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Bernabé Manuel Tepa
Bernadete Manuel Ferrão
Dr. Mahomed Afzal Mussa
Estudantes: Tutor:
Hemorragia digestiva baixa
Abril de 2023
HOSPITAL CENTRAL DA BEIRA
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Departamento de Cirurgia
Introdução
As hemorragias digestivas agudas constituem um problema
clínico freqüente com manifestações muitos diversas. Estas
hemorragias podem ser triviais ou massivas, e podem
proceder praticamente de qualquer parte do aparelho
digestivo, incluindo o pâncreas, o fígado e as vias biliares.
A localização da hemorragia se classifica tipicamente em
função da relação com o ligamento de Treitz.
Hemorragia digestiva
É a perda de sangue para a luz do tubo digestivo, que
geralmente se exterioriza pela saída de sangue a través da boca
(hematêmeses) ou pelo anus (melena, enterorragia).
Classificação
 Hemorragia digestiva alta
 Hemorragia digestiva baixa
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
É aquela em que a origem da
hemorragia se encontra por abaixo do
angulo de Treitz, dentro do intestino.
 Mais de 95% dos pacientes com a
hemorragia a origem do
sangramento é o colón.
 A incidência da hemorragia
digestiva baixa aumenta com a
idade
Factores de risco
 Idade maior de 60 anos,
 Enfermidades concomitantes,
 Coagulopatias,
 Magnitude do sangramento (conseqüências hemodinâmicas,
necessidades transfusionais maiores de cinco unidades),
 Diagnóstico errôneo,
 Recidiva do sangramento.
Causas de Hemorragia digestiva baixa
Causas Específicas de HDB
Doença Diverticular
 Pouco freqüentes em pacientes menores de 40 anos,
 São responsáveis por mais de 55% dos casos de hemorragia.
 Apenas 3% a 15% dos indivíduos com diverticulose apresentam
qualquer sangramento.
 O sangramento ocorre na região do colo do divertículo,
 75% dos que sangram param espontaneamente, ~ 10%
apresentarão ressangramento dentro de 1 ano e quase 50% dentro
de 10 anos.
 Mais comum do lado esquerdo, a doença do lado direito é
responsável por mais de 50% do sangramento.
Sangramento do Cólon
Neoplasia
 O carcinoma colorretal é uma causa incomum,
 Sangramento é indolor, intermitente e de natureza lenta e é
associado com anemia ferropriva.
Fatores de risco:
 Síndrome de polipose familiar
 Síndrome de câncer colorretal hereditário “não polipose”,
 A síndrome de Lynch
 75% na forma esporádica (sem história familiar)
 Dieta e Hábitos de Vida
 Pólipos adenomatosos > 1cm
 DII – portadores crônicos.
Manifestações clinicas
 Nas fases precoces são assintomáticos
 Sangramento (oculto ou exteriorizado), dor abdominal, constipação e
massa abdominal palpável,
 Raro emagrecimento, perfuração intestinal, ascite e metástase
hepática.
Mais comum no C.A de cólon direito
 Tumores mais sangrantes
 Sangue oculto nas fezes e a anemia
ferropriva.
 Perda de peso e febre
 Ulceração/erosão da mucosa
 Responsável por 5-20% de HDB
maciças.
CA do lado esquerdo do cólon
 Tendem a apresentar sangue-
vivo
 Constipação progressiva, ou
alternada com hiperdefecação
ou diarreia.
Cancer retal
 Predomina hematoquezia de pequena monta, persistente ou
intermitente.
 Constipação, tenesmo, eliminação de muco e
 Sintomas relacionados à invasão dos órgãos adjacentes
(uropatia obstrutiva, hematúria, fístulas vaginais).
Doença Anorretal
Principais causas de sangramento anorretal:
 Hemorroidas internas,
 Fissuras anais
 Abscessos e fístulas perianais
Abscessos e fístulas anais
 Representam a mesma comorbidade
 Abscessos são a forma aguda
 E fístulas são a forma crônica
 Raramente vão provocar sangramento
Fissuras anais
 Úlcera linear no canal anal
 A fissura aguda normalmente é superficial
 A fissura anal crônica é mais profunda
 Principal sintoma é a dor
 70% dos sangramento após evacuação
 Pequenas quantidades de sangue-vivo
 Pequenas gotas no vaso e papel higiênico
 Sangramento é menor que nas hemorroidas
Hemorróidas
 Importante fonte de sangramento na HDB,
 Sangramento de pequena intensidade e
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 Uma das causas mais comuns de HDB em jovens,
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Doença inflamatória intestinal
As hemorragias digestivas são muito mais freqüentes na colites
ulcerosa que na enfermidade de Crohn.
