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Movimentos corporais
         &
 doença de Parkinson
Introdução

Todos os movimentos "voluntários" iniciados pelo córtex
cerebral e pelo tronco cerebral são executados pela activação da
medula espinhal, nos núcleos da base e no cerebelo .

Os danos decorrentes no núcleo da base têm como
consequência doença de Parkinson (paralisia agitante ) onde
decorre destruição generalizada da parte da substância negra, a
parte compacta, que envia fibras nervosas secretoras de
dopamina para o núcleo caudado e para putâmen.
MOVIMENTOS CORPORAIS

Movimento voluntário (dependem de nossa vontade)
Ex:andar em direcção a um objecto.

Movimento reflexo (independente de nossa vontade)
 ex: estímulo é captado pelos receptores sensoriais do organismo
e levado ao sistema nervoso, provocando uma resposta motora.

Podem ser inactos (contração pupilar devido a luz forte) e
adquiridos (muito utilizado e desenvolvido em desporto).
O córtex cerebral
O córtex motor primário: situa-se no lobo frontal,
anteriormente ao sulco frontal, com mais da metade de
todo o córtex motor primário está relacionado com o
controle das mãos e dos músculos da fala.

Área Pré-motora: os sinais gerados nesta área causam
padrões de movimentos muito complexos como posicionar
os ombros e os braços de modo a orientarem-se para
realizar tarefas específicas.

Área motora suplementar: proporciona movimentos de
atitude, movimentos posicionais da cabeça e dos olhos
(controlados pelo córtex occipital para mover os olhos em
direcções diferentes).
Unidade funcional do córtex
             cerebral
célula de purkinje e a célula nuclear profunda
Córtex cerebral

 Percepção sensorial,
 Controlo de mov. voluntários,
 Controlo de linguagem, personalidade,
 Controlo      de  eventos     mentais sofisticados
  (pensamento, memória, criatividade, tomada de
  decisão, etc.)
Os estímulos aferentes ao cerebelo são
    principalmente de dois tipos:
• Fibras de tipo trepadeira
um só impulso nela causa sempre um mesmo tipo, peculiar e prolongado
  de potencial de acção em cada célula de purkinje
 uma ponta forte e seguida de um conjunto de pontas secundárias cada
  vez mais fracas. Esse potencial de acção é denominado pontas complexas.
•
 Fibras de tipo musgosa suas conexões sinápticas são fracas de modo
  que grande número ser estimuladas simultaneamente para excitar as células
  de purkinje.
 A activação se da geralmente sob forma de potencial de acção de curta
  duração e muito mais fraco chamado ponta simples e não potencial de
  acção complexo e prolongado causado pela estimulação das fibras
  trepadeiras.
Função do Cerebelo no Controlo Motor
Vestibulocerebelar - consiste nos pequenos lobulos flocolubulares
  cerebelares (situados sob o cerebelo posterior) e partes adjacentes da
  verme.
 Tem função em associação ao tronco cerebral e a medula espinhal no
  controle e dos movimentos corporais. Equilibrio (força de gravidade ).

Espinocerebelo - consiste na parte maior do verme do cerebelo posterior e
  anterior, mais zonas intermediarias adjacentes de ambos lados da verme.
 Coordenação dos movimentos dos membros distais especialmente das
  mãos e dos dedos.
 Controle por feedback dos movimentos distais dos membros por meio do
  cortex cerebelar intermediario e do nucleo interposto.

Cérebro cerebelo-consiste nas zonas laterais do hemisfério cerebelares .

 Planeamento dos movimentos sequenciais voluntários.
OUTRAS FUNÇÕES DO CEREBELO

• Planeamento dos movimentos sequenciais
• Função de marcação do tempo
• Controlo cerebelar de movimentos balísticos
 (ao datilografar ocorrem tão rapidamente que
 não e possivel receber informaçao do
 feedback da perferia para o cerebelo)
Núcleos da base
Os núcleos da base são colecção de massas nucleares
 interligadas, constituem outro sistema motor acessório
 localizados na base do cerebelo, que funciona
 geralmente não por si mesmo, mas em associação com
 o córtex cerebral e com o sistema de controlo motor
 corticoespinal.

