Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Gestão do conhecimento, Fatores críticos e modelo seci
1. GESTÃO DO CONHECIMENTO, FATORES CRÍTICOS E
MODELO SECI
Mario Nascimento - marioamaral@gmail.com
www.reactionconsultoria.com.br
2. 2
INTRODUÇÃO
Conhecimento
Conhecimento é um ativo intangível, no qual sua aquisição envolve processos cognitivos
complexos de percepção, aprendizado, comunicação, associação e raciocínio (Epetimehin e
Ekundayo, 2011)
Classificado comumente em explícito e tácito, proposto por Polanyi (1967).
▪ Explícita - conhecimento formalizado, expressado na forma de dados, fórmulas,
especificações, manuais ou procedimentos (Kogut & Zander, 1992). Significa
informação ou conhecimento que é estabelecido de forma tangível Koenig (2012).
▪ Tácito - conhecimento não verbalizado, intuitivo (Polanyi 1967). Ainda não foi
abstraído da prática Spender (1996). Reside na mente, no comportamento e na
percepção humana (Duffy, 2000).
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3. Informações organizadas e
processadas para transmitir
compreensão, experiência,
aprendizados acumulados e técnicas
aplicadas a determinado problema
ou atividade.
INTRODUÇÃO
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4. INTRODUÇÃO
• Conceituado pela primeira vez na década de 1990, onde foi facilitado pela globalização com
uso intensivo de conhecimento e o rápido desenvolvimento da tecnologia da informação (Alavi e
Denford, 2001).
• Foi desenvolvido por Drucker, Sveiby e Davenport ao ressaltar o papel fundamental do
conhecimento dos trabalhadores
Gestão do Conhecimento
Mensuração
de
Treinamentos
• Alavi e Leidner (2001) propuseram uma das estruturas mais citadas compreendendo quatro
processos: criação, armazenamento, transferência e aplicação de conhecimento
• A transferência é um processo crítico para o sucesso do processo de GC, pois deve produzir
mudanças na base de conhecimento (Argote e Ingram, 2000).
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Modelo SECI
É um modelo conceitual bem conhecido de Nonaka
e Takeuchi (1995).
Descreve como o conhecimento explícito e tácito
é gerado, transferido e recriado nas organizações.
É uma espiral contínua de aprendizado.
O modelo SECI consiste em quatro modos de
conversão de conhecimento:
1. Socialização (T-T),
2. Externalização (T-E)
3. Combinação (E-E)
4. Internalização (E-T)
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6. 6
INTRODUÇÃO
E para
que isso
tudo?
Estamos na chamada era do Conhecimento,
os mecanismos tradicionais de criação de
riqueza serão ofuscados, a criação de
conhecimento em todas as suas formas
dominará todos os outros meios para criar
riqueza. (Savage, 1996)
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8. ANÁLISE CRÍTICA
Não é o conhecimento de 1 consultor, mas 477 mil espalhados pelo mundo
9. 9
Identificar práticas de gestão do conhecimento (GC) usadas para superar
fatores críticos do desenvolvimento de startups no Brasil.
INTRODUÇÃO
O uso das práticas de gestão do conhecimento por startups brasileiras
Gustavo Dalmarcoa, Alisson Eduardo Maehlerb, Marcelo Trevisanc e Janaina Mortari
Revista de Administração e Inovação: Maio/2017
Objetivos
Artigo
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▪ Conceito de Serviços – (Bitne 1992); (Caldwell and Hibber 2002); (Oakes and North 2013); (Puccinelli 2009); (Grove and
Fisk 1997); (Belk 1975); (Russell and Meh-rabian 1976); (Yalch and Spangenberg 1990); (Lin 2004)
▪ Portfólio e Inovação - (Parrilli & Elola, 2012); (Tsai & Li, 2007); (Baumol, Litan e Schramm, 2007)
▪ Pequenas Empresas - (Christensen, 2013); (Criscuolo, Nicolaou, & Salter, 2012); (IBGE, 2013); (Tsai e Li 2007); (Sapienza,
Parhankangas, & Autio, 2004); (Garnsey 2004); (De Cleyn &Braet, 2010); (Gomes, Salerno, Fleury, & Saraiva Junior, 2015)
▪ Conhecimento - (Presutti, Boari, & Fratocchi,2007); (López-Nicolás & Mero˜no-Cerdán, 2011); (Mills & Smith, 2011); (Tsai
& Li, 2007); (Kao, Wu, & Su, 2011); (Pohthong & Trakooldit, 2013).
