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MEDICINA NUCLEAR
Avaliação do Tubo Digestivo
   Dr. Cláudio Tinoco Mesquita

   Coordenador do Serviço de Medicina Nuclear
   Hospital Universitário Antônio Pedro




   claudiotinocomesquita@gmail.com
Radiofármacos



MDP-99mTc   Hemácias-99mTc   MAA-99mTc

ossos       sangue           pulmão
• Cintilografia Renal

• Cintilografia Óssea

• Cintilografia de Fígado e Vias Biliares

• PET com FDG


• ...
AVALIAÇÃO
DAS VIAS BILIARES
Fígado e Vias Biliares
Caso Clínico
• ASS, mulher, 34 anos
• HDA: 6º dia pós-operatório de troca valvar aórtica por prótese
  biológica e plastia da válvula mitral (dç reumática).
• Apresentou febre, dor abdominal e HD de forte intensidade
  constipação intestinal e distensão abdominal.
Caso Clínico
• Exame Físico:
   • Dor abdominal a palpação em HD, com defesa voluntária. Peristalse
     presente, mas reduzida.
• Exames laboratoriais:
   • elevação da PCR-t e VHS
   • 9.000 leucócitos sem desvio para a esquerda
Conduta
• Solicitado Ultrassonografia abdominal:
   • Vesícula aumentada de tamanho, sem cálculos ou sinais sugestivos de
     lâmina biliar, espessura da parede no limite superior da normalidade.


• Iniciado antibióticoterapia empírica
   • Unasyn® (Sultamicilina)
Conduta?
• Tomografia Computadorizada
• Repetir os exames anteriores
• Laparoscopia
• Laparotomia
• ....
Cintilografia de Vias Biliares com
99mTc-DISIDA (ac. Amino diacético)
• Imagem com 2 horas
Comparação




Homem, 49 anos, CRVM há 1 ano, IAM com ACTP primária há 15 dias.
Evoluiu com quadro de colecistite aguda e USG compatível com o
diagnóstico
Radiofármaco: DISIDA-99mTc
Similar a bilirrubina




                        Cintilografia do fígado e
                        vias biliares
HD: Colecistite Aguda
Disida
• Captação e secreção semelhante a da bilirrubina
• Transportada no plasma ligada a albumina
• Captada pelos hepatócitos
• Secretada com a bile


• Cuidados:
  • Jejum de 3-4 horas
  • Cuidado com jejum prolongado
  • Doença severa concomitante (função hepática)
Literatura




                 Seminars in Nuclear Medicine, Vol XXXIII, No 4 (October), 2003: pp 279-
                 296
Média para Cintilografia:
Sensibilidade=97% e Especificidade=94%
Retardo no Enchimento Biliar
• Colecistite aguda
• Colecistite crônica
• Variante do normal (20% dos casos)
• Obstrução Biliar




              Alternativa a imagem de 4 horas:
                      Sulfato de Morfina
              - Contração do esfincter de Oddi
              - Aumenta a pressão intraductal
              - Dose: 0,04 mg/Kg IV
Vantagens das Imagens Tardias
• Em casos onde não ocorra a visualização de vesícula em até 1
 hora deve ser feita imagem tardia (4 horas)


                                 1 hora                 4 horas
 Especificidade                   88%                    99%

 Falso positivo                   10%                    <1%

 Sensibilidade                    98%                    95%

 Falso negativo                   2%                      5%

 Acurácia                         93%                    98%
AVALIAÇÃO
DE HEMORRAGIA DIGESTIVA
Sangramento digestivo

 Alto: hematêmese ou melena
 Baixo: fezes com sangue
Hemácias-99mTc




 Detecção
     Confirmação

     Indicação de outros métodos

 Localização
 Prognóstico
Pesquisa de Hemorragia Digestiva
              com Hemácias Marcadas



• Resultados positivos em 37% as 65% dos pacientes com
  suspeita de hemorragia obscura
• Acurácia = 78%
• Taxa de falso positivo = 15%
• Taxa de falso negativo = 23%
Cintilografia com Hemácias Marcadas
                              Recomendações


   Cintilografia com hemácias negativa
        Não é necessária angiografia, pois, será negativa. Já que a
         angiografia precisa de 0,5 ml/min para ser positiva.


