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AVALIAÇÃO INICIAL,
                     DIAGNÓSTICO E
                FISIOPATOLOGIA DOS
                ESTADOS DE CHOQUE


Prof. Dr. José Fernando Amaral Meletti
Professor Adjunto da Disciplina de Anestesiologia
Faculdade de Medicina de Jundiaí
INTRODUÇÃO
     A importância do tema relaciona-se à
crescente violência urbana e pela maior
agressividade dos procedimentos cirúrgicos não
relacionados ao trauma.
    Trauma, em senso amplo, é a maior causa de
mortalidade e morbidade na faixa etária de
pessoas menores que 50 anos.
    Cirurgias de alta complexidade, transplantes,
população idosa e doenças cardíacas são
situações na qual observamos a síndrome do
choque.
DEFINIÇÃO

    Choque é uma síndrome caracterizada
por uma incapacidade do sistema
circulatório em fornecer oxigênio e
nutrientes aos tecidos de forma a atender
suas necessidades metabólicas.
    Clinicamente, observamos inadequada
perfusão tecidual e desequilíbrio entre a
oferta e o consumo de oxigênio aos
tecidos.
Síndrome do estado de choque
Síndrome do estado de choque

• CONCEITO
... é uma síndrome clínica caracterizada
   por um desarranjo sistêmico na
   perfusão tecidual,acarretando hipoxia
   celular.
Síndrome da hemorragia digestiva alta
• Úlcera duodenal péptica – 40 a 50%
• Erosões gastro-duodenal – 20 a 30%
• Varizes esofagianas – 15 a 25%
• Primeiro o tratamento do estado de choque
após o diagnóstico etiológico.
• Bloqueadores do receptor H2 ou bloqueadores
da bomba de próton
• Porque a pressão é um marcador tardio
  no estado de choque ?
• Quais os reflexos neuro-hormonais
  desencadeados no estado de choque ?
• Quais os determinantes da pressão
  arterial ?
Fonte: Meletti JF, Módolo NSP Comportamento hemodinâmico e metabólico do choque
   hemorrágico: Estudo experimental no cão. Rev Bras Anestesiol 2003;53:623-32
Compensado

             Descompensado


                             Exsangüinado
CLASSIFICAÇÃO DOS
      ESTADOS DE CHOQUE
 Hipovolêmico
  -hemorragia
                                 Distributivo
  -desidratação
                                    -séptico
  -seqüestro de líquidos
                                    -neurogênico
 Cardiogênico                      -anafilaxia
  -falência ventricular esquerda    -síndrome de hiperviscosidade
  -infarto do miocárdio             -doenças endócrinas:
  -miocardiopatia                      hipotiroidismo,hipocortisolismo
  -miocardite, arritmias          Obstrutivo
  -disfunsão miocárdica da sepse   -embolia pulmonar
  -defeitos mecânicos              -tamponamento cardíaco
  -lesões valvares                 -pneumotórax hipertensivo
  -shunt arteriovenoso             -coartação aórtica
  -aneurisma ventricular
TERMINOLOGIA EMPREGADA
    Infecção:   resposta inflamatória à   presença de
     microrganismos ou à invasão de tecidos normalmente
     estéreis.
    Superinfecção: nova infecção evidenciada                 durante     o
     tratamento de uma infecção em curso.
    Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue.
    Síndrome da resposta infamatória sistêmica: resposta
     inflamatória a várias agressões clínicas graves, infecciosas
     ou não, caracterizada por duas ou mais das seguintes
     condições:
    a)   Temperatura maior que 380C ou menor que 360C
    b)   FC maior que 90 bpm
    c)   Freqüência respiratória maior que 20 mrpm ou PaCO2 menor que 32
         mmHg
    d)   Contagem total de leucócitos maior que 12.000 céls/mm2 ou menor que
         4.000 céls/mm2 ou em forma de bastões maiores que 10%
TERMINOLOGIA EMPREGADA
   Sepse: SRIS associada a infecção comprovada.
   Síndrome séptica: SRIS associada a disfunção de
    órgãos , com sinais clínicos de hipoperfusão ou
    hipotensão.
   Choque séptico: sepse associada à hipotensão,
    mesmo após reanimação volêmica adequada.
   Síndrome da disfunção múltiplas de órgãos: há
    alteração no função de órgão em pacientes
    criticamente enfermos, claramente associada a um
    processo séptico. A homeostasia não pode ser
    mantida sem intervenção nos mesmos.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
 Hemorrágico
a)   Hemorragia digestiva alta      Não hemorrágico
b)   Hemorragia digestiva baixa    a)   Diabete mellitus
c)   Ruptura de aneurisma da       b)   Diabete insípido
     aorta torácica ou abdominal   c)   Grande desidratação
d)   Trauma vascular               d)   Grande queimado
e)   Lesões hemorrágicas no        e)   Vômitos incoercíveis
     fígado ou baço                f)   Fístulas entéricas e/ou
f)   Perfuração cardíaca                pancreáticas
g)   Lesões de grandes vasos da    g)   outras
     base do crânio
h)   Fratura da pelve ou fêmur
i)   Coagulopatias
j)   outros
QUADRO CLÍNICO
 Geral: palidez cutânea, com pele fria , pulsos
  acelerados e finos
 SNC: alteração da consciência, agitação psicomotora,
  confusão mental, torpor e coma
 SCV: taquicardia com hipotensão arterial discreta ou
  acentuada
 Resp: sem anormalidade, exceto se dç. Pulmonar
  associada, pode haver fadiga respiratoria
 SGI: pode haver hematêmese ou melena, enterorragia,
  distensão abdominal, aumento ou diminuição dos RHA
 SGU: oligúria, urina concentrada.
FATORES E GRAVIDADES DOS
    ESTADOS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICOS

                                I           II          III          IV
Perda sangüínea (ml)          < 750     750-1500    1500-2000       >2000
Perda sangüínea (%volume)     >15%       15-30%      30-40%         >40%
Freqüência de pulso           >100        >100         >120         >140
Pressão sangüínea              Nl          NL          DIM           DIM
Pressão de pulso (mmHg)     Nl - ELV       DIM         DIM           DIM
Teste de Perfusão capilar      Nl         POS          POS           POS
Freqüência respiratória       14-20       20-30       30-40          >35
Débito Urinário                >30        20-30        5-15         INSG
Estado Mental                Leve/te    Moder/te    Ansioso e     Confuso e
                             ansioso    ansioso      confuso       letárgico
Reposição de fluídos        cristalóide cristalóide Cristalóide   Cristalóide
                                                    e sangue      e sangue
CHOQUE CARDIOGÊNICO
 Por arritmias
  a) Taquiarritmias
  b) Bradiarritmias
 Por fator mecânico
  a) Lesões orovalvares regurgitantes
  b) Lesões orovalvares obstrutivas
  c) Ruptura do septo interventricular
 Miopático
  a) Infarto agudo do miocárdio
  b) Insuficiência cardíaca por miocardiopatias
QUADRO CLÍNICO
 Semelhante ao hipovolêmico, sem as
  alterações gastrointestinais
 Edema pulmonar, com estertores e sibilos
 Sinais de IVD
 Taquipnéia intensa
 Fácies de desespero
 História de fatores de risco coronariano
 ECG e enzimas
CHOQUE OBSTRUTIVO

   Tamponamento cardíaco
   Tromboembolismo pulmonar
   Coarctação da aorta
   Hipertensão pulmonar primária
QUADRO CLÍNICO
 Tamponamento cardíaco:
  - Hipofonese de bulhas
  - Sinais de insuficiência ventricular direita
  - Presença de pulso paradoxal
 Tromboembolismo pulmonar:
  -   Dispnéia súbita
  -   Dor torácica ?
  -   Paciente de risco para TVP
  -   Cianose de grau variado
  -   Ausculta normal
  -   Sinais indiretos de HP e cor pulmonale agudo
CHOQUE DISTRIBUTIVO
    Neurogênico
    a)   Trauma cranioencefálico
    b)   Trauma raqui medular
    c)   Disautonomia: tétano, Guillain-Barré
    Anafilático
    a)   Reação anafilática
    b)   Reação anafilactóide
    Metabólico ou tóxico
    a)   Insuficiência renal aguda ou crônica
    b)   Insuficiência hepática
    c)   Abuso de drogas
    d)   Hipertermia maligna
    e)   Acidose ou alcalose grave
CHOQUE DISTRIBUTIVO
    Endocrinológico
    a)   Insuficiência adrenocortical aguda
    b)   Diabete melito
    c)   Diabete insípido
    d)   Apoplexia hipofisária
    e)   Hipotiroidismo
    Por alteração da crase ou viscosidade sangüínea
    a)   Policitemia
    b)   Mieloma múltiplo
    c)   Anemia falciforme
    d)   Embolia gordurosa
    Séptico
    a)   Por bactérias gram-negativas
    b)   Por bactérias gram-positivas
    c)   Por fungos ou vírus
QUADRO CLÍNICO
 Fase Inicial
    Sinais de toxemia, vasodilatação periférica, pele quente e
    úmida, pulso cheio e acelerado, alargamento do gradiente
    de pressão arterial, taquicardia com PA diminuída,
    taquípnéia, respiração acidótica, oligúria, evidências de foco
    infeccioso.
 Fase de reanimação volêmica
     Vasodilatação,    gradiente   pressórico      e    taquicardia
     acentuados, “fase quente do choque”
 Fase Final
    “Fase fria”, com pele fria, pulsos acelerados e finos, torpor ou
     coma, sinais de acidose metabólica intensa, refratária a
     terapêutica
Fisiopatologia
dos Estados de
   Choque
Equilíbrio da Oxigenação Tecidual




 VO2 é determinado pelas necessidade metabólicas,
quando em situações de aumento do metabolismo ou
   baixa perfusão tecidual, a TEO2 que é de 25%,
aumenta até 75 a 80%, determinando queda na SvO2
  Cerra FB: Shock. In Burke JF, ed Surgical physiology. Philadelphia, 183.WB Saunders
Transporte de Oxigênio

        DO2 = CaO2 X Fluxo sistêmico total


O2 na hemoglogina      +          Dissolvido no
                                     plasma



[(Hg) (1,34) (Sat %)   +    (PaO2) (0,0031)]      X        [(Débito Cardíaco)]


                 Pré carga Pós
                     carga
                 Contratilidade
                                      { Volume Sistólico          Freqüência
                                                                   Cardíaca
Lei de Frank - Satrling



Volume
Sistólico




            Pré carga
Efeitos da Hipoperfusão

 Hipoperfusão                        Hipóxia
                                     tecidual



                                 Metabolismo
                                 anaeróbico



       Diminuição da eficiência de     Produção de Lactato e
           produção de ATP                   acidose
Efeitos do Choque ao nível celular


    Falha nos mecanismos de
 manutenção da membrana celular
                               Perda do      Disfunção do
                               gradiente     metabolismo
                               osmótico



Entrada de Na+ na célula    Entrada de
                                             EDEMA
                           água na célula
                                            CELULAR
CHOQUE – Definição Atual
 Insuficiência de perfusão tecidual
  que resulta em hipóxia celular e
   metabolismo celular anaeróbio

Deficiência da produção de ATP pela via
       aeróbica ( Ciclo de Krebs)



          ACIDOSE LÁTICA
PARÂMETROS DE OXIGENAÇÃO
HIPOVOLEMIA
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO


               Pulmão         Coração

 Redução das                            Redução do
 Pressões de                              Débito
 Enchimento                              Cardíaco




 Redução do                             Elevação da
  Volume                                Resistência
  Venoso                                  Vascular
                                         Sistêmica
                   Microcirculação
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE CARDIOGÊNICO


              Pulmão         Coração

Aumento das                            Redução do
pressões de                              Débito
 enchimento                             Cardíaco




 Redução do                            Elevação da
   retorno                             Resistência
   venoso                                Vascular
                                        Sistêmica
                  Microcirculação
SEPSE
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO
 Inicialmente ocorre lesão endotelial, que pode ser causada
  por bactérias gram-negativas.
 A exposição do subendotélio ativa o Fator de Hagerman,
  que inicia a cascata de coagulação que vai determinar em
  oclusão vascular.
 O sistema fibrinolítico é ativado, havendo quimiotaxia para
  neutrófilos que produzem radicais hiperativos de oxigênio
  em quantidade superior à capacidade de tamponamento
  normal do organismo.
 Com a oclusão vascular, ocorre isquemia regional e hipóxia
  tissular, com ativação da via da ciclooxigenase, com
  produção de prostaglandinas e tromboxanos e da via da
  lipooxigenase, com produção final de leucotrienos.
 A isquemia também altera o metabolismo da hipoxantina,
  que resulta em produção de mais radicais hiperativos de
  oxigênio.
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO
 As citoquinas são ativadas principalmente por bactérias
  gram-negativas. Estas bactérias possuem em sua parede
  um lipopolissacarídeo “A”           (endotoxina) que ativa
  macrófagos a sintetizar e secretar TNF.
 Outras citoquinas também estão envolvidas na resposta
  inflamatória da sepse: interleucinas, o fator ativador de
  macrófagos, a eritropoetina, o fator depressor do miocárdio,
  o fator ativador plaquetário, o fator de crescimento das
  plaquetas e outros.
 O óxido nítrico é liberado tanto nas situações de lesão
  endotelial, quanto por ativação das citoquinas.
 O resultado final é alteração de tônus e permeabilidade
  vascular, má distribuição do débito cardíaco, isquemia
  regional e, novo insulto ao endotélio vascular, perpetuando o
  quadro.
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS
  EM RESPOSTA AO CHOQUE
       CIRCULATÓRIO