▪ Fatores Críticos – (Vohora, Wright e Lockett, 2004); (López-Nicolás e Mero˜no-Cerdán, 2011); (DeCleyn & Braet, 2010);
(Furlan & Grandinetti, 2014); (Holland & Garrett, 2015); (Rasmussen, 2011); (O'Shea, Chugh & Allen, 2008)
▪ Gestão do Conhecimento – (Nonaka, 1994); (Baskerville e Dulipovici, 2006); (Audretsch & Keilbach, 2007); (Bembenek &
Piecuch, 2014); (Bender, 2013); (Roman e Selig, 2015); (Mosconi & Roy, 2013)
REFERENCIAL TEÓRICO
“O desenvolvimento de pequenas empresas é uma corrida de sobrevivência e crescimento”
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Entrevistas com startups estabelecidas em incubadoras de empresas na região sul do Brasil
▪ Foram cinco empresas iniciantes de tecnologia presente nas universidades da região sul do Brasil.
▪ As entrevistas foram realizadas com os fundadores da empresa, utilizando questionários com perguntas abertas
▪ As empresas escolhidas iniciaram seu desenvolvimento empresarial com base em um único produto de base
tecnológica, fator que as caracteriza como uma startup.
▪ O questionário utilizado abordou questões como a criação da empresa, o uso das práticas de gestão do
conhecimento e as ações tomadas durante o seu desenvolvimento
▪ Foi gerado um banco de dados com todas as entrevistas
▪ Utilizou a abordagem de análise de conteúdo, e categorização
▪ Organizada a análise em quatro grandes temas (os fatores críticos)
▪ Os entrevistados mencionaram como a gestão do conhecimento foi usada por sua empresa para superar esse
fator crítico, fornecendo informações relevantes sobre a relação entre esses dois modelos
Referencial do Método (Yin, 2013) , (Jackson e Trochim, 2002), Bardin (2009)
MÉTODO
Estudo de Caso Exploratório
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Reconhecimento de Oportunidade
Compromisso Empreendedor
Credibilidade
Sustentabilidade
FATORES CRÍTICOS X GESTÃO DO CONHECIMENTO
A identificação de fatores críticos para o
desenvolvimento de startups pode ser importante
para orientar as necessidades que a empresa pode
enfrentar.
Gerenciar o conhecimento disponível (práticas) com
base na estratégia da empresa pode melhorar as
atividades inovadoras e o desempenho.
Identificou quais práticas de gestão do conhecimento são
necessárias para superar os fatores críticos apresentados
Economia do Conhecimento
Cluster e Redes de Conhecimento
Ativos de Conhecimento
Transbordamento de Conhecimento
Gerenciamento de Continuidade
Organizações de Conhecimento
Gestão do
Conhecimento
Fatores
Críticos
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Sustentabilidade
FATORES CRÍTICOS X GESTÃO DO CONHECIMENTO
Transbordamento de Conhecimento
Gerenciamento de Continuidade
Gestão do
Conhecimento
Fatores
Críticos
Exemplo:
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14. RECONHECIMENTO DE OPORTUNIDADE - É o primeiro passo de uma startup, para
reconhecer a oportunidade de negócios de sua tecnologia. O conhecimento científico da
empresa é fundamental pois permite o desenvolvimento de tecnologia para a oportunidade
de mercado.
COMPROMISSO EMPREENDEDOR - Após o início da empresa, há uma enorme incerteza
e risco envolvido. Esse é o compromisso necessário para produção, e coordenação, de
materiais, contatos com fornecedores e clientes, etc.
CREDIBILIDADE - Fator fundamental para obter financiamento, parcerias ou clientes, é
mais difícil obter recursos de investidores para uma empresa que existe por um período tão
curto
SUSTENTABILIDADE - Para alcançar esse estágio, as empresas devem poder manter suas
atividades, buscando continuamente novas possibilidades de desenvolvimento e
aprimoramento de produtos.
FATORES CRÍTICOS X GESTÃO DO CONHECIMENTO
Fatores
Críticos
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15. ECONOMIA DO CONHECIMENTO - Descreve a possibilidade de reduzir a incerteza e coordenar
rotinas internas, como padronização, adaptação e aprimoramento de rotinas
CLUSTERS E REDES DE CONHECIMENTO - Ocorre quando empresas diferentes se reúnem com o
objetivo de criar novos ou compartilhar conhecimentos existentes, como pode ser observado em
incubadoras de empresas.
ATIVOS DE CONHECIMENTO - São as vantagens específicas da empresa, indispensáveis para a
criação de valor. Desenvolvidas por meio da evolução do conhecimento interno na empresa,
disseminando práticas pelos funcionários.
TRANSBORDAMENTO DE CONHECIMENTO - É a absorção do conhecimento por alguém que
não seja seu criador. Essas repercussões podem melhorar o conhecimento interno da empresa.
Universidades são ambientes com altos níveis de repercussão no conhecimento.
