SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
Baixar para ler offline
SUPORTE ENTERAL E
PARENTERAL NO DOENTE
CRÍTICO
Plinio N Gomes- Curso CTI Out09
O MEU PACIENTE NECESSITA DE TN?


 Bases da Avaliação Nutricional
   ASG, exame físico, histórico alimentar, medicamentos
   em uso, dados laboratoriais
 Contexto clínico-cirúrgico
 Aspectos clínico-nutricionais das co-morbidades
 Objetivos relativos a Terapia Nutricional
MODALIDADES DE TERAPIA
NUTRICIONAL

 Nutrição oral + suplementos orais
 Nutrição oral + enteral por sonda
 Nutrição enteral + parenteral
 Nutrição parenteral exclusiva
 Nutrição contínua/intermitente
 Nutrição cíclica (diurna/noturna)
JUKKA TAKALA
 Curr.Opin.Clin.Nutr.Metab.Care 1999; 2(2):153




“Progressive depletion in critically ill patients - an unsolved
  clinical problem that persists !!!”
- Ressuscitação primária com sucesso:
  ⇒ Complica c/ falência de múltiplos orgãos e sistemas:
      - 5 - 10% dos pacientes graves tem permanência ↑↑
      - Consomem até 50% dos recursos da terapia intensiva
- Nesse pequeno subgrupo de pacientes graves, apesar das
  tentativas de redução das perdas da proteína corporal pela
  nutrição, a depleção nutricional é inevitável !!!
- Princípio fundamental : “Primum non nocere”
SEPSIS
DIFERENÇAS ENTRE DIETAS
ENTERAIS


                 Contém nutrientes em
                 sua forma intacta
                 (proteínas, açúcares) ou
                 fracionada
                 Densidades calóricas nas
                 fórmulas prontas (packs)
                 de 1-2 kcal/ml. 85% de
                 água numa fórmula de
                 1kcal/ml
                 Diferentes teores de
                 proteínas (4-32%) e de
                 relação CHO/LIP
NRS≥ 3= iniciar TN
O ACESSO

  Planejar a via de acesso
  Protocolo de colocação do acesso
  Controle pós-execução do acesso
  Estrutura da equipe e hospitalar
    Quem fornece
    Quem avalia
    Quem interrompe
PROTEIN-
METABOLIC STATE-RECOMMENDED
AMOUNTS
 Normal condition, no stress: 0.8 g/kg/d
 Mild stress: 1.0–1.2 g/kg/d
 Moderate stress: 1.2–1.5 g/kg/d
 Severe stress: 1.5–2.0 g/kg/d
 Renal failure, predialysis: 0.6–0.8 g/kg/d
 Renal failure, dialysis: 1.2–1.5 g/kg/d
 Hepatic failure: 0.8–1.2 g/kg/d
I GUESS…
CÁLCULO DA META CALÓRICA

 Fórmulas estimativas do Gasto Energético
 Medida do Gasto Energético
   Por Calorimetria Indireta Respiratória
   Por Calorimetria Indireta Circulatória
DETERMINAÇÃO das NECESSIDADES CALÓRICAS e
        PROTÊICAS na NUTRIÇÃO PARENTERAL

                                             Estado Nutricional
                                      Hipermetabolismo (Jejum c/ agressão)
  Parâmetros Nutricionais              Desnutrição           Manutenção

  Gasto energético
  - Medido (GER) - A                    GER x 1,10              GER x 1,00
  - Calculado (GED)                     GEB x 1,30              GEB x 1,20
    Fator: Ação Dinâmica Específica     GEB x 1,00               GEB x 1,00
  - Ganho Ponderal                         ---                      ---

  Proteína
  - Acamado (A)                       1,5 - 2,0 g/Kg/dia      1,2 - 1,5 g/Kg/dia
    Relação Kcal/gN2                         100                      120