   Cintilografia com hemácias positiva
        Confirmar os achados com angiografia/endoscopia antes de
         submeter à intervenção cirúrgica, pois, há uma taxa de falso
         positivos, em especial nos exames tardiamente positivos




                                       American Gastroenterology Association Guidelines
Imagem 1 hora   Imagem 2 horas
Pesquisa de Mucosa Gástrica Ectópica
                      Divertículo de Meckel

• Persistência do ducto ônfalomesentérico
• Associado à mucosa gástrica ectópica
Detecção cintilográfica

• Pertecnetato-99mTc
   • Captação em mucosa gástrica
CASO DE PESQUISA DE
     HEMORRAGIA
     DIGESTIVA
76 anos, masc, melena e colonoscopia sem
localização de sangramento.
AVALIAÇÃO DA
MOTILIDADE DO TGI
Esvaziamento gástrico
                %
               100

                90

                80

                70                                                            Variação para
                                                                              sólidos
                60
                                                                              Variação para
                                                                              líquidos
                50

                40   10   20   30   40   50   60   70   80   90 100 110 120 min
Esvaziamento Gástrico
Refluxo Gastresofágico
Conceitos

• Refluxo gastro-esofágico = condição clínica funcional com
  fluxo retrógrado e intermitente do conteúdo gástrico para
  o esôfago ou orofaringe, que ocorre ao longo do dia em
  lactentes saudáveis, crianças e adultos.
• Maioria dos episódios breves e assintomáticos.
Conceitos

• Regurgitação = passagem de conteúdo gástrico
 refluído para orofaringe.

• Vômito = expulsão do conteúdo pela boca,
 precedida ou não de náuseas, palidez,
 taquicardia, taquipnéia, sudorese e sialorréia.
Conceitos

        • Prevalência de regurgitação


        Menores de 3 meses = 50%
           4 a 6 meses = 67%
           7 a 9 meses = 21%
Radiografia e imagem de tomografia computadorizada
de tórax de lactente com episódios recorrentes de
pneumonia em ápice de pulmão direito
Diagnóstico
• Estudo radiológico contrastado :
 Não indicado rotineiramente no lactente exceto,
 na suspeita de malformações congênitas e
 distúrbios de deglutição

• Cintilografia – avalia esvaziamento gástrico,
 refluxo não-ácido, microaspiração pulmonar.
- Ingestão oral de Tecnécio – esôfago, estômago,
 pulmão são “escaneados”.
Estudo radiológico de esôfago, estômago e
duodeno mostrando aspiração do contraste para a traquéia
e brônquio principal esquerdo
Diagnóstico
• pH intra-esofágico de 24h – indicado na ausência de
  vômitos ou de regurgitações, avaliação da resposta ao
  tratamento clínico nos casos não-responsivos e da
  cirurgia anti-refluxo.
• Quantifica a frequência dos episódios e sua duração no
  esôfago distal, avalia os efeitos da refeição, da posição,
  do estado de consciência e sua relação com sintomas
  durante a queda do pH.
Diagnóstico

• Sensibilidade = 87 – 93%


• Especificidade = 92 – 97%


• Detecção do refluxo ácido – pH menor que 4.
Diagnóstico

• Lactentes e pré-escolares – internação.
• Sonda da narina até 1/3 inferior do esôfago, onde
  se posiciona o eletrodo distal.
• Ponta do eletrodo distal deve permanecer na
  parte superior da terceira vértebra acima da
  cúpula diafragmática.
Métodos diagnósticos
• pHmetria 24 horas
• pHmetria 1 hora
• EED
• Endoscopia
• cintilografia
Detecção cintilográfica do RGE
 • Sensibilidade
 • Comparação com radioscopia
Vantagem
não invasivo, fácil execução
baixa exposição radiação

      Desvantagem
não detecta alterações anatômicas
 (predisponentes ou decorrentes)
Controle do RGE
    • Alimentação:
      • Pequenas porções
      • Evitar chocolate / cítricos / tomate / álcool / café
      • Evitar comer antes de dormir


    • Hábitos
      • Não fumar
      • Perda de peso
      • Decúbito elevado


    • Medicação

    • Cirurgia
AVALIAÇÃO DE
INFLAMAÇÃO/INFECÇÃO
Cintilografia com leucócitos marcados


      • Marcação dos leucócitos autólogos utiliza a função
        fisiológica dos neutrófilos para diagnosticar a infecção e
        inflamação.

