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NÚCLEOS DA BASE

NEUROANATOMIA
Prof. Carlos Frederico Rodrigues.
INTRODUÇÃO
• Geralmente são considerados como ‘núcleos da base’ os núcleos
  caudado, putâmen, globo pálido, claustro e amigdalóide.

• Alguns autores incluem a substância negra e o núcleo subtalâmico.

• Trataremos basicamente dos núcleos caudado, putâmen e globo
  pálido.

• Conexões da substância negra e do núcleo subtalâmico com os
  núcleos da base.

• Abordaremos ainda a substância inonimada e o núcleo basal de
  Meynert.
CORPO ESTRIADO
• I – Estrutura e divisões:

• Pode ser dividido em um Striatum (caudado e
  putâmen – semelhanças histológicas) e um pallidum
  (globo pálido).

• Em cortes anatômicos, entretanto, percebemos que
  o putâmen está mais ligado ao globo pálido,
  formando uma unidade denominada lentiforme.

• O núcleo lentiforme está separado do caudado pela
  cápsula interna.
CORPO ESTRIADO



•                  Núcleo caudado                    Striatum
• Corpo estriado                       Putâmen
•                  Núcleo lentiforme
•                                      Globo pálido - Pallidum



• Além desse esquema clássico, temos também o conceito de corpo estriado
  ventral.
CORPO ESTRIADO
• II – Conexões:

• As principais conexões são o córtex cerebral, a
  substância negra, o subtálamo e o tálamo.

• As fibras aferentes, em sua maioria, chegam ao
  caudado e ao putâmen e, posteriormente, são
  enviadas ao globo pálido, de onde partem as
  fibras eferentes.
Fig 12.1
CORPO ESTRIADO
• III – Considerações Funcionais.

• O controle da motricidade parece ser a principal função do
  corpo estriado.

• Disfunção do tônus muscular, aparecimento de movimentos
  anormais e distúrbios de iniciação do movimento são
  sintomas habituais nas lesões dos núcleos da base.

• Algumas síndromes clínicas como o parkinsonismo, a coréia e
  a atetose são resultados desse mau funcionamento e podem
  nos ajudar a entender os núcleos da base.
CORPO ESTRIADO
• O Parkinsonismo caracteriza-se por rigidez
  muscular, tremos em braços e mãos e
  bradicinesia. Há aumento do tônus muscular e o
  paciente se queixa de dificuldades para iniciar o
  movimento.

• A causa ainda é desconhecida, mas há
  degeneração da substância negra e baixa da
  dopamina nessa estrutura e no corpo estriado.
CORPO ESTRIADO
• A palavra coréia deriva do grego e significa
  dança.

• Hipotonia e realização de movimentos
  involuntários.

• Alteração do neurotransmissor GABA ao nível
  dos núcleos da base.
CORPO ESTRIADO
• Essas síndromes implicam o corpo estriado e
  suas conexões no controle da motricidade.

• Como apresentam sintomas opostos, indicam
  que o estriado deve ser importante na iniciação e
  planejamento dos movimentos.

• É digno de nota que a ligação do estriado com os
  neurônios motores, não é direta e se dá através
  da ligação com o córtex cerebral (pré-frontal).
CORPO ESTRIADO VENTRAL
• Estudos imunohistoquímicos demonstraram que os
  limites do estriado deveriam ser estendidos,
  ventralmente, a áreas que anteriormente não se
  consideravam como pertencentes a essa estrutura.

• Admite-se hoje a existência de um striatum ventral e
  um pallidum ventral.

• O estriatum seria o núcleo accumbens – situado
  ventralmente à cabeça do caudado.

• O pálido ventral seria a substância inonimada.
CORPO ESTRIADO VENTRAL
• Possuem características histológicas e
  histoquímicas semelhantes aos correspondentes
  dorsais.

• Porém, conectam-se com o sistema límbico,
  principalmente, o estriado. Seria responsável
  por reações motoras emocionais.
SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO DE
             MEYNERT
• A substância inonimada é uma área de tecido
  nervoso situada abaixo do núcleo lentiforme.

• É composta de células e fibras nervosas e é
  denominada inonimada por não ter recebido
  uma denominação pelo primeiros anatomistas.

• Em seu interior há uma estrutura bem evidente:
  o núcleo basal de Meynert.
SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO
        BASAL DE MEYNERT
• Possui ampla projeção para praticamente todo o córtex
  cerebral.

• Suas fibras possuem como neurotransmissor a
  acetilcolina.

• Na doença de alzheimer ocorre uma degeneração
  acentuada desses núcleos.

