Este documento discute temas relacionados à educação humanista, solidária e inclusiva. Aborda conceitos de educação humanista, solidariedade e inclusão, enfatizando a formação de cristãos e cidadãos conscientes das questões sociais e ambientais. Também discute modelos de solidariedade e a importância da educação nas paróquias e comunidades.
4. Educação
• Sentido estrito: processo de ensino-aprendizagem
numa instituição formal, de conhecimentos,
habilidades e valores (escola e obra social
educativa)
• Sentido lato: evangelizar é também educar
(paróquia).
5. Educação humanista
• Parece redundante...
• Para se diferenciar da educação conteudista,
tecnicista ou mercadológica.
• Educação humanista forma cristãos e cidadãos.
• A Congregação para a educação católica publicou
em abril de 2017 o documento: Educar ao
humanismo solidário. Para construir uma “civilização do
amor” 50 anos após a Populorum progressio.
6. Educar ao humanismo solidário
1. Cenários atuais
2. Humanizar a educação
3. Cultura do diálogo
4. Globalizar a esperança
5. Por uma verdadeira inclusão
6. Redes de cooperação
7. Perspectivas
7. Educação para formar cristãos
•Espaços educativos confessionais são também
plurais. Respeitam as diferenças de crenças.
Promovem a cultura da paz entre as confissões
cristãs e as religiões. Oferecem a proposta cristã
sem proselitismo.
•Para evangelizar na educação: Clima propício->
Valores traduzidos em práticas -> Sensibilização ->
Iniciação -> engajamento -> aprofundamento.
8. Formar cristãos nas paróquias
Diretrizes da CNBB 2019-2023
• Paróquia: comunidade de comunidades dos
discípulos missionários.
• Os quatro pilares da Ação Evangelizadora:
*Palavra: iniciação à vida Cristã, animação bíblica da
vida e da pastoral.
*Pão: liturgia e espiritualidade
*Caridade/solidariedade: serviço à vida plena
*Ação missionária: estado permanente de missão
(DGAE 88-120)
9. Paróquia: comunidade Casa
• Lugar de encontro
• Lugar de ternura
• Lugar das famílias
• Lugar de portas sempre abertas (DGAE, 129-143)
10. Formar cidadãs e cidadãos
• Do Eu para o Nós (Bem Comum, o coletivo)
• Exercitar a cooperação
• Desenvolver o senso crítico (compreender a
realidade para além das aparências).
• Atuar em grupo, em várias instâncias.
• Estimular o protagonismo (das crianças e jovens,
dos leigos e leigas)
• Conhecer a realidade local e contribuir na solução
dos seus problemas.
11. Dois clamores de cidadania
• Ecologia
• Defesa das vítimas de abuso
12. Ecologia e consciência planetária
• Consciência planetária: o mundo se torna uno; somos
filhos e filhas da Terra; responsáveis para que ela
continue habitável.
• Referência para Cuidar da Casa Comum: Encíclica Laudato
Si, do Papa Francisco.
• Ecologia nas Instituições religiosas:
*Incorporação na proposta pedagógica e pastoral
*Atitudes individuais
*Ações coletivas (processos e campanhas)
*Política institucional de sustentabilidade
13. A educação humanista hoje é também
ecológica.
Ou então não é humanista.
Pois o ser humano é parte da Terra.
Supera-se o antropocentrismo despótico.
14. Defesa das vítimas de abuso
• Apelo explícito do Papa Francisco!
• Do encobrimento para a transparência.
• Assumir a causa dos mais frágeis: crianças,
adolescentes e mulheres.
• Conversar sobre o tema.
• Denunciar os abusadores.
• Proteger as vítimas.
15. A Igreja em saída é a comunidade de
discípulos missionários que apresenta
cinco atitudes básicas (EG 24):
Tomar a iniciativa
Envolver-se
Acompanhar
Frutificar
Festejar.
16. (1) Ir na frente: a
comunidade
experimenta que o
Senhor tomou a
iniciativa, precedeu-a
amor (1 Jo 4, 10).
