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Teorias Organizacionais
Sensemaking
Professor: ISABEL DE SÁ AFFONSO
Rio de Janeiro, Maio/2020
MADE – Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial
Aluno: Mário Nascimento e Márcio Simão
Um termo introduzido por Karl Weick (1969), refere-se
a como estruturamos o desconhecido para
podermos agir nele.
Envolve chegar a um entendimento plausível - um
mapa - de um mundo em mudança;
Testando este mapa com outras pessoas
através da coleta de dados, ação e conversação;
E, em seguida, refinar ou abandonar o mapa,
dependendo de quão credível seja.
Sensemaking
CONCEITOS
Sensemaking é o processo pelo o qual
o ser humano cria sentido acerca do
mundo que o rodeia para tomar
decisões.
• Starbuck & Milliken, - “Compreender,
entender, explicar, atribuir, extrapolar e
prever (1988)
• Weick, Sutcliffe, & Obstfeld – “situação
que é compreendida de forma explícita
nas palavras e que serve como um
trampolim para a ação” (1988)
• Waterman - “estruturação do
desconhecido” (1990)
• Karl Weick - “a fabricação de
sentido” (1995)
Sense-Making model Fonte: Dervin (1999)
Na nossa trajetória surgem lacunas, para superá-las tentamos compreender baseado
no contexto, nas situações, informações e experiências e histórias de vida que
ajudam a construir as pontes para superação dos gaps.
CONTEXTOS
Situações de crise, como ataques terroristas, os envolvidos não tentam
entender somente a crise, mas também seus próprios papéis e ações.
Kalkman (2019)
O princípio do Sensemaking é fazer-se entender, criar um sentido, dar
significado às coisas para que se possa compreender com maior
facilidade uma situação ou um conceito.
Perguntas: O que está acontecendo lá fora? Como podemos entender
e mapear esses acontecimentos? Podemos usá-los a nosso favor?
Conceito de Avaliação Profissional
SENSEMAKING NAS ORGANIZAÇÕES
SENSEMAKING NAS ORGANIZAÇÕES
Em termos de gestão permite uma compreensão
do que está acontecendo no ambiente,
facilitando a visão, relacionamentos e criação.
Pode significar aprender sobre a mudança de
mercados, migração de clientes ou novas
tecnologias, aprender sobre a cultura, a política e
a estrutura de um novo empreendimento
ou sobre um problema nunca visto.
PAPEL DO LÍDER E O
SENSEMAKING
No MIT o sensemaking é ensinado como um
recurso de liderança, pois está
intrinsecamente entrelaçado com a criação de
conexões, a construção de uma visão e a
implementação de mudanças.
O sensemaking nas organizações destaca o papel do líder.
“O que distingue os grandes líderes dos líderes médios é
sua capacidade de perceber a natureza do jogo e as
regras pelas quais ele é jogado, enquanto o jogam”.
Joseph Jaworski e Claus Otto Scharmer (2000).
O líder com essa capacidade, consegue ver o todo, e o
particular, e as relações entre as partes.
Cuidado: Consegue perceber quando a estratégia de uma
organização falhou, podendo ter conflito com os que
desejam manter a imagem da conquista.
Isso exige coragem, e pode acabar sendo uma
tarefa solitária e impopular.
SENSEMAKING E A LIDERANÇA
SENSEMAKING GRANDES PASSOS
EXPLORAR O SISTEMA AMPLAMENTE
A chave aqui é trabalhar com outras pessoas para observar o que está acontecendo, explorar diferentes fontes de dados e
coletar diferentes tipos de dados e impedir que preconceitos anteriores interfiram em suas percepções.
Seja muito sensível às operações. Aprenda com os mais próximos da linha de frente, com os clientes e com as novas tecnologias.
CRIANDO UM MAPA DA SITUAÇÃO ATUAL
Criar um mapa / história / quadro que - pelo menos por um breve período de tempo - represente adequadamente a situação
atual que uma organização está enfrentando. Um mapa compartilhado.
Deixe o mapa ou a estrutura apropriada emergir da sua compreensão da situação. Coloque a situação emergente em uma nova
estrutura. Use imagens, metáforas e histórias para capturar os elementos-chave da nova situação.