      • Após a marcação in vitro e reinjeção no paciente, a
        imagem da distribuição dos leucócitos é feita em uma
        gama-câmara.

      • Sítios de inflamação ficam radioativos devido à migração
        dos leucócitos marcados.
Captação de 99mTc-HMPAO-LM


  • Fatores importantes:

    • Componente celular do processo inflamatório.
    • Procedimento é mais útil na identificação de processos
      bacterianos ( mediados por neutrófilos).
    • Contagem total de leucócitos de no mínimo 2000/mm3
Leucócitos marcados com 99mTc-HMPAO


 • Limitações:


   • Processo de marcação in vitro traballhoso;
   • Não disponível em todos os locais;
   • Envolve manipulação direta de produtos de
    sangue.
Exame Normal
Abscesso abdominal
• US                                 • Cintilografia com LM-HMPAO
  •  Específico, menos sensível na     •  menos específica, mais
    ausência de sinais de                sensível
    localização
                                       • Achados equívocos ou
  • Investigação inicial
                                         negativos do US/TC




      Na suspeita alta de sepses intra-abdominal
      diante de US e/ou TC negativos, a medicina
      nuclear pode localizar um sítio não suspeito
      de infecção.
Colecistite aguda: DISIDA
Colecistite aguda




                      US e TC podem ser inconclusivas
                      em pacientes críticos, em
                      ventilação mecânica ou sedados.




Exame
normal
Fusão SPECT -TC
Pancreatite aguda




Pseudocisto pancreático
infectado
Complicação de pancreatite aguda




                           SPECT/TC: psoíte.
Abscesso do trato gastrointestinal

       • Mais comum no pós-operatório, especialmente
        de ressecção intestinal;

       • Doença de Crohn, diverticulite e apendicite são
        susceptíveis;

       • Diagnóstico difícil na ausência de sinais de
        localização;

       • Abscesso com comunicação direta com a luz
        intestinal: cintilografia é o método de escolha.
Normal   Apendicite
3 horas    Doença inflamatória pélvica:
                abcesso tubo-ovariano.




24 horas
Doença Inflamatória Intestinal
Infecção oculta x febre de origem obscura
 Cintilografia com LM-HMPAO x Ga-67 ou PET-FDG
Febre de origem indeterminada
           Exames de imagem



• Exames anatômicos são os primeiros a serem
    realizados.

•   99mTc-HMPAO-LM   é mais sensível na fase
    precoce e o 67Ga na fase tardia da doença.
Febre de origem indeterminada



       • Infecção é responsável por 20-30% e as neoplasias
           por 15-25% dos casos.

       •   99mTc-HMPAO-LM   tem alto valor preditivo negativo.
           O exame negativo exclui com alto grau de certeza
           uma infecção focal como causa da febre.
Infecção Pós-operatória


       • Exames anatômicos:

         • freqüentemente não diferenciam entre
          abscesso e coleção líquida.

         • Dificuldade em diferenciar alterações normais
          pós-operatórias e infecção.
Pós-operatório
  Infecção na
       parede
   abdominal
Febre pós-operatória

       • Febre até 6 meses após cirurgia
       • 50% é causada por infecção.
       • A maioria das causas de febre no PO tem
         origem no abdome.
       • Cintilografia é realizada nos casos do US ou TC
         negativos ou inconclusivos.
       • Se for diagnosticado abscesso na ctg o exame
         anatômico deve ser repetido.
FEM, 55 ANOS, RCU EM
ATIVIDADE.
Cintilografia com Leucócitos marcados com
Tecnécio99m
CINTILOGRAFIA COM LEUCÓCITOS
MARCADOS TEM VALOR DE COLONOSCOPIA
NO ACOMPANHAMENTO E NA PREDIÇÃO DA
RESPOSTA AO TRATAMENTO
Fundamentação Teórica
Multimodalidade
Características Fundamentais
dos Métodos de Imagem

                 Anatomia          Fisiologia         Metabolismo           Molecular

    CT

    US

    MRI

    Nuclear

    Optical

    Nanosensor




              Radiology 2001; 219:316-333; Ralph Weissleder, Umar Mahmood
Comparação das
Tecnologias de Imagem
Por que Multimodalidade?
           Nenhum método de imagem
           isoladamente fornece todas
             informações desejadas.