    Resposta neuroendócrina

    Resposta hemodinâmica

    Resposta metabólica
RESPOSTA NEUROENDÓCRINA
  Estímulo no sistema limbico
    Aumento da atividade do                                Cortex da adrenal
hipotálamo, cortical e medular da                         Liberação de ccrtisol
             adrenal

                        Àtrio direito
                     Barorreceptores de                           Renal Liberação de
                       baixa pressão                                    renina
                                                                 Hipófise Liberação de
 hipotensão / hipovolemia
                                      Perda da inibição
                                                                   ACTH, ADH e GH
                                    tônica do SNC e SNS
                     Aorta / carótidas                             Medula da adrenal
                    Barorreceptores de                                epinefrina
                       alta pressão
                                                                 Angiostensina II


                             Diminuição de
                             perfusão renal
                                                             Cortex da adrenal
                                                               Aldosterona
RESPOSTA HEMODINÂMICA

 Redistribuição do fluxo sangüíneo

 Aumento do débito cardíaco

 Restauração do volume intravascular
RESPOSTA HEMODINÂMICA
    Redistribuição do fluxo sangüíneo
                  HIPOPERFUSÃOTECIDUAL



            ESTÍMULO NEUROENDÓCRINO
  FLUXO
SANGÜÍNEO                           FLUXO SANGÜÍNEO
 MANTIDO                               REDUZIDO
   Coração                                  Pele
   Sistema                               músculos
nervoso central
   Adrenal                          ciculação esplâncnica
RESPOSTA HEMODINÂMICA
          Aumento do débito cardíaco

                  Débito cardíaco = FC X VS
 Limitado até 180 BPM: diminuição
      do DC por diminuição do
       enchimento diastólico




                                     Aumento da
                                    contratilidade

                                                     Aumento do volume
                                                        diastólico final:
                                                       venoconstricçâo
Sistema Nervoso Simpático:
                                                     Arteríolo-constricçâo
Liberação de catecolaminas
                                                      Reabsorção renal
RESPOSTA HEMODINÂMICA
             Restauração da volemia
    Fase de reenchimento capilar
    1.     Diminuição da pressão capilar causada pela hipotensão
    2.     Vasoconstricção arterioçar indizida pelo SNS


     Favorecimento da passagem de fluídos do interstício para o
                            intravascular
    Fase de restauração da pressão oncótica
    1.     Aumento na osmolaridade plasmática devido à liberação
           hepática de glicose, amino-ácidos, piruvato, etc...


         Movimentação transcapilar de fluídos para o intravascular
RESPOSTA HEMODINÂMICA AO CHOQUE
   Vasoconstricção:
     SN simpático
                                        Redução da
    Catecolaminas
                                        capacitância
   Angiostensina II
                                          venosa
        ADH
   Constricção arteriolar:                                    Aumento
   SNS, CA, AT II, ADH                                           nas
                                                             pressões de
Diminuição da pressão capilar                                enchimento
Movimentação de fluídos para               Restauração
      o intravascular                       da volemia                      Aumento
                                                                           no volume
 Aumento da reabsorção tubular renal:                                       sistólico
  aldosterona, ADH, SNS, CA, AT II
                                                                                        Aumento
                                                       Aumento na
Aumento da contratilidade cardíaca:                                                      do DC
                                                        fração de
           SNS e CA                                       ejeção

 Aumento da freqüência cardíaca:
          SNS e CA

Aumento da RVS: SNS, CA, AT II, ADH                                               Aumento na
                                                                                     PA
RESPOSTA METABÓLICA
 Hiperglicemia
 Mobilização das gorduras
 Catabolismo protéico
  Aumento da síntese de uréia
  Aumento no nível de amino-ácidos
 Diminuição da síntese de proteínas
 Aumento da osmolaridade extra-celular
MONITORIZAÇÃO
 Pressão arterial invasiva
 Pressão venosa central
 Cateter de artéria pulmonar (Swan-Ganz)
 Tonometria gástrica
 Lactato plasmático
 Sondagem vesical
CATETER DE SWAN-GANZ
CATETER DE SWAN-GANZ
CATETER DE SWAN-GANZ
PARÂMETROS HEMODINÂMICOS
         E DE OXIGENAÇÃO
 As variáveis estudadas representam primariamente
 medidas de pressão, fluxo ou volume.
Parâmetros gerais:
  - ASC (m2) : procura tornar compatível as variáveis
     hemodinâmicas de pacientes com estruturas corpóreas
     distintas.
  - Débito cardíaco e Índice cardíaco : representam o volume de
     sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de tempo.4-7 /
     2,8-3,2 (L/min/m2)
  - Freqüência cardíaca (bpm): número de batimentos por
     nidade de tempo.
  - Volume sistólico e índice sistólico (ml/m2): volume de sangue
     ejetado a cada sístole. 72 a 96 ml/min. / 35 a 45 ml/min/m2
VARIÁVEIS LIGADAS AO
        VENTRÍCULO DIREITO
Pressão venosa central (PVC): 4-8 mmHg
Pressão do ventrículo direito(PAD): 25/5 mmHg
Pressão arterial pulmonar (PAP): 25/10 mmHg
Pressão pulmonar média (PAPm): 12 -15 mmHg
Índice de resistência vascular sistêmica (RVP) /
 (IRVP): 150-250 / 255-285 din/s/cm5/m2
Índice de trabalho sistólico do ventrículo direito:
 (TSVD) / (ITSVD): 2-7 / 4-8 g/min/m2
VARIÁVEIS LIGADAS AO
      VENTRÍCULO ESQUERDO