Os núcleos da base recebem a maior parte dos seus
 sinais de aferência do próprio córtex cerebral e
 também retornam quase todos os seus sinais de
 aferência ao córtex. Lesões nos núcleos da base
 produzem movimentos e posturas anormais.
Núcleos da base cont.

• Todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que
  ligam o córtex cerebral e a medula espinhal
  atravessam o espaço situado entre as principais
  massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o
  putâmen, chamado de cápsula interna.
Principais massas dos gânglios da base
 O núcleo caudado em forma de C, intimamente relacionados aos
  ventriculos laterais, lateralmente ao tálamo. O núcleo caudado é
  subdividido em cabeça, corpo e cauda.
A actividade do núcleo caudado está relacionada aos movimentos corporais.
 Corpo Estriado é o termo usado para definir o núcleo caudado e o
  putâmen interligados funcionalmente.
A designação estriado deve-se ao facto de que fibras estriadas atravessam a
  cápsula interna para interconectar o caudado ao putâmen.
 Núcleo Lentiforme está separado do núcleo caudado e do tálamo pela
  cápsula interna, sendo composto por 3 estruturas: Putâmen( mais
  escurecido), globo pálido lateral( mais claro devido a presença de fibras
  mielinizadas) e globo pálido medial.Ao conjunto dos dois globos pálidos
  denomina-se paleoestriado ou pallidum.
Núcleos basais


 Inibição do tônus muscular,
 Coordenação de movimentos lentos e
  mantidos, supressão de movimentos não
  usuais.
DOENÇA DE PARKINSON
Doença de Parkinson
•    Descrita pela primeira vez em 1817, por James Parkinson, denominando-a
     de Paralisia Agitante.

•    A doença de Parkinson ou Mal de Parkinson, é uma doença degenerativa,
     crónica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas, ocorrendo
     pela perda de neurónios do SNC na substância negra.

    Neurónios       dopamina
Doença de Parkinson

A escala usada para avaliar a evolução da doença é a Escala de Hoehn e Yahr.

Estágio 0: Nenhum sinal da doença.

Estágio 1: Doença unilateral.

Estágio 2: Doença bilateral sem deficit de equilíbrio.

Estágio 3: Doença bilateral leve e moderada, alguma instabilidade postural.

Estágio 4: Incapacidade grave, ainda capaz de permanecer de pé sem ajuda.

Estágio 5: Confinado a uma cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
EPIDEMIOLOGIA
Estudos estatísticos quanto a:

Prevalência (total de casos em uma população em um determinado período)

Mostram que existem cerca de 180 a 250 doentes por 100.000 habitantes.



Incidência ( número de casos novos de uma doença dentro de um período)

Estima-se em 100 a 200 casos por cada 100.000 habitantes.



Com o aumento da idade acomete cerca de 1-3% da população acima dos 65 anos.



Em Moçambique existem poucas estatísticas.
Causas da doença

A sua causa ainda é idiopática, mas sabe-se que
envolve os núcleos da base, sendo caracterizada
principalmente pela morte de células produtoras de
dopamina na parte compacta da substância negra.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Manifestações motoras

Define-se o diagnóstico da doença de Parkinson com alguma segurança
nos pacientes que se apresentam com pelo menos dois das três
manifestações motoras – tremor em repouso, rigidez e bradicinesia.

Tremor em repouso

• Sintoma inicial em cerca de 85% dos pacientes
•Frequência de 4-5 Hz , presente nas extremidades, quase sempre distalmente.
•Desaparece à acção, mas ressurge quando os membros mantêm uma postura.




Distingui-se do tremor cerebelar, que ocorre apenas quando a pessoa realiza
intencionalmente movimentos iniciados e portanto, é chamado de tremor
intencional.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Rigidez


A dopamina liberada é um neurotransmissor inibitório, permitindo que o núcleo
caudado e o putâmen fiquem manifestamente activos e causando saída contínua de
sinais excitatórios para o sistema de controlo motor corticoespinhal. Estes sinais
poderiam excitar muitos ou todos os músculos do corpo, levando assim à rigidez.