GERENCIAMENTO DE CONTINUIDADE - Refere-se à preservação do conhecimento dentro
empresa, reduzindo sua suscetibilidade à rotatividade de funcionários. Documentação do
conhecimento tácito gerado pelos indivíduos e sua organização, para que não se perca com o
passar do tempo..
ORGANIZAÇÕES DE CONHECIMENTO - Descreve a prática de gerenciamento de conhecimento na
empresa, formulação e implementação de estratégias de construção, incorporação, distribuição
e utilização do conhecimento.
FATORES CRÍTICOS X GESTÃO DO CONHECIMENTO
Gestão do
Conhecimento
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16. RESULTADOS
Fatores Críticos Gestão do Conhecimento Comentário
Reconhecimento de
Oportunidade
Economia e Transbordamento do
Conhecimento
Identificada a economia do conhecimento por meio da avaliação do novo
produto e criação de rotinas internas e transbordamento por meio de
projetos de pesquisa científica que levaram ao desenvolvimento de protótipos
Compromisso Empreendedor
Organizações, Ativos de
Conhecimento e Gerenciamento
de Continuidade
Nessa fase, organizar o conhecimento interno da empresa, padronizando
rotinas e facilitando a solução de problemas no desenvolvimento de produtos e
transações comerciais.
Além disso, a organização de Ativos de Conhecimento e Gerenciamento de
Continuidade é importante para desenvolver um processo de aprendizado
dentro da empresa, integrando suas rotinas e consequentemente reduzindo sua
dependência de funcionários.
Credibilidade
Ativos e Cluster e Redes de
Conhecimento de Conhecimento,
e Gerenciamento de Continuidade
Clusters de Conhecimento e Redes são importantes nesse momento, tendo
parceiros comerciais e na relação da empresa com especialistas que validam
sua tecnologia
Sustentabilidade
Transbordamento de
Conhecimento e Gerenciamento
de Continuidade
O transbordamento de Conhecimento e o Gerenciamento de Continuidade são
consideradas importantes para manter o ciclo inovador da empresa, rotinas
para o desenvolvimento de um novo produto.
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17. A formação de uma startup pode ser uma tarefa difícil devido à falta de conhecimento
empresarial, seja relacionado ao planejamento de negócios ou ao mercado.
Assim, a descrição das práticas de gestão do conhecimento pode facilitar esse processo,
melhorando o desenvolvimento e o desempenho das empresas iniciantes
Nesse sentido, foram apresentadas as principais práticas de gestão do conhecimento para
cada fator crítico.
O gerenciamento da continuidade foi a prática mais comentada em relação aos fatores.
Embora o processo de criação e desenvolvimento de novas empresas não seja linear, as
práticas de gestão do conhecimento aqui indicadas podem ser utilizadas por empresas
iniciantes em diferentes situações, fortalecendo a relação entre o conhecimento e os estágios
de desenvolvimento de novas empresas.
CONCLUSÃO
“Preservação do conhecimento dentro
empresa. Documentação do
conhecimento tácito”
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• Os resultados não podem ser generalizados.
• Entrevistados não tinham conhecimento da gestão do conhecimento sendo difícil conectar suas atividades às
práticas descritas neste artigo.
• Somente os fundadores da empresa foram entrevistados, tendo apenas um ponto de vista.
• Baixo número de entrevistas, somente 5.
LIMITAÇÕES
• Entrevistas em outras regiões do Brasil e de outros países (emergentes e desenvolvidos)
• Aumentar o número de entrevistas
• Analisar as diferenças entre as empresas em uma única incubadora de negócios e entre
empresas do mesmo setor industrial.
SUGESTÕES
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20. Por um lado ainda não existe uma matriz de medida absoluta para medir o sucesso
do esforço de uma GC. Há muito ceticismo, e uma urgência em descobrir qual o
valor que isso adiciona em uma empresa. (2)
Por outro, uma pesquisa descobriu a ausência de um relacionamento significativo
entre aquisição de conhecimento por contratação e desempenho. Não sendo a
solução ideal para melhora-la.
Portanto, essas organizações devem começar a se concentrar em outras práticas de
GC como aquisição de conhecimento por meio dos funcionários existentes,
disseminação e utilização. (1)
Bem como obter vantagens da Indústria 4.0 com seus Sensores, Big Datas,
Núvem e toda forma nova de coletar, analisar, gerir e compartilhar
conhecimento. (3)
ANÁLISE CRÍTICA
1 Sharmila Jayasingam, Mahfooz A. Ansari, T. Ramayah3 and Muhamad Jantan (2012). Knowledge management practices and performance: are they truly linked?
2 Babita Gupta, Lakshmi, Aronson. (2000) Knowledge Management: practices and challenges
3 Artigos em classe: CRM Big Data-enabled, Big Data -Trade-off between Data Quality and Data Security, etc
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