• Parece ter um papel na memória, na aprendizagem e na
  manutenção dos níveis de alerta.

• Mantém contato também com o sistema límbico.

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Núcleos da base

  • 1. NÚCLEOS DA BASE NEUROANATOMIA Prof. Carlos Frederico Rodrigues.
  • 2. INTRODUÇÃO • Geralmente são considerados como ‘núcleos da base’ os núcleos caudado, putâmen, globo pálido, claustro e amigdalóide. • Alguns autores incluem a substância negra e o núcleo subtalâmico. • Trataremos basicamente dos núcleos caudado, putâmen e globo pálido. • Conexões da substância negra e do núcleo subtalâmico com os núcleos da base. • Abordaremos ainda a substância inonimada e o núcleo basal de Meynert.
  • 3. CORPO ESTRIADO • I – Estrutura e divisões: • Pode ser dividido em um Striatum (caudado e putâmen – semelhanças histológicas) e um pallidum (globo pálido). • Em cortes anatômicos, entretanto, percebemos que o putâmen está mais ligado ao globo pálido, formando uma unidade denominada lentiforme. • O núcleo lentiforme está separado do caudado pela cápsula interna.
  • 4. CORPO ESTRIADO • Núcleo caudado Striatum • Corpo estriado Putâmen • Núcleo lentiforme • Globo pálido - Pallidum • Além desse esquema clássico, temos também o conceito de corpo estriado ventral.
  • 5. CORPO ESTRIADO • II – Conexões: • As principais conexões são o córtex cerebral, a substância negra, o subtálamo e o tálamo. • As fibras aferentes, em sua maioria, chegam ao caudado e ao putâmen e, posteriormente, são enviadas ao globo pálido, de onde partem as fibras eferentes.
  • 7. CORPO ESTRIADO • III – Considerações Funcionais. • O controle da motricidade parece ser a principal função do corpo estriado. • Disfunção do tônus muscular, aparecimento de movimentos anormais e distúrbios de iniciação do movimento são sintomas habituais nas lesões dos núcleos da base. • Algumas síndromes clínicas como o parkinsonismo, a coréia e a atetose são resultados desse mau funcionamento e podem nos ajudar a entender os núcleos da base.
  • 8. CORPO ESTRIADO • O Parkinsonismo caracteriza-se por rigidez muscular, tremos em braços e mãos e bradicinesia. Há aumento do tônus muscular e o paciente se queixa de dificuldades para iniciar o movimento. • A causa ainda é desconhecida, mas há degeneração da substância negra e baixa da dopamina nessa estrutura e no corpo estriado.
  • 9. CORPO ESTRIADO • A palavra coréia deriva do grego e significa dança. • Hipotonia e realização de movimentos involuntários. • Alteração do neurotransmissor GABA ao nível dos núcleos da base.
  • 10. CORPO ESTRIADO • Essas síndromes implicam o corpo estriado e suas conexões no controle da motricidade. • Como apresentam sintomas opostos, indicam que o estriado deve ser importante na iniciação e planejamento dos movimentos. • É digno de nota que a ligação do estriado com os neurônios motores, não é direta e se dá através da ligação com o córtex cerebral (pré-frontal).
  • 11. CORPO ESTRIADO VENTRAL • Estudos imunohistoquímicos demonstraram que os limites do estriado deveriam ser estendidos, ventralmente, a áreas que anteriormente não se consideravam como pertencentes a essa estrutura. • Admite-se hoje a existência de um striatum ventral e um pallidum ventral. • O estriatum seria o núcleo accumbens – situado ventralmente à cabeça do caudado. • O pálido ventral seria a substância inonimada.
  • 12. CORPO ESTRIADO VENTRAL • Possuem características histológicas e histoquímicas semelhantes aos correspondentes dorsais. • Porém, conectam-se com o sistema límbico, principalmente, o estriado. Seria responsável por reações motoras emocionais.
  • 13. SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO DE MEYNERT • A substância inonimada é uma área de tecido nervoso situada abaixo do núcleo lentiforme. • É composta de células e fibras nervosas e é denominada inonimada por não ter recebido uma denominação pelo primeiros anatomistas. • Em seu interior há uma estrutura bem evidente: o núcleo basal de Meynert.
  • 14. SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO BASAL DE MEYNERT • Possui ampla projeção para praticamente todo o córtex cerebral. • Suas fibras possuem como neurotransmissor a acetilcolina. • Na doença de alzheimer ocorre uma degeneração acentuada desses núcleos. • Parece ter um papel na memória, na aprendizagem e na manutenção dos níveis de alerta. • Mantém contato também com o sistema límbico.