  Calorias                        CHO: 3-4mg/Kg/min           LIP : 0,5-1,0g/Kg/dia
                                               15-30% GE; w3=0,1-0,2g/kg; 4-8%kcal tot AL
•Lipídio modulado ou estruturado: TCL /TCL-TCM/SMOF®/Omegaven ® /Lipidem ®;
                                                    ®
•Manter a TG < 350 mg% e OSM-SAP < 1000; Taxa máx infusão Lip: 0,11 g/kg/h
TOTAL PARENTERAL NUTRITION MACRONUTRIENT
  CALCULATION
  Energy needs: 2000 kcal/d. Fluid needs: 2400 mL/d.
      Protein needs: 120 g/d. TPN: Protein contains 4 kcal/g, so 120 g protein = 480
      kcal.2000 total kcal - 480 protein kcal = 1520 kcal (to provide as nonprotein kcal).
      Lipid: 1520 kcal × 0.25 = 380 kcal. Provided as 20% Intralipid: has 2 kcal/mL (380
      kcal ÷ 2 kcal/mL) = 190 mL Intralipid.
      Dextrose: 1520 kcal × 0.75 = 1140 kcal. Dextrose has 3.4 kcal/g (1140 kcal ÷ 3.4
      kcal/g) = 335 g dextrose. Volume (using 10% amino acid, and 70% dextrose
      solutions).

Volumes:
  Protein: 120 g ÷ 0.1 = 1200 mL.
  Dextrose: 335 g ÷ 0.5 = 670 mL.
  Lipid: 190 mL.
  Electrolytes and other additives: approximately 100 mL.
  Total volume = 2160 mL.
  Fluid needs: 240 mL sterile water.
ELECTROLYTE REQUIREMENTS FOR
ADULTS

 Substrate     Usual              DoseRange
 Sodium:       2 mEq/kg/d   0.5–5mEq/kg/d
 Potassium:    1 mEq/kg/d   0.5–2 mEq/kg/d
 Chloride:     2 mEq/kg/d   0.5–4 mEq/kg/d
 Acetate:      1 mEq/kg/d   0.5–2 mEq/kg/d
 Calcium:      10 mEq/d     5–15 mEq/d
 Magnesium:    16 mEq/d     8–32 mEq/d
 Phosphorus:   15 mmol/d    5–30 mmol/d
O SN NA ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL

 Consenso sobre práticas clínicas
 Ajuste do aporte calórico segundo protocolo
 Deixar recomendações claras na prescrição
 e rótulo
 Dificuldades e tomadas de decisão
   PDCA: o dia-a-dia da prescrição nutricional
 Documentação de indicadores de qualidade
 na Terapia Nutricional
ERROS NAS PRESCRIÇÕES   MÉDICAS
PROTOCOLO DE RESÍDUO
GÁSTRICO
CRITÉRIOS DE SUSPENSÃO DA DIETA ENTERAL
NÃO SUSPENDER
higiene corporal
mudança de decúbito
punção arterial/venosa
FOB (broncofibroscopia) - paciente entubado
US vias urinárias/tórax
Doppler




SUSPENDER 1 HORA ANTES (SONDA GÁSTRICA)
TC tórax, crânio
Ressonância magnética
Eco-transesofágico
TQT
OBS. Utilizar gastrocinético conforme avaliação clínica
SUSPENDER 1 HORA ANTES (SONDA PÓS-PILÓRICA)
TC abdome
RM abdome
SUSPENDER 4 HORAS ANTES
TC abdome
EDA
FOB – paciente não entubado
Ecotransesofágico – paciente extubado
US abdome (avaliar vesícula)
SUSPENDER 8 HORAS ANTES
Procedimentos cirúrgicos
SUSPENDER IMEDIATAMENTE
Vômito
Suspeita de desposicionamento
Hemorragia digestiva ( conforme clínica)
Hipotensão (conforme clínica)



                                                          Rotina da EMTN do H Pró-Cardíaco
Proteínas: 1,2-2 g/kg/dia
Glicose: 2-4 mg/kg/min
Lipídio: 0,5-1 g/kg/dia
IMPACT OF EARLY PARENTERAL NUTRITION COMPLETING ENTERAL NUTRITION IN ADULT CRITICALLY ILL
PATIENTS (EPANIC)
SPONSORS AND COLLABORATORS: KATHOLIEKE UNIVERSITEIT LEUVEN
FUND FOR SCIENTIFIC RESEARCH, FLANDERS, BELGIUM
BAXTER FRANCE
INFORMATION PROVIDED BY:KATHOLIEKE UNIVERSITEIT LEUVEN CLINICALTRIALS.GOV
IDENTIFIER:NCT00512122