               Métodos de imagem
              fornecem informações
                 complementares.

           A tomada de decisão médica
           requer o máximo de acurácia
                   e segurança.
Multimodalidade
      PET CT      SPECT CT
Câmaras
 SPECT

  PET
Scanners
SPECT vs. PET
    Princípios
      Básicos
Multimodalidade

Exames mais rápidos e com menores doses de radiação

           Redução de 16min para 4min
Multimodalidade
Redução de tempo – Qualidade e Conforto
Localização de Lesões
       Acurada
Correção da Atenuação
 Precisão Diagnóstica
QUESTÃO CLÍNICA:
RESSECÇÃO DA METÁSTASE POSSÍVEL?
Caso Clínico
• RP, 65 anos, fem, branca, do lar.
• Paciente com história de diarréia, flush e
  obstrução intestinal secundária a tumor
  carcinóide.
• TC com lesões hepáticas.
• Solicitada cintilografia para avaliação de
  possibilidade cirúrgica.
CINTILOGRAFIA COM 111ÍNDIO-OCTREOTIDEO
QUESTÃO CLÍNICA:
Recidiva tardia?
Caso Clínico
• RS, 36 anos, fem, branca, atriz.
• Paciente com história de tumor carcinóide no íleo
  ressecado há 3 meses.
• TC sugestiva lesões hepáticas.
• Solicitada cintilografia para avaliação de
  possibilidade cirúrgica.
Cintilografia Óssea - 2003
CI e planares 111In-Octreotide
2003
SPECT 111In-Octreotide
2003
SPECT 123I-MIBG   SPECT 111In-Octreotide
Caso Clínico


• Realizado Transplante Hepático com sucesso.
Caso Clínico


• Após oito anos foi detectado aumento progressivo
 de cromogranina.

• Solicitado SPECT CT com octreotide-99mTc
99mTc-octreotide
Planares
99mTc-octreotide
SPECT CT
99mTc-octreotide
SPECT CT
99mTc-octreotide
SPECT CT
99mTc-octreotide
SPECT CT
99mTc-octreotide
SPECT/CT altera a interpretação do exame
 em até 32% e o manejo clínico em até 28%
        dos pacientes com tumores
             neuroendócrinos.

Quando o exame é negativo determina que o
 tumor visto no CT não tem expressão de
      receptores de somatostatina.
ACURÁCIA PARA IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO TU
NEUROENDÓCRINOS ABDOMINAIS




 SPECT/CT                            SPECT
   95%                                46%
Números do SPEC/CT
Tumores neuroendócrinos
• 21 a 73%: Aumento da acurácia diagnóstica.


• 35 -47%: Modificação de tratamento.


• 20% : Evitar tto. Desnecesário.


• 25% : Modificação de estratificação de risco.
MEDICINA NUCLEAR É UMA
FERRAMENTA DE GRANDE
VALOR NA AVALIAÇÃO DAS
   DOENÇAS DO TGI

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Avaliação do Tubo Digestivo com Medicina Nuclear