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do recto em ocasioes pode afectar todo colon.
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 Colite pseudomembranosa – após uso de antibióticos.
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Salmonella
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 São a causa freqüente de hemorragias do intestino delgado;
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jejuno, seguido por íleo e duodeno.
 Normalmente a HDB é de baixa quantidade
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 É a mais frequente anomalia congênita do aparelho digestivo
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 Contém mucosa, submucosa e muscular própria, sendo que o
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ou HDB copiosa
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 Evolução para CA (10-15 anos) pós-polipectomia
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 Sintomas = sangramento e muco nas fezes, dor abdominal
 Colonoscopia diagnóstico e terapêutico.
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 Comum curvatura menor estômago e cárdia
 Defeito submucosa → Vaso arterial visível
 Raramente pode acometer delgado, cólon e reto
 QC: HDB raro → maçica e recorrente quando ocorre
Exames complementares
 Endoscopia alta (esofagogastroduodenoscopia)
 Colonoscopia
 Hemograma
 A cintilografia com tecnécio-99m
 Angiografia Mesentérica
 Enema baritado
 Ecografia abdominal, Endo-dopler
 Raio X simples e com contraste
 TAC e RMN
Abordagem na HDB
Medida iniciais
 Controlar os sinais vitais (reposição soro fisiológico/Ringer)
 Obter 2 acessos venosos periféricos de grande calibre
 Se a perda for superior a 1.500 ml – reposição de [ ] de hemácias.
 Inserir a SNG
 Minuciosa história clinica;
 Exame físico completo, incluindo toque retal e anuscopia;
 Realização de hemograma e coagulograma;
Diagnóstico na HDB
Paciente estável
 Colonoscopia é o método de escolha (diagnóstico e terapêutica).
 Avaliação e controle
 Localiza o sítio de lesão em 80% dos casos
 Hemorragia ativa, coágulos aderidos e vasos visíveis
 Realiza a hemostasia.
 Exame deve ser feito após limpeza do cólon
Por via oral ou sonda nasoenteral
Ou uso de enema:
Polietileno glicol (PEG) ou manitol
 Cintilografia
 Hemácias marcadas Tc99m.
 Arteriografia
 Enteroscopia
 Cápsula endoscópica - Exame do intestino delgado nos casos
de sangramento obscuro
 Terapia angiográfica
 Cirurgia de emergência
 Se identificado sítio de sangramento
 Colectomia segmentar com anastomose primária
Bibliografia
 SABISTON, Tratado de cirurgia, FUNDAMENTOS BIOLOGICOS de la
PRÁCTICA QUIRÚRGICA MODERNA, 20ª edição , 2017.
 SCHWARTZ. PRINCIPIOS DE CIRUGÍA, 9ª edição, McGRAW-HILL
INTERAMERICANA EDITORES, S. A. de C. V. 2011
 GOMEZ, G. Pardo & GUTIÉRREZ, A. García ; Temas de Cirugía, Tomo I, La
Habana: Editorial Ciencias Médicas; 2010.
 FERRAINA, Pedro y ORIA, Alejandro; Cirugía de Michans , 5ª edicao, Buenos
Aires: Hl .Ateneo, 2002
 DOHERTY, Gerald M. Diagnóstico y tratamento QUIRÚRGICOS; 13ª edição,
McGRAW-HILL INTERAMERICANA EDITORES, Mexico, 2011
 GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de
Janeiro, editor Elsevier, 2010.
 MARTINEZ, E. Lobo; Manual de Urgencias Quirúrgicas, 4ª edição, Madrid, 2011.

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Hemorragia digestiva baixa: Causas, sinais e abordagem

  • 1. Bernabé Manuel Tepa Bernadete Manuel Ferrão Dr. Mahomed Afzal Mussa Estudantes: Tutor: Hemorragia digestiva baixa Abril de 2023 HOSPITAL CENTRAL DA BEIRA UNIVERSIDADE ZAMBEZE Departamento de Cirurgia
  • 2. Introdução As hemorragias digestivas agudas constituem um problema clínico freqüente com manifestações muitos diversas. Estas hemorragias podem ser triviais ou massivas, e podem proceder praticamente de qualquer parte do aparelho digestivo, incluindo o pâncreas, o fígado e as vias biliares. A localização da hemorragia se classifica tipicamente em função da relação com o ligamento de Treitz.
  • 3. Hemorragia digestiva É a perda de sangue para a luz do tubo digestivo, que geralmente se exterioriza pela saída de sangue a través da boca (hematêmeses) ou pelo anus (melena, enterorragia). Classificação  Hemorragia digestiva alta  Hemorragia digestiva baixa
  • 4. HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA É aquela em que a origem da hemorragia se encontra por abaixo do angulo de Treitz, dentro do intestino.  Mais de 95% dos pacientes com a hemorragia a origem do sangramento é o colón.  A incidência da hemorragia digestiva baixa aumenta com a idade
  • 5. Factores de risco  Idade maior de 60 anos,  Enfermidades concomitantes,  Coagulopatias,  Magnitude do sangramento (conseqüências hemodinâmicas, necessidades transfusionais maiores de cinco unidades),  Diagnóstico errôneo,  Recidiva do sangramento.
  • 6. Causas de Hemorragia digestiva baixa
  • 7. Causas Específicas de HDB Doença Diverticular  Pouco freqüentes em pacientes menores de 40 anos,  São responsáveis por mais de 55% dos casos de hemorragia.  Apenas 3% a 15% dos indivíduos com diverticulose apresentam qualquer sangramento.  O sangramento ocorre na região do colo do divertículo,  75% dos que sangram param espontaneamente, ~ 10% apresentarão ressangramento dentro de 1 ano e quase 50% dentro de 10 anos.  Mais comum do lado esquerdo, a doença do lado direito é responsável por mais de 50% do sangramento. Sangramento do Cólon
  • 8.
  • 9. Neoplasia  O carcinoma colorretal é uma causa incomum,  Sangramento é indolor, intermitente e de natureza lenta e é associado com anemia ferropriva. Fatores de risco:  Síndrome de polipose familiar  Síndrome de câncer colorretal hereditário “não polipose”,  A síndrome de Lynch  75% na forma esporádica (sem história familiar)  Dieta e Hábitos de Vida  Pólipos adenomatosos > 1cm  DII – portadores crônicos.
  • 10. Manifestações clinicas  Nas fases precoces são assintomáticos  Sangramento (oculto ou exteriorizado), dor abdominal, constipação e massa abdominal palpável,  Raro emagrecimento, perfuração intestinal, ascite e metástase hepática. Mais comum no C.A de cólon direito  Tumores mais sangrantes  Sangue oculto nas fezes e a anemia ferropriva.  Perda de peso e febre  Ulceração/erosão da mucosa  Responsável por 5-20% de HDB maciças. CA do lado esquerdo do cólon  Tendem a apresentar sangue- vivo  Constipação progressiva, ou alternada com hiperdefecação ou diarreia.
  • 11. Cancer retal  Predomina hematoquezia de pequena monta, persistente ou intermitente.  Constipação, tenesmo, eliminação de muco e  Sintomas relacionados à invasão dos órgãos adjacentes (uropatia obstrutiva, hematúria, fístulas vaginais).
  • 12. Doença Anorretal Principais causas de sangramento anorretal:  Hemorroidas internas,  Fissuras anais  Abscessos e fístulas perianais
  • 13. Abscessos e fístulas anais  Representam a mesma comorbidade  Abscessos são a forma aguda  E fístulas são a forma crônica  Raramente vão provocar sangramento Fissuras anais  Úlcera linear no canal anal  A fissura aguda normalmente é superficial  A fissura anal crônica é mais profunda  Principal sintoma é a dor  70% dos sangramento após evacuação  Pequenas quantidades de sangue-vivo  Pequenas gotas no vaso e papel higiênico  Sangramento é menor que nas hemorroidas
  • 14. Hemorróidas  Importante fonte de sangramento na HDB,  Sangramento de pequena intensidade e intermitente,  Uma das causas mais comuns de HDB em jovens,  Sangue em pequena quantidade ao redor das fezes,  Hemorroidas internas estão mais associadas ao sangramento  Sangramentos de grandes volumes não são comuns, mas podem ocorrer (coagulopatias).
  • 15.
  • 16. Doença inflamatória intestinal As hemorragias digestivas são muito mais freqüentes na colites ulcerosa que na enfermidade de Crohn. Colitis ulcerosa  É uma alteração da mucosa que começa nos segmentos distais do recto em ocasioes pode afectar todo colon. Os pacientes poden ter ate 20 deposicoes sanguinolentas diárias. Dor abdominal Tenesmo Febre.
  • 17.
