inadequada
•Inquietação motora
•Gemidos incessantes e queixas somáticas (rigidez muscular, dor
lombar, cefaleia, fraqueza, tremores, fadiga, taquicardia, diarreia,
indisposição, náusea, vomito, vertigem, parestesia,
hiperventilação, precordialgia)
•Irritabilidade
•Medo intenso: de morrer, de perder o controle, de enlouquecer
•Sensações de irrealidade, estranheza ao ambiente ou a si mesmo
CRISE NO TAG EPÂNICO
•Ideação suicida: presença de um plano suicida, tipo de
plano, presença de comorbidades, tentativas prévias,
tentativa atual, risco de recidiva
•Avaliar a probabilidade de que a ideação suicida leve ao ato
suicida
•Alto risco:
•Plano plenamente factível Método de fácil acesso
•Alta probabilidade de êxito letal
TENTATIVA DE SUICÍDIO
•Quadros psicóticos “puros”
•Intoxicação exógena por substâncias psicoativas (álcool e
drogas)
•Depressão severa e/ou aguda (crise de “DNV”)
•Quadros pós comiciais
•Quadros metabólicos
•Quadros neurológicos/neurocirúrgicos
VIOLÊNCIA
Principais Quadros Clínicos
DELIRIUM
Perturbações da consciência, atenção, cognição e percepção
Início súbito
Flutuação
Consequência fisiológica direta de:
Condição médica geral
Intoxicação ou abstinência de substâncias
Uso de medicação
Exposição a toxinas
Combinação de fatores
Condições clínicas comumente associadas: alterações no sistema nervoso
central, doenças metabólicas, cardiopulmonares e sistêmicas.
Delirium
CUIDADOS:
Detecção precoce e prevenção
Promover conforto
Identificação e o tratamento da causa de base do quadro
Monitorização rigorosa dos sinais vitais, balanço hídrico e
níveis de oxigenação.
Exame do estado
Segurança...
Principais Quadros Clínicos
AGRESSIVIDADE E AGITAÇÃO: desafio da prática psiquiátrica
 Apresentação clínica em diversos quadros:
Agressão: ato intencional que causa dano físico ou mental
em outra pessoa
Agitação psicomotora: atividade motora e cognitiva
excessiva, em grande parte improdutiva e decorrente de
tensões internas
Indícios de Agressividade
Agitação motora,
Violência dirigida a objetos,
Dentes e punhos cerrados,
Ameaças, exigências e discussões em tom de voz elevado,
afeto desafiador e hostil e alterações do exame do estado
mental
Sintomas psiquiátricos específicos
Manejo
Evitar movimentos bruscos
Respeitar o espaço físico do paciente (evitar toque)
Estabelecer limites de forma acolhedora
Evitar elevar o tom de voz
Evitar confronto
Observação e prevenção (avaliação e gestão de riscos)
Trabalhar com o paciente (estimular expressão verbal de
sentimentos)
Assegurar ao paciente que você pretende ajuda-lo a controlar os
próprios impulsos
Manejo Atitudinal
Atitudes poderão ser mal interpretadas
Atenção à linguagem não verbal
Evitar olhar desafiador ou submisso
Focalizar assunto, resumir ideias, refletir (repetição)
Auxiliar o paciente a reconhecer a realidade
Evitar ceder a teste, desafio e manipulação
Evitar: promessa, ameaça, conselhos, opinião pessoal,
manipulação, faltar com a verdade
Manejo Atitudinal
CONTENÇÃO:
Último recurso: quando alternativas menos coercivas não tiverem
efeito
Uso de meios físicos ou farmacológicos para impedir
comportamentos destrutivos
Contenção física Procedimento coercivo e contraditório (pode ser
uma forma de violência dirigida ao paciente (critérios e técnica)
Não é terapêutica – objetivo de segurança Potencialmente
traumática para paciente e equipe Risco apresentado deve ser
proporcional
Medicação: VO (preferencialmente) Tranquilização sem sedação
BZD, anstipsicotico atípico, antipsicótico típico, combinações
Principais Quadros Clínicos
RISCO DE SUICÍDIO:
SUICÍDIO: Uma morte auto-induzida que tem provas
suficientes (explícitas ou implícitas) para permitir a dedução
de que o desejo da pessoa era morrer.