• permanência dos membros nas atitudes posturais que lhe são impostas.
• tônus muscular é aumentado, mas a resistência ao movimento passivo em uma
determinada articulação é uniforme através de todo o curso do movimento.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Bradicinesia ( lentidão no movimento )

A causa desta manifestação é ainda especulativa, no entanto, a
secreção de dopamina no sistema límbico, especialmente no núcleo
accumbens, costuma diminuir juntamente com seu decréscimo nos
núcleos da base.


 Hipomímia;
 Hipofonia e a voz tem um tom monótono;
 micrografia
SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS

A doença Parkinson é caracterizada por alguns achados
neuropsiquiátricos tais como:
 alterações de humor, de cognição e de comportamento,
estes são mais comuns nos estágios subsequentes e podem ser
resultado directo da DP ou suas patologias comórbidas como
é o caso da doença de Alzheimer, demência cortical com
corpúsculos de Lewy, por vezes ocorrem como efeito
colateral ao tratamento de doença de Parkinson ou
concomitante.
 A demência acomete 50% dos pacientes com DP e pode
 surgir a qualquer fase de doença.
Diagnóstico
Diagnóstico precoce

    É importante que quaisquer manifestações sejam
levadas em consideração, principalmente para aqueles
com mais de 60 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico da Doença de Parkinson é basicamente clínico,
baseado nos sinais e sintomas descritos. Os exames
complementares, como tomografia cerebral, ressonância
magnética, servem apenas para avaliação de outros diagnósticos
diferenciais.
Diagnóstico diferencial
 Tremor  Essencial ou Familiar
 Infecções
 Traumatismo Craniano
 Hidrocefalia de Pressão Normal
 Doença de Wilson
 Parkinsonismo Vascular
Tremor Essencial ou Familiar

É   o distúrbio mais comum de ser confundido com
  doença de Parkinson.
 Transmissão autossômica dominante, embora alguns
  pacientes não tenham histórico familiar de tremor.
 A frequência é mais alta que na doença Parkinson ( 4
  a 12 Hz)
 Melhor notado com os braços estirados.
 Estresse pode aumentar a amplitude do tremor.
 Não há rigidez, nem bradicinesia associada.
Infecções

   HIV
   Parkinsonismo pós-encefalítico




 Traumatismo Craniano

 Lutadores   de boxe podem desenvolver a síndrome
    demência, parkinsonismo sinais piramidais e
    cerebelares
Hidrocefalia de Pressão Normal
 Alterações cognitivas, demência.
 Distúrbios de marcha lenta passos curtos e
  arrastando os pés, perda dos reflexos
  posturais e, às vezes, fenômeno de parada.
 Incontinência urinária.
 Tremor é raro.
Doença de Wilson
 Acomete  crianças, adolescentes e adultos jovens.
  Raríssimo, após os 40 anos.
 Baixos níveis de ceruloplasmina e aumento da
  concentração de cobre no fígado e na urina.
 Anel de Kayser - Fleischer
Parkinsonismo Vascular

 Pacientes     acometidos
  por     infartos   cerebrais
  múltiplos podem vir        a
  sofrer     uma progressão
  paulatina dos sintomas.
 Acinesia e rigidez, sem
  tremor.
 Evidências clínicas de um
  AVC.
Tratamento

Levodopa (L-DOPA, LARODOPA, DOPAR, L-
3,4-diidroxifenilalanina)
 A terapia com levodopa pode exercer um efeito radical sobre
  todos os sinais e sintomas da doença de Parkinson, sendo o
  principal tratamento para esta doença. No início da evolução
  da doença, o grau de melhora do tremor, da rigidez e da
  bradicinesia pode ser quase completo.
 Na prática moderna, a levodopa é quase sempre administrada
  em combinação com inibidor da L-aminoácidos aromáticos
  descarboxilase (AAD) de acção periférica, como carbidopa
  ou benserazida para aumentar a “eficácia e reduzir os efeitos
  secundários”. Inicia-se com doses baixas, que vão
  aumentando até obter o efeito máximo.
Inibição da catecol-O-
   metiltransferase