  • 1. MEDICINA NUCLEAR Avaliação do Tubo Digestivo Dr. Cláudio Tinoco Mesquita Coordenador do Serviço de Medicina Nuclear Hospital Universitário Antônio Pedro claudiotinocomesquita@gmail.com
  • 2. Radiofármacos MDP-99mTc Hemácias-99mTc MAA-99mTc ossos sangue pulmão
  • 3. • Cintilografia Renal • Cintilografia Óssea • Cintilografia de Fígado e Vias Biliares • PET com FDG • ...
  • 5. Fígado e Vias Biliares
  • 6. Caso Clínico • ASS, mulher, 34 anos • HDA: 6º dia pós-operatório de troca valvar aórtica por prótese biológica e plastia da válvula mitral (dç reumática). • Apresentou febre, dor abdominal e HD de forte intensidade constipação intestinal e distensão abdominal.
  • 7. Caso Clínico • Exame Físico: • Dor abdominal a palpação em HD, com defesa voluntária. Peristalse presente, mas reduzida. • Exames laboratoriais: • elevação da PCR-t e VHS • 9.000 leucócitos sem desvio para a esquerda
  • 8. Conduta • Solicitado Ultrassonografia abdominal: • Vesícula aumentada de tamanho, sem cálculos ou sinais sugestivos de lâmina biliar, espessura da parede no limite superior da normalidade. • Iniciado antibióticoterapia empírica • Unasyn® (Sultamicilina)
  • 9. Conduta? • Tomografia Computadorizada • Repetir os exames anteriores • Laparoscopia • Laparotomia • ....
  • 10. Cintilografia de Vias Biliares com 99mTc-DISIDA (ac. Amino diacético)
  • 11.
  • 12. • Imagem com 2 horas
  • 13. Comparação Homem, 49 anos, CRVM há 1 ano, IAM com ACTP primária há 15 dias. Evoluiu com quadro de colecistite aguda e USG compatível com o diagnóstico
  • 14.
  • 15. Radiofármaco: DISIDA-99mTc Similar a bilirrubina Cintilografia do fígado e vias biliares
  • 17. Disida • Captação e secreção semelhante a da bilirrubina • Transportada no plasma ligada a albumina • Captada pelos hepatócitos • Secretada com a bile • Cuidados: • Jejum de 3-4 horas • Cuidado com jejum prolongado • Doença severa concomitante (função hepática)
  • 18. Literatura Seminars in Nuclear Medicine, Vol XXXIII, No 4 (October), 2003: pp 279- 296 Média para Cintilografia: Sensibilidade=97% e Especificidade=94%
  • 19. Retardo no Enchimento Biliar • Colecistite aguda • Colecistite crônica • Variante do normal (20% dos casos) • Obstrução Biliar Alternativa a imagem de 4 horas: Sulfato de Morfina - Contração do esfincter de Oddi - Aumenta a pressão intraductal - Dose: 0,04 mg/Kg IV
  • 20. Vantagens das Imagens Tardias • Em casos onde não ocorra a visualização de vesícula em até 1 hora deve ser feita imagem tardia (4 horas) 1 hora 4 horas Especificidade 88% 99% Falso positivo 10% <1% Sensibilidade 98% 95% Falso negativo 2% 5% Acurácia 93% 98%
  • 22. Sangramento digestivo Alto: hematêmese ou melena Baixo: fezes com sangue
  • 23. Hemácias-99mTc  Detecção  Confirmação  Indicação de outros métodos  Localização  Prognóstico
  • 24. Pesquisa de Hemorragia Digestiva com Hemácias Marcadas • Resultados positivos em 37% as 65% dos pacientes com suspeita de hemorragia obscura • Acurácia = 78% • Taxa de falso positivo = 15% • Taxa de falso negativo = 23%
  • 25. Cintilografia com Hemácias Marcadas Recomendações  Cintilografia com hemácias negativa  Não é necessária angiografia, pois, será negativa. Já que a angiografia precisa de 0,5 ml/min para ser positiva.  Cintilografia com hemácias positiva  Confirmar os achados com angiografia/endoscopia antes de submeter à intervenção cirúrgica, pois, há uma taxa de falso positivos, em especial nos exames tardiamente positivos American Gastroenterology Association Guidelines
  • 26. Imagem 1 hora Imagem 2 horas
  • 27.
  • 28. Pesquisa de Mucosa Gástrica Ectópica Divertículo de Meckel • Persistência do ducto ônfalomesentérico • Associado à mucosa gástrica ectópica
  • 29. Detecção cintilográfica • Pertecnetato-99mTc • Captação em mucosa gástrica
  • 30.
  • 31. CASO DE PESQUISA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA 76 anos, masc, melena e colonoscopia sem localização de sangramento.
  • 32.
  • 34. Esvaziamento gástrico % 100 90 80 70 Variação para sólidos 60 Variação para líquidos 50 40 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 min
  • 37. Conceitos • Refluxo gastro-esofágico = condição clínica funcional com fluxo retrógrado e intermitente do conteúdo gástrico para o esôfago ou orofaringe, que ocorre ao longo do dia em lactentes saudáveis, crianças e adultos. • Maioria dos episódios breves e assintomáticos.
  • 38. Conceitos • Regurgitação = passagem de conteúdo gástrico refluído para orofaringe. • Vômito = expulsão do conteúdo pela boca, precedida ou não de náuseas, palidez, taquicardia, taquipnéia, sudorese e sialorréia.
  • 39. Conceitos • Prevalência de regurgitação Menores de 3 meses = 50% 4 a 6 meses = 67% 7 a 9 meses = 21%
  • 40. Radiografia e imagem de tomografia computadorizada de tórax de lactente com episódios recorrentes de pneumonia em ápice de pulmão direito
  • 41. Diagnóstico • Estudo radiológico contrastado : Não indicado rotineiramente no lactente exceto, na suspeita de malformações congênitas e distúrbios de deglutição • Cintilografia – avalia esvaziamento gástrico, refluxo não-ácido, microaspiração pulmonar. - Ingestão oral de Tecnécio – esôfago, estômago, pulmão são “escaneados”.
  • 42. Estudo radiológico de esôfago, estômago e duodeno mostrando aspiração do contraste para a traquéia e brônquio principal esquerdo
  • 43. Diagnóstico • pH intra-esofágico de 24h – indicado na ausência de vômitos ou de regurgitações, avaliação da resposta ao tratamento clínico nos casos não-responsivos e da cirurgia anti-refluxo. • Quantifica a frequência dos episódios e sua duração no esôfago distal, avalia os efeitos da refeição, da posição, do estado de consciência e sua relação com sintomas durante a queda do pH.
  • 44. Diagnóstico • Sensibilidade = 87 – 93% • Especificidade = 92 – 97% • Detecção do refluxo ácido – pH menor que 4.
  • 45. Diagnóstico • Lactentes e pré-escolares – internação. • Sonda da narina até 1/3 inferior do esôfago, onde se posiciona o eletrodo distal. • Ponta do eletrodo distal deve permanecer na parte superior da terceira vértebra acima da cúpula diafragmática.
  • 46. Métodos diagnósticos • pHmetria 24 horas • pHmetria 1 hora • EED • Endoscopia • cintilografia
  • 47. Detecção cintilográfica do RGE • Sensibilidade • Comparação com radioscopia
  • 48. Vantagem não invasivo, fácil execução baixa exposição radiação Desvantagem não detecta alterações anatômicas (predisponentes ou decorrentes)
  • 49. Controle do RGE • Alimentação: • Pequenas porções • Evitar chocolate / cítricos / tomate / álcool / café • Evitar comer antes de dormir • Hábitos • Não fumar • Perda de peso • Decúbito elevado • Medicação • Cirurgia
  • 51. Cintilografia com leucócitos marcados • Marcação dos leucócitos autólogos utiliza a função fisiológica dos neutrófilos para diagnosticar a infecção e inflamação. • Após a marcação in vitro e reinjeção no paciente, a imagem da distribuição dos leucócitos é feita em uma gama-câmara. • Sítios de inflamação ficam radioativos devido à migração dos leucócitos marcados.
  • 52. Captação de 99mTc-HMPAO-LM • Fatores importantes: • Componente celular do processo inflamatório. • Procedimento é mais útil na identificação de processos bacterianos ( mediados por neutrófilos). • Contagem total de leucócitos de no mínimo 2000/mm3
  • 53. Leucócitos marcados com 99mTc-HMPAO • Limitações: • Processo de marcação in vitro traballhoso; • Não disponível em todos os locais; • Envolve manipulação direta de produtos de sangue.
  • 55. Abscesso abdominal • US • Cintilografia com LM-HMPAO • Específico, menos sensível na • menos específica, mais ausência de sinais de sensível localização • Achados equívocos ou • Investigação inicial negativos do US/TC Na suspeita alta de sepses intra-abdominal diante de US e/ou TC negativos, a medicina nuclear pode localizar um sítio não suspeito de infecção.
  • 57. Colecistite aguda US e TC podem ser inconclusivas em pacientes críticos, em ventilação mecânica ou sedados. Exame normal
  • 60. Complicação de pancreatite aguda SPECT/TC: psoíte.