Arms Assigned Interventions EN only: Experimental Other: Withholding PN during the
  first week of ICU stay Patients in this arm will receive exclusively enteral nutrition. If
  enteral nutrition is insufficient after the seventh day of ICU stay, parenteral nutrition
  will be started. EN plus early PN: Active Comparator Drug: Oliclinomel N71000 OR
  N71000E // Clinimix N17G35 OR N17G35E PN will be started the morning of the third
  ICU hospitalisation day. The amount of PN to be given will be calculated to
  cover the caloric needs of the patient, based on the enteral energy intake the
  previous 24 hours.
Detailed Description:
  As initial nutritional support, patients randomised to the 'EN combined with early PN'
  group will receive glucose 20% at 40 ml/hr. EN will be initiated in the evening of the
  second ICU hospitalisation day, PN will be started the morning of the third ICU
  hospitalisation day. The amount of PN to be given on any particular day will be the
  difference between calculated caloric needs and the calories delivered by EN the
  previous 24 hours. When EN covers 80% of calculated caloric needs PN will be stopped.
  When the patient is able to eat, the parenteral regimen will be reduced and eventually
  stopped. Whenever oral (+ enteral) intake is below 50% of calculated caloric needs, the
  PN will be (re)-started.
  Trace elements, minerals and vitamins will be administered daily intravenously (IV) to
  all patients from the day of admission onwards. IV substitution will be stopped in
  patients receiving at least 1500 ml of EN. All patients will be treated following the
  intensive insulin therapy schedule - targeting a blood glucose level of 80 - 110 mg/dl -
  from admission until discharge or oral feeding.
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (12)

Nutrição em Cirurgia
Nutrição em CirurgiaNutrição em Cirurgia
Nutrição em Cirurgia
 
Terapeutica nutricional no peri operatório
Terapeutica nutricional no peri operatórioTerapeutica nutricional no peri operatório
Terapeutica nutricional no peri operatório
 
NutriçãO Em Cirurgia
NutriçãO Em CirurgiaNutriçãO Em Cirurgia
NutriçãO Em Cirurgia
 
Nutricao em cirurgia
Nutricao em cirurgiaNutricao em cirurgia
Nutricao em cirurgia
 
Questões de concurso dieto
Questões de concurso dietoQuestões de concurso dieto
Questões de concurso dieto
 
Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral Cálculos em Nutrição Parenteral
Cálculos em Nutrição Parenteral
 
Apresentaçao Queimados
Apresentaçao QueimadosApresentaçao Queimados
Apresentaçao Queimados
 
Apresentação TNE
Apresentação TNEApresentação TNE
Apresentação TNE
 
4. nutrição parentérica
4. nutrição parentérica4. nutrição parentérica
4. nutrição parentérica
 
Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite Apresentação pancreatite
Apresentação pancreatite
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
 
Protocolo dm
Protocolo dmProtocolo dm
Protocolo dm
 

Semelhante a Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico

Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Larissa Goncalves
 
Caso clínico josé ribamar
Caso clínico   josé ribamarCaso clínico   josé ribamar
Caso clínico josé ribamar
Myrelle Cristina
 
Recursos ergogênicos em educação física
Recursos ergogênicos em educação físicaRecursos ergogênicos em educação física
Recursos ergogênicos em educação física
washington carlos vieira
 
Intervenção nutricional na cirurgia bariátrica
Intervenção nutricional na cirurgia bariátricaIntervenção nutricional na cirurgia bariátrica
Intervenção nutricional na cirurgia bariátrica
Natália Silva
 
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdfTabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Dalila677702
 

Semelhante a Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico (20)

Cetoacidose diabética
Cetoacidose diabéticaCetoacidose diabética
Cetoacidose diabética
 
Aula3 nut mul_crianca_2010.1
Aula3 nut mul_crianca_2010.1Aula3 nut mul_crianca_2010.1
Aula3 nut mul_crianca_2010.1
 
3. nutrição entérica
3. nutrição entérica3. nutrição entérica
3. nutrição entérica
 
Nutrição para o triatlon
Nutrição para o triatlonNutrição para o triatlon
Nutrição para o triatlon
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
 