O principal local de acção dos inibidores
da catecol-O-metiltransferase (COMT)
(como a tolcapona e a entacapona) é a
circulação periférica. Esses agentes
bloqueiam a metilação da levodopa (L-
DOPA) e
Aumentam a fracção do fármaco
disponível para liberação no cérebro, L-
aminoácidos aromáticos descarboxilase
(AAD), dopamina (DA), acido 3,4-
diidroxifenilacético     (DOPAC),
monoaminoxidase         (MAO),        3-
metoxitiramina (3MT), 3-O-metilDOPA
(3-O-MD).
TRATAMENTO TERAPEUTICO
        ( selegilina)
 A selegilina vem sendo utilizada há anos como
  tratamento sintomático da doença de
  Parkinson, embora seus benefícios sejam
  bastante modestos.
 Presume-se que a razão da eficácia desse
  fármaco seja sua capacidade de atrasar a
  degradação da dopamina no estriado. Em
  geral, a selegilina é bem tolerada por pacientes
  com doença de Parkinson inicial ou leve
TRATAMENTO TERAPEUTICO
        ANTES                              ACTUALMENTE
Antagonistas dos receptores muscarínicos   Agonistas dos receptores de
  de acetilcolina                          dopamina
 Estes fármacos foram amplamente          Uma alternativa para a
  utilizados no tratamento da doença       levodopa consiste no uso de
  de Parkinson antes da descoberta de
                                           fármacos que actuam como
                                           agonistas directos dos
  levodopa.Ex: triexifenil e cloridrato    receptores de dopamina do
  de difenidramina                         estriado, uma abordagem que
A     base   biológica    das   acções
                                           oferece várias vantagens
                                           potenciais.
  terapêuticas dos anticolinérgicos
                                           Ex : pramipexol e o ropinirol
  não está totalmente esclarecida.
Levodopa vs agonistas da dopamina


 Em virtude de sua duração de acção mais longa, os agonistas
  da dopamina podem ter menos tendência do que a levodopa a
  induzir efeitos de liga/desliga e discinesias.
 A preocupação de que a levodopa possa contribuir para o
  estresse oxidativo, acelerando, assim, a perda de neurónios
  dopaminérgicos.
Conclusão

O sistema nervoso usa o cerebelo para coordenar funções do
controle motor. Os gânglios da base assim como o cerebelo, são
do sistema motor acessório que geralmente não funciona sozinho
mais sim em íntima associação com o córtex cerebral e o
corticoespinhal. Posto término no presente trabalho concluiu-se
que todos os movimentos são coordenados no córtex cerebral e
no tronco cerebral. A disfunção dos núcleos da base culmina com
a doença de parkinson.
Conclusão (cont.)
 Pelos   resultados dos estudos analisados, podemos
  concluir que a fisioterapia traz grandes benefícios
  para os parkinsonianos, principalmente no que diz
  respeito à mobilidade, equilíbrio e respiração. O
  tratamento farmacológico isoladamente é ineficaz,por
  isso, é necessário a combinação do tratamento
  fisioterapêutico com o medicamentoso, visando à
  melhoria do quadro geral dos pacientes,
Bibliografia
• Guyton, Arthur C., Hall, John E. Tratado de fisiologia medica. 11ª
ed. Pag. 689-712. Rio de janeiro: Elsevier. 2006.

• Berne, Robert M., Levy, Mathew. Fisiologia. 6ª ed. Pag. 157-189.
Rio de janeiro: Elsevier. 2009.

• Goodman, Louis. Hardman, Joel G. As bases Farmacologicas da
terapêutica. 10ª ed. Pag. 411-419. McGraw-Hill. 2005.

• LANA, R.C.; ÁLVARES, L.M.R.S.; NASCIUTTI-PRUDENTE,
C. et al. Percepção da qualidade de vida de indivíduos com doença
de Parkinson através do PDQ-39. Revista Brasileira de
Fisioterapia, v.11, n.5, São Carlos, set./out. 2007.
• PRADO, A.L.C.; BALDAÇO,G.O.; SOUZA,L.P. et al.
Avaliação do desempenho motor e cognitivo na doença de
Parkinson. Fisioterapia Brasil, v.8, n.6, Rio de Janeiro, nov./dez.
2007.