 Pressão capilar pulmonar (PCP): 6 -12 mmHg
 Pressão ventricular esquerda (PVE): 120/5 mmHg
 Pressão arterial média (PAM): 70-105 mmHg
 Índice de resistência vascular sistêmica (RVS) /
 (IRVS): 900-1200 / 1800-2200 din/s/cm5
 Índice de trabalho sistólico do ventrículo esquerdo
 (TSVE) / (ITSVE): 72-118 / 43-68 g/min/m2
PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE
          OXIGENAÇÃO
Conteúdo arterial de oxigênio (CaO2): 16-22 vol%
Conteúdo venoso de oxigênio (CvO2): 12-16 vol%
Diferença arteriovenosa de oxigênio (Ca-vO2): 3-5
Saturação venosa mista: 60-80%
Oferta de oxigênio (DO2): 520-720 ml/min
Consumo de oxigênio (VO2): 100-180 ml/min
Taxa de extração de oxigênio: 22-28%
Lactato: < 2,1 mmol/L (demanda de oxigênio)
Tratamento:
   otimização precoce do
 transporte de oxigênio de
acordo com as necessidades
        metabólicas
Avaliação da Perfusão Tecidual
 Marcadores Sistêmicos SvO2

    SvO2 deve estar entre 70 e 75%


SvO2 =     Consumo de oxigênio

            Débito cardíaco
Condutas básicas no Choque

1. Otimizar a volemia

2. Otimizar a pós – carga

3. Ajustar a freqüência cardíaca

4. Otimizar a contratilidade

5. Otimizar o conteúdo arterial de oxigênio
REANIMAÇÃO VOLÊMICA
    Cristalóides isotônicos
    Cristalóides hipertônicos
    Colóides naturais
    1.   Sangue total
    2.   Concentrado de hemáceas
    3.   Plasma fresco congelado
    4.   Albumina humana
    Colóides sintéticos
    1.   Dextran (40 e 70)
    2.   Gelatinas
    3.   Amidos
DROGAS VASOATIVAS
   Dopamina
   Dobutamina
   Noradrenalina
   Adrenalina
   Nitroprussiato de sódio
   Milrinone
   Amrinone
   Dopexamina
SUPORTE TERAPÊUTICO
 Suporte nutricional
   O jejum prolongado determina atrofia da mucosa, aumentando as
      chances de colonização por bactérias da flora intestinal,
      sangramento e íleo-paralítico.
 Terapia antimicrobiana
   Deve-se coletar culturas e inicia antibioticoterapia empírica,
     normalmente para tratamento de estafilococos e gram-negativos
     (pseudomonas).
 Ventilação mecânica precoce
   Há um aumento do consumo de oxigênio pela musculatura acessória,
     facilitando a ocorrência de fadiga respiratória
 Tratamento da acidose de dos desequilíbrios hidroelétrolíticos
 Imunoterapia
   Alguns moduladores tem sido testados, mas sua eficácia ainda não é
      consenso: ínibidores do NO, anti-soro monoclonal, anticorpos de
      IL1 e IL6, aniinflamatórios, eetc...
REPERCUSÕES SISTÊMICAS DO CHOQUE
 Pulmão
   Edema pulmonar não cardiogênico
   Lesão pulmonar aguda
   SARA
 Rim
   Oligúria
   Insuficiência renal
 Fígado
   Insuficiência hepática
 Trato Gastro-Intestinal
   Falha na barreira mucosa intestinal (translocação)
   Úlceras e hemorragias digestivas
 Sistema Hematopoiético / Coagulação
   Trombocitopenia e CIVD
ABORDAGEM
INICIAL DO
PACIENTE
HIPOTENSO
SIM                                O DC ESTÁ                       NÃO
                                         DIMINUÍDO ?



                          90/70      PRESSÃO ARTERIAL   90/40
              FRIA E PEGAJOSA             PELE          QUENTE E RÓSEA
                         LENTO        LEITO UNGUEAL     RÁPIDO
                      APAGADAS           BULHAS         BEM AUDÍVEIS
   ETIOLOGIA CARDIOGÊNICA OU          ANTECEDENTES      INFECÇÃO/LEUCOCITOSE/FEBRE/
                HIPOVOLÊMICA                            FOCOSÉPTICO/IMUNODEPRESSÃO
                                                        GRAVE DISFUNSÃO HEPÁTICA


          A CIRCULAÇÃO                                           NÃO
         ESTÁ CONGESTA?
                                        O QUE NÃO
                                           ESTÁ
                SIM                     COERNTE?

ANGINA/DISPNÉIA                              HEMORRAGIA/DESIDRATAÇÃO
CARDIOMEGALIA/ 3 E 4 BULHAS/ PVC 1           REDUÇÃO TURGOR/MUCOSAS SECAS
ECG,RAIO X, ECO                              HEMATÓCRITO/ SANGUE OCULTO



      CHOQUE                            CHOQUE                           CHOQUE
    CARDIOGÊNICO                     HIPOVOLÊMICO                        SÉPTICO
ALGORITMO DO
TRATAMENTO INICIAL
DA HIPOTENSÃO E
CHOQUE
-ACESSAR OS ABC      -ACESSAR SINAIS VITAIS
               -ASSEGURAR VIA AÉREA -REVER HISTÓRIA CLÍNICA
               -ADMINISTRAR OXIGÊNIO -SOLICITAR ECG
               -ACESSO VENOSO        -RAIO X TÓRAX
               -LIGAR MONITOR, OXÍMETRO, PANI AUTOMÁTICA



                       QUAL É A CAUSA DO PROBLEMA ?



PROBLEMAS DE VOLUME,       PROBLEMAS DE BOMBA          PROBLEMAS DE FREQÜÊNCIA
VASODILATAÇÃO OU
REDISTRIBUIÇÃO


ADMINISTRAR FLUIDOS
TRANSFUSÃO DE SANGUE                                 MUITO LENTO     MUITO RÁPIDO
INTERVENSÕES CAUSA
CONSIDERAR VASOPRESSORES                             BRADI SINUSAL   TAQUI SINUSAL
                                                     BLOQUEIO AV     FLUTER ATRIAL
                                                     FALHA MP        FA
                                                                     TPSV
                                                                     TV
                   QUAL É A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA ?
PRESSÃO SISTÓLICA        PRESSÃO SISTÓLICA           PRESSÃO SISTÓLICA 70-       PRESSÃO
 <70 mmHg (SINAIS E       70-100 mmHg (SINAIS E       100 mmHg (SEM SINAIS E      SISTÓLICA
 SINTOMAS DE COQUE)       SINTOMAS DE COQUE)          SINTOMAS DE COQUE)          >100 mmHg