Protocolos NICU
Protocolos NICUProtocolos NICU
Protocolos NICU
 
Estratégias nutricionais para o ganho de massa muscular
Estratégias nutricionais para o ganho de massa muscularEstratégias nutricionais para o ganho de massa muscular
Estratégias nutricionais para o ganho de massa muscular
 
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtadoCaso clinico shr sbad 2018 encurtado
Caso clinico shr sbad 2018 encurtado
 
Caso clínico josé ribamar
Caso clínico   josé ribamarCaso clínico   josé ribamar
Caso clínico josé ribamar
 
Manual terapia nutricional
Manual terapia nutricionalManual terapia nutricional
Manual terapia nutricional
 
Esteatose
EsteatoseEsteatose
Esteatose
 
Recursos ergogênicos em educação física
Recursos ergogênicos em educação físicaRecursos ergogênicos em educação física
Recursos ergogênicos em educação física
 
nutricao para hipertrofia
nutricao para hipertrofianutricao para hipertrofia
nutricao para hipertrofia
 
Estado nutricional
Estado nutricionalEstado nutricional
Estado nutricional
 
Hipertrofia muscular alimentos e suplementos
Hipertrofia muscular   alimentos e suplementosHipertrofia muscular   alimentos e suplementos
Hipertrofia muscular alimentos e suplementos
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Intervenção nutricional na cirurgia bariátrica
Intervenção nutricional na cirurgia bariátricaIntervenção nutricional na cirurgia bariátrica
Intervenção nutricional na cirurgia bariátrica
 
Anad Dentista 2010
Anad Dentista 2010Anad Dentista 2010
Anad Dentista 2010
 
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdfTabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
Tabelas Protocolo Hiperglicemia.pdf
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 

Mais de Rodrigo Biondi

Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na UtiReposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
Rodrigo Biondi
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Rodrigo Biondi
 
SíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental AbdominalSíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental Abdominal
Rodrigo Biondi
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática Aguda
Rodrigo Biondi
 
Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2
Rodrigo Biondi
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs Neuromusculares
Rodrigo Biondi
 
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
Rodrigo Biondi
 
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na TiControle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
Rodrigo Biondi
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Rodrigo Biondi
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
Rodrigo Biondi
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
Rodrigo Biondi
 

Mais de Rodrigo Biondi (18)

Pcr Academicos 2009
Pcr Academicos 2009Pcr Academicos 2009
Pcr Academicos 2009
 
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na UtiReposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
 
SedaçãO Em Cti
SedaçãO Em CtiSedaçãO Em Cti
SedaçãO Em Cti
 
Sepse Academicos 2009
Sepse Academicos 2009Sepse Academicos 2009
Sepse Academicos 2009
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
SíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental AbdominalSíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental Abdominal
 
MonitorizaçãO Neuro
MonitorizaçãO NeuroMonitorizaçãO Neuro
MonitorizaçãO Neuro
 
Manejo Da Via Aérea
Manejo Da Via AéreaManejo Da Via Aérea
Manejo Da Via Aérea
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática Aguda
 
Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2
 
Embolia Pulmonar
Embolia PulmonarEmbolia Pulmonar
Embolia Pulmonar
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs Neuromusculares
 
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
 
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na TiControle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
 
Aula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTIAula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTI
 