• Patel, Sam et al. Formulário nacional de medicamentos. 5ªed.
MISAU. Maputo.2007

• Fauci, Anthony S et al. Harrison: Medicina interna.17ªed. Rio
Janeiro. Mc Graw-Hill. 2008

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Movimentos corporais e doença de Parkinson

  • 1.
  • 2. Movimentos corporais & doença de Parkinson
  • 3. Introdução Todos os movimentos "voluntários" iniciados pelo córtex cerebral e pelo tronco cerebral são executados pela activação da medula espinhal, nos núcleos da base e no cerebelo . Os danos decorrentes no núcleo da base têm como consequência doença de Parkinson (paralisia agitante ) onde decorre destruição generalizada da parte da substância negra, a parte compacta, que envia fibras nervosas secretoras de dopamina para o núcleo caudado e para putâmen.
  • 4. MOVIMENTOS CORPORAIS Movimento voluntário (dependem de nossa vontade) Ex:andar em direcção a um objecto. Movimento reflexo (independente de nossa vontade) ex: estímulo é captado pelos receptores sensoriais do organismo e levado ao sistema nervoso, provocando uma resposta motora. Podem ser inactos (contração pupilar devido a luz forte) e adquiridos (muito utilizado e desenvolvido em desporto).
  • 5. O córtex cerebral O córtex motor primário: situa-se no lobo frontal, anteriormente ao sulco frontal, com mais da metade de todo o córtex motor primário está relacionado com o controle das mãos e dos músculos da fala. Área Pré-motora: os sinais gerados nesta área causam padrões de movimentos muito complexos como posicionar os ombros e os braços de modo a orientarem-se para realizar tarefas específicas. Área motora suplementar: proporciona movimentos de atitude, movimentos posicionais da cabeça e dos olhos (controlados pelo córtex occipital para mover os olhos em direcções diferentes).
  • 6. Unidade funcional do córtex cerebral célula de purkinje e a célula nuclear profunda
  • 7. Córtex cerebral  Percepção sensorial,  Controlo de mov. voluntários,  Controlo de linguagem, personalidade,  Controlo de eventos mentais sofisticados (pensamento, memória, criatividade, tomada de decisão, etc.)
  • 8. Os estímulos aferentes ao cerebelo são principalmente de dois tipos: • Fibras de tipo trepadeira um só impulso nela causa sempre um mesmo tipo, peculiar e prolongado de potencial de acção em cada célula de purkinje  uma ponta forte e seguida de um conjunto de pontas secundárias cada vez mais fracas. Esse potencial de acção é denominado pontas complexas. •  Fibras de tipo musgosa suas conexões sinápticas são fracas de modo que grande número ser estimuladas simultaneamente para excitar as células de purkinje.  A activação se da geralmente sob forma de potencial de acção de curta duração e muito mais fraco chamado ponta simples e não potencial de acção complexo e prolongado causado pela estimulação das fibras trepadeiras.
  • 9. Função do Cerebelo no Controlo Motor Vestibulocerebelar - consiste nos pequenos lobulos flocolubulares cerebelares (situados sob o cerebelo posterior) e partes adjacentes da verme.  Tem função em associação ao tronco cerebral e a medula espinhal no controle e dos movimentos corporais. Equilibrio (força de gravidade ). Espinocerebelo - consiste na parte maior do verme do cerebelo posterior e anterior, mais zonas intermediarias adjacentes de ambos lados da verme.  Coordenação dos movimentos dos membros distais especialmente das mãos e dos dedos.  Controle por feedback dos movimentos distais dos membros por meio do cortex cerebelar intermediario e do nucleo interposto. Cérebro cerebelo-consiste nas zonas laterais do hemisfério cerebelares .  Planeamento dos movimentos sequenciais voluntários.
  • 10. OUTRAS FUNÇÕES DO CEREBELO • Planeamento dos movimentos sequenciais • Função de marcação do tempo • Controlo cerebelar de movimentos balísticos (ao datilografar ocorrem tão rapidamente que não e possivel receber informaçao do feedback da perferia para o cerebelo)
