1) A hemorragia digestiva pode ser alta ou baixa e tem diversas causas, sendo as úlceras pépticas e varizes de esôfago as principais;
2) O diagnóstico envolve exames como endoscopia, colonoscopia e cintilografia para localizar a origem do sangramento;
3) O tratamento depende da causa e gravidade e inclui ressuscitação, hemostasia endoscópica ou cirúrgica, e terapia medicamentosa com bloqueadores de bomba de prótons ou octreotide.
1. Hemorragias Digestivas
•Hemorragia Digestiva Alta
•Hemorragia Digestiva Baixa
M Fernanda Garcez
2. Introdução
• Hemorragia Digestiva é uma condição de
frequente internação em UTI , como também de
aparecimento em pacientes já internados.
• A incidência anual de HDB é de 0,02% enquanto
HDA apresenta incidência de 0,2%.
• Assim temos uma prevalência 10 x maior de HDA
• A mortalidade de HDA é de 6 a 12% e a da HDB
é menor que 5%
4. Diagnóstico
• A história clinica deve ser detalhada
• Procurar uso de drogas e doenças
preexistentes
• Relato de eliminações de sangue
• Diagnósticos diferenciais com outras
patologias toracoabdominais
• Cirurgia recente
• Exame fisico acurado
5. Exames Complementares
• Hemograma
• Endoscopia Digestiva Alta
• Colonoscopia
• Cintilografia com Hemácia Marcada – consegue
detectar pequenos sangramentos de até 0,1ml /
min
• Arteriografia – detecta sangramentos de até 0,5 ml
/ min
• Cápsula de Endoscopia
• TC
11. Cintilografia
• O princípio básico do exame é a marcação do sangue circulante para que o
extravasamento, no local do sangramento, resulte em acúmulo de
radioatividade. Esta técnica detecta níveis de sangramento da ordem de 0,1 a
0,5 mL/minuto e sua grande vantagem está na permanência do radioindicador
no sangue por um período prolongado, o que permite a tomada de imagens até
24 horas após o cliente ter recebido a injeção.
• O exame tem utilidade na localização de focos de hemorragia digestiva. É
considerado anormal quando se verifica hiperconcentração do radioindicador
em topografia de alça intestinal, com progressão do material radioativo pela
luz intestinal com o passar do tempo.
14. Mortalidade
Fatores de Risco para Sangramento Continuado e Resangramento na
Úlcera Péptica (%)
Sangramento Arterial 90
Sangramento Venoso não visivel 40–50
Coágulo Aderente 10–25
Oozing <20
Mancha Plana Pigmentada <10
Úlcera com base limpa <5
Ulcer of posterior inferior duodenal bulb (gastroduodenal artery)aUlcer of
lesser-curve gastric body (left gastric artery)a
15. Fatores de Risco para Mortalidade na
HDA
Clinical Feature Mortality%
Age ≥60 yr 11
Age <60 yr 1
Shock on admission 23
No shock 4
Rebleeding in 72 h 30
No rebleeding 3
Failure to clear red nasogastric aspirate 50
Red-to-clear nasogastric return 8
16. Summary of Evidence-Based Findings for
Therapy of Gastrointestinal (GI) Bleeding
• Octreotide infusion is an effective adjunct to endoscopic therapy for variceal
bleeding .
• Endoscopic variceal band ligation is the therapy of choice for esophageal
variceal bleeding [68].
• Identification of patients at high risk for rebleeding and mortality, and early
diagnostic endoscopy with hemostatic therapy in patients with high-risk
stigmata of rebleeding improve outcome in acute nonvariceal upper GI
bleeding [109,110,111].
• Intravenous proton pump inhibitors, especially when administered as an
infusion after a bolus dose, are superior to intravenous histamine-2 receptor
antagonists in the reduction of rebleeding after successful endoscopic therapy
in acute nonvariceal upper GI bleeding [117,125].
• Early colonoscopy for acute lower GI bleeding may identify a bleeding source
more often compared to radiologic studies, but the choice of diagnostic test
may not affect patient outcome [17].
17. Magnitude da Hemorragia
(O volume sanguíneo total de un homem medio é de aproximadamente
8% de seu peso corporal total).
CLASE I:
Menos de 15% do volume perdido : Exame fisico normal
CLASE II:
Perda sanguínea de 20- 25%.
Pulso > 100 ; Frequência respiratória > 25
Pressão de pulso diminuida.
Paciente sedento e ansioso.
CLASE III:
Perda sanguínea de 30-35%.
Pulso > 120 ; Frequência respiratoria > 30
Pressão Sistólica diminuida, oliguria e confusão mental.
CLASE IV:
Pérdida sanguínea del 40-50%.
Pulso > 140 ; Frequência respiratoria > 35
P.A.: Sistólica < 50 mmHg.
Anuria, grande confusão mental, letargia e coma.
21. Embolização
Angiografia evidenciando
aneurisma da artéria esplênica
antes e depois da embolização
Angiografia mesentérica inferior
evidenciando sangramento
localizado devido a divertículo
no intestino; antes e depois da
embolização.
26. Tratamento Farmacológico
• Bloqueador da bomba de prótons:
- Omeprazol 80mg em bolus
- 8mg /h em infusão contínua por 72h
• Betabloqueador
• Bloqueador de canais de Cálcio
• Octreotide – 25 a 100 mcg em bolus
25 a 50 mcg / h infusão contínua ( 48 a 120h)
• Sucralfate
• Antagonista do receptor da histamina
• Antibioticoterapia profilática
28. Guideline
• Ressucitação volêmica – ( CIII )
• Em pacientes selecionados , a passagem de SNG deve
ser considerada pois os achados podem ter valor
prognósticos – (BII3 )
• Pacientes com HDA devem ser testado para H. pylori e
receber terapia para erradicação se a infecção estiver
presente - ( AI )
• Em casos de ressangramento uma nova avaliação
endoscópica deve ser realizada – ( AI )
• Pacientes considerados de baixo risco para
resangramento após EDA podem ser alimentados após
24h - ( AI )
29. • A avaliação cirúrgica deve ser realizada em
casos de falha na terapia endoscópica –
( BII2 )
• Bloqueador H2 não é recomendado em
casos de HDA – ( DI )
• Somatostatina e Octreotide podem ser mais
efetivos em – ( CI ) :
*Sangramento incontrolavel ,
enquanto aguarda EDA
*Sangramento não varicoso ,
aguardando cirurgia
*Contra-indicação cirúrgica