AGINDO PARA ALTERAR O SISTEMA PARA APRENDER MAIS SOBRE ELE
Aprenda com pequenas experiências, antes de ampliar a ação para impulsionar a mudança. Se você não tem certeza de como um
sistema está funcionando, tente algo novo.
As pessoas criam seus próprios ambientes e depois são constrangidas por elas. Esteja ciente e perceba o impacto do seu próprio
comportamento na criação do ambiente em que você está trabalhando.
A moral da história? Quando você está cansado, com frio, com fome e com medo,
qualquer mapa antigo serve. O mapa, mesmo que errado serviu de ponto de partida,
pelo caminho iam fazendo os ajustes necessários, mas só andaram com o mapa.
IMPORTÂNCIA DO MAPA
SENSEMAKING NA PRÁTICA
1. É importante ouvir e questionar rapidamente todas as partes interessadas internas e externas
que foram identificadas.
2. Entrevistas formais e informais, relatórios, mídia social e outros conteúdos on-line são
fontes valiosas de informações que podem ser aproveitadas.
3. Persiga opiniões que diferem por conta própria, deve adiar a formação de opiniões até que dados
suficientes tenham sido coletados.
4. Tente ver os problemas de várias perspectivas.
5. Teste suas suposições com experimentos, através de experiências de baixo risco
6. Os líderes devem fazer uso de equipes e comitês de partes interessadas, incluindo aqueles que se opõe à
mudança, e que serão afetados.
Cuidado!
Não fique paralisado por uma grande quantidade de dados, de forma que nenhuma ação ou
progresso seja feito.
Líderes lançaram uma nova iniciativa para incentivar
os funcionários de nível inferior a oferecer sugestões
e ideias para novas maneiras de trabalhar.
No entanto, essas ações foram lidas de formas
diferente pelos funcionários. Com desconfiança.
Sala de conferência com assentos arranjados e
atmosfera formal, impediu as pessoas de falar. Se
sentiram controlados.
QUANDO O SENSEMAKING É
IGNORADO
Sensemaking é uma arma contra o viés cognitivo, que são as nossas intenções que nos sabotam, queremos fazer
algo e decidir, e acabamos procurando coisas para fortalecer nossa opinião, e não o contrario.
Por isso, ótimas ferramentas no sensemake é o storytelling, a jornada do cliente e as personas.
Assim, obtemos a empatia para ter a visão do outro.
O QUE ATRAPALHA A EFICÁCIA DO SENSEMAKING
 Rigidez – A ameaça costuma estar mais associada à inércia, à proteção do
status quo, e às vezes até à inação.
 Dependência na Direção - Diante da incerteza, as pessoas olham para os
outros para mostrar o caminho. Quando as pessoas têm medo, procuram
orientação e segurança.
 Comportamento Errático - Líderes tentam uma solução e depois outra
freneticamente, procurando algo que funcione. Essas mudanças
dramáticas no comportamento tornam muito difícil envolver-se em uma
construção de sentido eficaz.
INDÚSTRIA 4.0
Com a indústria 4.0 e suas
tecnologias, tudo estando conectado
e a enorme quantidade e velocidade
de dados, saber abstrair algo deles,
ter inteligência e tomar decisão
pode fazer a diferença.
E o sensemake auxilia essa
interpretação, lançando um olhar
sobre o todo.
LIMITAÇÕES
Há incerteza se existe uma ordem específica na aplicação do sensemaking e devido a toda complexidade,
pode ser uma metodologia menos adequada quando se comparada a outras mais práticas e diretas.
Arooma (2018)
CONCLUSÃO
Em um mundo cada vez menor e mais complexo, onde eventos
imprevisíveis e mudanças nos ambientes nos desafiam a todo momento.
Criar mapas que sejam representações plausíveis do que está
acontecendo e agir no sistema para melhorar nossa compreensão da
realidade pode ser um caminho.
Tornar o senso (individual, de equipe e organizacional) essencial para
que possamos romper os medos do desconhecido e seguir diante da
complexidade e da incerteza.
