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PRINCIPAIS TÉCNICAS COGNITIVO-
COMPORTAMENTAIS
Artigo por Colunista Portal - Educação - terça-feira, 11 de setembro de 2012
Tamanho do texto: A A
Técnicas Cognitivo-Comportamentais
Para Guimarães (2001), o terapeuta e o paciente trabalham juntos para
identificar crenças que a pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem:
identificar pensamentos ou cognições disfuncionais, automonitoração de
pensamentos negativos, identificação da relação entre pensamentos e crenças
e sentimentos subjacentes, identificar e aprender padrões de pensamentos
funcionais e adaptativos, teste de realidade dos pressupostos básicos mantidos
pela pessoa sobre si mesma, o mundo e o futuro. Segue as principais técnicas
utilizadas sob enfoque integrado comportamental cognitivo.
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
A ansiedade é uma resposta de proteção, que prepara o organismo para atacar
ou fugir de perigos reais ou não. Substâncias são liberadas pelo organismo
nessa situação que promovem alterações fisiológicas, que viabilizam respostas
de luta ou fuga.
O relaxamento é um processo psicofisiológico, de aprendizagem das respostas
biológicas de relaxamento e inclui:
• Exercícios de respiração – treino em padrões de baixas taxas de respiração,
inspiração-expiração profundas e amplas e respirações diafragmáticas. Esse
treino distrai o paciente, dando-lhe sensação de controle sobre o organismo.
• Treino em relaxamento – tensionar e relaxar diferentes grupos musculares
para obtenção de um estado de conforto e bem-estar.
• Relaxamento muscular progressivo - essa técnica deve ser feita num
ambiente adequado e o paciente posicionado confortavelmente.
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
Consiste em remover ou enfraquecer a ansiedade por meio da inibição
recíproca, que se chama supressão condicionada (estabelecer uma resposta
antagonista à ansiedade na presença do estímulo provocador da ansiedade,
que é o relaxamento). Utiliza-se o treino em técnicas de relaxamento e o
paciente deve ser capaz de visualizar as situações temidas. Uma das principais
técnicas utilizadas no tratamento da fobia social e específica e síndrome do
pânico.
TREINO DE ASSERTIVIDADE
É feito orientando-se o paciente a emitir respostas adequadas em situações
específicas ou pelo ensaio comportamental (procedimento para o treino da
assertividade). Técnica eficaz no tratamento da fobia e da ansiedade social.
PARADA DO PENSAMENTO
É uma técnica de autocontrole, que consiste em formular um pensamento
indesejado e com um comando de “pare” em voz alta, impedir a evolução do
pensamento. Outras palavras ou imagens também podem ser usadas, como
visualizar uma placa, escrito “Pare”. Essa técnica é muito útil porque a
presença de pensamentos incômodos favorece a ocorrência de
comportamentos indesejáveis. Muito utilizada no tratamento do estresse pós-
traumático.
AUTOINSTRUÇÃO
Utilizada para modificar cognições com o objetivo de mudar comportamentos,
ensinando o paciente a desenvolver pensamentos adequados e realísticos à
situação temida. Aplicada principalmente no tratamento da ansiedade,
impulsividade e hiperatividade infantil.
INOCULAÇÃO DO ESTRESSE
Consiste em treinar o paciente na vivência de uma situação estressante, para
que ele desenvolva recursos de enfrentamento a serem utilizados na situação
temida real. Muito utilizada no tratamento do pânico, fobias específicas,
transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, alcoolismo,
entre outros.
TREINO EM HABILIDADES SOCIAIS
O objetivo da técnica é capacitar o paciente a emitir respostas adequadas a
situações específicas. Pode ser usada no tratamento de grupos especiais como
portadores de transtornos de personalidade evitativa e esquizofrenia.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A técnica consiste em ensinar o paciente, maneiras adequadas de enfrentar
situações da vida real. Deverá aprender a manejar e adaptar procedimentos e
estratégias aprendidos na terapia, por meio de modelagem de habilidades, em
sua vida. Situações são simuladas durante as sessões. A técnica pode ser
aplicada no tratamento da depressão, terapia de casal, transtorno de conduta,
hiperatividade e déficit de atenção.
EXPOSIÇÃO
Consiste em expor o paciente, repetidamente, ao vivo ou na imaginação,
diretamente a situação temida, que são evitadas por desencadearem
ansiedade. Muito apropriada para tratamento de fobias.
EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTAS
Inclui a exposição mais bloqueio da resposta compulsiva para tratamento do
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA
Técnica de exposição mais provocação de respostas fisiológicas, como
tonteira, taquicardia, tensão muscular, por meio de exercícios e técnicas
específicas. Utilizada no tratamento da síndrome do pânico, com o objetivo de
diminuir ou romper a associação entre indicadores fisiológicos e reações de
pânico.
Para Beck et al. (2005), no tratamento dos transtornos de personalidade
algumas técnicas cognitivas e comportamentais são úteis, como:
• “Sondagem Cognitiva” – utilizada para aliciar e avaliar pensamentos
automáticos.
• Confrontando os Esquemas – deve-se tratar de todos os esquemas:
cognitivos, comportamentais e afetivos. As distorções cognitivas do paciente
apontam para os esquemas e o terapeuta o ajuda na identificação de regras
disfuncionais que dominam sua vida e trabalha com ele para realizar as
alterações necessárias a um funcionamento mais adaptativo.
• Tomando decisões – ajuda o paciente a aprender a tomar decisões
importantes.
• Revivendo experiências da infância – situações da infância podem levar ao
entendimento das origens dos padrões desadaptativos. Recriando certas
situações o paciente tem a oportunidade de reestruturar atitudes formadas
naquele período e suavizar atitudes em relação a si mesmo.
• Uso da imaginação – permite que o paciente reviva eventos traumáticos
passados, possa reestruturar a experiência e suas atitudes decorrentes.
Sudak (2008) aponta a importância da colaboração no relacionamento entre
terapeuta e paciente. O paciente deve tornar-se coinvestigador e uma aliança
terapêutica forte é essencial para bons resultados.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online
com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/16781/principais-tecnicas-
cognitivo-comportamentais#ixzz39NRRU15V
erapia Cognitiva
Terapia Cognitiva Comportamental - TCC
A Terapia Cognitiva Comportamental é uma linha de psicoterapia breve, proposto e
desenvolvido por Aaron Beck. Envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com
a finalidade de mudança de padrões de pensamento. Seu modelo cientificamente
fundamentado, a eficácia comprovada através de estudos empíricos e tempo curto e limitado
lhe conferem a posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de
três a seis meses onde trabalha-se a criação de estratégias para lidar com o sofrimento. A
primeira coisa que o terapeuta faz é encorajar seus pacientes a entenderem seus problemas
para em seguida identificar novas formas de enfrentá-los.
A Terapia Cognitivo-Comportamental reinterpreta os elementos que geram emoção negativa.
Tem como princípio básico à proposição de que não é uma situação que determina as
emoções e comportamentos de um indivíduo, mas sim suas cognições ou interpretações a
respeito dessa situação, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação.
Com base nesse princípio e na hipótese de primazia das cognições proposta por Beck, em
Terapia Cognitiva busca-se a reestruturação cognitiva, a partir de uma conceituação cognitiva
do paciente e de seus problemas. Reestruturação cognitiva refere-se à reestruturação do
sistema de esquemas e crenças do paciente, através da intervenção clínica, que, entre outras
técnicas, utiliza-se do questionamento socrático a fim de desafiar esquemas e crenças
disfuncionais, os quais, ao longo do desenvolvimento do paciente, tornaram-se rígidos e
supergeneralizados.
Cinco pontos para o inicio da psicoterapia:
Ambiente/Situação onde ocorre o problema .......... Ex: No trabalho; Morte do pai;
Promoção.
Pensamento/Sentimento ..................................... Ex: Não sirvo para nada; Sou um
fracasso, etc.
Estado de humor/emoção ....................................Ex: Tristeza; Irritabilidade; Culpa;
Pânico. etc.
Reação física ..................................................... Ex: Suor; Fadiga; Insônia; Coração
dispara, etc.
Comportamento ................................................. Ex: Evita os amigos; Desce do ônibus
etc.
Seus sentimentos são conseqüência de seus pensamentos
Sempre que você experimenta um estado de humor existe um pensamento relacionado à ele
que ajuda a definir este humor. É importante que você identifique o que está pensando,
porque isso nos leva às suas crenças. Diferentes crenças levam à estados de humor diferentes.
Ex. Perder um emprego, para uns pode ser significado de fracasso e para outros,
oportunidade de arrumar um emprego melhor.
Pensamento positivo é a solução?
Não. Se tentarmos ter apenas pensamentos positivos podemos não perceber sinais
importantes. A terapia cognitiva comportamental propõe olhar a situação problema de muitos
pontos de vista diferentes, positivos, negativos e neutros para levar a pessoa a novas
conclusões e soluções . A solução é elaborar pensamentos alternativos, ou seja flexibilizar o
pensamento. Um pensamento alternativo surge de uma visão aumentada de si mesmo ou da
situação na qual você se encontra. Ele é freqüentemente mais positivo que o pensamento
automático, mas não é a mera substituição por um pensamento positivo, pois o mero
pensamento positivo tende a ignorar as informações negativas. Com informações adicionais
ou um ponto de vista ampliado a sua percepção mudará e em conseqüência você terá novos
sentimentos e comportamentos.
Terapia Cognitiva Comportamental e algumas de suas técnicas:
Biblioterapia.
Registro de pensamentos disfuncionais e reestruturação cognitiva.
Construção de hierarquias conforme intensidade da ansiedade ou depressão por exemplo, com
notas de 0 a 10.
Dessensibilização sistemática . O paciente, aos poucos, enfrenta as situações que produzem
medo.
Exposição aos estímulos externos.
Exposição assistida .
Exposição ao vivo.
