3. O HIV E O SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
O SNC é o segundo mais afetado
O HIV infecta e replica-se nas células da glia e fica livre e
presente no LCS
Atravessa a BHE nos macrófagos, podendo chegar no cérebro
secretando neurotoxinas, causando dano e morte de neurônios
o vírus é neurotrófico e tem o SNC como um santuário, além
da pobre penetração dos agentes antirretrovirais devido a BHE
Manifestações neurológicas ocorrem de 40 a 70%
4. O HIV E O SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
Múltiplas alterações e áreas afetadas
O diagnóstico diferencial é muito amplo
No curso da infecção, o HIV entra em várias estruturas,
podendo resultar em déficits neurocognitivos e nos processos
mentais
5. MANIFESTAÇÕES
NEUROPSIQUIATRICAS
o É relacionada a uma ampla
variedade de fatores (efeito do
vírus, condições psiquiátricas e
de personalidade preexistentes,
transtorno de humor, adicção e
respostas social decorrente do
diagnóstico);
o Devem ser tratadas rapidamente
pois podem gerar agravo e
atrapalhar o tratamento
6. EPIDEMIOLOGIA DOSTRANSTORNOS
NEUROCOGNITIVOSASSOCIADOSAO HIV
O estágio avançado da
infecção é um fator de
risco para a demência, era
bastante comum em todo
o curso da doença antes
do HAART
O aumento da expectativa de
vida acaba por aumentar a
prevalência de demências e
danos cognitivos menores;
É de extrema importância
identificar esses danos pois
prejudicam a adesão ao
tratamento, a função laboral e
a qualidade de vida.A encefalopatia
pelo HIV continua
presente em 25%
das autopsias
7. COMPLEXO DEMENCIA
ASSOCIADA AO HIV
• Menores danos, insuficientes para o diagnóstico de demência,
são conhecidos como distúrbio cognitivo-motor menor associado
ao HIV;
• É uma demência subcortical. É um comprometimento cognitivo
(pode acompanhar disfunção motora), comportamental ou
ambas ;
• O inicio é indicioso (dificuldades de concentração, apatia e
lentidão mental), a síndrome progride (perda de memoria, a
• O desenvolvimento ocorre em semanas ou meses, o quadro
é estável e a progressão muito lenta, podendo melhorar com
HAART e piorar com distúrbios metabólicos;lterações da
personalidade e dificuldade de leitura).
9. DISTURBIO NEUROCOGNITIVO
ASSOCIADO AO HIV (hand)
Diminuição da forma mais grave e aumento da
mais leve
Diagnosticado através da a. neuropsicológica,
os prejuízos devem ser em pelo menos 5 áreas
CORTICAIS:
Memoria de trabalho
Memoria episódica
Linguagem
Perpecção
SUBCORTICAIS:
Humor
Atenção
Funções executivas
Velocidade
psicomotora
11. FUNÇÕESCOGNITIVASNAS
INFECÇÕESPOR HIV
• O comprometimento normalmente é subcortical,
porém existe uma grande variabilidade dos domínios
afetados, o que dificulta a avaliação. Assim é
necessária um exame global do desempenho cognitivo;
• É muito comum dificuldades na atenção;
• A diminuição da rapidez psicomotora é o déficit mais
comum no HIV, assim como a lentificação do
processamento de informações;
• A deterioração do sistema dopaminérgico
frontoestriatal compromete a memória e a resolução de
problemas.
12. FUNÇÕESCOGNITIVASNAS
INFECÇÕESPOR HIV
• O comprometimento nas funções executivas no HIV é o dano de
maior impacto na gestão do tratamento e na capacidade do
paciente administrar e lidar com as dificuldades de seu dia a dia;
• Boa parte dos pacientes que contraíram o HIV já tinha um perfil
de comportamento de risco, típico de populações com déficits
nessas funções ligadas a controle da impulsividade, tomada de
decisão e planejamento;
• A mensuração das AVDs é importante na diferenciação
diagnóstica; na ausência dessas dificuldades, o diagnóstico passa
a ser considerado uma alteração cognitiva assintomática.
13. INFECÇÕESOPORTUNISTAS
• Soropositivos podem ter distúrbios
neuropsiquiatricos devido a infecções
oportunistas, neoplasias e distúrbios
metabólicos. São incomuns devido ao
tratamento com HAART, ocorrendo só em
estágios mais graves ( T CD4 baixíssimos);
• As infecções mais comuns do SNC são:
toxoplasmose cerebral, menigite criptocócia e
tuberculosa, neurossífilis entre outras;
• O tratamento é bastante eficaz caso diagnostico
seja realizado precocemente .
14. EFEITOSDOSMEDICAMENTOS
• O efavirenz foi associado a vertigens,
cefaleia, confusão mental, torpor,
alucinação, terror noturno entre
outros;
• Efeitos adversos do HAART podem
causar angustia e levar á depressão
• Adesão ao medicamento
• Alguns agentes antirretrovirais são associados a efeitos
neuropsiquiatricos. O AZT (inibidor nucleosidio de
transcriptase reversa) já foi associado a casos de mania;
16. HEPATITE C
• Um dos mais graves problemas de
saúde pública. Seu agente (VHC)
infecta entre 130 e 170 milhões no
mundo, matando 350 mil por ano.
Mutação freqüente
É a principal indicação para
transplante hepático;
As principais formas de
transmissão são o uso de drogas
intravenosas e a hemotransfusão
(não tão comum hoje);
80% dos casos vira crônico e um
quarto desenvolve cirrose .
17. MANIFESTAÇÕES psíquicas
• 40% dos pacientes com hepatite C crônica apresentarão
alguma manifestação extra-hepática ao longo do curso da
doença. Entre as manifestações ocorridas no SNC, destacam-
se a encefalopatia hepática que ocorre entre 20 e 30% dos
infectados;
• A EH engloba um amplo espectro de manifestações
psicológicas;
• Em casos de cirrose, o sangue cheio de toxinas do tubo
digestivo é desviado do fígado e atinge o SNC;
• Diminui a consciência, diminuição da função intectual,
disturbios comportamentais e debilidade neuromuscular.
18. MANIFESTAÇÕES psíquicas
•
• O diagnostico da EH se dá através da
historia clinica, avaliação
neuropsicológica, dosagem de amônia e
TC do cérebro;
• A hepatite C também é uma doença do
SNC pois o vírus consegue atravessar a
BHE e atingir o cerebelo, os gânglios
basais, substancia branca e o bulbo;
•
•Durante a infecção ocorre uma resposta
imunológica mediada pela produção de
citocinas que podem influenciar a
atividade cerebral causando as
alterações psíquicas
19. Manifestaçõespsíquicas
• Metades nos portadores possuem um diagnóstico psiquiátrico:
transtorno por uso de substâncias, transtornos de humor,
transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade e
psicóticos;
• Um terço dos portadores apresentam problemas nas esferas
neuropsicológicas e alguns chegam a ter problemas com
AVDs;
• Os principais sintomas são: fadiga, baixa concentração,
redução da velocidade do processamento de informações e da
memoria de trabalho;
• Relação bidirecional entre o uso de drogas e alterações sociais
e psicológicas.
20. tratamento
• O interferon-alfa (pegilato) em
combinação com a rivabirina é o
principal tratamento da hepatite C
crônica. Sugere-se que seu efeito
antiviral decorra da ativação da
expressão de determinados genes que
bloqueiam a síntese de proteínas
virais, reduzindo a estabilidade do
RNA viral
• O tratamento adequado é
fundamental pois a baixa adesão de
tratamento aumenta o risco de
suicídio e diminui a qualidade de
vida.
21. Coinfecção hepatitec + hiv
• Alto risco de para um desfecho negativo de alterações
psicológicas;
• Devido a alguns fatores de risco comuns a coinfecção é
bastante elevada (16% dos soropositivos) e existe um
agravo das alterações psicológicas, principalmente
funções executivas e velocidade de processamento;