CONSIDERAR:
REPOR VOLUME              DOPAMINA 2,5-10
                                                  DOBUTAMINA       NITROGLICERINA 0,1-4 ug/Kg/min
NOREPINEFRINA 0,05-0,5    CONSIDERAR -
                                                  2-20 ug/Kg/min   NITROPRUSIATO ,5-2 ug/Kg/min
ug/Kg/min                 NOR EPINEFRINA
DOPAMINA 5-20 ug/Kg/min



                                              CONSIDERE AÇÕES POSTERIORES SE O
                                              PACIENTE STIVER EM EDEMA AGUDO DE PULMÃO




AÇÕES DE PRIMEIRA LINHA       AÇÕES DE SEGUNDA LINHA                AÇÕE DE TERCEIRA LINHA
FUROSEMIDA 0,5-1 mg/Kg        NITROGLICERINA SE PA>100mmHg          MILRINONE 0,1-0,7 ug/Kg/min
MORFINA 1-3 mg                NITROPRUSIATO SE PA> 100mmHg          AMINOFILINA 5mg/Kg (sibilos)
NITROGLICERINA SL             DOPAMINA SE PA < 100 mmHg             TROMBOLÍTICO (sem choque)
OXIGÊNIO/INTUBAÇÃO            DOBUTAMINA SE PA > 100 mmHg           DIGOXINA (se FA, TPSV)
                              PEEP/CPAP                             ANGIOPLASTIA (se falhas)
                                                                    BALÃO INTRA-AORTICO
                                                                    INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