Por isso, ela vai à
vai ao encontro,
os afastados e chega
encruzilhadas dos
caminhos para
os que estão à
17. (2) Envolver-se: com obras
e gestos, os
entram na vida diária dos
outros, encurtam as
abaixam-se e assumem a
humana, tocando a carne
sofredora de Cristo no
Contraem assim o “cheiro
ovelha”, e estas escutam a
voz.
18. (3) Acompanhar: a
comunidade acompanha a
humanidade nos seus
processos, por mais duros
demorados que sejam.
Conhece e suporta as
esperas.
A evangelização exige
paciência, e evita deter-se
limitações.
19. (4) Frutificar: o
missionário/a mantém-
atento aos frutos,
Senhor a quer fecunda.
Cuida do trigo e não
a paz por causa do joio.
Encontra o modo para
a Palavra se encarne na
situação concreta e dê
frutos de vida nova,
de imperfeitos.
21. As atitudes dos discípulos
missionários de Jesus:
- Ousar
- Envolver-se
- Acompanhar
- Frutificar
- Festejar.
• Qual delas você e seu grupo cultivam
com mais intensidade? Qual delas
vocês devem desenvolver?
PARA REFLETIR
23. 1. Solidariedade como assistência
• Ajudar quem precisa, fornecendo-lhe
condições e recursos.
• A assistência é necessária em alguns
casos, como em doença graves e
senilidade.
• O pobre é visto como um indivíduo
necessitado, carente.
• Pobres: objeto da solidariedade, mas não
tomam parte dela como protagonistas.
• Limite: Pouca perspectiva coletiva e
estrutural.
• Risco: degenerar em assistencialismo.
• Lado obscuro: submissão dos pobres,
dependência, favoritismo. Fortalece a
24. 2. Solidariedade como Encontro
• Ser solidário é dedicar algo de si para
o outro, num diálogo que enriquece
a ambos.
• Inspira as práticas de voluntariado
em todo o mundo.
• Encontro significa: aprender e
ensinar, trocar saberes, respeitar a
visão do outro, partilhar algo de sua
vida.
• O voluntariado pode ser assistencial
ou libertador. Não se define pelo
conteúdo, mas pela perspectiva.
25. 3.Solidariedade como
conscientização
* Ser solidário é estar ao lado do povo, na sua luta por uma nova sociedade.
* Originalidade da “Igreja dos pobres”:
- Acredita na força histórica dos excluídos
Investe em formação e desenvolvimento das lideranças populares.
- Resgata a sabedoria dos nossos povos, valoriza sua cultura, aprende deles.
- Reconhece os diferentes rostos dos pobres: trabalhadores, mulheres,
crianças, indios, negros e mestiços, migrantes.
- Afloram as questões específicas das culturas, etnias e de gênero.
* Método libertador: dá a palavra aos pobres, desenvolve a sua capacidade de
“ler a realidade” em comunidade.
26. 4. Solidariedade como compromisso
socioambiental
• Não se resolvem problemas sociais somente com a soma de
atitudes individuais, mas sim com redes comunitárias. Será
necessária uma união de forças e uma unidade de
contribuições (LS 219).
• A conversão ecológica, para uma mudança duradoura, é
também comunitária (LS 219).
• Juntamente com os pequenos gestos diários, o amor social
impele-nos a grandes estratégias que detenham a
degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado,
que permeie toda a sociedade (LS 231).
• Intervir, com os outros, nas dinâmicas sociais, faz parte da
espiritualidade; é exercício da caridade, que amadurece o
cristão (LS 231).
27. Há uma única e complexa crise
socioambiental.
A abordagem integral visa:
-combater a pobreza,
-devolver a dignidade aos
excluídos
- cuidar da natureza (LS 139)
28. Educação inclusiva
• Sentido estrito: possibilitar às pessoas com
deficiência o acesso à instituição escolar,
oferecendo-lhes condições para seu
desenvolvimento integral.
• Sentido amplo: criar uma cultura do diálogo, que
valorize as diferenças, sobretudo as étnicas,
culturais e de gênero.
• No contexto brasileiro: a inclusão social.
30. No coração deste mundo
permanece presente o
Senhor da vida que tanto
nos ama.
Ele não nos abandona, não
nos deixa sozinhos, porque
se uniu definitivamente à
nossa terra e o seu amor
sempre nos leva a encontrar
novos caminhos.