2. O estresse é subjetivo e dinâmico, por isso, cada
um de nós terá a sua própria percepção de
estresse.
As estratégias de enfrentamento também são
subjetivas, ou seja, particulares e individuais.
Com isso, o surgimento e manejo desses recursos
dependerão das experiências anteriores com a
situação desafiadora, personalidade, história de
vida, entre outros.
3.
4.
5.
6. SÍNDROME DE BURNOUT
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out,
queimar por completo), também chamada de
síndrome do esgotamento profissional, foi assim
denominada pelo psicanalista nova-iorquino
Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no
início dos anos 1970.
Conceito: estafa e esgotamento físico e mental.
7. SÍNDROME DE BURNOUT
A dedicação exagerada à atividade profissional é
uma característica marcante de Burnout, mas
não a única. O desejo de ser o melhor e sempre
demonstrar alto grau de desempenho é outra fase
importante da síndrome: o portador de Burnout
mede a auto-estima pela capacidade de realização
e sucesso profissional.
8. SÍNDROME DE BURNOUT
O que tem início com satisfação e prazer termina
quando esse desempenho não é reconhecido.
Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o
desejo de realização profissional se transformam
em obstinação e compulsão. O indivíduo nesta
busca sofre, além de problemas de ordem
psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e
exaustão. É uma patologia que atinge membros
da Área da Saúde, Segurança Pública, setor
bancário, Educação, Cartorários, Tecnologia da
informação, Gerentes de Projetos, profissionais
da saúde em geral, jornalistas, advogados,
professores e até mesmo voluntários.
9. SÍNDROME DE BURNOUT –
ESTÁGIOS
Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre
capaz
Dedicação intensificada - com predominância da
necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer
hora do dia (imediatismo);
Descaso com as necessidades pessoais - comer,
dormir, sair com os amigos começam a perder o
sentido;
Recalque de conflitos - o portador percebe que
algo não vai bem, mas não enfrenta o problema.
É quando ocorrem as manifestações físicas;
10. SÍNDROME DE BURNOUT –
ESTÁGIOS
Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga
dos conflitos. O que antes tinha valor sofre
desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única
medida da auto-estima é o trabalho;
Negação de problemas - nessa fase os outros são
completamente desvalorizados, tidos como
incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os
contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão
são os sinais mais evidentes;
Recolhimento e aversão a reuniões
(antissocialização);
Mudanças evidentes de comportamento (falta de
bom senso e bom humor);
11. SÍNDROME DE BURNOUT –
ESTÁGIOS
Despersonalização (evitar o diálogo e dar
prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);
Vazio interior e sensação de que tudo é
complicado, difícil e desgastante;
Depressão - marcas de indiferença, desesperança,
exaustão. A vida perde o sentido;
E, finalmente, a síndrome do esgotamento
profissional propriamente dita, que corresponde
ao colapso físico e mental. Esse estágio é
considerado de emergência e a ajuda médica e
psicológica uma urgência imediata.
12. Enfrentamento: formas cognitivas, comportamentais e
emocionais de como administrar situações estressantes. É
um processo dinâmico (interação com o ambiente). Como
as pessoas respondem ao estresse – Qualquer tentativa de
preservar a saúde mental e física.
Estratégias de Enfrentamento: buscam minimizar os
efeitos do estresse que comprometa a saúde (resolver) ou
(aceitar). Como as pessoas lidam com a situação
estressante. Curto e longo prazo.
13. Lazarus (1984) – enfrentamento focado na emoção ou
enfrentamento no problema:
NA EMOÇÃO: ocorre mais quando a pessoa não pode controlar
ou resolver a situação (busca de apoio social, desviar a atenção,
negar, uso de substância). Administra as reações emocionais ao
estresse.
→ fuga-evitação: afastamento físico ou psicológico da situação
(com outros comportamentos).
→ distanciamento: afastar psicologicamente do problema (desviar
atenção).
→ reavaliação positiva: transformar um evento negativo em
positivo.
14. NO PROBLEMA: atua diretamente no problema, seja
reduzindo a demanda ou aumentando a capacidade para
lidar com ele. Mais usado quando as pessoas acreditam que
podem lidar ou resolver a situação.
→ pró-ativo/preventivo: para prevenir ou minimizar o
impacto do evento (longo prazo).
→ combativo: reage ou tenta escapar do evento (curto prazo).
* Enfrentamento com foco no problema e na emoção, em
geral, acontecem juntos. Exemplo: A aluna recebe muitas
tarefas no início do semestre. Fica com raiva/estressada.
Controla a raiva (pois vê que não resolve). Cria uma agenda
para cumprir todas as tarefas.
15. DIFERENÇAS EM ESTRATÉGIAS
Gênero:
→ Homens – mais adrenalina e noradrenalina no momento do
estresse, além do aumento do colesterol no sangue (LDL – ruim).