M étodos para reduzir a ansiedade .
Reestruturação cognitiva.
Superação da evitação. Quando evitamos uma situação difícil, inicialmente experimentamos
uma diminuição da ansiedade. Ironicamente, quanto mais evitamos mais ansiosos nos
tornamos.
A bordar gradualmente o estimulo temido.
Experimentos. Se você acredita nos novos pensamentos “em teoria” mas não os sente como
algo que se encaixe à sua experiência de vida, o melhor modo de aumentar a credibilidade de
seus pensamentos alternativos é
experimentá-los em seu dia a dia.
Revisão dos pensamentos negativos através
das informações de vida.
A Terapia Cognitiva Comportamental é uma
linha de psicoterapia breve, proposta e
desenvolvida pelo psicólogo Aaron Beck.
Envolve um conjunto de técnicas e
estratégias terapêuticas com a finalidade
de mudança de padrões de pensamento. Seu modelo cientificamente fundamentado
apresenta eficácia comprovada através de estudos empíricos. O tempo curto e limitado lhe
confere a posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de três a
seis meses onde trabalha-se a criação de estratégias para lidar com o sofrimento. A primeira
coisa que o terapeuta faz é encorajar seus pacientes a entenderem seus problemas para em
seguida identificar novas formas de enfrentá-los.
A Terapia Cognitivo-Comportamental reinterpreta os elementos que geram emoção negativa.
Tem como princípio básico à proposição de que não é uma situação que determina as
emoções e comportamentos de um indivíduo, mas sim suas cognições ou interpretações a
respeito dessa situação, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação.
Com base nesse princípio e na hipótese de primazia das cognições proposta por Beck a
Terapia Cognitiva busca a reestruturação cognitiva a partir de uma conceituação cognitiva do
paciente e de seus problemas.
Reestruturação cognitiva refere-se à reformulação do sistema de esquemas e crenças do
paciente através da intervenção clínica que, entre outras técnicas, utiliza-se do
questionamento socrático a fim de desafiar esquemas e crenças disfuncionais, os quais, ao
longo do desenvolvimento do paciente, tornaram-se rígidos e supergeneralizados.
Cinco pontos determinantes na psicoterapia:
Ambiente/Situação onde ocorre o problema .......... Ex: No trabalho; Morte do pai;
Promoção.
Pensamento/Sentimento ..................................... Ex: Não sirvo para nada; Sou um
fracasso, etc.
Estado de humor/emoção ....................................Ex: Tristeza; Irritabilidade; Culpa;
Pânico. etc.
Reação física ..................................................... Ex: Suor; Fadiga; Insônia; Coração
dispara, etc.
Comportamento ................................................. Ex: Evita os amigos; Desce do ônibus
etc.
Seus sentimentos são conseqüência de seus pensamentos
Sempre que você experimenta um estado de humor existe um pensamento relacionado à ele
que ajuda a definir este humor. É importante que você identifique o que está pensando,
porque isso nos leva às suas crenças. Diferentes crenças levam à estados de humor diferentes.
Ex. Perder um emprego, para uns pode ser significado de fracasso e para outros,
oportunidade de arrumar um emprego melhor.
Pensamento positivo é a solução?
Não. Se tentarmos ter apenas pensamentos positivos podemos não perceber sinais
importantes. A terapia cognitiva comportamental propõe olhar a situação problema de muitos
pontos de vista diferentes, positivos, negativos e neutros para levar a pessoa a novas
conclusões e soluções . A solução é elaborar pensamentos alternativos, ou seja flexibilizar o
pensamento. Um pensamento alternativo surge de uma visão aumentada de si mesmo ou da
situação na qual você se encontra. Ele é freqüentemente mais positivo que o pensamento
automático, mas não é a mera substituição por um pensamento positivo, pois o mero
pensamento positivo tende a ignorar as informações negativas. Com informações adicionais
ou um ponto de vista ampliado a sua percepção mudará e em conseqüência você terá novos
sentimentos e comportamentos.
Terapia Cognitiva Comportamental e algumas de suas
técnicas:
Biblioterapia.
Registro de pensamentos disfuncionais e reestruturação cognitiva.
Construção de hierarquias conforme intensidade da ansiedade ou depressão por exemplo, com
notas de 0 a 10.
Dessensibilização sistemática . O paciente, aos poucos, enfrenta as situações que produzem
medo.
Exposição aos estímulos externos.
Exposição assistida .
Exposição ao vivo.
M étodos para reduzir a ansiedade .
Reestruturação cognitiva.
Superação da evitação. Quando evitamos uma situação difícil, inicialmente experimentamos
uma diminuição da ansiedade. Ironicamente, quanto mais evitamos mais ansiosos nos
tornamos.
A bordar gradualmente o estimulo temido.
Experimentos. Se você acredita nos novos pensamentos “em teoria” mas não os sente como
algo que se encaixe à sua experiência de vida, o melhor modo de aumentar a credibilidade de
seus pensamentos alternativos é experimentá-los em seu dia a dia.
Revisão dos pensamentos negativos através das informações de vida.
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Porquê Terapia Cognitiva- Comportamental?
O que nos afecta não são os acontecimentos em si, mas sim aquilo
que nós interpretamos...
ntactos
a Júlio Dinis, nº 931, 3º Dto-
50-325 Porto
m: 966 230 087 (das 15-19h,
segunda a sexta)
ail:psicologoporto@gmail.co
ais informações
Por Fernando Lima Magalhães
Com uma grande variedade de formas de tratar os diversos problema
psicológicos, nomedamente de ansiedade e depressão, é compreensível qu
as pessoas sintam alguma confusão e insegurança na altura de escolhe
quer um psicólogo, quer um tipo de "terapia" que seja a mais útil e eficaz.
Por isso, vou tentar descrever o que significa terapia cognitiva, as sua
vantagens e como funciona, com um exemplo de um diálogo entr
terapeuta- cliente.
Qualquer problema psicológico pode ser descrito ou explicado em termo
de pensamentos, emoções e comportamentos.
Indivíduo 1: Por exemplo, diante a situação de falar em público, um
indivíduo pode ter pensamentos automáticos como "vou corar; vou faze
um papel de tolo; ninguém vai gostar da minha apresentação, vão percebe
a minha ansiedade; corar é uma vergonha; se gaguejar vai ser horrível
estou tão preocupado com a minha ansiedade que nem me consig
concentrar no que tenho para dizer ". Em função destes pensamentos,
indivíduo vai sentir emoções negativas, como medo, tristeza e culpa
Depois poderá ter comportamentos que podem agravar a situação com
preparar-se excessivamente, procurar adivinhar o que vai acontecer
imaginar uma "catástrofe" ou procurar controlo daquilo que não é possíve
controlar (ex: procurar a aprovação de toda a gente ou exigir-se um
apresentação perfeita).
Estes três elementos (pensamento, emoção e comportamento) sã
interligados entre si, muitas vezes levando a ciclos viciosos. Por exemplo,
emoção de ansiedade pode desencadear pensamentos ansiosos e também
estes pensamentos de desastre eminente podem provocar mais sentimento
de ansiedade. Na terapia mudam-se em pequenos passos o
pensamentos, emoções e comportamentos e deverá ser tolerante pel
tempo que é necessário para esta mudança e não esperar uma alteraçã
radical em 24 horas.
Principais técnicas cognitivo
Principais técnicas cognitivo
Principais técnicas cognitivo
Principais técnicas cognitivo
Qual é a diferença entre a terapia cognitivo- comportamental (TCC) e
outros tratamentos psicológicos?
TCC é um tipo de psicoterapia. É diferente de outros tipos de psicoterapia
que envolvem falar livremente ou debruçar sobre os eventos em seu
passado, para obter compreensões sobre o seu estado emocional ou como
lidou com eventos no passado. Apenas por descobrir que há 20 anos atrás
houve um acontecimento negativo, a partir do qual começou a pensar de
forma mais irracional ("Ex: Não presto, tenho pouco valor, as pessoas não
gostam de mim"), provavelmente não vai mudar a forma de pensar e sentir
no presente, ou obter um efeito "terapêutico" por isso, como defendem
outros tipos de terapia. Se eu descobrir que comecei a engordar há anos
atrás, não me vou tornar mais magro por isso.
A TCC não é terapia do género "deitar no divã e dizer tudo o que lhe vem
na mente". A TCC tende a lidar com o aqui e agora - como os seus
pensamentos e comportamentos atuais o estão a afectar agora. Ela
reconhece que os acontecimentos no seu passado moldaram a maneira
como atualmente pensa, sente e se comporta. Podemos ir ao passado e
compreender como podemos criar crenças erradas a partir de
acontecimentos passados, utilizando padrões de pensamento e
comportamentos aprendidos na infância (“Se um amigo na escola me
humilhou é porque eu não presto”) e modificar estas ideias para serem
úteis no presente. No entanto, a CBT não está centrada sobre o passado,
pois o que passou não se altera e é inútil remoer acontecimentos negativos,
mas visa encontrar soluções de como mudar seus pensamentos e
comportamento atuais, para que possa funcionar melhor, agora e no
futuro.
A TC não é a utlização de estratégias e técnicas isoladas e mecânicas,
como aparentemente poderia parecer. Depois de uma conceituação de
caso, que é uma compreensão da história do cliente e de como este
aprendeu e desenvolveu os padrões de pensamento que poderão ser
"ilógicos" ou "irracionais" no presente, há uma orientação para o seguimento
da terapia. A conceituação de caso é feita de um modo colaborante entre
psicólogo- cliente, onde ambos "descobrem" e deduzem eventuais padrões
ou formas habituais de pensar que estão na origem dos problemas
psicológicos actuais. Por exemplo, se o indivíduo a partir de um conjunto
de situações sociais negativas onde foi ridicularizado, poderá ter
desenvolvido crenças sobre si próprio ("Ex: Não presto, sou inapto, sou
incompetente") e algumas atitudes e regras em relação ao mundo ("Se me
proteger e evitar as pessoas, não vou sofrer; se for exposto em público vou
ser gozado").