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Choque

  • 1. AVALIAÇÃO INICIAL, DIAGNÓSTICO E FISIOPATOLOGIA DOS ESTADOS DE CHOQUE Prof. Dr. José Fernando Amaral Meletti Professor Adjunto da Disciplina de Anestesiologia Faculdade de Medicina de Jundiaí
  • 2. INTRODUÇÃO A importância do tema relaciona-se à crescente violência urbana e pela maior agressividade dos procedimentos cirúrgicos não relacionados ao trauma. Trauma, em senso amplo, é a maior causa de mortalidade e morbidade na faixa etária de pessoas menores que 50 anos. Cirurgias de alta complexidade, transplantes, população idosa e doenças cardíacas são situações na qual observamos a síndrome do choque.
  • 3. DEFINIÇÃO Choque é uma síndrome caracterizada por uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender suas necessidades metabólicas. Clinicamente, observamos inadequada perfusão tecidual e desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio aos tecidos.
  • 5. Síndrome do estado de choque • CONCEITO ... é uma síndrome clínica caracterizada por um desarranjo sistêmico na perfusão tecidual,acarretando hipoxia celular.
  • 6. Síndrome da hemorragia digestiva alta • Úlcera duodenal péptica – 40 a 50% • Erosões gastro-duodenal – 20 a 30% • Varizes esofagianas – 15 a 25% • Primeiro o tratamento do estado de choque após o diagnóstico etiológico. • Bloqueadores do receptor H2 ou bloqueadores da bomba de próton
  • 7.
  • 8. • Porque a pressão é um marcador tardio no estado de choque ? • Quais os reflexos neuro-hormonais desencadeados no estado de choque ? • Quais os determinantes da pressão arterial ?
  • 9. Fonte: Meletti JF, Módolo NSP Comportamento hemodinâmico e metabólico do choque hemorrágico: Estudo experimental no cão. Rev Bras Anestesiol 2003;53:623-32
  • 10. Compensado Descompensado Exsangüinado
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTADOS DE CHOQUE  Hipovolêmico -hemorragia  Distributivo -desidratação -séptico -seqüestro de líquidos -neurogênico  Cardiogênico -anafilaxia -falência ventricular esquerda -síndrome de hiperviscosidade -infarto do miocárdio -doenças endócrinas: -miocardiopatia hipotiroidismo,hipocortisolismo -miocardite, arritmias  Obstrutivo -disfunsão miocárdica da sepse -embolia pulmonar -defeitos mecânicos -tamponamento cardíaco -lesões valvares -pneumotórax hipertensivo -shunt arteriovenoso -coartação aórtica -aneurisma ventricular
  • 18. TERMINOLOGIA EMPREGADA  Infecção: resposta inflamatória à presença de microrganismos ou à invasão de tecidos normalmente estéreis.  Superinfecção: nova infecção evidenciada durante o tratamento de uma infecção em curso.  Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue.  Síndrome da resposta infamatória sistêmica: resposta inflamatória a várias agressões clínicas graves, infecciosas ou não, caracterizada por duas ou mais das seguintes condições: a) Temperatura maior que 380C ou menor que 360C b) FC maior que 90 bpm c) Freqüência respiratória maior que 20 mrpm ou PaCO2 menor que 32 mmHg d) Contagem total de leucócitos maior que 12.000 céls/mm2 ou menor que 4.000 céls/mm2 ou em forma de bastões maiores que 10%
  • 19. TERMINOLOGIA EMPREGADA  Sepse: SRIS associada a infecção comprovada.  Síndrome séptica: SRIS associada a disfunção de órgãos , com sinais clínicos de hipoperfusão ou hipotensão.  Choque séptico: sepse associada à hipotensão, mesmo após reanimação volêmica adequada.  Síndrome da disfunção múltiplas de órgãos: há alteração no função de órgão em pacientes criticamente enfermos, claramente associada a um processo séptico. A homeostasia não pode ser mantida sem intervenção nos mesmos.
  • 20. CHOQUE HIPOVOLÊMICO  Hemorrágico a) Hemorragia digestiva alta  Não hemorrágico b) Hemorragia digestiva baixa a) Diabete mellitus c) Ruptura de aneurisma da b) Diabete insípido aorta torácica ou abdominal c) Grande desidratação d) Trauma vascular d) Grande queimado e) Lesões hemorrágicas no e) Vômitos incoercíveis fígado ou baço f) Fístulas entéricas e/ou f) Perfuração cardíaca pancreáticas g) Lesões de grandes vasos da g) outras base do crânio h) Fratura da pelve ou fêmur i) Coagulopatias j) outros
  • 21. QUADRO CLÍNICO  Geral: palidez cutânea, com pele fria , pulsos acelerados e finos  SNC: alteração da consciência, agitação psicomotora, confusão mental, torpor e coma  SCV: taquicardia com hipotensão arterial discreta ou acentuada  Resp: sem anormalidade, exceto se dç. Pulmonar associada, pode haver fadiga respiratoria  SGI: pode haver hematêmese ou melena, enterorragia, distensão abdominal, aumento ou diminuição dos RHA  SGU: oligúria, urina concentrada.
  • 22. FATORES E GRAVIDADES DOS ESTADOS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICOS I II III IV Perda sangüínea (ml) < 750 750-1500 1500-2000 >2000 Perda sangüínea (%volume) >15% 15-30% 30-40% >40% Freqüência de pulso >100 >100 >120 >140 Pressão sangüínea Nl NL DIM DIM Pressão de pulso (mmHg) Nl - ELV DIM DIM DIM Teste de Perfusão capilar Nl POS POS POS Freqüência respiratória 14-20 20-30 30-40 >35 Débito Urinário >30 20-30 5-15 INSG Estado Mental Leve/te Moder/te Ansioso e Confuso e ansioso ansioso confuso letárgico Reposição de fluídos cristalóide cristalóide Cristalóide Cristalóide e sangue e sangue
  • 23. CHOQUE CARDIOGÊNICO  Por arritmias a) Taquiarritmias b) Bradiarritmias  Por fator mecânico a) Lesões orovalvares regurgitantes b) Lesões orovalvares obstrutivas c) Ruptura do septo interventricular  Miopático a) Infarto agudo do miocárdio b) Insuficiência cardíaca por miocardiopatias
  • 24. QUADRO CLÍNICO  Semelhante ao hipovolêmico, sem as alterações gastrointestinais  Edema pulmonar, com estertores e sibilos  Sinais de IVD  Taquipnéia intensa  Fácies de desespero  História de fatores de risco coronariano  ECG e enzimas
  • 25. CHOQUE OBSTRUTIVO  Tamponamento cardíaco  Tromboembolismo pulmonar  Coarctação da aorta  Hipertensão pulmonar primária
  • 26. QUADRO CLÍNICO  Tamponamento cardíaco: - Hipofonese de bulhas - Sinais de insuficiência ventricular direita - Presença de pulso paradoxal  Tromboembolismo pulmonar: - Dispnéia súbita - Dor torácica ? - Paciente de risco para TVP - Cianose de grau variado - Ausculta normal - Sinais indiretos de HP e cor pulmonale agudo
  • 27. CHOQUE DISTRIBUTIVO  Neurogênico a) Trauma cranioencefálico b) Trauma raqui medular c) Disautonomia: tétano, Guillain-Barré  Anafilático a) Reação anafilática b) Reação anafilactóide  Metabólico ou tóxico a) Insuficiência renal aguda ou crônica b) Insuficiência hepática c) Abuso de drogas d) Hipertermia maligna e) Acidose ou alcalose grave