  • 61. Abscesso do trato gastrointestinal • Mais comum no pós-operatório, especialmente de ressecção intestinal; • Doença de Crohn, diverticulite e apendicite são susceptíveis; • Diagnóstico difícil na ausência de sinais de localização; • Abscesso com comunicação direta com a luz intestinal: cintilografia é o método de escolha.
  • 62. Normal Apendicite
  • 63. 3 horas Doença inflamatória pélvica: abcesso tubo-ovariano. 24 horas
  • 65. Infecção oculta x febre de origem obscura Cintilografia com LM-HMPAO x Ga-67 ou PET-FDG
  • 66. Febre de origem indeterminada Exames de imagem • Exames anatômicos são os primeiros a serem realizados. • 99mTc-HMPAO-LM é mais sensível na fase precoce e o 67Ga na fase tardia da doença.
  • 67. Febre de origem indeterminada • Infecção é responsável por 20-30% e as neoplasias por 15-25% dos casos. • 99mTc-HMPAO-LM tem alto valor preditivo negativo. O exame negativo exclui com alto grau de certeza uma infecção focal como causa da febre.
  • 68. Infecção Pós-operatória • Exames anatômicos: • freqüentemente não diferenciam entre abscesso e coleção líquida. • Dificuldade em diferenciar alterações normais pós-operatórias e infecção.
  • 69. Pós-operatório Infecção na parede abdominal
  • 70. Febre pós-operatória • Febre até 6 meses após cirurgia • 50% é causada por infecção. • A maioria das causas de febre no PO tem origem no abdome. • Cintilografia é realizada nos casos do US ou TC negativos ou inconclusivos. • Se for diagnosticado abscesso na ctg o exame anatômico deve ser repetido.
  • 71. FEM, 55 ANOS, RCU EM ATIVIDADE. Cintilografia com Leucócitos marcados com Tecnécio99m
  • 72.
  • 73. CINTILOGRAFIA COM LEUCÓCITOS MARCADOS TEM VALOR DE COLONOSCOPIA NO ACOMPANHAMENTO E NA PREDIÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO Fundamentação Teórica
  • 74.
  • 75.
  • 77. Características Fundamentais dos Métodos de Imagem Anatomia Fisiologia Metabolismo Molecular CT US MRI Nuclear Optical Nanosensor Radiology 2001; 219:316-333; Ralph Weissleder, Umar Mahmood
  • 79. Por que Multimodalidade? Nenhum método de imagem isoladamente fornece todas informações desejadas. Métodos de imagem fornecem informações complementares. A tomada de decisão médica requer o máximo de acurácia e segurança.
  • 80. Multimodalidade PET CT SPECT CT
  • 81. Câmaras SPECT PET Scanners
  • 82. SPECT vs. PET Princípios Básicos
  • 83. Multimodalidade Exames mais rápidos e com menores doses de radiação Redução de 16min para 4min
  • 84. Multimodalidade Redução de tempo – Qualidade e Conforto
  • 86. Correção da Atenuação Precisão Diagnóstica
  • 87. QUESTÃO CLÍNICA: RESSECÇÃO DA METÁSTASE POSSÍVEL?
  • 88. Caso Clínico • RP, 65 anos, fem, branca, do lar. • Paciente com história de diarréia, flush e obstrução intestinal secundária a tumor carcinóide. • TC com lesões hepáticas. • Solicitada cintilografia para avaliação de possibilidade cirúrgica.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93.
  • 95. Caso Clínico • RS, 36 anos, fem, branca, atriz. • Paciente com história de tumor carcinóide no íleo ressecado há 3 meses. • TC sugestiva lesões hepáticas. • Solicitada cintilografia para avaliação de possibilidade cirúrgica.
  • 97. CI e planares 111In-Octreotide 2003
  • 99. SPECT 123I-MIBG SPECT 111In-Octreotide
  • 100. Caso Clínico • Realizado Transplante Hepático com sucesso.
  • 101. Caso Clínico • Após oito anos foi detectado aumento progressivo de cromogranina. • Solicitado SPECT CT com octreotide-99mTc
  • 108. SPECT/CT altera a interpretação do exame em até 32% e o manejo clínico em até 28% dos pacientes com tumores neuroendócrinos. Quando o exame é negativo determina que o tumor visto no CT não tem expressão de receptores de somatostatina.
  • 109. ACURÁCIA PARA IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO TU NEUROENDÓCRINOS ABDOMINAIS SPECT/CT SPECT 95% 46%
  • 110. Números do SPEC/CT Tumores neuroendócrinos • 21 a 73%: Aumento da acurácia diagnóstica. • 35 -47%: Modificação de tratamento. • 20% : Evitar tto. Desnecesário. • 25% : Modificação de estratificação de risco.
  • 111. MEDICINA NUCLEAR É UMA FERRAMENTA DE GRANDE VALOR NA AVALIAÇÃO DAS DOENÇAS DO TGI