  • 11. Núcleos da base Os núcleos da base são colecção de massas nucleares interligadas, constituem outro sistema motor acessório localizados na base do cerebelo, que funciona geralmente não por si mesmo, mas em associação com o córtex cerebral e com o sistema de controlo motor corticoespinal. Os núcleos da base recebem a maior parte dos seus sinais de aferência do próprio córtex cerebral e também retornam quase todos os seus sinais de aferência ao córtex. Lesões nos núcleos da base produzem movimentos e posturas anormais.
  • 12. Núcleos da base cont. • Todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que ligam o córtex cerebral e a medula espinhal atravessam o espaço situado entre as principais massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o putâmen, chamado de cápsula interna.
  • 13. Principais massas dos gânglios da base  O núcleo caudado em forma de C, intimamente relacionados aos ventriculos laterais, lateralmente ao tálamo. O núcleo caudado é subdividido em cabeça, corpo e cauda. A actividade do núcleo caudado está relacionada aos movimentos corporais.  Corpo Estriado é o termo usado para definir o núcleo caudado e o putâmen interligados funcionalmente. A designação estriado deve-se ao facto de que fibras estriadas atravessam a cápsula interna para interconectar o caudado ao putâmen.  Núcleo Lentiforme está separado do núcleo caudado e do tálamo pela cápsula interna, sendo composto por 3 estruturas: Putâmen( mais escurecido), globo pálido lateral( mais claro devido a presença de fibras mielinizadas) e globo pálido medial.Ao conjunto dos dois globos pálidos denomina-se paleoestriado ou pallidum.
  • 14. Núcleos basais  Inibição do tônus muscular,  Coordenação de movimentos lentos e mantidos, supressão de movimentos não usuais.
  • 16. Doença de Parkinson • Descrita pela primeira vez em 1817, por James Parkinson, denominando-a de Paralisia Agitante. • A doença de Parkinson ou Mal de Parkinson, é uma doença degenerativa, crónica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas, ocorrendo pela perda de neurónios do SNC na substância negra. Neurónios dopamina
  • 17. Doença de Parkinson A escala usada para avaliar a evolução da doença é a Escala de Hoehn e Yahr. Estágio 0: Nenhum sinal da doença. Estágio 1: Doença unilateral. Estágio 2: Doença bilateral sem deficit de equilíbrio. Estágio 3: Doença bilateral leve e moderada, alguma instabilidade postural. Estágio 4: Incapacidade grave, ainda capaz de permanecer de pé sem ajuda. Estágio 5: Confinado a uma cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
  • 18. EPIDEMIOLOGIA Estudos estatísticos quanto a: Prevalência (total de casos em uma população em um determinado período) Mostram que existem cerca de 180 a 250 doentes por 100.000 habitantes. Incidência ( número de casos novos de uma doença dentro de um período) Estima-se em 100 a 200 casos por cada 100.000 habitantes. Com o aumento da idade acomete cerca de 1-3% da população acima dos 65 anos. Em Moçambique existem poucas estatísticas.
  • 19. Causas da doença A sua causa ainda é idiopática, mas sabe-se que envolve os núcleos da base, sendo caracterizada principalmente pela morte de células produtoras de dopamina na parte compacta da substância negra.
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  • 22. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manifestações motoras Define-se o diagnóstico da doença de Parkinson com alguma segurança nos pacientes que se apresentam com pelo menos dois das três manifestações motoras – tremor em repouso, rigidez e bradicinesia. Tremor em repouso • Sintoma inicial em cerca de 85% dos pacientes •Frequência de 4-5 Hz , presente nas extremidades, quase sempre distalmente. •Desaparece à acção, mas ressurge quando os membros mantêm uma postura. Distingui-se do tremor cerebelar, que ocorre apenas quando a pessoa realiza intencionalmente movimentos iniciados e portanto, é chamado de tremor intencional.