  • 28. CHOQUE DISTRIBUTIVO  Endocrinológico a) Insuficiência adrenocortical aguda b) Diabete melito c) Diabete insípido d) Apoplexia hipofisária e) Hipotiroidismo  Por alteração da crase ou viscosidade sangüínea a) Policitemia b) Mieloma múltiplo c) Anemia falciforme d) Embolia gordurosa  Séptico a) Por bactérias gram-negativas b) Por bactérias gram-positivas c) Por fungos ou vírus
  • 29. QUADRO CLÍNICO  Fase Inicial Sinais de toxemia, vasodilatação periférica, pele quente e úmida, pulso cheio e acelerado, alargamento do gradiente de pressão arterial, taquicardia com PA diminuída, taquípnéia, respiração acidótica, oligúria, evidências de foco infeccioso.  Fase de reanimação volêmica Vasodilatação, gradiente pressórico e taquicardia acentuados, “fase quente do choque”  Fase Final “Fase fria”, com pele fria, pulsos acelerados e finos, torpor ou coma, sinais de acidose metabólica intensa, refratária a terapêutica
  • 31.
  • 32. Equilíbrio da Oxigenação Tecidual VO2 é determinado pelas necessidade metabólicas, quando em situações de aumento do metabolismo ou baixa perfusão tecidual, a TEO2 que é de 25%, aumenta até 75 a 80%, determinando queda na SvO2 Cerra FB: Shock. In Burke JF, ed Surgical physiology. Philadelphia, 183.WB Saunders
  • 33.
  • 34.
  • 35. Transporte de Oxigênio DO2 = CaO2 X Fluxo sistêmico total O2 na hemoglogina + Dissolvido no plasma [(Hg) (1,34) (Sat %) + (PaO2) (0,0031)] X [(Débito Cardíaco)] Pré carga Pós carga Contratilidade { Volume Sistólico Freqüência Cardíaca
  • 36. Lei de Frank - Satrling Volume Sistólico Pré carga
  • 37. Efeitos da Hipoperfusão Hipoperfusão Hipóxia tecidual Metabolismo anaeróbico Diminuição da eficiência de Produção de Lactato e produção de ATP acidose
  • 38. Efeitos do Choque ao nível celular Falha nos mecanismos de manutenção da membrana celular Perda do Disfunção do gradiente metabolismo osmótico Entrada de Na+ na célula Entrada de EDEMA água na célula CELULAR
  • 39. CHOQUE – Definição Atual Insuficiência de perfusão tecidual que resulta em hipóxia celular e metabolismo celular anaeróbio Deficiência da produção de ATP pela via aeróbica ( Ciclo de Krebs) ACIDOSE LÁTICA
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 47. FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO Pulmão Coração Redução das Redução do Pressões de Débito Enchimento Cardíaco Redução do Elevação da Volume Resistência Venoso Vascular Sistêmica Microcirculação
  • 48.
  • 50. FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE CARDIOGÊNICO Pulmão Coração Aumento das Redução do pressões de Débito enchimento Cardíaco Redução do Elevação da retorno Resistência venoso Vascular Sistêmica Microcirculação
  • 51.
  • 52. SEPSE
  • 53.
  • 54. FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO  Inicialmente ocorre lesão endotelial, que pode ser causada por bactérias gram-negativas.  A exposição do subendotélio ativa o Fator de Hagerman, que inicia a cascata de coagulação que vai determinar em oclusão vascular.  O sistema fibrinolítico é ativado, havendo quimiotaxia para neutrófilos que produzem radicais hiperativos de oxigênio em quantidade superior à capacidade de tamponamento normal do organismo.  Com a oclusão vascular, ocorre isquemia regional e hipóxia tissular, com ativação da via da ciclooxigenase, com produção de prostaglandinas e tromboxanos e da via da lipooxigenase, com produção final de leucotrienos.  A isquemia também altera o metabolismo da hipoxantina, que resulta em produção de mais radicais hiperativos de oxigênio.
  • 55. FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO  As citoquinas são ativadas principalmente por bactérias gram-negativas. Estas bactérias possuem em sua parede um lipopolissacarídeo “A” (endotoxina) que ativa macrófagos a sintetizar e secretar TNF.  Outras citoquinas também estão envolvidas na resposta inflamatória da sepse: interleucinas, o fator ativador de macrófagos, a eritropoetina, o fator depressor do miocárdio, o fator ativador plaquetário, o fator de crescimento das plaquetas e outros.  O óxido nítrico é liberado tanto nas situações de lesão endotelial, quanto por ativação das citoquinas.  O resultado final é alteração de tônus e permeabilidade vascular, má distribuição do débito cardíaco, isquemia regional e, novo insulto ao endotélio vascular, perpetuando o quadro.
  • 56.
  • 57. MECANISMOS COMPENSATÓRIOS EM RESPOSTA AO CHOQUE CIRCULATÓRIO Resposta neuroendócrina Resposta hemodinâmica Resposta metabólica
  • 58. RESPOSTA NEUROENDÓCRINA Estímulo no sistema limbico Aumento da atividade do Cortex da adrenal hipotálamo, cortical e medular da Liberação de ccrtisol adrenal Àtrio direito Barorreceptores de Renal Liberação de baixa pressão renina Hipófise Liberação de hipotensão / hipovolemia Perda da inibição ACTH, ADH e GH tônica do SNC e SNS Aorta / carótidas Medula da adrenal Barorreceptores de epinefrina alta pressão Angiostensina II Diminuição de perfusão renal Cortex da adrenal Aldosterona
  • 59. RESPOSTA HEMODINÂMICA Redistribuição do fluxo sangüíneo Aumento do débito cardíaco Restauração do volume intravascular
  • 60. RESPOSTA HEMODINÂMICA Redistribuição do fluxo sangüíneo HIPOPERFUSÃOTECIDUAL ESTÍMULO NEUROENDÓCRINO FLUXO SANGÜÍNEO FLUXO SANGÜÍNEO MANTIDO REDUZIDO Coração Pele Sistema músculos nervoso central Adrenal ciculação esplâncnica
  • 61. RESPOSTA HEMODINÂMICA Aumento do débito cardíaco Débito cardíaco = FC X VS Limitado até 180 BPM: diminuição do DC por diminuição do enchimento diastólico Aumento da contratilidade Aumento do volume diastólico final: venoconstricçâo Sistema Nervoso Simpático: Arteríolo-constricçâo Liberação de catecolaminas Reabsorção renal
  • 62. RESPOSTA HEMODINÂMICA Restauração da volemia  Fase de reenchimento capilar 1. Diminuição da pressão capilar causada pela hipotensão 2. Vasoconstricção arterioçar indizida pelo SNS Favorecimento da passagem de fluídos do interstício para o intravascular  Fase de restauração da pressão oncótica 1. Aumento na osmolaridade plasmática devido à liberação hepática de glicose, amino-ácidos, piruvato, etc... Movimentação transcapilar de fluídos para o intravascular
  • 63. RESPOSTA HEMODINÂMICA AO CHOQUE Vasoconstricção: SN simpático Redução da Catecolaminas capacitância Angiostensina II venosa ADH Constricção arteriolar: Aumento SNS, CA, AT II, ADH nas pressões de Diminuição da pressão capilar enchimento Movimentação de fluídos para Restauração o intravascular da volemia Aumento no volume Aumento da reabsorção tubular renal: sistólico aldosterona, ADH, SNS, CA, AT II Aumento Aumento na Aumento da contratilidade cardíaca: do DC fração de SNS e CA ejeção Aumento da freqüência cardíaca: SNS e CA Aumento da RVS: SNS, CA, AT II, ADH Aumento na PA