Por isso é necessário ter um grande conjunto de
competências terapêuticas necessárias para garantir que a terapia
funcione de um modo coerente e articulado, onde esta faz sentido para o
cliente. É importante estabelecer uma boa relação de trabalho com o
paciente. Cliente e terapeuta trabalham como uma equipa para avaliar as
crenças irracionais, testando-as para verificar se estão corretas ou não e
modificando-as de acordo com princípios lógicos, razoáveis, realistas,
funcionais e "equilibrados". O terapeuta usa um conjunto de questões
técnicas e exercícios como um meio de guiar o paciente num
questionamento consciente que permitirá que este tenha uma compreensão
sobre seu pensamento distorcido. Valorizo muito o chamado "caderno de
terapia", onde o cliente vai juntando num dossier o seu percurso de
aprendizagens e ganhos na terapia, bem como todos os seus registos do que
escreveu na consulta com os resultados dos exercícios e as novas
habilidades e ideias construtivas que vai descobrindo para que possa ler em
casa ou sempre que desejar e precisar. A memória é poderosa para apagar
pensamentos construtivos, especialmente após um período intenso de
ansiedade e/ou depressão, daí o "caderno" como forma de minimizar o
esquecimento daquilo que interessa pensar e fazer!
Ao longo do tratamento, utiliza-se uma abordagem colaborante e
psicoeducativa, com experiências específicas de aprendizagem desenhadas
com o intuito de ensinar os pacientes a:
1) Dar-se conta dos padrões de pensamento e identificar pensamentos
automáticos;
2) Reconhecer as relações entre pensamento, emoção e comportamento;
3) Testar a validade de pensamentos automáticos e crenças centrais, regras
e pressupostos;
4) Corrigir interpretações e entendimentos irracionais de si e do mundo,
substituindo pensamentos distorcidos por ideias mais realistas e que
funcionem;
5) Identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas que estão na
origem de padrões disfuncionais de pensamento.
Existem literalmente milhares de técnicas diferentes para serem usadas: é
espantoso o desenvolvimento das terapias cognitivas nos últimos anos e não
páro de ficar espantado com os desenvolvimentos actuais.
Estas técnicas a serem aplicadas variam de acordo com perfil de
pensamentos do cliente, do tipo de problema psicológico, da fase da
terapia e da conceitualização cognitiva específica de um determinado caso.
As técnicas comportamentais são mais usadas em casos de depressão grave
onde existe uma necessidade de promover mudanças de comportamento do
paciente. Ao fazer pequenas mudanças no comportamento, como falar com
amigos ou pequenos passeios, melhora mais rapidamente o estado de
ânimo, dá-se conta de como eram irracionais os pensamentos que o faziam
estar em casa e motivam a continuar a agir e a mudar a maneira de pensar.
Noutros casos, quando não é necessário uma ativação do comportamento,
técnicas mais dirigidas à mudança do pensamento podem ser aplicadas.
Para os transtornos de ansiedade, uma compreensão dos princípios
fundamentais do modelo cognitivo será provavelmente necessário antes de
qualquer exercício comportamental. Esta fase é habitual nas primeiras
consultas.
Uma série de técnicas cognitivas é usada em TC, como identificação,
questionamento e correção de pensamentos automáticos, avaliação de
pressupostos e regras, avaliação e gestão das preocupações, correção de
erros de lógica, aprender a colocar os acontecimentos em perspectiva,
técnicas de gestão e processamento de emoções, ensaio cognitivo e
outros procedimentos de treino de imagens mentais positivas. Técnicas
comportamentais são, por exemplo, criar um horário de atividades,
avaliações de prazer e habilidade, definir um conjunto de tarefas graduais,
experimentos de teste da realidade, role-plays, treinamento de habilidades
sociais e técnicas de solução de problemas. O tratamento inicial é centrado
no aumento da consciência por parte do paciente de seus pensamentos
automáticos e um trabalho posterior centra-se nas crenças mais antigas,
mais profundas e subjacentes. O tratamento pode começar identificando e
desafiando pensamentos automáticos e o que pode ser realizado de
maneiras diferentes. O terapeuta pode orientar os pacientes a avaliar seus
pensamentos automáticos, principalmente quando há uma forte emoção
percebida durante a consulta, simplesmente perguntando: “O que está se
passando na sua mente?”, ou qualquer variação desta pergunta.
À medida que este conjunto de intervenções vai prosseguindo e que o
cliente pratica e utliza formas diferentes de pensar e de agir, os sintomas
vão melhorando e novas formas eficazes de lidar com as situações vão
sendo estabelecidas no comportamento do cliente.
Depressão
As pessoas com ansiedade e depressão experimentam emoções negativas,
como medo e tristeza, com muita frequência ou intensidade, sem a
habilidade para regular ou gerir estes sentimentos.
No caso da depressão endógena que constitui cerca de 10% dos casos e tem origem em
disfunções químicas no cérebro ou em factores hereditários (genes), o tratamento
privilegiado deverá ser o medicamentoso.
Mas a grande maioria das depressões tem origem em reacções psicológicas a
acontecimentos de vida, negativos ou stressantes- é a depressão exógena. Ou seja, são
os eventos negativos que podem desencadear a depressão. Por exemplo, o desemprego,
relacionamentos que terminam, sentimentos de perda, rejeição amorosa, divórcio,
conflitos, ou frustração em atingir um objectivo pessoal, são factores frequentes que
explicam o início de uma depressão.
Mais do que os acontecimentos em si, é a forma como as pessoas
interpretam os acontecimentos, que é, em geral, uma leitura ou avaliação
negativa de si e dos outros, o que permite manter e desenvolver a
depressão. O problema é que estas pessoas passam a distorcer a realidade
e a avaliar negativamente, de forma sistemática, as informações do meio.
Se nós temos um sentimento de tristeza ou depressão, é porque os nossos
pensamentos conduziram a esse sentimento e não tanto devido aos
acontecimentos exteriores a nós. É o pensamento que determina a nossa
forma de sentir. Por exemplo, a ansiedade está frequentemente associada
a pensamentos de perigo ou de que algo de negativo pode vir a acontecer.
Na depressão as pessoas estão convencidas que os seus pensamentos são verdadeiros,
válidos e úteis, quando na realidade, eles são na sua maioria interpretações irrealistas e
distorcidas da realidade. Por exemplo, depois de uma rejeição amorosa, podem haver
pensamentos como estes:
" A culpa é minha"
"Ninguém me vai amar"
"Nunca mais vou conseguir amar alguém"
Estes e outros pensamentos estão na base dos sentimentos de tristeza e/ou
depressão.
É através da terapia que o cliente vai descobrindo os padrões de
pensamento irrealistas e que não funcionam e que permitem que a
depressão se mantenha. O psicólogo ajuda a encontrar interpretações
realistas e adaptativas e apoia na mudança do comportamento, pois a
acção é fundamental na superação da depressão.
Ou seja, o medicamento não vai alterar a nossa visão ou perspectiva dos
acontecimentos, apenas vai proporcionar um alívio dos sintomas depressivos, mas não
resolve a origem da depressão, que está, na grande maioria dos casos e situações, na
forma distorcida e negativa de ver as coisas. O medicamento é útil porque torna as
pessoas mais aptas e capazes de compreender o que se faz na terapia psicológica. Assim, o
medicamento actua nos sintomas na depressão, mas não nas causas. Aqui pode surgir outro
problema: a ilusão de melhoria dos sintomas provocada pelos medicamentos pode
desmotivar o indivíduo a iniciar a terapia psicológica. Ou seja, o indivíduo ao não realizar
a terapia psicológica não se permite a compreender o processo que levou à depressão nem
a implementar as formas alternativas, lógicas e racionais, nem a um conjunto de acções
que além de irem ao cerne da depressão, permitiria evitar, frequentemente, recaídas. É
por esta razão que existem muito mais recaídas no tratamento da depressão que é feito
apenas com medicamentos. As estratégias para gerir e enfrentar os acontecimentos de
vida não foram "apreendidas" com o medicamento. Existe ainda um crescente número de
estudos independentes (Antonuccio et al, 1998) que apontam apenas para uma ligeira
vantagem dos anti- depressivos em comparação com um placebo (substância sem qualquer
acção no organismo). Todavia, ainda persiste a crença popular que as drogas são a forma
mais eficaz de tratamento da depressão, ansiedade , do transtorno obsessivo compulsivo.
A teoria biológica preconiza que são alguns distúrbios químicos no cérebro que estão na
origem da depressão, mas também é verdade que a bioquímica do cérebro altera-se de
acordo com as maneiras de pensar e com as experiências de vida - ou seja, a terapia
cognitivo- comportamental ao alterar as maneiras irrealistas de interpretar certos
acontecimentos também altera a química do cérebro. As nossas experiências de vida e
as formas de as interpretar alteram a química do cérebro bem como as suas associações
neuronais. Quando aprendemos uma nova habilidade, como andar de bicicleta ou aprender
a tocar um instrumento musical, essa informação fica em novas associações de neurónios.
Com a prática, esse comportamento fica automatizado e deixa de ser necessário "pensar"
nele.
Os medicamentos podem mudar a química do cérebro durante algum tempo
(pois só funcionam enquanto estão a actuar no cérebro e depois de
sintetizados pelo organismo, o efeito desaparece). Mas só com a terapia
cognitivo- comportamantal é que os efeitos poderão ser permanentes pois
ao aprender novas estratégias e praticar novas métodos (por exemplo,
novas formas de interpretar e lidar com o falar em público ou o medo das
alturas), isto cria novas associações neuronais. Com a prática, isto também
altera a química do cérebro e de forma permanente.