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Teorias Organizacionais: Sensemaking

  • 1. Teorias Organizacionais Sensemaking Professor: ISABEL DE SÁ AFFONSO Rio de Janeiro, Maio/2020 MADE – Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial Aluno: Mário Nascimento e Márcio Simão
  • 2. Um termo introduzido por Karl Weick (1969), refere-se a como estruturamos o desconhecido para podermos agir nele. Envolve chegar a um entendimento plausível - um mapa - de um mundo em mudança; Testando este mapa com outras pessoas através da coleta de dados, ação e conversação; E, em seguida, refinar ou abandonar o mapa, dependendo de quão credível seja. Sensemaking
  • 3. CONCEITOS Sensemaking é o processo pelo o qual o ser humano cria sentido acerca do mundo que o rodeia para tomar decisões. • Starbuck & Milliken, - “Compreender, entender, explicar, atribuir, extrapolar e prever (1988) • Weick, Sutcliffe, & Obstfeld – “situação que é compreendida de forma explícita nas palavras e que serve como um trampolim para a ação” (1988) • Waterman - “estruturação do desconhecido” (1990) • Karl Weick - “a fabricação de sentido” (1995) Sense-Making model Fonte: Dervin (1999) Na nossa trajetória surgem lacunas, para superá-las tentamos compreender baseado no contexto, nas situações, informações e experiências e histórias de vida que ajudam a construir as pontes para superação dos gaps.
  • 4. CONTEXTOS Situações de crise, como ataques terroristas, os envolvidos não tentam entender somente a crise, mas também seus próprios papéis e ações. Kalkman (2019)
  • 5. O princípio do Sensemaking é fazer-se entender, criar um sentido, dar significado às coisas para que se possa compreender com maior facilidade uma situação ou um conceito. Perguntas: O que está acontecendo lá fora? Como podemos entender e mapear esses acontecimentos? Podemos usá-los a nosso favor?
  • 6. Conceito de Avaliação Profissional SENSEMAKING NAS ORGANIZAÇÕES
  • 7. SENSEMAKING NAS ORGANIZAÇÕES Em termos de gestão permite uma compreensão do que está acontecendo no ambiente, facilitando a visão, relacionamentos e criação. Pode significar aprender sobre a mudança de mercados, migração de clientes ou novas tecnologias, aprender sobre a cultura, a política e a estrutura de um novo empreendimento ou sobre um problema nunca visto.
  • 8. PAPEL DO LÍDER E O SENSEMAKING No MIT o sensemaking é ensinado como um recurso de liderança, pois está intrinsecamente entrelaçado com a criação de conexões, a construção de uma visão e a implementação de mudanças.
  • 9. O sensemaking nas organizações destaca o papel do líder. “O que distingue os grandes líderes dos líderes médios é sua capacidade de perceber a natureza do jogo e as regras pelas quais ele é jogado, enquanto o jogam”. Joseph Jaworski e Claus Otto Scharmer (2000). O líder com essa capacidade, consegue ver o todo, e o particular, e as relações entre as partes. Cuidado: Consegue perceber quando a estratégia de uma organização falhou, podendo ter conflito com os que desejam manter a imagem da conquista. Isso exige coragem, e pode acabar sendo uma tarefa solitária e impopular. SENSEMAKING E A LIDERANÇA
  • 10. SENSEMAKING GRANDES PASSOS EXPLORAR O SISTEMA AMPLAMENTE A chave aqui é trabalhar com outras pessoas para observar o que está acontecendo, explorar diferentes fontes de dados e coletar diferentes tipos de dados e impedir que preconceitos anteriores interfiram em suas percepções. Seja muito sensível às operações. Aprenda com os mais próximos da linha de frente, com os clientes e com as novas tecnologias. CRIANDO UM MAPA DA SITUAÇÃO ATUAL Criar um mapa / história / quadro que - pelo menos por um breve período de tempo - represente adequadamente a situação atual que uma organização está enfrentando. Um mapa compartilhado. Deixe o mapa ou a estrutura apropriada emergir da sua compreensão da situação. Coloque a situação emergente em uma nova estrutura. Use imagens, metáforas e histórias para capturar os elementos-chave da nova situação. AGINDO PARA ALTERAR O SISTEMA PARA APRENDER MAIS SOBRE ELE Aprenda com pequenas experiências, antes de ampliar a ação para impulsionar a mudança. Se você não tem certeza de como um sistema está funcionando, tente algo novo. As pessoas criam seus próprios ambientes e depois são constrangidas por elas. Esteja ciente e perceba o impacto do seu próprio comportamento na criação do ambiente em que você está trabalhando.