  • 18. Outras causas  Colite pseudomembranosa – após uso de antibióticos.  Colite infecciosa – E. coli, citomegalovírus, Shigella, Salmonella  História diarreia sanguinolenta e febre
  • 19. Causas específicas de hemorragias do intestino delgado Angiodisplasias  São a causa freqüente de hemorragias do intestino delgado;  Responsáveis por 10-20%.  A maioria das ectasias vasculares do intestino delgado afetam o jejuno, seguido por íleo e duodeno.  Normalmente a HDB é de baixa quantidade  15% podem ter HDB maciça  10-15% anemia falta de ferro e sangue oculto nas fezes  O sangramento é autolimitado em 90% dos casos, mas é recorrente.
  • 20. Divertículo de Meckel  É a mais frequente anomalia congênita do aparelho digestivo  2% da população  2/1 homens e mulheres  98% dos portadores são assintomático  Fechamento incompleto do saco vitelino  Borda do íleo ( 30-40cm da valva ileocecal)  Contém mucosa, submucosa e muscular própria, sendo que o revestimento mucoso pode ser semelhante ao do íleo terminal  50% dos casos é revestido por mucosa gástrica.  Pode se manifestar também com anemia ferropriva inexplicável ou HDB copiosa
  • 21.
  • 22. Pólipos intestinais  Evolução para CA (10-15 anos) pós-polipectomia  15% pop. → caráter benigno  Maioria assintomática  Sintomas = sangramento e muco nas fezes, dor abdominal  Colonoscopia diagnóstico e terapêutico. Lesões de Dieulafoy  Comum curvatura menor estômago e cárdia  Defeito submucosa → Vaso arterial visível  Raramente pode acometer delgado, cólon e reto  QC: HDB raro → maçica e recorrente quando ocorre
  • 23.
  • 24. Exames complementares  Endoscopia alta (esofagogastroduodenoscopia)  Colonoscopia  Hemograma  A cintilografia com tecnécio-99m  Angiografia Mesentérica  Enema baritado  Ecografia abdominal, Endo-dopler  Raio X simples e com contraste  TAC e RMN
  • 25. Abordagem na HDB Medida iniciais  Controlar os sinais vitais (reposição soro fisiológico/Ringer)  Obter 2 acessos venosos periféricos de grande calibre  Se a perda for superior a 1.500 ml – reposição de [ ] de hemácias.  Inserir a SNG  Minuciosa história clinica;  Exame físico completo, incluindo toque retal e anuscopia;  Realização de hemograma e coagulograma;
  • 26.
  • 27. Diagnóstico na HDB Paciente estável  Colonoscopia é o método de escolha (diagnóstico e terapêutica).  Avaliação e controle  Localiza o sítio de lesão em 80% dos casos  Hemorragia ativa, coágulos aderidos e vasos visíveis  Realiza a hemostasia.  Exame deve ser feito após limpeza do cólon Por via oral ou sonda nasoenteral Ou uso de enema: Polietileno glicol (PEG) ou manitol
  • 28.  Cintilografia  Hemácias marcadas Tc99m.  Arteriografia  Enteroscopia  Cápsula endoscópica - Exame do intestino delgado nos casos de sangramento obscuro
  • 29.  Terapia angiográfica  Cirurgia de emergência  Se identificado sítio de sangramento  Colectomia segmentar com anastomose primária
  • 30. Bibliografia  SABISTON, Tratado de cirurgia, FUNDAMENTOS BIOLOGICOS de la PRÁCTICA QUIRÚRGICA MODERNA, 20ª edição , 2017.  SCHWARTZ. PRINCIPIOS DE CIRUGÍA, 9ª edição, McGRAW-HILL INTERAMERICANA EDITORES, S. A. de C. V. 2011  GOMEZ, G. Pardo & GUTIÉRREZ, A. García ; Temas de Cirugía, Tomo I, La Habana: Editorial Ciencias Médicas; 2010.  FERRAINA, Pedro y ORIA, Alejandro; Cirugía de Michans , 5ª edicao, Buenos Aires: Hl .Ateneo, 2002  DOHERTY, Gerald M. Diagnóstico y tratamento QUIRÚRGICOS; 13ª edição, McGRAW-HILL INTERAMERICANA EDITORES, Mexico, 2011  GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de Janeiro, editor Elsevier, 2010.  MARTINEZ, E. Lobo; Manual de Urgencias Quirúrgicas, 4ª edição, Madrid, 2011.

Notas do Editor

  1. Espasmo anal - dor evacuar - “constipação voluntária” - fezes volumosas e endurecidas - lesão anal