As pessoas são muito mais ajudadas quando são encorajadas a tomarem um
papel activo nas suas vidas, a identificarem os seus erros de pensamento e
a desafiarem a sua maneira de pensar, verificando se os seus pensamentos
são verdadeiros ou não.
O problema é que existem alguns modelos de psicoterapia, bastante lentos
e de eficácia por comprovar, que contribuíram para alguma desvalorização
do papel da psicologia ou da eficácia da terapia. Alguns tipos de terapia
não definem objectivos de intervenção ou não indicam estratégias para
enfrentar certos problemas e na qual o terapeuta tem um papel muito
passivo. Por exemplo, apesar de muitas pessoas passarem por muitas
sessões de psicanálise, ela não tem demonstrado funcionar na depressão
(Seligman, 2006).
É por todas estas razões que a terapia cognitivo- comportamental
ultrapassa a medicação a médio e longo prazo.
Exemplo de uma consulta:
De seguido exemplifico o uso de uma técnica numa consulta, para um
cliente com depressão que se costuma rotular e avaliar negativamente, de
uma forma que mantém o pensamento negativo.
Psicólogo: Para que nós possamos examinar e contestar os
pensamentos, precisamos de saber o queestá a querer dizer. Se você se
rotula como 'fracasso', precisamos saber o que fracasso significa parasi.
Como você define fracasso? Você está usando termos e conceitos que
jamais definiu para si mesmo ou para os outros?
(o cliente escreve as suas respostas numa coluna da folha de registo de
pensamentos)
Esta técnica – definição dos termos – é conhecida como a 'técnica
semântica' porque lhe pede para definir o significado dos termos que está a
utilizar para si próprio".
Imagine que é um cientista (ou um psicólogo) fazendo investigação. Alguém
diz: "João é um fracasso", e você quer determinar se esta afirmação reflete
a percepção acurada de João. A primeira coisa que precisamos fazer é
definir fracasso. Por exemplo, podemos defini-lo como:
· Não ter sucesso.
· Não ser capaz de obter recompensas, prêmios
· Ser inferior a quase todos em tudo.
Ou, se você for propenso à autocrítica e à depressão, talvez tenha uma
maneira própria de definir fracasso para si mesmo. Você pode defini-lo
como algo com o qual quase ninguém, além de si, concordaria. Por
exemplo, poder-se-ia defini-lo pelos seguintes critérios:
· Não se sair tão bem quanto gostaria.
· Dar menos de 100% de si mesmo.
· Não se sair tão bem quanto outra pessoa.
· Fazer mal determinada tarefa.
Assim, vamos descobrir sua definição de fracasso.
Pergunta a Formular/Intervenção pelo Psicólogo:
Como você definiria as coisas que o estão a incomodar? Por exemplo, como
saberíamos que alguém não tem valor, é bem-sucedido, é um fracasso, e
assim por diante? Como saberíamos que alguém não é alguma dessas coisas?
Dê uma definição detalhada.
O cliente escreve as suas respostas numa das colunas da folha de registo de
pensamentos automáticos.
Exemplo do diálogo psicólogo- cliente:
TERAPEUTA: Você disse que se sente um fracasso desde que Bill a deixou.
Como você definiria fracasso?
PACIENTE: Bem, meu casamento não deu certo.
TERAPEUTA: Então você acredita que o casamento não deu certo porque
você, como pessoa, é um fracasso?
PACIENTE: Se tivesse dado certo, ele ainda estaria comigo.
TERAPEUTA: Então podemos concluir que as pessoas cujos casamentos não
dão certo são todas fracassadas?
PACIENTE: Não, acho que eu não iria assim tão longe.
TERAPEUTA: Por que não? Devemos ter uma definição de fracasso para você
e outra para o restante das pessoas?
Este exemplo ilustra como o simples fato de extrair as definições negativas
e extremas dos pacientes pode ajudá-los a compreender quão irracional é
sua perspectiva. Indivíduos que definem fracasso como menos do que
"sucesso extraordinário" poderão ver que sua definição é polarizada, que
emprega termos do tipo tudo-ou-nada – isto é, -sucesso completo" versus
"fracasso completo".
Uma variação da técnica semântica é perguntar ao paciente como os outros
definem "sucesso"ou"fracasso". Eu prefiro fazer que o paciente se concentre
na extremidade positiva do continuum, pedindo que defina termos como
"sucesso" ou "o que vale a pena".
TERAPEUTA: Você vê que sua definição de fracasso é bem diferente de
como outras pessoas poderiam defini-lo. Poucas pessoas diriam que alguém
que se divorciou é um fracasso. Vamos nos concentrar agora na
extremidade positiva. Como a maioria das pessoas define sucesso em
relação a alguém?
PACIENTE: Bem, elas podem dizer que as pessoas têm sucesso quando
atingem alguns de seus objetivos.
TER: OK. Então, poderíamos dizer que se alguém atinge seus objetivos,
essa pessoa é bem-sucedida?
PACIENTE: Certo.
TERAPEUTA: Também poderíamos dizer que as pessoas têm diferentes
graus de sucesso? Algumas pessoas atingem mais objetivos do que outras?
PACIENTE: Acho que sim.
TERAPEUTA: Então, se aplicarmos essas idéias a si, poderíamos dizer que
atingiu alguns de seus objetivos na vida?
TERAPEUTA: Sim, eu terminei a faculdade e trabalhei nos últimos seis anos.
Crio meu filho e ele teve alguns problemas médicos há alguns anos, mas eu
consegui bons médicos para ele.
TERAPEUTA: Então, poderíamos dizer que esses comportamentos foram
bem-sucedidos?
PACIENTE: Certo. Eu tive alguns sucessos.
TER: Será que não existe uma contradição em sua forma de pensar –
chamar a si mesma de fracasso, mas dizer que teve vários sucessos?
PAC: Sim, isso não faz sentido, faz?
O cliente escreve alguns pensamentos e conclusões lógicas e o resultado
desta técnica na folha de registo de pensamentos. Para continuar a eficácia
deste exercício, o cliente leva para casa uma ficha onde pode praticar a
definição dos termos de seus pensamentos negativos, por exemplo, quando
estiver a pensar em termos de tudo ou nada, a rotular-se, a desqualificar-
se. Depois as suas definições são analisadas em consulta para testar a
possibilidade de seu pensamento ser erróneo.Finalmente, nas semanas
seguintes o cliente escreve crenças, atitudes, e definiçõesde "sucesso"
mais razoáveis e justas que acredita poder usar consigo próprio.
Outras técnicas que podem ser usadas:
Para alguns pacientes, o sentimento é a definição – "Eu sinto que sou um
fracasso". Esse raciocínio emocional" é a evidência que o paciente usa para
apoiar sua noção de fracasso. Sugiro ao paciente que examine como o
dicionário chega a uma definição. O dicionário examina o uso comum da
palavra – isto é, como a maioria das pessoas define fracasso? Sugiro que
tentemos chegar a definições que possam ser usadas em um estudo
científico – definições que outras pessoas poderiam usar para examinar os
mesmos fatos e chegar às mesmas conclusões. Por exemplo, se eu definir
"frio" como "menos de 1 grau", as pessoas poderão determinar facilmente se
está frio lá fora.
Se eu definir o comportamento bem-sucedido como fazer progresso em
relação ao objetivo, então poderei avaliar se alguém está progredindo em
relação a ele e, assim, determinar se está tendo algum sucesso como
resultado do comportamento.
Outras falhas frequentes nas definições dos pacientes: serem
excessivamente globais, vagas e inconsistentes. As definições podem mudar
de acordo com as mudanças de humor. Convém salientar para os pacientes
que a definição talvez não esteja suficientemente clara e precisa. Uma
maneira de transmitir isso é perguntar: "Se outras pessoas usassem a sua
definição de 'fracasso', poderiam sair por aí identificando fracassados?".
Vale a pena enfatizar que as definições dos pacientes podem ser tão
idiossincráticas que se assemelham muito pouco às definições geralmente
dadas aos mesmos termos. O terapeuta deve perguntar: -É assim que a
maioria das pessoas definiria este termo?" ou "Como os outros empregariam
este termo?"
Além disso, o termo pode ser tão carregado de valor e subjetivamente
determinado que fica realmente impossível defini-lo. Por exemplo, para os
nossos propósitos, o termo "pessoa que vale a pena" é inexpressivo, pois
não temos como sair por aí determinando quais pessoas valem a pena e
quais não valem. Poderemos lidar um pouco melhor com o termo "ações
que valem a pena" – isto é, ações que têm valor para a pessoa e para os
outros – mas mesmo aqui estaremos " a patinar sobre gelo fino". É comum
os pacientes perceberem que se preocupam com termos inexpressivos como
"pessoa que vale a pena" ou "perdedor" ou "fracasso total". Ajudar os
pacientes a se concentrarem em comportamentos mais ou menos
desejáveis para eles monta o cenário para se avaliar como é possível
aumentar ou reduzir a frequência desses comportamentos.
Conclusão: depois de alguns meses de terapia cognitiva, este cliente
deixou de se criticar inultilmente e deixou de ter um pensamento
polarizado em termos de 8 e 80. Passou a aceitar e a valorizar os seus
sucessos e a descrever os acontecimentos em termos mais concretos como
"sou bem sucedido no emprego, mas não tão bem sucedido nos desportos".
Todos os dias relê uma lista com os seus sucessos, para reduzir o
pensamento crítico, que estava focado na auto-crítica. Como não se está a
auto-desvalorizar, os sentimentos depressivos desapareceram e tornou-se
ainda mais eficaz no trabalho, pois um pensamento moralizante aumenta a
capacidade de concentração e de trabalho. Ao não se estar constantemente
a pressionar para um desempenho "perfeito", reduziu muito os níveis de
ansiedade, ao aceitar um comportamento eficaz e bem sucedido, na
mesma medida que é este padrão que também considera para as outras
pessoas. Passou lentamente a aplicar um padrão de exigência razoável, que
também é o padrão que poderia usar com outras pessoas.