  • 11. A moral da história? Quando você está cansado, com frio, com fome e com medo, qualquer mapa antigo serve. O mapa, mesmo que errado serviu de ponto de partida, pelo caminho iam fazendo os ajustes necessários, mas só andaram com o mapa. IMPORTÂNCIA DO MAPA
  • 12. SENSEMAKING NA PRÁTICA 1. É importante ouvir e questionar rapidamente todas as partes interessadas internas e externas que foram identificadas. 2. Entrevistas formais e informais, relatórios, mídia social e outros conteúdos on-line são fontes valiosas de informações que podem ser aproveitadas. 3. Persiga opiniões que diferem por conta própria, deve adiar a formação de opiniões até que dados suficientes tenham sido coletados. 4. Tente ver os problemas de várias perspectivas. 5. Teste suas suposições com experimentos, através de experiências de baixo risco 6. Os líderes devem fazer uso de equipes e comitês de partes interessadas, incluindo aqueles que se opõe à mudança, e que serão afetados. Cuidado! Não fique paralisado por uma grande quantidade de dados, de forma que nenhuma ação ou progresso seja feito.
  • 13. Líderes lançaram uma nova iniciativa para incentivar os funcionários de nível inferior a oferecer sugestões e ideias para novas maneiras de trabalhar. No entanto, essas ações foram lidas de formas diferente pelos funcionários. Com desconfiança. Sala de conferência com assentos arranjados e atmosfera formal, impediu as pessoas de falar. Se sentiram controlados. QUANDO O SENSEMAKING É IGNORADO
  • 14. Sensemaking é uma arma contra o viés cognitivo, que são as nossas intenções que nos sabotam, queremos fazer algo e decidir, e acabamos procurando coisas para fortalecer nossa opinião, e não o contrario. Por isso, ótimas ferramentas no sensemake é o storytelling, a jornada do cliente e as personas. Assim, obtemos a empatia para ter a visão do outro.
  • 15. O QUE ATRAPALHA A EFICÁCIA DO SENSEMAKING  Rigidez – A ameaça costuma estar mais associada à inércia, à proteção do status quo, e às vezes até à inação.  Dependência na Direção - Diante da incerteza, as pessoas olham para os outros para mostrar o caminho. Quando as pessoas têm medo, procuram orientação e segurança.  Comportamento Errático - Líderes tentam uma solução e depois outra freneticamente, procurando algo que funcione. Essas mudanças dramáticas no comportamento tornam muito difícil envolver-se em uma construção de sentido eficaz.
  • 16. INDÚSTRIA 4.0 Com a indústria 4.0 e suas tecnologias, tudo estando conectado e a enorme quantidade e velocidade de dados, saber abstrair algo deles, ter inteligência e tomar decisão pode fazer a diferença. E o sensemake auxilia essa interpretação, lançando um olhar sobre o todo.
  • 17. LIMITAÇÕES Há incerteza se existe uma ordem específica na aplicação do sensemaking e devido a toda complexidade, pode ser uma metodologia menos adequada quando se comparada a outras mais práticas e diretas. Arooma (2018)
  • 18. CONCLUSÃO Em um mundo cada vez menor e mais complexo, onde eventos imprevisíveis e mudanças nos ambientes nos desafiam a todo momento. Criar mapas que sejam representações plausíveis do que está acontecendo e agir no sistema para melhorar nossa compreensão da realidade pode ser um caminho. Tornar o senso (individual, de equipe e organizacional) essencial para que possamos romper os medos do desconhecido e seguir diante da complexidade e da incerteza.
  • 19. 19