2. Arte barroca
Arte Renascentista Arte Barroca
Arquitetura de escala humana Mistério
Compreensão racional Impacto emocional
Serenidade Dramatismo, exuberância
Simplicidade Complexidade
Clareza Ambiguidade
Unidade, ordem e regularidade Diversidade e pluralidade
Termo pejorativo (surgiu em 1563)
Século XIX: perde significado
negativo e passa a designar uma
expressão artística própria
4. Origem
Época de contradições
e conflitos sociais,
políticos, religiosos.
Contra-Reforma
Determinações ideológicas
e normas estéticas da
arte barroca
Reconstrução de
Roma
+
Expansão
Países europeus Índia Brasil e México
5. O urbanismo barroco
Jubileu do ano 1600
Papa Sisto V promoveu reforma
urbanística de Roma
Resolver problemas
urbanísticos
Ligar os principais lugares
religiosos à Basílica de S. Pedro
Inauguração do
urbanismo
moderno
6. O urbanismo barroco
- amplas artérias
- colocação de obeliscos,
esculturas e fontes com jogos
de água
- abertura de praças,
destacando-se a igreja como
símbolo da comunidade
Roma como cidade-espetáculo,
símbolo do poder papal
Cidades com
dinamismo,
esplendor e
extensão
7. O urbanismo barroco
Fonte do Moro, Giacomo della Porta
Fonte dos Quatro Rios, Bernini
8. O urbanismo barroco
Piazza Navona
Fonte dos Quatro Rios,
Bernini, 1648-51
Igreja de Sta. Inês, Borromini
18. O urbanismo barroco
Valorização da fachada da
Basílica de S. Pedro por Carlo
Maderno (1607-1626) pelo Papa
Paulo V
Tarefa de Bernini:
-Enquadrar e valorizar a fachada e a
cúpula de Miguel Ângelo
- integrar o obelisco egípcio
- espaços cobertos para proteção
dos fiéis
- área ampla para multidões
19. O urbanismo barroco
Espaço trapezoidal diante
da basílica
2 colunatas que se abrem como dois
braços, formando uma enorme oval
(os braços materiais da Igreja,
abraçando os católicos para reforçar
a sua fé”)
Espaço como uma
totalidade
integrada
20. A arquitetura barroca
Antiguidade
+
Renascimento
+
Arte nova em termos
de linguagem decorativa
- ordens clássico-renascentistas
- gramática formal
- jónica
- coríntia
- compósita
- colossal
+ Coluna torsa
- colunas
- entablamentos
- frontões (quebrados com cartelas e
duplos)
- regras construtivas proporções “à medida do Homem”
21. A arquitetura barroca
Nova linguagem decorativa Libertação espacial
-Fim da estaticidade e da simetria
- busca da fantasia e do movimento
- antítese espaço interior / espaço exterior
Aliança com
Baldaquino de S. Pedro, Bernini,
1624-1633
- pintura
- escultura
- jardinagem
- jogos de água
22. A arquitetura barroca
Nova linguagem decorativa
Efeitos perspéticos e
ilusórios através da
decoração
Plantas + tetos + cúpulas
- Linhas estruturais divergentes
(maior amplitude)
- jogos de claro-escuro
- massas salientes e reentrantes
Igreja de Santa Andrea della Valle, Roma
23. A arquitetura barroca
Nova linguagem decorativa
Elementos construtivos
meramente decorativos:
- colunas torsas, helicoidais,
duplas ou triplas
- frontões centrais
Movimento
ascensional das
fachadas
Sant'Andrea della Valle,
Carlo Maderno, 1650, Roma
24. Plantas
Igrejas de uma
única nave
A arquitetura religiosa
Retangulares (nave central alonga-se + naves laterais
reduzidas a capelas abertas para o espaço central)
Elíptico-transversais e elíptico-longitudinais
Sant'Andrea della Valle,
Carlo Maderno, 1650, Roma
25. Plantas
Igrejas de uma
única nave
A arquitetura religiosa
Retangulares (nave central alonga-se + naves laterais
reduzidas a capelas abertas para o espaço central)
Elíptico-transversais e elíptico-longitudinais
Igreja de
San Carlo
alle Quattro
Fontane,
1634, Roma
26. A arquitetura religiosa
Paredes ondulantes
-Côncavas ou convexas
- surpresa e efeitos luminosos
- cobertura interior: estuques, pintura
ou retábulos em talha dourada
Ilusão de espaço maior, pela
ligação parede/teto
Igreja de
San Carlo alle Quattro
Fontane, 1634, Roma
28. cobertura
A arquitetura religiosa
Abóbadas + contrafortes exteriores (com volutas,
aletas ou orelhões)
Cúpula colossal (= céu) prolonga harmoniosamente as
paredes
Cúpula da Igreja de S. Lourenço,
Turim, 16341680
Sant'Andrea della Valle,
Carlo Maderno,
1650, Roma
29. cobertura
A arquitetura religiosa
Abóbadas + contrafortes exteriores (com
volutas, aletas ou orelhões)
Cúpula colossal (= céu) prolonga
harmoniosamente as paredes
Igreja de
S. André do Quirinal,
1658-1678, Roma,
Bernini
Igreja de Santo Ivo alla
Sapienza, Roma, Borromini,
1640-1650
30. Fachadas
A arquitetura religiosa
Esquema renascentista e
maneirista
Corpo central rematado
por grande frontão
Fachada com dois andares Verticalidade
sobrepostos, com formas
onduladas (côncavas
/convexas)
Irregularidade bizarra
Igreja de
S. André do Quirinal,
1658-1678, Roma,
Bernini
Igreja de Santo Ivo alla
Sapienza, Roma,
Borromini, 1640-1650
31. A arquitetura religiosa
Porta principal
- Decoração vertical
- acumulação de
ornamentação (esculturas,
frontões, colunas, …)
- torre sineira como elemento
independente, que reforça a
verticalidade
Igreja de Santa Inês,
Borromini, 1652, Roma
32. A arquitetura religiosa
Decoração interior
Exuberância decorativa
(paredes, abóbadas, cúpulas):
- mármores policromados
- esculturas
- retábulos
- telas
- orgãos
- pinturas a fresco
Sant'Andrea della Valle,
Carlo Maderno,
1650, Roma
-Figuras voadoras, querubins, anjos
- luz celestial, ascendendo ao infinito, na
procura de Deus (janelões, janelas e
cúpulas com lanternim)
Trompe-l’oeil
33. Os arquitetos barrocos
• Giacomo della Porta (1533-1602) e Vignola (1507-73) – maneirismo e
Contra-Reforma
• Carlo Maderno (1576-1636) – Primeiro arquitecto barroco
• Gian-Lorenzo Bernini (1598-1680) – Igreja de S. André do Quirinal
• Francesco Borromini (1599-1667) – Igreja de S. Carlos das Quatro Fontes
• Baltazar Longhena (1598-1682) – Igreja de S. Maria da Saúde
(1631,Veneza)
34. Os arquitetos barrocos
BALTAZAR LONGHENA
(1598-1682)
Igreja de S. Maria da Saúde
(1631,Veneza)
35. Os arquitetos barrocos
Pietro da Cortona,
Igreja de Santa Maria
Della Pace, Roma
Restaurada em 1656-67
38. A arquitetura civil
Arquitetura civil
Borromini, Oratório dos
Filipinos, Roma, 1637-1667
Palácios
Villas
Poder
absolutista e
capitalista
Alessandro Algardi, Villa Doria
Pamphili, 1650
39. A arquitetura civil
Palácios
-Integrados na paisagem e no
espaço envolvente (jardins)
- planta em U ou duplo U
Borromini, Oratório dos Filipinos, Roma,
1637-1667
Baltazar Loghena, Palácio Belloni
Battagia, 1648-1660
40. A arquitetura civil
Guarino Guarini, Palácio Carignano, Turim,
1679-1684
Palácios
Fachada:
- Pilastras colossais
- corpo central e portal com
maior decoração
- frontarias em U ou em formas
onduladas (esquema côncavo
– convexo – côncavo)
41. A arquitetura civil
Palácios
Interiores:
-1º andar (pinao nobile): sala de
festas ao centro
- galerias e escadarias a ligar os
andares (dois lanços simétricos)
Luigi Vanvitelli
Palácio Real de Caserta, 1752-1773
42. A arquitetura civil
Villas
Alessandro Algardi, Villa Doria Pamphili, 1650
-Diálogo com a
natureza
- jardins arquiteturais
(escadarias, terraços,
estátuas)
artifícios cenográficos
(bosques, grutas
artificiais, pavilhões,
labirintos)
O “jardim à francesa”:
conceção
arquitetónica
geometrizante
A partir de um eixo central, subdividia-se o jardim
simetricamente em linhas transversais e radiais
43. A arquitetura civil
Villas
Alessandro Algardi, Villa Doria Pamphili, 1650
-Diálogo com a
natureza
- jardins arquiteturais
(escadarias, terraços,
estátuas)
artifícios cenográficos
(bosques, grutas
artificiais, pavilhões,
labirintos)
O “jardim à francesa”:
conceção
arquitetónica
geometrizante
A partir de um eixo central, subdividia-se o jardim
simetricamente em linhas transversais e radiais
44. Algumas ideias-chave
Retórica das imagens cenográficas, persuasão das ideias, estímulo dos
sentidos
Objectivo final: produzir espectáculo
Arte alegórica (do mundo celeste), apelando à contemplação e ao êxtase
Manipulação ideológica para afirmação do poder (da Contra-Reforma e das
monarquias absolutistas)