Última actualização: 06/11/2012
Bibliografia Consultada:
Antonuccio D., Burns D., Danton WG (2002), Antidepressants: a triumph of
marketing over science? Prevention & Treatment 5:Article 25. Apa.
Leahy, R. (2003). Cognitive therapy techniques: A practitioner’s guide.
New York: Guilford Press
Kirsch I, Sapirstein G (1998), Listening to Prozac but hearing placebo: a
meta analysis of antidepressant medication. Prevention & Treatment 1:
Article 0002a
KNAPP, Paulo and BECK, Aaron T. Fundamentos, modelos conceituais,
aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Rev. Bras. Psiquiatr. [online].

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Principais técnicas cognitivo

  • 1. PRINCIPAIS TÉCNICAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS Artigo por Colunista Portal - Educação - terça-feira, 11 de setembro de 2012 Tamanho do texto: A A Técnicas Cognitivo-Comportamentais Para Guimarães (2001), o terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar crenças que a pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem: identificar pensamentos ou cognições disfuncionais, automonitoração de pensamentos negativos, identificação da relação entre pensamentos e crenças e sentimentos subjacentes, identificar e aprender padrões de pensamentos funcionais e adaptativos, teste de realidade dos pressupostos básicos mantidos pela pessoa sobre si mesma, o mundo e o futuro. Segue as principais técnicas utilizadas sob enfoque integrado comportamental cognitivo. TÉCNICAS DE RELAXAMENTO A ansiedade é uma resposta de proteção, que prepara o organismo para atacar ou fugir de perigos reais ou não. Substâncias são liberadas pelo organismo nessa situação que promovem alterações fisiológicas, que viabilizam respostas de luta ou fuga. O relaxamento é um processo psicofisiológico, de aprendizagem das respostas biológicas de relaxamento e inclui: • Exercícios de respiração – treino em padrões de baixas taxas de respiração, inspiração-expiração profundas e amplas e respirações diafragmáticas. Esse treino distrai o paciente, dando-lhe sensação de controle sobre o organismo. • Treino em relaxamento – tensionar e relaxar diferentes grupos musculares para obtenção de um estado de conforto e bem-estar. • Relaxamento muscular progressivo - essa técnica deve ser feita num ambiente adequado e o paciente posicionado confortavelmente. DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA Consiste em remover ou enfraquecer a ansiedade por meio da inibição
  • 2. recíproca, que se chama supressão condicionada (estabelecer uma resposta antagonista à ansiedade na presença do estímulo provocador da ansiedade, que é o relaxamento). Utiliza-se o treino em técnicas de relaxamento e o paciente deve ser capaz de visualizar as situações temidas. Uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da fobia social e específica e síndrome do pânico. TREINO DE ASSERTIVIDADE É feito orientando-se o paciente a emitir respostas adequadas em situações específicas ou pelo ensaio comportamental (procedimento para o treino da assertividade). Técnica eficaz no tratamento da fobia e da ansiedade social. PARADA DO PENSAMENTO É uma técnica de autocontrole, que consiste em formular um pensamento indesejado e com um comando de “pare” em voz alta, impedir a evolução do pensamento. Outras palavras ou imagens também podem ser usadas, como visualizar uma placa, escrito “Pare”. Essa técnica é muito útil porque a presença de pensamentos incômodos favorece a ocorrência de comportamentos indesejáveis. Muito utilizada no tratamento do estresse pós- traumático. AUTOINSTRUÇÃO Utilizada para modificar cognições com o objetivo de mudar comportamentos, ensinando o paciente a desenvolver pensamentos adequados e realísticos à situação temida. Aplicada principalmente no tratamento da ansiedade, impulsividade e hiperatividade infantil. INOCULAÇÃO DO ESTRESSE Consiste em treinar o paciente na vivência de uma situação estressante, para que ele desenvolva recursos de enfrentamento a serem utilizados na situação temida real. Muito utilizada no tratamento do pânico, fobias específicas, transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, alcoolismo, entre outros. TREINO EM HABILIDADES SOCIAIS O objetivo da técnica é capacitar o paciente a emitir respostas adequadas a situações específicas. Pode ser usada no tratamento de grupos especiais como portadores de transtornos de personalidade evitativa e esquizofrenia. SOLUÇÃO DE PROBLEMAS A técnica consiste em ensinar o paciente, maneiras adequadas de enfrentar situações da vida real. Deverá aprender a manejar e adaptar procedimentos e estratégias aprendidos na terapia, por meio de modelagem de habilidades, em sua vida. Situações são simuladas durante as sessões. A técnica pode ser aplicada no tratamento da depressão, terapia de casal, transtorno de conduta, hiperatividade e déficit de atenção. EXPOSIÇÃO Consiste em expor o paciente, repetidamente, ao vivo ou na imaginação, diretamente a situação temida, que são evitadas por desencadearem
  • 3. ansiedade. Muito apropriada para tratamento de fobias. EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Inclui a exposição mais bloqueio da resposta compulsiva para tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA Técnica de exposição mais provocação de respostas fisiológicas, como tonteira, taquicardia, tensão muscular, por meio de exercícios e técnicas específicas. Utilizada no tratamento da síndrome do pânico, com o objetivo de diminuir ou romper a associação entre indicadores fisiológicos e reações de pânico. Para Beck et al. (2005), no tratamento dos transtornos de personalidade algumas técnicas cognitivas e comportamentais são úteis, como: • “Sondagem Cognitiva” – utilizada para aliciar e avaliar pensamentos automáticos. • Confrontando os Esquemas – deve-se tratar de todos os esquemas: cognitivos, comportamentais e afetivos. As distorções cognitivas do paciente apontam para os esquemas e o terapeuta o ajuda na identificação de regras disfuncionais que dominam sua vida e trabalha com ele para realizar as alterações necessárias a um funcionamento mais adaptativo. • Tomando decisões – ajuda o paciente a aprender a tomar decisões importantes. • Revivendo experiências da infância – situações da infância podem levar ao entendimento das origens dos padrões desadaptativos. Recriando certas situações o paciente tem a oportunidade de reestruturar atitudes formadas naquele período e suavizar atitudes em relação a si mesmo. • Uso da imaginação – permite que o paciente reviva eventos traumáticos passados, possa reestruturar a experiência e suas atitudes decorrentes. Sudak (2008) aponta a importância da colaboração no relacionamento entre terapeuta e paciente. O paciente deve tornar-se coinvestigador e uma aliança terapêutica forte é essencial para bons resultados. Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/16781/principais-tecnicas- cognitivo-comportamentais#ixzz39NRRU15V erapia Cognitiva
  • 4. Terapia Cognitiva Comportamental - TCC A Terapia Cognitiva Comportamental é uma linha de psicoterapia breve, proposto e desenvolvido por Aaron Beck. Envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de pensamento. Seu modelo cientificamente fundamentado, a eficácia comprovada através de estudos empíricos e tempo curto e limitado lhe conferem a posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de três a seis meses onde trabalha-se a criação de estratégias para lidar com o sofrimento. A primeira coisa que o terapeuta faz é encorajar seus pacientes a entenderem seus problemas para em seguida identificar novas formas de enfrentá-los. A Terapia Cognitivo-Comportamental reinterpreta os elementos que geram emoção negativa. Tem como princípio básico à proposição de que não é uma situação que determina as emoções e comportamentos de um indivíduo, mas sim suas cognições ou interpretações a respeito dessa situação, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação. Com base nesse princípio e na hipótese de primazia das cognições proposta por Beck, em Terapia Cognitiva busca-se a reestruturação cognitiva, a partir de uma conceituação cognitiva do paciente e de seus problemas. Reestruturação cognitiva refere-se à reestruturação do sistema de esquemas e crenças do paciente, através da intervenção clínica, que, entre outras técnicas, utiliza-se do questionamento socrático a fim de desafiar esquemas e crenças disfuncionais, os quais, ao longo do desenvolvimento do paciente, tornaram-se rígidos e supergeneralizados. Cinco pontos para o inicio da psicoterapia: Ambiente/Situação onde ocorre o problema .......... Ex: No trabalho; Morte do pai; Promoção. Pensamento/Sentimento ..................................... Ex: Não sirvo para nada; Sou um fracasso, etc. Estado de humor/emoção ....................................Ex: Tristeza; Irritabilidade; Culpa; Pânico. etc. Reação física ..................................................... Ex: Suor; Fadiga; Insônia; Coração dispara, etc. Comportamento ................................................. Ex: Evita os amigos; Desce do ônibus etc. Seus sentimentos são conseqüência de seus pensamentos Sempre que você experimenta um estado de humor existe um pensamento relacionado à ele que ajuda a definir este humor. É importante que você identifique o que está pensando, porque isso nos leva às suas crenças. Diferentes crenças levam à estados de humor diferentes. Ex. Perder um emprego, para uns pode ser significado de fracasso e para outros, oportunidade de arrumar um emprego melhor. Pensamento positivo é a solução?
  • 5. Não. Se tentarmos ter apenas pensamentos positivos podemos não perceber sinais importantes. A terapia cognitiva comportamental propõe olhar a situação problema de muitos pontos de vista diferentes, positivos, negativos e neutros para levar a pessoa a novas conclusões e soluções . A solução é elaborar pensamentos alternativos, ou seja flexibilizar o pensamento. Um pensamento alternativo surge de uma visão aumentada de si mesmo ou da situação na qual você se encontra. Ele é freqüentemente mais positivo que o pensamento automático, mas não é a mera substituição por um pensamento positivo, pois o mero pensamento positivo tende a ignorar as informações negativas. Com informações adicionais ou um ponto de vista ampliado a sua percepção mudará e em conseqüência você terá novos sentimentos e comportamentos. Terapia Cognitiva Comportamental e algumas de suas técnicas: Biblioterapia. Registro de pensamentos disfuncionais e reestruturação cognitiva. Construção de hierarquias conforme intensidade da ansiedade ou depressão por exemplo, com notas de 0 a 10. Dessensibilização sistemática . O paciente, aos poucos, enfrenta as situações que produzem medo. Exposição aos estímulos externos. Exposição assistida . Exposição ao vivo. M étodos para reduzir a ansiedade . Reestruturação cognitiva. Superação da evitação. Quando evitamos uma situação difícil, inicialmente experimentamos uma diminuição da ansiedade. Ironicamente, quanto mais evitamos mais ansiosos nos tornamos. A bordar gradualmente o estimulo temido. Experimentos. Se você acredita nos novos pensamentos “em teoria” mas não os sente como algo que se encaixe à sua experiência de vida, o melhor modo de aumentar a credibilidade de seus pensamentos alternativos é experimentá-los em seu dia a dia. Revisão dos pensamentos negativos através das informações de vida. A Terapia Cognitiva Comportamental é uma linha de psicoterapia breve, proposta e desenvolvida pelo psicólogo Aaron Beck. Envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade
  • 6. de mudança de padrões de pensamento. Seu modelo cientificamente fundamentado apresenta eficácia comprovada através de estudos empíricos. O tempo curto e limitado lhe confere a posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de três a seis meses onde trabalha-se a criação de estratégias para lidar com o sofrimento. A primeira coisa que o terapeuta faz é encorajar seus pacientes a entenderem seus problemas para em seguida identificar novas formas de enfrentá-los. A Terapia Cognitivo-Comportamental reinterpreta os elementos que geram emoção negativa. Tem como princípio básico à proposição de que não é uma situação que determina as emoções e comportamentos de um indivíduo, mas sim suas cognições ou interpretações a respeito dessa situação, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação. Com base nesse princípio e na hipótese de primazia das cognições proposta por Beck a Terapia Cognitiva busca a reestruturação cognitiva a partir de uma conceituação cognitiva do paciente e de seus problemas. Reestruturação cognitiva refere-se à reformulação do sistema de esquemas e crenças do paciente através da intervenção clínica que, entre outras técnicas, utiliza-se do questionamento socrático a fim de desafiar esquemas e crenças disfuncionais, os quais, ao longo do desenvolvimento do paciente, tornaram-se rígidos e supergeneralizados. Cinco pontos determinantes na psicoterapia: Ambiente/Situação onde ocorre o problema .......... Ex: No trabalho; Morte do pai; Promoção. Pensamento/Sentimento ..................................... Ex: Não sirvo para nada; Sou um fracasso, etc. Estado de humor/emoção ....................................Ex: Tristeza; Irritabilidade; Culpa; Pânico. etc. Reação física ..................................................... Ex: Suor; Fadiga; Insônia; Coração dispara, etc. Comportamento ................................................. Ex: Evita os amigos; Desce do ônibus etc. Seus sentimentos são conseqüência de seus pensamentos Sempre que você experimenta um estado de humor existe um pensamento relacionado à ele que ajuda a definir este humor. É importante que você identifique o que está pensando, porque isso nos leva às suas crenças. Diferentes crenças levam à estados de humor diferentes. Ex. Perder um emprego, para uns pode ser significado de fracasso e para outros, oportunidade de arrumar um emprego melhor. Pensamento positivo é a solução? Não. Se tentarmos ter apenas pensamentos positivos podemos não perceber sinais importantes. A terapia cognitiva comportamental propõe olhar a situação problema de muitos pontos de vista diferentes, positivos, negativos e neutros para levar a pessoa a novas
  • 7. conclusões e soluções . A solução é elaborar pensamentos alternativos, ou seja flexibilizar o pensamento. Um pensamento alternativo surge de uma visão aumentada de si mesmo ou da situação na qual você se encontra. Ele é freqüentemente mais positivo que o pensamento automático, mas não é a mera substituição por um pensamento positivo, pois o mero pensamento positivo tende a ignorar as informações negativas. Com informações adicionais ou um ponto de vista ampliado a sua percepção mudará e em conseqüência você terá novos sentimentos e comportamentos. Terapia Cognitiva Comportamental e algumas de suas técnicas: Biblioterapia. Registro de pensamentos disfuncionais e reestruturação cognitiva. Construção de hierarquias conforme intensidade da ansiedade ou depressão por exemplo, com notas de 0 a 10. Dessensibilização sistemática . O paciente, aos poucos, enfrenta as situações que produzem medo. Exposição aos estímulos externos. Exposição assistida . Exposição ao vivo. M étodos para reduzir a ansiedade . Reestruturação cognitiva. Superação da evitação. Quando evitamos uma situação difícil, inicialmente experimentamos uma diminuição da ansiedade. Ironicamente, quanto mais evitamos mais ansiosos nos tornamos. A bordar gradualmente o estimulo temido. Experimentos. Se você acredita nos novos pensamentos “em teoria” mas não os sente como algo que se encaixe à sua experiência de vida, o melhor modo de aumentar a credibilidade de seus pensamentos alternativos é experimentá-los em seu dia a dia. Revisão dos pensamentos negativos através das informações de vida. Gostará de ler também: tigos Stresse Ansiedade e Porquê Terapia Cognitiva- Comportamental? O que nos afecta não são os acontecimentos em si, mas sim aquilo que nós interpretamos...
  • 8. ntactos a Júlio Dinis, nº 931, 3º Dto- 50-325 Porto m: 966 230 087 (das 15-19h, segunda a sexta) ail:psicologoporto@gmail.co ais informações Por Fernando Lima Magalhães Com uma grande variedade de formas de tratar os diversos problema psicológicos, nomedamente de ansiedade e depressão, é compreensível qu as pessoas sintam alguma confusão e insegurança na altura de escolhe quer um psicólogo, quer um tipo de "terapia" que seja a mais útil e eficaz. Por isso, vou tentar descrever o que significa terapia cognitiva, as sua vantagens e como funciona, com um exemplo de um diálogo entr terapeuta- cliente. Qualquer problema psicológico pode ser descrito ou explicado em termo de pensamentos, emoções e comportamentos. Indivíduo 1: Por exemplo, diante a situação de falar em público, um indivíduo pode ter pensamentos automáticos como "vou corar; vou faze um papel de tolo; ninguém vai gostar da minha apresentação, vão percebe a minha ansiedade; corar é uma vergonha; se gaguejar vai ser horrível estou tão preocupado com a minha ansiedade que nem me consig concentrar no que tenho para dizer ". Em função destes pensamentos, indivíduo vai sentir emoções negativas, como medo, tristeza e culpa Depois poderá ter comportamentos que podem agravar a situação com preparar-se excessivamente, procurar adivinhar o que vai acontecer imaginar uma "catástrofe" ou procurar controlo daquilo que não é possíve controlar (ex: procurar a aprovação de toda a gente ou exigir-se um apresentação perfeita). Estes três elementos (pensamento, emoção e comportamento) sã interligados entre si, muitas vezes levando a ciclos viciosos. Por exemplo, emoção de ansiedade pode desencadear pensamentos ansiosos e também estes pensamentos de desastre eminente podem provocar mais sentimento de ansiedade. Na terapia mudam-se em pequenos passos o pensamentos, emoções e comportamentos e deverá ser tolerante pel tempo que é necessário para esta mudança e não esperar uma alteraçã radical em 24 horas.
  • 13. Qual é a diferença entre a terapia cognitivo- comportamental (TCC) e outros tratamentos psicológicos? TCC é um tipo de psicoterapia. É diferente de outros tipos de psicoterapia que envolvem falar livremente ou debruçar sobre os eventos em seu passado, para obter compreensões sobre o seu estado emocional ou como lidou com eventos no passado. Apenas por descobrir que há 20 anos atrás houve um acontecimento negativo, a partir do qual começou a pensar de forma mais irracional ("Ex: Não presto, tenho pouco valor, as pessoas não gostam de mim"), provavelmente não vai mudar a forma de pensar e sentir no presente, ou obter um efeito "terapêutico" por isso, como defendem outros tipos de terapia. Se eu descobrir que comecei a engordar há anos atrás, não me vou tornar mais magro por isso. A TCC não é terapia do género "deitar no divã e dizer tudo o que lhe vem na mente". A TCC tende a lidar com o aqui e agora - como os seus pensamentos e comportamentos atuais o estão a afectar agora. Ela reconhece que os acontecimentos no seu passado moldaram a maneira como atualmente pensa, sente e se comporta. Podemos ir ao passado e compreender como podemos criar crenças erradas a partir de acontecimentos passados, utilizando padrões de pensamento e comportamentos aprendidos na infância (“Se um amigo na escola me humilhou é porque eu não presto”) e modificar estas ideias para serem úteis no presente. No entanto, a CBT não está centrada sobre o passado, pois o que passou não se altera e é inútil remoer acontecimentos negativos, mas visa encontrar soluções de como mudar seus pensamentos e comportamento atuais, para que possa funcionar melhor, agora e no futuro. A TC não é a utlização de estratégias e técnicas isoladas e mecânicas, como aparentemente poderia parecer. Depois de uma conceituação de caso, que é uma compreensão da história do cliente e de como este aprendeu e desenvolveu os padrões de pensamento que poderão ser "ilógicos" ou "irracionais" no presente, há uma orientação para o seguimento da terapia. A conceituação de caso é feita de um modo colaborante entre psicólogo- cliente, onde ambos "descobrem" e deduzem eventuais padrões ou formas habituais de pensar que estão na origem dos problemas psicológicos actuais. Por exemplo, se o indivíduo a partir de um conjunto de situações sociais negativas onde foi ridicularizado, poderá ter desenvolvido crenças sobre si próprio ("Ex: Não presto, sou inapto, sou
  • 14. incompetente") e algumas atitudes e regras em relação ao mundo ("Se me proteger e evitar as pessoas, não vou sofrer; se for exposto em público vou ser gozado"). Por isso é necessário ter um grande conjunto de competências terapêuticas necessárias para garantir que a terapia funcione de um modo coerente e articulado, onde esta faz sentido para o cliente. É importante estabelecer uma boa relação de trabalho com o paciente. Cliente e terapeuta trabalham como uma equipa para avaliar as crenças irracionais, testando-as para verificar se estão corretas ou não e modificando-as de acordo com princípios lógicos, razoáveis, realistas, funcionais e "equilibrados". O terapeuta usa um conjunto de questões técnicas e exercícios como um meio de guiar o paciente num questionamento consciente que permitirá que este tenha uma compreensão sobre seu pensamento distorcido. Valorizo muito o chamado "caderno de terapia", onde o cliente vai juntando num dossier o seu percurso de aprendizagens e ganhos na terapia, bem como todos os seus registos do que escreveu na consulta com os resultados dos exercícios e as novas habilidades e ideias construtivas que vai descobrindo para que possa ler em casa ou sempre que desejar e precisar. A memória é poderosa para apagar pensamentos construtivos, especialmente após um período intenso de ansiedade e/ou depressão, daí o "caderno" como forma de minimizar o esquecimento daquilo que interessa pensar e fazer! Ao longo do tratamento, utiliza-se uma abordagem colaborante e psicoeducativa, com experiências específicas de aprendizagem desenhadas com o intuito de ensinar os pacientes a: 1) Dar-se conta dos padrões de pensamento e identificar pensamentos automáticos; 2) Reconhecer as relações entre pensamento, emoção e comportamento; 3) Testar a validade de pensamentos automáticos e crenças centrais, regras e pressupostos; 4) Corrigir interpretações e entendimentos irracionais de si e do mundo, substituindo pensamentos distorcidos por ideias mais realistas e que funcionem;
  • 15. 5) Identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas que estão na origem de padrões disfuncionais de pensamento. Existem literalmente milhares de técnicas diferentes para serem usadas: é espantoso o desenvolvimento das terapias cognitivas nos últimos anos e não páro de ficar espantado com os desenvolvimentos actuais. Estas técnicas a serem aplicadas variam de acordo com perfil de pensamentos do cliente, do tipo de problema psicológico, da fase da terapia e da conceitualização cognitiva específica de um determinado caso. As técnicas comportamentais são mais usadas em casos de depressão grave onde existe uma necessidade de promover mudanças de comportamento do paciente. Ao fazer pequenas mudanças no comportamento, como falar com amigos ou pequenos passeios, melhora mais rapidamente o estado de ânimo, dá-se conta de como eram irracionais os pensamentos que o faziam estar em casa e motivam a continuar a agir e a mudar a maneira de pensar. Noutros casos, quando não é necessário uma ativação do comportamento, técnicas mais dirigidas à mudança do pensamento podem ser aplicadas. Para os transtornos de ansiedade, uma compreensão dos princípios fundamentais do modelo cognitivo será provavelmente necessário antes de qualquer exercício comportamental. Esta fase é habitual nas primeiras consultas. Uma série de técnicas cognitivas é usada em TC, como identificação, questionamento e correção de pensamentos automáticos, avaliação de pressupostos e regras, avaliação e gestão das preocupações, correção de erros de lógica, aprender a colocar os acontecimentos em perspectiva, técnicas de gestão e processamento de emoções, ensaio cognitivo e outros procedimentos de treino de imagens mentais positivas. Técnicas comportamentais são, por exemplo, criar um horário de atividades, avaliações de prazer e habilidade, definir um conjunto de tarefas graduais, experimentos de teste da realidade, role-plays, treinamento de habilidades sociais e técnicas de solução de problemas. O tratamento inicial é centrado no aumento da consciência por parte do paciente de seus pensamentos automáticos e um trabalho posterior centra-se nas crenças mais antigas, mais profundas e subjacentes. O tratamento pode começar identificando e desafiando pensamentos automáticos e o que pode ser realizado de maneiras diferentes. O terapeuta pode orientar os pacientes a avaliar seus pensamentos automáticos, principalmente quando há uma forte emoção
  • 16. percebida durante a consulta, simplesmente perguntando: “O que está se passando na sua mente?”, ou qualquer variação desta pergunta. À medida que este conjunto de intervenções vai prosseguindo e que o cliente pratica e utliza formas diferentes de pensar e de agir, os sintomas vão melhorando e novas formas eficazes de lidar com as situações vão sendo estabelecidas no comportamento do cliente. Depressão As pessoas com ansiedade e depressão experimentam emoções negativas, como medo e tristeza, com muita frequência ou intensidade, sem a habilidade para regular ou gerir estes sentimentos. No caso da depressão endógena que constitui cerca de 10% dos casos e tem origem em disfunções químicas no cérebro ou em factores hereditários (genes), o tratamento privilegiado deverá ser o medicamentoso. Mas a grande maioria das depressões tem origem em reacções psicológicas a acontecimentos de vida, negativos ou stressantes- é a depressão exógena. Ou seja, são os eventos negativos que podem desencadear a depressão. Por exemplo, o desemprego, relacionamentos que terminam, sentimentos de perda, rejeição amorosa, divórcio, conflitos, ou frustração em atingir um objectivo pessoal, são factores frequentes que explicam o início de uma depressão. Mais do que os acontecimentos em si, é a forma como as pessoas interpretam os acontecimentos, que é, em geral, uma leitura ou avaliação negativa de si e dos outros, o que permite manter e desenvolver a depressão. O problema é que estas pessoas passam a distorcer a realidade e a avaliar negativamente, de forma sistemática, as informações do meio. Se nós temos um sentimento de tristeza ou depressão, é porque os nossos pensamentos conduziram a esse sentimento e não tanto devido aos acontecimentos exteriores a nós. É o pensamento que determina a nossa forma de sentir. Por exemplo, a ansiedade está frequentemente associada a pensamentos de perigo ou de que algo de negativo pode vir a acontecer. Na depressão as pessoas estão convencidas que os seus pensamentos são verdadeiros, válidos e úteis, quando na realidade, eles são na sua maioria interpretações irrealistas e distorcidas da realidade. Por exemplo, depois de uma rejeição amorosa, podem haver
  • 17. pensamentos como estes: " A culpa é minha" "Ninguém me vai amar" "Nunca mais vou conseguir amar alguém" Estes e outros pensamentos estão na base dos sentimentos de tristeza e/ou depressão. É através da terapia que o cliente vai descobrindo os padrões de pensamento irrealistas e que não funcionam e que permitem que a depressão se mantenha. O psicólogo ajuda a encontrar interpretações realistas e adaptativas e apoia na mudança do comportamento, pois a acção é fundamental na superação da depressão. Ou seja, o medicamento não vai alterar a nossa visão ou perspectiva dos acontecimentos, apenas vai proporcionar um alívio dos sintomas depressivos, mas não resolve a origem da depressão, que está, na grande maioria dos casos e situações, na forma distorcida e negativa de ver as coisas. O medicamento é útil porque torna as pessoas mais aptas e capazes de compreender o que se faz na terapia psicológica. Assim, o medicamento actua nos sintomas na depressão, mas não nas causas. Aqui pode surgir outro problema: a ilusão de melhoria dos sintomas provocada pelos medicamentos pode desmotivar o indivíduo a iniciar a terapia psicológica. Ou seja, o indivíduo ao não realizar a terapia psicológica não se permite a compreender o processo que levou à depressão nem a implementar as formas alternativas, lógicas e racionais, nem a um conjunto de acções que além de irem ao cerne da depressão, permitiria evitar, frequentemente, recaídas. É por esta razão que existem muito mais recaídas no tratamento da depressão que é feito apenas com medicamentos. As estratégias para gerir e enfrentar os acontecimentos de vida não foram "apreendidas" com o medicamento. Existe ainda um crescente número de estudos independentes (Antonuccio et al, 1998) que apontam apenas para uma ligeira vantagem dos anti- depressivos em comparação com um placebo (substância sem qualquer acção no organismo). Todavia, ainda persiste a crença popular que as drogas são a forma mais eficaz de tratamento da depressão, ansiedade , do transtorno obsessivo compulsivo. A teoria biológica preconiza que são alguns distúrbios químicos no cérebro que estão na origem da depressão, mas também é verdade que a bioquímica do cérebro altera-se de acordo com as maneiras de pensar e com as experiências de vida - ou seja, a terapia cognitivo- comportamental ao alterar as maneiras irrealistas de interpretar certos
  • 18. acontecimentos também altera a química do cérebro. As nossas experiências de vida e as formas de as interpretar alteram a química do cérebro bem como as suas associações neuronais. Quando aprendemos uma nova habilidade, como andar de bicicleta ou aprender a tocar um instrumento musical, essa informação fica em novas associações de neurónios. Com a prática, esse comportamento fica automatizado e deixa de ser necessário "pensar" nele. Os medicamentos podem mudar a química do cérebro durante algum tempo (pois só funcionam enquanto estão a actuar no cérebro e depois de sintetizados pelo organismo, o efeito desaparece). Mas só com a terapia cognitivo- comportamantal é que os efeitos poderão ser permanentes pois ao aprender novas estratégias e praticar novas métodos (por exemplo, novas formas de interpretar e lidar com o falar em público ou o medo das alturas), isto cria novas associações neuronais. Com a prática, isto também altera a química do cérebro e de forma permanente. As pessoas são muito mais ajudadas quando são encorajadas a tomarem um papel activo nas suas vidas, a identificarem os seus erros de pensamento e a desafiarem a sua maneira de pensar, verificando se os seus pensamentos são verdadeiros ou não. O problema é que existem alguns modelos de psicoterapia, bastante lentos e de eficácia por comprovar, que contribuíram para alguma desvalorização do papel da psicologia ou da eficácia da terapia. Alguns tipos de terapia não definem objectivos de intervenção ou não indicam estratégias para enfrentar certos problemas e na qual o terapeuta tem um papel muito passivo. Por exemplo, apesar de muitas pessoas passarem por muitas sessões de psicanálise, ela não tem demonstrado funcionar na depressão (Seligman, 2006). É por todas estas razões que a terapia cognitivo- comportamental ultrapassa a medicação a médio e longo prazo. Exemplo de uma consulta: De seguido exemplifico o uso de uma técnica numa consulta, para um cliente com depressão que se costuma rotular e avaliar negativamente, de
  • 19. uma forma que mantém o pensamento negativo. Psicólogo: Para que nós possamos examinar e contestar os pensamentos, precisamos de saber o queestá a querer dizer. Se você se rotula como 'fracasso', precisamos saber o que fracasso significa parasi. Como você define fracasso? Você está usando termos e conceitos que jamais definiu para si mesmo ou para os outros? (o cliente escreve as suas respostas numa coluna da folha de registo de pensamentos) Esta técnica – definição dos termos – é conhecida como a 'técnica semântica' porque lhe pede para definir o significado dos termos que está a utilizar para si próprio". Imagine que é um cientista (ou um psicólogo) fazendo investigação. Alguém diz: "João é um fracasso", e você quer determinar se esta afirmação reflete a percepção acurada de João. A primeira coisa que precisamos fazer é definir fracasso. Por exemplo, podemos defini-lo como: · Não ter sucesso. · Não ser capaz de obter recompensas, prêmios · Ser inferior a quase todos em tudo. Ou, se você for propenso à autocrítica e à depressão, talvez tenha uma maneira própria de definir fracasso para si mesmo. Você pode defini-lo como algo com o qual quase ninguém, além de si, concordaria. Por exemplo, poder-se-ia defini-lo pelos seguintes critérios: · Não se sair tão bem quanto gostaria. · Dar menos de 100% de si mesmo. · Não se sair tão bem quanto outra pessoa. · Fazer mal determinada tarefa.
  • 20. Assim, vamos descobrir sua definição de fracasso. Pergunta a Formular/Intervenção pelo Psicólogo: Como você definiria as coisas que o estão a incomodar? Por exemplo, como saberíamos que alguém não tem valor, é bem-sucedido, é um fracasso, e assim por diante? Como saberíamos que alguém não é alguma dessas coisas? Dê uma definição detalhada. O cliente escreve as suas respostas numa das colunas da folha de registo de pensamentos automáticos. Exemplo do diálogo psicólogo- cliente: TERAPEUTA: Você disse que se sente um fracasso desde que Bill a deixou. Como você definiria fracasso? PACIENTE: Bem, meu casamento não deu certo. TERAPEUTA: Então você acredita que o casamento não deu certo porque você, como pessoa, é um fracasso? PACIENTE: Se tivesse dado certo, ele ainda estaria comigo. TERAPEUTA: Então podemos concluir que as pessoas cujos casamentos não dão certo são todas fracassadas? PACIENTE: Não, acho que eu não iria assim tão longe. TERAPEUTA: Por que não? Devemos ter uma definição de fracasso para você e outra para o restante das pessoas? Este exemplo ilustra como o simples fato de extrair as definições negativas e extremas dos pacientes pode ajudá-los a compreender quão irracional é sua perspectiva. Indivíduos que definem fracasso como menos do que "sucesso extraordinário" poderão ver que sua definição é polarizada, que emprega termos do tipo tudo-ou-nada – isto é, -sucesso completo" versus "fracasso completo". Uma variação da técnica semântica é perguntar ao paciente como os outros
  • 21. definem "sucesso"ou"fracasso". Eu prefiro fazer que o paciente se concentre na extremidade positiva do continuum, pedindo que defina termos como "sucesso" ou "o que vale a pena". TERAPEUTA: Você vê que sua definição de fracasso é bem diferente de como outras pessoas poderiam defini-lo. Poucas pessoas diriam que alguém que se divorciou é um fracasso. Vamos nos concentrar agora na extremidade positiva. Como a maioria das pessoas define sucesso em relação a alguém? PACIENTE: Bem, elas podem dizer que as pessoas têm sucesso quando atingem alguns de seus objetivos. TER: OK. Então, poderíamos dizer que se alguém atinge seus objetivos, essa pessoa é bem-sucedida? PACIENTE: Certo. TERAPEUTA: Também poderíamos dizer que as pessoas têm diferentes graus de sucesso? Algumas pessoas atingem mais objetivos do que outras? PACIENTE: Acho que sim. TERAPEUTA: Então, se aplicarmos essas idéias a si, poderíamos dizer que atingiu alguns de seus objetivos na vida? TERAPEUTA: Sim, eu terminei a faculdade e trabalhei nos últimos seis anos. Crio meu filho e ele teve alguns problemas médicos há alguns anos, mas eu consegui bons médicos para ele. TERAPEUTA: Então, poderíamos dizer que esses comportamentos foram bem-sucedidos? PACIENTE: Certo. Eu tive alguns sucessos. TER: Será que não existe uma contradição em sua forma de pensar – chamar a si mesma de fracasso, mas dizer que teve vários sucessos? PAC: Sim, isso não faz sentido, faz?
  • 22. O cliente escreve alguns pensamentos e conclusões lógicas e o resultado desta técnica na folha de registo de pensamentos. Para continuar a eficácia deste exercício, o cliente leva para casa uma ficha onde pode praticar a definição dos termos de seus pensamentos negativos, por exemplo, quando estiver a pensar em termos de tudo ou nada, a rotular-se, a desqualificar- se. Depois as suas definições são analisadas em consulta para testar a possibilidade de seu pensamento ser erróneo.Finalmente, nas semanas seguintes o cliente escreve crenças, atitudes, e definiçõesde "sucesso" mais razoáveis e justas que acredita poder usar consigo próprio. Outras técnicas que podem ser usadas: Para alguns pacientes, o sentimento é a definição – "Eu sinto que sou um fracasso". Esse raciocínio emocional" é a evidência que o paciente usa para apoiar sua noção de fracasso. Sugiro ao paciente que examine como o dicionário chega a uma definição. O dicionário examina o uso comum da palavra – isto é, como a maioria das pessoas define fracasso? Sugiro que tentemos chegar a definições que possam ser usadas em um estudo científico – definições que outras pessoas poderiam usar para examinar os mesmos fatos e chegar às mesmas conclusões. Por exemplo, se eu definir "frio" como "menos de 1 grau", as pessoas poderão determinar facilmente se está frio lá fora. Se eu definir o comportamento bem-sucedido como fazer progresso em relação ao objetivo, então poderei avaliar se alguém está progredindo em relação a ele e, assim, determinar se está tendo algum sucesso como resultado do comportamento. Outras falhas frequentes nas definições dos pacientes: serem excessivamente globais, vagas e inconsistentes. As definições podem mudar de acordo com as mudanças de humor. Convém salientar para os pacientes que a definição talvez não esteja suficientemente clara e precisa. Uma maneira de transmitir isso é perguntar: "Se outras pessoas usassem a sua definição de 'fracasso', poderiam sair por aí identificando fracassados?". Vale a pena enfatizar que as definições dos pacientes podem ser tão idiossincráticas que se assemelham muito pouco às definições geralmente dadas aos mesmos termos. O terapeuta deve perguntar: -É assim que a maioria das pessoas definiria este termo?" ou "Como os outros empregariam este termo?"
  • 23. Além disso, o termo pode ser tão carregado de valor e subjetivamente determinado que fica realmente impossível defini-lo. Por exemplo, para os nossos propósitos, o termo "pessoa que vale a pena" é inexpressivo, pois não temos como sair por aí determinando quais pessoas valem a pena e quais não valem. Poderemos lidar um pouco melhor com o termo "ações que valem a pena" – isto é, ações que têm valor para a pessoa e para os outros – mas mesmo aqui estaremos " a patinar sobre gelo fino". É comum os pacientes perceberem que se preocupam com termos inexpressivos como "pessoa que vale a pena" ou "perdedor" ou "fracasso total". Ajudar os pacientes a se concentrarem em comportamentos mais ou menos desejáveis para eles monta o cenário para se avaliar como é possível aumentar ou reduzir a frequência desses comportamentos. Conclusão: depois de alguns meses de terapia cognitiva, este cliente deixou de se criticar inultilmente e deixou de ter um pensamento polarizado em termos de 8 e 80. Passou a aceitar e a valorizar os seus sucessos e a descrever os acontecimentos em termos mais concretos como "sou bem sucedido no emprego, mas não tão bem sucedido nos desportos". Todos os dias relê uma lista com os seus sucessos, para reduzir o pensamento crítico, que estava focado na auto-crítica. Como não se está a auto-desvalorizar, os sentimentos depressivos desapareceram e tornou-se ainda mais eficaz no trabalho, pois um pensamento moralizante aumenta a capacidade de concentração e de trabalho. Ao não se estar constantemente a pressionar para um desempenho "perfeito", reduziu muito os níveis de ansiedade, ao aceitar um comportamento eficaz e bem sucedido, na mesma medida que é este padrão que também considera para as outras pessoas. Passou lentamente a aplicar um padrão de exigência razoável, que também é o padrão que poderia usar com outras pessoas. Última actualização: 06/11/2012 Bibliografia Consultada: Antonuccio D., Burns D., Danton WG (2002), Antidepressants: a triumph of marketing over science? Prevention & Treatment 5:Article 25. Apa. Leahy, R. (2003). Cognitive therapy techniques: A practitioner’s guide. New York: Guilford Press Kirsch I, Sapirstein G (1998), Listening to Prozac but hearing placebo: a
  • 24. meta analysis of antidepressant medication. Prevention & Treatment 1: Article 0002a KNAPP, Paulo and BECK, Aaron T. Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Rev. Bras. Psiquiatr. [online].