Último

Último (8)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 

Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico

  • 1. SUPORTE ENTERAL E PARENTERAL NO DOENTE CRÍTICO Plinio N Gomes- Curso CTI Out09
  • 2. O MEU PACIENTE NECESSITA DE TN? Bases da Avaliação Nutricional ASG, exame físico, histórico alimentar, medicamentos em uso, dados laboratoriais Contexto clínico-cirúrgico Aspectos clínico-nutricionais das co-morbidades Objetivos relativos a Terapia Nutricional
  • 3. MODALIDADES DE TERAPIA NUTRICIONAL Nutrição oral + suplementos orais Nutrição oral + enteral por sonda Nutrição enteral + parenteral Nutrição parenteral exclusiva Nutrição contínua/intermitente Nutrição cíclica (diurna/noturna)
  • 4. JUKKA TAKALA Curr.Opin.Clin.Nutr.Metab.Care 1999; 2(2):153 “Progressive depletion in critically ill patients - an unsolved clinical problem that persists !!!” - Ressuscitação primária com sucesso: ⇒ Complica c/ falência de múltiplos orgãos e sistemas: - 5 - 10% dos pacientes graves tem permanência ↑↑ - Consomem até 50% dos recursos da terapia intensiva - Nesse pequeno subgrupo de pacientes graves, apesar das tentativas de redução das perdas da proteína corporal pela nutrição, a depleção nutricional é inevitável !!! - Princípio fundamental : “Primum non nocere”
  • 6.
  • 7.
  • 8. DIFERENÇAS ENTRE DIETAS ENTERAIS Contém nutrientes em sua forma intacta (proteínas, açúcares) ou fracionada Densidades calóricas nas fórmulas prontas (packs) de 1-2 kcal/ml. 85% de água numa fórmula de 1kcal/ml Diferentes teores de proteínas (4-32%) e de relação CHO/LIP
  • 9.
  • 10.
  • 12. O ACESSO Planejar a via de acesso Protocolo de colocação do acesso Controle pós-execução do acesso Estrutura da equipe e hospitalar Quem fornece Quem avalia Quem interrompe
  • 13.
  • 14.
  • 15. PROTEIN- METABOLIC STATE-RECOMMENDED AMOUNTS Normal condition, no stress: 0.8 g/kg/d Mild stress: 1.0–1.2 g/kg/d Moderate stress: 1.2–1.5 g/kg/d Severe stress: 1.5–2.0 g/kg/d Renal failure, predialysis: 0.6–0.8 g/kg/d Renal failure, dialysis: 1.2–1.5 g/kg/d Hepatic failure: 0.8–1.2 g/kg/d
  • 16.
  • 17.
  • 19. CÁLCULO DA META CALÓRICA Fórmulas estimativas do Gasto Energético Medida do Gasto Energético Por Calorimetria Indireta Respiratória Por Calorimetria Indireta Circulatória
  • 20. DETERMINAÇÃO das NECESSIDADES CALÓRICAS e PROTÊICAS na NUTRIÇÃO PARENTERAL Estado Nutricional Hipermetabolismo (Jejum c/ agressão) Parâmetros Nutricionais Desnutrição Manutenção Gasto energético - Medido (GER) - A GER x 1,10 GER x 1,00 - Calculado (GED) GEB x 1,30 GEB x 1,20 Fator: Ação Dinâmica Específica GEB x 1,00 GEB x 1,00 - Ganho Ponderal --- --- Proteína - Acamado (A) 1,5 - 2,0 g/Kg/dia 1,2 - 1,5 g/Kg/dia Relação Kcal/gN2 100 120 Calorias CHO: 3-4mg/Kg/min LIP : 0,5-1,0g/Kg/dia 15-30% GE; w3=0,1-0,2g/kg; 4-8%kcal tot AL •Lipídio modulado ou estruturado: TCL /TCL-TCM/SMOF®/Omegaven ® /Lipidem ®; ® •Manter a TG < 350 mg% e OSM-SAP < 1000; Taxa máx infusão Lip: 0,11 g/kg/h
  • 21. TOTAL PARENTERAL NUTRITION MACRONUTRIENT CALCULATION Energy needs: 2000 kcal/d. Fluid needs: 2400 mL/d. Protein needs: 120 g/d. TPN: Protein contains 4 kcal/g, so 120 g protein = 480 kcal.2000 total kcal - 480 protein kcal = 1520 kcal (to provide as nonprotein kcal). Lipid: 1520 kcal × 0.25 = 380 kcal. Provided as 20% Intralipid: has 2 kcal/mL (380 kcal ÷ 2 kcal/mL) = 190 mL Intralipid. Dextrose: 1520 kcal × 0.75 = 1140 kcal. Dextrose has 3.4 kcal/g (1140 kcal ÷ 3.4 kcal/g) = 335 g dextrose. Volume (using 10% amino acid, and 70% dextrose solutions). Volumes: Protein: 120 g ÷ 0.1 = 1200 mL. Dextrose: 335 g ÷ 0.5 = 670 mL. Lipid: 190 mL. Electrolytes and other additives: approximately 100 mL. Total volume = 2160 mL. Fluid needs: 240 mL sterile water.