Entre as 10 primeiras causas de morte no mundo e entre as
3 primeiras na faixa etária entre 15 e 34 anos
Aumento progressivo: 49% de todas as mortes por causas
externas Suicídio consumido - homens Tentativas de suicídio
- mulheres (OMS, 2001)
Risco de Suicídio
Principais Quadros Clínicos
Risco de Suicídio
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS:
1) Compreensão do cliente do problema (importância e
fatores)
2) Explore com o cliente o que funcionou no passado
3) Colocar o cliente como o perito em determinar as
soluções
4) Suporte para decisão selecionado
Principais Quadros Clínicos
EMERGÊNCIAS RELACIONADAS A SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS:
AVALIAÇÃO:
 Substância utilizada
 Estimativa da quantidade
Frequência do uso
Último consumo (estimar tempo para abstinência)
Riscos...
Emergências Relacionadas a Substâncias
Psicoativas: Álcool
Emergências Relacionadas a Substâncias
Psicoativas: Álcool
SÍNDROME DE ABSTINENCIA:
Objetivos do tratamento: Alternativas que respondam às
necessidades físicas, psicológicas e sociais.
O objetivo primário de atenção é retirada para atingir os objetivos
do cliente em relação ao seu uso indevido com segurança. Metas
de redução de substâncias e manutenção não deve ser
consideradas menos importantes do que um compromisso com a
abstinência a longo prazo.
 Redução de danos
 Intervenção breve
Emergências Relacionadas a Substâncias
Psicoativas: Álcool
SÍNDROME DE ABSTINENCIA:
Sinais e sintomas decorrentes de uma interrupção total ou
parcial de consumo de bebidas alcoólicas em dependentes
que apresentam um consumo prévio significativo Agitação,
ansiedade, disforia, tremores, náuseas, vômitos, taquicardia
e hipertensão arterial.
Emergências Relacionadas a Substâncias
Psicoativas:Álcool
Principais Quadros Clínicos: Psicose
Aguda
Prejuízo grosseiro no contato com a realidade, manifestado por
uma percepção inadequada e persistente do mundo externo.
Exclusão de causa orgânica
Usar linguagem clara e frases curtas
Explicando ao paciente os procedimentos na intenção de ajudá-lo
Não reforçar delírios
Deixar transparecer o interesse pelo paciente
Não sugerir julgamento
Principais Quadros Clínicos: Ataque de
Pânico
Período distinto e intenso medo e desconforto;
Sintomas físicos relacionados a diversos sistemas orgânicos;
Sentimento de perigo ou catástrofe Palpitações, dispneia,
sudorese, sensação de morte iminente ou descontrole.
Principais Quadros Clínicos: Ataque de Pânico
MANEJO
Medidas para reduzir o grau de ansiedade
Ambiente calmo com o mínimo de pessoas
Técnicas de relaxamento.
Avaliar agorafobia
Informar o paciente a transitoriedade do ataque 10-30min
Instruir ao paciente para que ele respire pelo nariz e não pela
boca (não hiperventilar)
 Para crise intensa ou prolongada: benzodiazepínicos de ação
curta
Referências Bibliográficas
BERTOLOTE, J.M.; MELLO-SANTOS, C.; BOTEGA, N.J.
Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência
psiquiátrica. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.32, sup.2, p.
87-95, 2010 . BRASIL.
 Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: Os centros de
atenção psicossocial. Brasília, 2004. BULECHEK, G.M.;
BUTCHER, H.K.; DOCHTERMAN, J.M. Classificação das
intervenções de enfermagem. 5ª edição. RJ: Elsevier, 2010.
 DEL-BEN, C.M.; TENG, C.T. Emergências psiquiátricas:
desafios e vicissitudes. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.32,
sup.2, p. 67-68, 2010.

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  • 2. Definição Qualquer alteração de natureza psiquiátrica em que ocorram alterações do estado mental, as quais resultam em risco atual e significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou para terceiros, necessitando de intervenção terapêutica imediata.
  • 3. Diferença entre Urgências e Emergências Psiquiátricas  EMERGÊNCIA - situação de risco grave - intervenções imediatas e inadiáveis (minutos ou horas);  URGÊNCIA - situação de um risco menor intervenções a curto prazo (dias ou semanas) ; Em psiquiatria essa diferenciação tem menor aplicabilidade prática
  • 5. Local do Atendimento  Privacidade;  Fácil acesso para equipe de saúde e de segurança;  Segurança no ambiente (estrutura física, objetos potencialmente perigosos, adequação de estímulos sensoriais, sistema de alarme);  Treinamento da equipe (de saúde e segurança);  Checar o porte de armas;  Medicação disponível para quadros de agitação psicomotora;  Material para contenção mecânica;  Ter acesso a serviços de diagnósticos e contar com auxílio de outros especialistas e de seguranças.
  • 6. Vínculo com o Cliente e Família 1. Escuta; 2. Apresentar-se e esclarecer os objetivos do atendimento; 3. Transmitir confiança, segurança e consistência; 4. Saber se expressar... falar firme e pausadamente, perguntas claras e diretas; 5. Respeito à independência, escolhas, personalidade e nível de maturidade do cliente; 6. Evitar julgamentos;
  • 7. Avaliação do Cliente LIMITAÇÃO DE TEMPO... Entrevista centrada no motivo do atendimento O que não pode faltar... Avaliação física  Exame do estado mental Exames laboratoriais e outros Avaliação do suporte familiar Ingestão de substâncias e medicamentos  Ideação suicida e homicida
  • 8. •Observar: Porte de armas ou objetos que possam se tornar perigosos Agitação psicomotora Ameaças físicas e verbais progressivas Intoxicação por drogas Sinais recentes de atos de violência AVALIAÇÃO INICIAL proftec – transformandoaeducação
  • 9. Exclusão de Causa Orgânica Características que indicam suspeita de organicidade Inicío agudo; Primeiro episódio; Idade avançada; Doença ou lesão orgânica atual; Alucinações não-auditivas; Alterações cognitivas; Alterações da fala ou movimentos (e marcha).
  • 10. •Deixar o paciente falar livremente, sem pressioná-lo com perguntas •Não ser confrontativo e nem negar a gravidade da situação •Considerar fatores psicodinâmicos: humilhação, desafio •Ser claro, firme e conciso nas suas intervenções •Mover-se calmamente •Manter suas mãos em local visível pelo paciente •Não tocar o paciente •Realizar movimentos bruscos MANEJO DO ATENDIMENTO
  • 12. •Semelhantes às crises compulsivas tipo grande-mal •Queda ao chão •Hiperatividade motora •Dramaticidade e inadequação, gritos ou gemidos •Sinais neurológicos das crises epilépticas não presentes •Término da crise: não existe perda de memória, rebaixamento da consciência, confusão mental, típicos das crises convulsivas CRISES CONVERSIVAS
  • 13. •Alterações pupilares •Ansiedade intensa •Alterações de marcha •Sudorese •Hiperexcitação e/ou hipervigilância •Comportamento violento •Alteração do nível de consciência (rebaixamento) •Delírio INTOXICAÇÃO AGUDA OU ABSTINÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS
  • 14. •Comportamento agitado ou agressivo •Presença de um delírio persecutório ou alucinações auditivas •Agitação extrema, ansiedade, inquietação •Desorganização do pensamento •Comportamento destrutivo •Alucinações auditivas e visuais, delírios paranoides •Hiperexcitação e irritabilidade TRANSTORNO PSICÓTICO
  • 15. •Fuga de ideias •Hiperatividade motora •Hiperexcitação e hipervigilância •Exaltação •Delírios de grandeza •Irritabilidade intensa •Agressividade não dirigida •Desorganização global do comportamento FASEMANÍACA DO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR proftec – transformandoaeducação
  • 16. •Ansiedade inadequada •Inquietação motora •Gemidos incessantes e queixas somáticas (rigidez muscular, dor lombar, cefaleia, fraqueza, tremores, fadiga, taquicardia, diarreia, indisposição, náusea, vomito, vertigem, parestesia, hiperventilação, precordialgia) •Irritabilidade •Medo intenso: de morrer, de perder o controle, de enlouquecer •Sensações de irrealidade, estranheza ao ambiente ou a si mesmo CRISE NO TAG EPÂNICO
  • 17. •Ideação suicida: presença de um plano suicida, tipo de plano, presença de comorbidades, tentativas prévias, tentativa atual, risco de recidiva •Avaliar a probabilidade de que a ideação suicida leve ao ato suicida •Alto risco: •Plano plenamente factível Método de fácil acesso •Alta probabilidade de êxito letal TENTATIVA DE SUICÍDIO
  • 18. •Quadros psicóticos “puros” •Intoxicação exógena por substâncias psicoativas (álcool e drogas) •Depressão severa e/ou aguda (crise de “DNV”) •Quadros pós comiciais •Quadros metabólicos •Quadros neurológicos/neurocirúrgicos VIOLÊNCIA
  • 19. Principais Quadros Clínicos DELIRIUM Perturbações da consciência, atenção, cognição e percepção Início súbito Flutuação Consequência fisiológica direta de: Condição médica geral Intoxicação ou abstinência de substâncias Uso de medicação Exposição a toxinas Combinação de fatores Condições clínicas comumente associadas: alterações no sistema nervoso central, doenças metabólicas, cardiopulmonares e sistêmicas.
  • 20. Delirium CUIDADOS: Detecção precoce e prevenção Promover conforto Identificação e o tratamento da causa de base do quadro Monitorização rigorosa dos sinais vitais, balanço hídrico e níveis de oxigenação. Exame do estado Segurança...
  • 21. Principais Quadros Clínicos AGRESSIVIDADE E AGITAÇÃO: desafio da prática psiquiátrica  Apresentação clínica em diversos quadros: Agressão: ato intencional que causa dano físico ou mental em outra pessoa Agitação psicomotora: atividade motora e cognitiva excessiva, em grande parte improdutiva e decorrente de tensões internas
  • 22. Indícios de Agressividade Agitação motora, Violência dirigida a objetos, Dentes e punhos cerrados, Ameaças, exigências e discussões em tom de voz elevado, afeto desafiador e hostil e alterações do exame do estado mental Sintomas psiquiátricos específicos
  • 23. Manejo Evitar movimentos bruscos Respeitar o espaço físico do paciente (evitar toque) Estabelecer limites de forma acolhedora Evitar elevar o tom de voz Evitar confronto Observação e prevenção (avaliação e gestão de riscos) Trabalhar com o paciente (estimular expressão verbal de sentimentos) Assegurar ao paciente que você pretende ajuda-lo a controlar os próprios impulsos
  • 24. Manejo Atitudinal Atitudes poderão ser mal interpretadas Atenção à linguagem não verbal Evitar olhar desafiador ou submisso Focalizar assunto, resumir ideias, refletir (repetição) Auxiliar o paciente a reconhecer a realidade Evitar ceder a teste, desafio e manipulação Evitar: promessa, ameaça, conselhos, opinião pessoal, manipulação, faltar com a verdade
  • 25. Manejo Atitudinal CONTENÇÃO: Último recurso: quando alternativas menos coercivas não tiverem efeito Uso de meios físicos ou farmacológicos para impedir comportamentos destrutivos Contenção física Procedimento coercivo e contraditório (pode ser uma forma de violência dirigida ao paciente (critérios e técnica) Não é terapêutica – objetivo de segurança Potencialmente traumática para paciente e equipe Risco apresentado deve ser proporcional Medicação: VO (preferencialmente) Tranquilização sem sedação BZD, anstipsicotico atípico, antipsicótico típico, combinações
  • 26. Principais Quadros Clínicos RISCO DE SUICÍDIO: SUICÍDIO: Uma morte auto-induzida que tem provas suficientes (explícitas ou implícitas) para permitir a dedução de que o desejo da pessoa era morrer. Entre as 10 primeiras causas de morte no mundo e entre as 3 primeiras na faixa etária entre 15 e 34 anos Aumento progressivo: 49% de todas as mortes por causas externas Suicídio consumido - homens Tentativas de suicídio - mulheres (OMS, 2001)
  • 27.
  • 30. Risco de Suicídio SOLUÇÃO DE PROBLEMAS: 1) Compreensão do cliente do problema (importância e fatores) 2) Explore com o cliente o que funcionou no passado 3) Colocar o cliente como o perito em determinar as soluções 4) Suporte para decisão selecionado
  • 31. Principais Quadros Clínicos EMERGÊNCIAS RELACIONADAS A SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: AVALIAÇÃO:  Substância utilizada  Estimativa da quantidade Frequência do uso Último consumo (estimar tempo para abstinência) Riscos...
  • 32. Emergências Relacionadas a Substâncias Psicoativas: Álcool
  • 33. Emergências Relacionadas a Substâncias Psicoativas: Álcool SÍNDROME DE ABSTINENCIA: Objetivos do tratamento: Alternativas que respondam às necessidades físicas, psicológicas e sociais. O objetivo primário de atenção é retirada para atingir os objetivos do cliente em relação ao seu uso indevido com segurança. Metas de redução de substâncias e manutenção não deve ser consideradas menos importantes do que um compromisso com a abstinência a longo prazo.  Redução de danos  Intervenção breve
  • 34. Emergências Relacionadas a Substâncias Psicoativas: Álcool SÍNDROME DE ABSTINENCIA: Sinais e sintomas decorrentes de uma interrupção total ou parcial de consumo de bebidas alcoólicas em dependentes que apresentam um consumo prévio significativo Agitação, ansiedade, disforia, tremores, náuseas, vômitos, taquicardia e hipertensão arterial.
  • 35. Emergências Relacionadas a Substâncias Psicoativas:Álcool
  • 36. Principais Quadros Clínicos: Psicose Aguda Prejuízo grosseiro no contato com a realidade, manifestado por uma percepção inadequada e persistente do mundo externo. Exclusão de causa orgânica Usar linguagem clara e frases curtas Explicando ao paciente os procedimentos na intenção de ajudá-lo Não reforçar delírios Deixar transparecer o interesse pelo paciente Não sugerir julgamento
  • 37. Principais Quadros Clínicos: Ataque de Pânico Período distinto e intenso medo e desconforto; Sintomas físicos relacionados a diversos sistemas orgânicos; Sentimento de perigo ou catástrofe Palpitações, dispneia, sudorese, sensação de morte iminente ou descontrole.
  • 38. Principais Quadros Clínicos: Ataque de Pânico MANEJO Medidas para reduzir o grau de ansiedade Ambiente calmo com o mínimo de pessoas Técnicas de relaxamento. Avaliar agorafobia Informar o paciente a transitoriedade do ataque 10-30min Instruir ao paciente para que ele respire pelo nariz e não pela boca (não hiperventilar)  Para crise intensa ou prolongada: benzodiazepínicos de ação curta
  • 39. Referências Bibliográficas BERTOLOTE, J.M.; MELLO-SANTOS, C.; BOTEGA, N.J. Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.32, sup.2, p. 87-95, 2010 . BRASIL.  Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: Os centros de atenção psicossocial. Brasília, 2004. BULECHEK, G.M.; BUTCHER, H.K.; DOCHTERMAN, J.M. Classificação das intervenções de enfermagem. 5ª edição. RJ: Elsevier, 2010.  DEL-BEN, C.M.; TENG, C.T. Emergências psiquiátricas: desafios e vicissitudes. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.32, sup.2, p. 67-68, 2010.