  • 23. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Rigidez A dopamina liberada é um neurotransmissor inibitório, permitindo que o núcleo caudado e o putâmen fiquem manifestamente activos e causando saída contínua de sinais excitatórios para o sistema de controlo motor corticoespinhal. Estes sinais poderiam excitar muitos ou todos os músculos do corpo, levando assim à rigidez. • permanência dos membros nas atitudes posturais que lhe são impostas. • tônus muscular é aumentado, mas a resistência ao movimento passivo em uma determinada articulação é uniforme através de todo o curso do movimento.
  • 24. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Bradicinesia ( lentidão no movimento ) A causa desta manifestação é ainda especulativa, no entanto, a secreção de dopamina no sistema límbico, especialmente no núcleo accumbens, costuma diminuir juntamente com seu decréscimo nos núcleos da base. Hipomímia; Hipofonia e a voz tem um tom monótono; micrografia
  • 25.
  • 26. SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS A doença Parkinson é caracterizada por alguns achados neuropsiquiátricos tais como:  alterações de humor, de cognição e de comportamento, estes são mais comuns nos estágios subsequentes e podem ser resultado directo da DP ou suas patologias comórbidas como é o caso da doença de Alzheimer, demência cortical com corpúsculos de Lewy, por vezes ocorrem como efeito colateral ao tratamento de doença de Parkinson ou concomitante. A demência acomete 50% dos pacientes com DP e pode surgir a qualquer fase de doença.
  • 27. Diagnóstico Diagnóstico precoce É importante que quaisquer manifestações sejam levadas em consideração, principalmente para aqueles com mais de 60 anos.
  • 28. Diagnóstico O diagnóstico da Doença de Parkinson é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas descritos. Os exames complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética, servem apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais.
  • 29. Diagnóstico diferencial  Tremor Essencial ou Familiar  Infecções  Traumatismo Craniano  Hidrocefalia de Pressão Normal  Doença de Wilson  Parkinsonismo Vascular
  • 30. Tremor Essencial ou Familiar É o distúrbio mais comum de ser confundido com doença de Parkinson.  Transmissão autossômica dominante, embora alguns pacientes não tenham histórico familiar de tremor.  A frequência é mais alta que na doença Parkinson ( 4 a 12 Hz)  Melhor notado com os braços estirados.  Estresse pode aumentar a amplitude do tremor.  Não há rigidez, nem bradicinesia associada.
  • 31. Infecções  HIV  Parkinsonismo pós-encefalítico Traumatismo Craniano  Lutadores de boxe podem desenvolver a síndrome demência, parkinsonismo sinais piramidais e cerebelares
  • 32. Hidrocefalia de Pressão Normal  Alterações cognitivas, demência.  Distúrbios de marcha lenta passos curtos e arrastando os pés, perda dos reflexos posturais e, às vezes, fenômeno de parada.  Incontinência urinária.  Tremor é raro.
  • 33. Doença de Wilson  Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens. Raríssimo, após os 40 anos.  Baixos níveis de ceruloplasmina e aumento da concentração de cobre no fígado e na urina.  Anel de Kayser - Fleischer
  • 34. Parkinsonismo Vascular  Pacientes acometidos por infartos cerebrais múltiplos podem vir a sofrer uma progressão paulatina dos sintomas.  Acinesia e rigidez, sem tremor.  Evidências clínicas de um AVC.
  • 35. Tratamento Levodopa (L-DOPA, LARODOPA, DOPAR, L- 3,4-diidroxifenilalanina)  A terapia com levodopa pode exercer um efeito radical sobre todos os sinais e sintomas da doença de Parkinson, sendo o principal tratamento para esta doença. No início da evolução da doença, o grau de melhora do tremor, da rigidez e da bradicinesia pode ser quase completo.  Na prática moderna, a levodopa é quase sempre administrada em combinação com inibidor da L-aminoácidos aromáticos descarboxilase (AAD) de acção periférica, como carbidopa ou benserazida para aumentar a “eficácia e reduzir os efeitos secundários”. Inicia-se com doses baixas, que vão aumentando até obter o efeito máximo.
