O documento discute o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), definindo-o como uma preocupação excessiva e desproporcional que causa prejuízos sociais. O TAG é diferenciado da ansiedade comum e pode ser confundido com depressão se não diagnosticado corretamente. O tratamento envolve mudanças de rotina, psicoterapia cognitivo-comportamental e medicação para normalizar sintomas físicos e dificuldades.
1. TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA
Disciplina: Psiquiatria e Saúde Mental
Prof.ª: Janaína G. Guarizi Pires
Integrantes:
Fernanda S. Santos
Kerem Apuque M. Marques
Luana S. Santos
Petúnia R. de Jesus
2. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Conceito
É um transtorno de ansiedade que se caracteriza por
preocupação excessiva, desproporcional ou sem motivo.
Essa ansiedade é acompanhada por sintomas físicos que
causam prejuízos sociais, abrangendo até mesmo as relações
de trabalho, estudo e vida familiar.
Como o estado de ansiedade perturba a visão que o indivíduo
tem a respeito de si mesmo e do que acontece no ambiente,
é necessário que esse diagnóstico seja sempre feito por um
psicólogo.
3. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
O TAG é diferente da ansiedade comum. As pessoas com TAG
costumam ter dificuldade em buscar ajuda de um psicólogo
de imediato, pois é comum sentirem uma série de sintomas
somáticos, como fadiga e insônia, e acabam por procurar um
médico acreditando tratar-se de doença orgânica e não
psicológica.
Além disso, as pessoas com Transtorno de Ansiedade
Generalizada costumam se sentir deprimido, desmoralizado
socialmente, ansioso, assim o quadro depressivo acaba sendo
considerado o problema principal, confundindo o TAG com a
depressão, mantendo-o sem tratamento adequado.
4. PREOCUPAÇÃO DESPROPORCIONAL
O preocupado crônico está em eterno estado de alerta,
sempre preparado para fugir, porém não há nada real que
mereça o comportamento de fuga.
A preocupação prepara o corpo para ação, sentindo
tremores, tensão, dor muscular, principalmente no pescoço,
costas e ombros. É uma espécie de inquietude com tendência
a ficar cansado o dia todo.
Outros problemas podem surgir em decorrência do TAG, os
mais comuns são depressão, ataque de pânico, abuso de
drogas ansiolíticas e até de álcool.
6. SINAIS E SINTOMAS DO TAG
O portador do TAG pode apresentar sintomas emocionais,
comportamentais e físicos.
Sintomas emocionais: Preocupações constantes; Sente-se
como se a sua ansiedade fosse incontrolável; Pensamento
intrusivo sobre coisas que fazem você sentir-se ansioso;
Incapacidade de tolerar a incerteza; Sentimento generalizado
de apreensão ou temor.
Sintomas comportamentais: Incapacidade de relaxar, ou de
ser você mesmo; Dificuldade de concentração ou com foco
nas coisas; Dificuldade em expressar-se, porque se sente
oprimido; Evita situações que fazem sentir-se ansioso.
Sintomas físicos: Sensações de tensão, rigidez muscular ou
dores no corpo; Tem problemas para adormecer ou manter o
sono porque a sua mente fica muito ativa; Sentimento de
inquietação; Problemas de estômago, náuseas, diarreia.
7. PREOCUPAÇÕES TÍPICAS DO TAG
As preocupações mais comuns referem-se à família, questões
econômicas, trabalho, doenças, e relacionamentos com
outras pessoas, claro que devemos nos preocupar com certos
assuntos até para que consigamos enfrentá-los, porém na
preocupação patológica essas preocupações somente
aumentam os problemas e não ajudam a solucioná-los.
Por exemplo, a preocupação normal quanto à apresentação
de um projeto no trabalho faz a pessoa caprichar e se dedicar
para ter uma boa apresentação, mas a preocupação
patológica faz a pessoa gaguejar, suar e realizar uma péssima
apresentação onde ninguém aprova sua ideia de tão mal
apresentada.
8. VIGILÂNCIA E EVITAÇÃO
São dois tipos de comportamento típicos do portador do TAG,
a vigilância e a evitação.
O indivíduo intolerante às incertezas se torna vigilante, ou seja,
sempre alerta e preocupado com o que pode acontecer já o
intolerante à excitação emocional, não suporta passar por
emoções fortes, assim evita-as, foge de qualquer situação que
possa mexer um pouco mais com si próprio.
Alguns flutuam de um comportamento extremamente vigilante
para outro de extrema evitação. Ou seja, ou fica assustado,
em estado de alerta, ou foge da situação como se fosse uma
catástrofe. Porém, nem a vigilância nem a evitação te ajudam
no controle da ansiedade.
9. TIPOS DE PREOCUPAÇÃO
• Preocupação com o que pode acontecer
• Preocupação com a própria preocupação
As preocupações podem ser divididas em três categorias:
• Problemas que estão ancorados na realidade e são
modificáveis. Ex.: Chegar a tempo num compromisso,
consertar o carro, fazer uma reforma em casa;
• Problemas ancorados na realidade e não são
modificáveis. Ex.: Morte de uma pessoa querida, a
pobreza no mundo, guerras, aumento da violência,
injustiças;
• Acontecimentos muito improváveis que não se baseiam
na realidade e por isso não podem ser modificáveis. Ex.:
Medo de virar um mendigo, ou medo de ficar
gravemente doente quando não se tem nenhum indício
de problema de saúde.
10. COMO SE ADQUIRE O TAG
• Fatores ambientais como o reforço da evitação, ou seja, a
criança tem medo de algo e a família querendo protegê-la
não incentiva a enfrentar e superar os medos
• Característica de personalidade, isto é, desde que nasce a
mãe percebe que a no chora muito, tem medo de tudo
• Possibilidade de transmissão de medos, vendo o
comportamento dos adultos sendo preocupados, assim a
criança aprende a ser
• Eventos estressantes na infância também contribuem para
formar uma pessoa ansiosa
11. TRATAMENTO DO TAG
A psicologia desenvolveu uma série de técnicas que podem
ser aplicadas pelo psicólogo para o controle da TAG.
O tratamento envolve alguns aspectos como mudanças de
algumas rotinas, Psicoterapia Cognitiva Comportamental e
medicação.
Os antidepressivos e ansiolíticos normaliza o sono, os sintomas
físicos, a dificuldade de relaxar e a irritabilidade.
É fundamental que o paciente modifique algumas rotinas e
sua forma de lidar com os estressores do dia a dia.
A terapia cognitiva comportamental tem se mostrado
bastante eficaz nos quadros de ansiedade.
Os pacientes apresentam uma melhora importante com o uso
de medicação associada à mudanças de algumas rotinas e a
Psicoterapia.