  • 64. RESPOSTA METABÓLICA  Hiperglicemia  Mobilização das gorduras  Catabolismo protéico Aumento da síntese de uréia Aumento no nível de amino-ácidos  Diminuição da síntese de proteínas  Aumento da osmolaridade extra-celular
  • 65. MONITORIZAÇÃO  Pressão arterial invasiva  Pressão venosa central  Cateter de artéria pulmonar (Swan-Ganz)  Tonometria gástrica  Lactato plasmático  Sondagem vesical
  • 66.
  • 67.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78.
  • 79. PARÂMETROS HEMODINÂMICOS E DE OXIGENAÇÃO  As variáveis estudadas representam primariamente medidas de pressão, fluxo ou volume. Parâmetros gerais: - ASC (m2) : procura tornar compatível as variáveis hemodinâmicas de pacientes com estruturas corpóreas distintas. - Débito cardíaco e Índice cardíaco : representam o volume de sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de tempo.4-7 / 2,8-3,2 (L/min/m2) - Freqüência cardíaca (bpm): número de batimentos por nidade de tempo. - Volume sistólico e índice sistólico (ml/m2): volume de sangue ejetado a cada sístole. 72 a 96 ml/min. / 35 a 45 ml/min/m2
  • 80. VARIÁVEIS LIGADAS AO VENTRÍCULO DIREITO Pressão venosa central (PVC): 4-8 mmHg Pressão do ventrículo direito(PAD): 25/5 mmHg Pressão arterial pulmonar (PAP): 25/10 mmHg Pressão pulmonar média (PAPm): 12 -15 mmHg Índice de resistência vascular sistêmica (RVP) / (IRVP): 150-250 / 255-285 din/s/cm5/m2 Índice de trabalho sistólico do ventrículo direito: (TSVD) / (ITSVD): 2-7 / 4-8 g/min/m2
  • 81. VARIÁVEIS LIGADAS AO VENTRÍCULO ESQUERDO  Pressão capilar pulmonar (PCP): 6 -12 mmHg  Pressão ventricular esquerda (PVE): 120/5 mmHg  Pressão arterial média (PAM): 70-105 mmHg  Índice de resistência vascular sistêmica (RVS) / (IRVS): 900-1200 / 1800-2200 din/s/cm5  Índice de trabalho sistólico do ventrículo esquerdo (TSVE) / (ITSVE): 72-118 / 43-68 g/min/m2
  • 82. PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE OXIGENAÇÃO Conteúdo arterial de oxigênio (CaO2): 16-22 vol% Conteúdo venoso de oxigênio (CvO2): 12-16 vol% Diferença arteriovenosa de oxigênio (Ca-vO2): 3-5 Saturação venosa mista: 60-80% Oferta de oxigênio (DO2): 520-720 ml/min Consumo de oxigênio (VO2): 100-180 ml/min Taxa de extração de oxigênio: 22-28% Lactato: < 2,1 mmol/L (demanda de oxigênio)
  • 83. Tratamento: otimização precoce do transporte de oxigênio de acordo com as necessidades metabólicas
  • 84. Avaliação da Perfusão Tecidual Marcadores Sistêmicos SvO2 SvO2 deve estar entre 70 e 75% SvO2 = Consumo de oxigênio Débito cardíaco
  • 85. Condutas básicas no Choque 1. Otimizar a volemia 2. Otimizar a pós – carga 3. Ajustar a freqüência cardíaca 4. Otimizar a contratilidade 5. Otimizar o conteúdo arterial de oxigênio
  • 86. REANIMAÇÃO VOLÊMICA  Cristalóides isotônicos  Cristalóides hipertônicos  Colóides naturais 1. Sangue total 2. Concentrado de hemáceas 3. Plasma fresco congelado 4. Albumina humana  Colóides sintéticos 1. Dextran (40 e 70) 2. Gelatinas 3. Amidos
  • 87. DROGAS VASOATIVAS  Dopamina  Dobutamina  Noradrenalina  Adrenalina  Nitroprussiato de sódio  Milrinone  Amrinone  Dopexamina
  • 88. SUPORTE TERAPÊUTICO  Suporte nutricional O jejum prolongado determina atrofia da mucosa, aumentando as chances de colonização por bactérias da flora intestinal, sangramento e íleo-paralítico.  Terapia antimicrobiana Deve-se coletar culturas e inicia antibioticoterapia empírica, normalmente para tratamento de estafilococos e gram-negativos (pseudomonas).  Ventilação mecânica precoce Há um aumento do consumo de oxigênio pela musculatura acessória, facilitando a ocorrência de fadiga respiratória  Tratamento da acidose de dos desequilíbrios hidroelétrolíticos  Imunoterapia Alguns moduladores tem sido testados, mas sua eficácia ainda não é consenso: ínibidores do NO, anti-soro monoclonal, anticorpos de IL1 e IL6, aniinflamatórios, eetc...
  • 89. REPERCUSÕES SISTÊMICAS DO CHOQUE  Pulmão Edema pulmonar não cardiogênico Lesão pulmonar aguda SARA  Rim Oligúria Insuficiência renal  Fígado Insuficiência hepática  Trato Gastro-Intestinal Falha na barreira mucosa intestinal (translocação) Úlceras e hemorragias digestivas  Sistema Hematopoiético / Coagulação Trombocitopenia e CIVD
  • 91. SIM O DC ESTÁ NÃO DIMINUÍDO ? 90/70 PRESSÃO ARTERIAL 90/40 FRIA E PEGAJOSA PELE QUENTE E RÓSEA LENTO LEITO UNGUEAL RÁPIDO APAGADAS BULHAS BEM AUDÍVEIS ETIOLOGIA CARDIOGÊNICA OU ANTECEDENTES INFECÇÃO/LEUCOCITOSE/FEBRE/ HIPOVOLÊMICA FOCOSÉPTICO/IMUNODEPRESSÃO GRAVE DISFUNSÃO HEPÁTICA A CIRCULAÇÃO NÃO ESTÁ CONGESTA? O QUE NÃO ESTÁ SIM COERNTE? ANGINA/DISPNÉIA HEMORRAGIA/DESIDRATAÇÃO CARDIOMEGALIA/ 3 E 4 BULHAS/ PVC 1 REDUÇÃO TURGOR/MUCOSAS SECAS ECG,RAIO X, ECO HEMATÓCRITO/ SANGUE OCULTO CHOQUE CHOQUE CHOQUE CARDIOGÊNICO HIPOVOLÊMICO SÉPTICO
  • 92. ALGORITMO DO TRATAMENTO INICIAL DA HIPOTENSÃO E CHOQUE
  • 93. -ACESSAR OS ABC -ACESSAR SINAIS VITAIS -ASSEGURAR VIA AÉREA -REVER HISTÓRIA CLÍNICA -ADMINISTRAR OXIGÊNIO -SOLICITAR ECG -ACESSO VENOSO -RAIO X TÓRAX -LIGAR MONITOR, OXÍMETRO, PANI AUTOMÁTICA QUAL É A CAUSA DO PROBLEMA ? PROBLEMAS DE VOLUME, PROBLEMAS DE BOMBA PROBLEMAS DE FREQÜÊNCIA VASODILATAÇÃO OU REDISTRIBUIÇÃO ADMINISTRAR FLUIDOS TRANSFUSÃO DE SANGUE MUITO LENTO MUITO RÁPIDO INTERVENSÕES CAUSA CONSIDERAR VASOPRESSORES BRADI SINUSAL TAQUI SINUSAL BLOQUEIO AV FLUTER ATRIAL FALHA MP FA TPSV TV QUAL É A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA ?
  • 94. PRESSÃO SISTÓLICA PRESSÃO SISTÓLICA PRESSÃO SISTÓLICA 70- PRESSÃO <70 mmHg (SINAIS E 70-100 mmHg (SINAIS E 100 mmHg (SEM SINAIS E SISTÓLICA SINTOMAS DE COQUE) SINTOMAS DE COQUE) SINTOMAS DE COQUE) >100 mmHg CONSIDERAR: REPOR VOLUME DOPAMINA 2,5-10 DOBUTAMINA NITROGLICERINA 0,1-4 ug/Kg/min NOREPINEFRINA 0,05-0,5 CONSIDERAR - 2-20 ug/Kg/min NITROPRUSIATO ,5-2 ug/Kg/min ug/Kg/min NOR EPINEFRINA DOPAMINA 5-20 ug/Kg/min CONSIDERE AÇÕES POSTERIORES SE O PACIENTE STIVER EM EDEMA AGUDO DE PULMÃO AÇÕES DE PRIMEIRA LINHA AÇÕES DE SEGUNDA LINHA AÇÕE DE TERCEIRA LINHA FUROSEMIDA 0,5-1 mg/Kg NITROGLICERINA SE PA>100mmHg MILRINONE 0,1-0,7 ug/Kg/min MORFINA 1-3 mg NITROPRUSIATO SE PA> 100mmHg AMINOFILINA 5mg/Kg (sibilos) NITROGLICERINA SL DOPAMINA SE PA < 100 mmHg TROMBOLÍTICO (sem choque) OXIGÊNIO/INTUBAÇÃO DOBUTAMINA SE PA > 100 mmHg DIGOXINA (se FA, TPSV) PEEP/CPAP ANGIOPLASTIA (se falhas) BALÃO INTRA-AORTICO INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS