2. Função adaptativa: preparação para desafios e ameaças/ desempenhar bem uma
tarefa (fator egossintônico)
Patológica: sofrimento e comprometimento funcional significativo (dimensional)
Diferenciação dos outros t. de ansiedade: investigar o foco das preocupações
(conteúdo cognitivo do medo)
Preocupações excessivas e difíceis de controlar relacionadas às diversas demandas
do dia-a-dia
Subdiagnóstico: preocupações excessivas, ansiedade e dificuldades de lidar com
incertezas são comuns à maioria dos indivíduos e é a intensidade, prejuízo e
duração que influenciará no diagnóstico.
TAG como transtorno de ansiedade básico
3. DSM-I e DSM-II (incluído com as outras ansiedades): Neurose de Angústia
Diferenciação do pânico através de estudos com ADTs (não eficientes para quadros
crônicos como no TAG)
DSM-III: entidade nosológica independente
DSM-IV e DSM-5 (sem diferenças significativas)
4. A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos
dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho
escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis
sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis
meses). Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e
inquieto).
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
5. Difícil de definir a prevalência decorrente das alterações nosológicas
Ocorrem mais em mulheres e costumam iniciar no início da vida adulta: apesar de
não estar associado à vivência de eventos estressores predisponentes, acredita-se
que o aumento de responsabilidades e desafios na adolescência podem contribuir
para o início do transtorno
93,1% desenvolvem comorbidade dentro de um ano (episódio depressivo maior é o
de maior frequência)
Relatam menor satisfação com a vida em família, atividades diárias e com o bem-
estar em geral, quando comparados a controles não ansiosos
6. Crônico e flutuante
Na adolescência os sintomas podem ser vistos como adaptativos, pois seriam
indicativos de responsabilidade e dedicação
Geralmente os primeiros atendimentos são feitos por profissionais não-
psicólogos/psiquiatras pois as primeiras queixas são somáticas
Orientação para o futuro
Temas de preocupações semelhantes aos de pessoas não ansiosas. Entretanto,
relatam preocupação com pequenos problemas do cotidiano. A diferença é mais
quantitativa que qualitativa
Dificuldades de se concentrar pois está preocupado com outros fatores (como se
não vivenciassem o momento)
7. Diferenças individuais genéticas, neurofisiológicas e de temperamento vão gerar
uma vulnerabilidade cognitiva que predispõem o indivíduo a aumentar ou reduzir
a inclinação de resposta ansiosa a uma ameaça ou adversidade da vida (CLARK;
BECK, 2010)
Vulnerabilidade biológica: excitação crônica, estruturas neuroanatiômicas
assocociadas (lócus coeruleus, c. pré-frontal) e anormalidades de 5-HT, GABA e
corticotrofina. Interagem com a vulnerabilidade cognitiva
É herdado uma predisposição geral à ansiedade e à depressão, ao invés de uma
característica genética específica. Seja qual for o papel que a biologia possa ter, o
processo interno do cliente, suas experiências e os meios de lidar com o estado de
ansiedade têm um papel mais importante em manter e preciptar o transtorno
8. Intolerância à Incerteza: maior preditor de preocupações. Predisposição a
interpretar situações ambíguas ou incertas como negativas. Acreditam que ela
impede de viver confortavelmente e devem ser evitadas.
Preocupações: diferenciam-se das obsessões por serem egossintônicas e da
ruminação depressiva por estarem voltados para o futuro. Tipo I: eventos externos
e internos não cognitivos, desenvolvidas primeiro; tipo II: avaliação negativa sobre
a própria preocupação, decorre da avaliação negativa.
Crenças Sobre a Preocupação: ajudam a manter o quadro. “preocuoando-me ajudo
a evitar surpresas desagradáveis”. Tais crenças são reforçadas negativamente pela
não ocorrência do evento temido.
9. Orientação Disfuncional para o Problema: o processo de resolução de problemas
pode ser dividido em 2 componentes:
1. Orientação para o problema: crenças e avaliações envolvidas na solução do
mesmo. Percepção de si como agente da solução. (este componente é
disfuncional em pessoas com TAG)
2. Habilidades Envolvidas na Solução de Problemas: definir o problema e as metas
desejadas; gerar alternativas; escolher e implementar uma solução.
Evitação Cognitiva: estratégias utilizadas para se afastar de estímulos cognitivos
e emocionais aversivos. Preocupando-se, o indivíduo inibe um estado de excitação
fisiológica, reforçando esse processo. Como não há uma exposição prolongada a um
único tema de preocupação, não ocorre habituação e os sintomas permanecem.
Podem estar menos em contato com suas experiências afetivas. Podem estar
evitando: medos profundos, traumas passados e problemas de relacionamento
10. Complicações: alterações diagnósticas; preocupação como fenômeno humano
universal e subjetividade dimensional
Entrevista clínica: investigação sobre as preocupações. “E se...”. Atento à
frequência, excesso e à falta de controle das preocupações dos pacientes e se as
mesmas estão relacionadas com atividades ou fatos rotineiros
Questionários: inventário Beck de ansiedade; questionário de preocupação do
estado de Pensilvânia; escala de intolerância à incerteza
11. A TCC foi eficaz para medidas de ansiedade em todos os estudos encontrados: eficaz na
redução dos sintomas clínicos e na recuperação neuroendócrina
O foco do tratamento clínico é a preocupação crônica, grave e associada à ansiedade,
deve-se ter como foco principal os esquemas mal-adaptativos relacionados a ameaça
geral, vulnerabilidade pessoal, intolerância à incertezas e metacognição da
preocupação
Psicoeducação sobre o modelo cognitivo e sobre o TAG
Solução de problemas (aplicadas para problemas reais e com solução): definir o
problema e formular objetivos da resolução, gerar soluções, analisar os prós e contras,
escolher uma, implementa-la e avaliar sua efetividade
Análise do cursto-benefício: de manterem determinado comportamento ou cognição
Treino de relaxamento muscular(ansiedade somática intensa): progressivo de Jacobson
e relaxamento aplicado (interação de sistemas)
Modelos: prevenção da preocupação (Borkovec); intolerância à incerteza (Ladouceur) e
crenças errôneas sobre a preocupação (Wells e King)
12. ISRSs (tramento de longo prazo): escitalopram, paroxetina, sertralina e
fluvoxamina (forte evidência de eficácia)
IRSNs: duloxetina e venlafaxina (mais eficazes que placebo)
Os benzodiazepínicos são eficazes, porém, no tratamento de longo prazo tem-se
preferência por fármacos que atuem em 5-HT,pois, atuam também na prevenção
de recaída.
Recomenda-se farmacoterapia por 12 meses (prevenção de recaída): balancear o
risco devido efeitos colaterais
Farmacoterapia parece ser eficaz na redução dos sintomas de ansiedade, mas não
tem impacto sobre as preocupações
Farmacoterapia (sintomas somáticos) + psicoterapia (preocupações): muito efetiva