Enfrentamento focado no problema.
→ Mulheres – mais cortisol que os homens no momento do estresse.
Enfrentamento focado na emoção.
Status Socioeconômico: pessoas com status mais baixo são
focados na emoção, pois têm sentimento de desesperança e uma
maior sensação de falta de controle sobre os eventos da sua vida.
16. FATORES QUE AFETAM A
CAPACIDADE DE ENFRENTAR O
ESTRESSE
Hardiness: comprometimento em suas relações,
desafios ao invés de ameaça e controle sobre sua
vida. Pessoas mais saudáveis e adaptadas.
Resiliência: Capacidade de se transformarem em
pessoas ajustadas e competentes.
Desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento, apesar das adversidades.
Estamina: Manejo do estresse em pessoas idosas.
17. ESTILO EXPLANATÓRIO: como explorar o problema – contínuo de
otimismo.
Positivo (ou otimismo): explicações específicas, instáveis e externas.
→ Dados de pesquisa: emoções positivas aumentam recursos físicos, cognitivos
e sociais. Encontrou correlação entre sistema imunológico saudável com o
aumento do número de células protetoras e atitudes otimistas. Assim, os
estudantes otimistas da pesquisa mostravam comportamentos mais saudáveis
(Frederickson, 2001) .
Negativo (ou pessimismo): explicações globais, estáveis e internas –
percepção do evento como sendo incontrolável.
→ Dados correlacionados: pessimismo e mortalidade precoce (Seligmam e cols.,
2000).
18. CONTROLE PESSOAL: crença de que se pode tomar as próprias
decisões.
Ou, controle da auto-eficácia: crenças individuais na capacidade de
organizar-se e lidar com situações potencialmente estressantes (Bandura,
1977).
• Controle pessoal e estratégias de enfrentamento: quando há controle
pessoal, a probabilidade de enfrentar com foco no problema é maior – a
pessoa se vê mais responsável pela própria saúde.
Controle pessoal e efeitos biológicos: pessoas com controle pessoal
tendem a experimentar o estresse com menores níveis de excitação.
→ A sensação de controle pode favorecer o funcionamento imunológico
(Bandura, 1992).
19. DESAMPARO APRENDIDO
Estudos mostram que o enfrentamento de
estresse incontrolável repetidamente faz com que
se aprenda que não é possível afetar ou intervir nos
acontecimentos.
Resignação passiva diante do estresse persistente
e incontrolável.
20. APOIO SOCIAL (fator externo): companheirismo, preocupação
emocional, auxílio material, retorno honesto.
O apoio social favorece uma experiência mais leve em situações de
estresse.
Em casos de doenças, favorece:
→ recuperação rápida e menos complicações.
→ taxa de mortalidade mais baixa – independente do status
socioeconômico.
→ menos perturbações ao enfrentar doenças terminais.
→ vulnerabilidade à doença e mortalidade: a perspectiva de vida
aumentou em mais de 2 anos em pessoas que mantinham
relacionamentos íntimos (1994).
21. Tipos de Apoio Social:
→ Emocional, Instrumental, Informacional e Companheirismo social.
→ Dados:
− As mulheres são mais beneficiadas com o apoio social do que os
homens.
− Pessoas casadas vivem mais tempo do que pessoas solteiras, divorciadas
ou viúvas.
− Pessoas com redes sociais íntimas são mais saudáveis e vivem mais
tempo.
− Adultos solteiros com ao menos uma pessoa de referência enquanto
apoio social, não correm risco de morrer antes de completarem 80 anos
(em comparação com casados).
22. Como o apoio social faz a diferença?
Hipótese da Proteção: a própria sensação de proteção torna o
enfrentamento mais eficaz.
Hipótese do Efeito Direto: aumento das respostas físicas do corpo a
situações difíceis.
→ Dados de pesquisa: após receberem choques, os níveis de hormônios
do estresse eram maiores em macacos na condição “sozinhos” do
que na condição “acompanhados”.
Outros dados correlatos: maior auto-estima, crença de
credibilidade, perspectiva otimista, hábitos mais saudáveis.
23. Quando o apoio social não ajuda?
o enfrentamento individual pode ser mais eficaz quando o apoio social
é percebido como sendo inadequado.
o excesso de redes de relacionamento: encontra-se opiniões e conselhos
diferentes, o que pode gerar confusão.
o próprio relacionamento social pode gerar desentendimentos.
grupos sociais também podem gerar comportamentos prejudiciais à
saúde, como uso de drogas, bebidas, etc., principalmente em
adolescentes.
24. TÉCNICAS DE MANEJO AO
ESTRESSE
Exercícios físicos;
Relaxamento e visualização;
Respiração;
Hipnose;
Psicoterapia;
Entre outros.