  • 22. ELECTROLYTE REQUIREMENTS FOR ADULTS Substrate Usual DoseRange Sodium: 2 mEq/kg/d 0.5–5mEq/kg/d Potassium: 1 mEq/kg/d 0.5–2 mEq/kg/d Chloride: 2 mEq/kg/d 0.5–4 mEq/kg/d Acetate: 1 mEq/kg/d 0.5–2 mEq/kg/d Calcium: 10 mEq/d 5–15 mEq/d Magnesium: 16 mEq/d 8–32 mEq/d Phosphorus: 15 mmol/d 5–30 mmol/d
  • 23. O SN NA ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL Consenso sobre práticas clínicas Ajuste do aporte calórico segundo protocolo Deixar recomendações claras na prescrição e rótulo Dificuldades e tomadas de decisão PDCA: o dia-a-dia da prescrição nutricional Documentação de indicadores de qualidade na Terapia Nutricional
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 29.
  • 30.
  • 31. CRITÉRIOS DE SUSPENSÃO DA DIETA ENTERAL NÃO SUSPENDER higiene corporal mudança de decúbito punção arterial/venosa FOB (broncofibroscopia) - paciente entubado US vias urinárias/tórax Doppler SUSPENDER 1 HORA ANTES (SONDA GÁSTRICA) TC tórax, crânio Ressonância magnética Eco-transesofágico TQT OBS. Utilizar gastrocinético conforme avaliação clínica SUSPENDER 1 HORA ANTES (SONDA PÓS-PILÓRICA) TC abdome RM abdome SUSPENDER 4 HORAS ANTES TC abdome EDA FOB – paciente não entubado Ecotransesofágico – paciente extubado US abdome (avaliar vesícula) SUSPENDER 8 HORAS ANTES Procedimentos cirúrgicos SUSPENDER IMEDIATAMENTE Vômito Suspeita de desposicionamento Hemorragia digestiva ( conforme clínica) Hipotensão (conforme clínica) Rotina da EMTN do H Pró-Cardíaco
  • 32. Proteínas: 1,2-2 g/kg/dia Glicose: 2-4 mg/kg/min Lipídio: 0,5-1 g/kg/dia
  • 33.
  • 34.
  • 35. IMPACT OF EARLY PARENTERAL NUTRITION COMPLETING ENTERAL NUTRITION IN ADULT CRITICALLY ILL PATIENTS (EPANIC) SPONSORS AND COLLABORATORS: KATHOLIEKE UNIVERSITEIT LEUVEN FUND FOR SCIENTIFIC RESEARCH, FLANDERS, BELGIUM BAXTER FRANCE INFORMATION PROVIDED BY:KATHOLIEKE UNIVERSITEIT LEUVEN CLINICALTRIALS.GOV IDENTIFIER:NCT00512122 Arms Assigned Interventions EN only: Experimental Other: Withholding PN during the first week of ICU stay Patients in this arm will receive exclusively enteral nutrition. If enteral nutrition is insufficient after the seventh day of ICU stay, parenteral nutrition will be started. EN plus early PN: Active Comparator Drug: Oliclinomel N71000 OR N71000E // Clinimix N17G35 OR N17G35E PN will be started the morning of the third ICU hospitalisation day. The amount of PN to be given will be calculated to cover the caloric needs of the patient, based on the enteral energy intake the previous 24 hours. Detailed Description: As initial nutritional support, patients randomised to the 'EN combined with early PN' group will receive glucose 20% at 40 ml/hr. EN will be initiated in the evening of the second ICU hospitalisation day, PN will be started the morning of the third ICU hospitalisation day. The amount of PN to be given on any particular day will be the difference between calculated caloric needs and the calories delivered by EN the previous 24 hours. When EN covers 80% of calculated caloric needs PN will be stopped. When the patient is able to eat, the parenteral regimen will be reduced and eventually stopped. Whenever oral (+ enteral) intake is below 50% of calculated caloric needs, the PN will be (re)-started. Trace elements, minerals and vitamins will be administered daily intravenously (IV) to all patients from the day of admission onwards. IV substitution will be stopped in patients receiving at least 1500 ml of EN. All patients will be treated following the intensive insulin therapy schedule - targeting a blood glucose level of 80 - 110 mg/dl - from admission until discharge or oral feeding.