  • 36. Inibição da catecol-O- metiltransferase O principal local de acção dos inibidores da catecol-O-metiltransferase (COMT) (como a tolcapona e a entacapona) é a circulação periférica. Esses agentes bloqueiam a metilação da levodopa (L- DOPA) e Aumentam a fracção do fármaco disponível para liberação no cérebro, L- aminoácidos aromáticos descarboxilase (AAD), dopamina (DA), acido 3,4- diidroxifenilacético (DOPAC), monoaminoxidase (MAO), 3- metoxitiramina (3MT), 3-O-metilDOPA (3-O-MD).
  • 37. TRATAMENTO TERAPEUTICO ( selegilina)  A selegilina vem sendo utilizada há anos como tratamento sintomático da doença de Parkinson, embora seus benefícios sejam bastante modestos.  Presume-se que a razão da eficácia desse fármaco seja sua capacidade de atrasar a degradação da dopamina no estriado. Em geral, a selegilina é bem tolerada por pacientes com doença de Parkinson inicial ou leve
  • 38. TRATAMENTO TERAPEUTICO ANTES ACTUALMENTE Antagonistas dos receptores muscarínicos Agonistas dos receptores de de acetilcolina dopamina  Estes fármacos foram amplamente Uma alternativa para a utilizados no tratamento da doença levodopa consiste no uso de de Parkinson antes da descoberta de fármacos que actuam como agonistas directos dos levodopa.Ex: triexifenil e cloridrato receptores de dopamina do de difenidramina estriado, uma abordagem que A base biológica das acções oferece várias vantagens potenciais. terapêuticas dos anticolinérgicos Ex : pramipexol e o ropinirol não está totalmente esclarecida.
  • 39. Levodopa vs agonistas da dopamina  Em virtude de sua duração de acção mais longa, os agonistas da dopamina podem ter menos tendência do que a levodopa a induzir efeitos de liga/desliga e discinesias.  A preocupação de que a levodopa possa contribuir para o estresse oxidativo, acelerando, assim, a perda de neurónios dopaminérgicos.
  • 40. Conclusão O sistema nervoso usa o cerebelo para coordenar funções do controle motor. Os gânglios da base assim como o cerebelo, são do sistema motor acessório que geralmente não funciona sozinho mais sim em íntima associação com o córtex cerebral e o corticoespinhal. Posto término no presente trabalho concluiu-se que todos os movimentos são coordenados no córtex cerebral e no tronco cerebral. A disfunção dos núcleos da base culmina com a doença de parkinson.
  • 41. Conclusão (cont.)  Pelos resultados dos estudos analisados, podemos concluir que a fisioterapia traz grandes benefícios para os parkinsonianos, principalmente no que diz respeito à mobilidade, equilíbrio e respiração. O tratamento farmacológico isoladamente é ineficaz,por isso, é necessário a combinação do tratamento fisioterapêutico com o medicamentoso, visando à melhoria do quadro geral dos pacientes,
  • 42. Bibliografia • Guyton, Arthur C., Hall, John E. Tratado de fisiologia medica. 11ª ed. Pag. 689-712. Rio de janeiro: Elsevier. 2006. • Berne, Robert M., Levy, Mathew. Fisiologia. 6ª ed. Pag. 157-189. Rio de janeiro: Elsevier. 2009. • Goodman, Louis. Hardman, Joel G. As bases Farmacologicas da terapêutica. 10ª ed. Pag. 411-419. McGraw-Hill. 2005. • LANA, R.C.; ÁLVARES, L.M.R.S.; NASCIUTTI-PRUDENTE, C. et al. Percepção da qualidade de vida de indivíduos com doença de Parkinson através do PDQ-39. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.11, n.5, São Carlos, set./out. 2007.
  • 43. • PRADO, A.L.C.; BALDAÇO,G.O.; SOUZA,L.P. et al. Avaliação do desempenho motor e cognitivo na doença de Parkinson. Fisioterapia Brasil, v.8, n.6, Rio de Janeiro, nov./dez. 2007. • Patel, Sam et al. Formulário nacional de medicamentos. 5ªed. MISAU. Maputo.2007 • Fauci, Anthony S et al. Harrison: Medicina interna.17ªed. Rio Janeiro. Mc Graw-Hill. 2008